Quando ouvimos falar em hackers, logo pensamos em pessoas invadindo computadores, celulares e outros dispositivos eletrônicos. Porém, o termo tem sido utilizado de maneira bem mais ampla. Prova disso é o que está acontecendo com o biohacking, recente foco de interesse de muita gente, preocupando autoridades.

Afinal de contas, dependendo da situação tais estudos podem representar perigo à paz mundial, visto que o ato de ser hacker já ultrapassou a barreira da informática e está invadindo ciências. Antes, tratava-se de um mero reduto de universidades e centros de pesquisas. Mas então, vamos entender melhor sobre o assunto? Leia!

O que é biohacking?

Retornando um pouco na história: o termo ”hacker” surgiu em 1950, direcionado a pessoas especializadas em determinado tema. Os hackers modificavam uma situação visando o aperfeiçoamento dela e depois compartilhavam o avanço com a sociedade.

Seguindo a tendência, o biohacking tem cara de ficção científica, apesar de ser uma realidade cada vez mais próxima de nós. Em linhas gerais, virou um movimento de entusiastas que querem aprender mais sobre biologia.

Com conhecimento aprofundado, um hacker altera organismos, células ou outros seres biológicos. Na sequência, divide a novidade com outras pessoas. Segundo as previsões, no futuro até mesmo crianças poderão transformar as propriedades biológicas do gato ou cachorro da família.

Por isso, a junção das palavras biologia e hacker traz o conceito de “faça você mesmo”, ou seja, aprenda sozinho, sem ajuda de professores. Diante disso, entusiastas vêm gerando pesquisas independentes abordando mudanças corporais, desde a realização de implantes magnéticos até o sequenciamento genético completo de forma caseira.

O movimento biohacking é composto por pessoas físicas e jurídicas de pequeno porte, sem acompanhamento de profissionais ou regulamentação governamental. Os chamados biólogos de garagem fazem ciência tanto por diversão quanto por lucro, usando tecnologia para contornar as imperfeições do corpo humano, e inclusive se interessam pelos transumanismo.

Eles pensam e encontram uma maneira de privadas analisarem fezes e urinas dos indivíduos que as usam, por exemplo. Assim, os resultados das análises são enviados aos médicos dos usuários. Como se não bastasse, ainda buscam produzir obras de arte com organismos geneticamente modificados.

O tema oferece inúmeras possibilidades de pesquisas e transformações. Por esses motivos autoridades mundiais demonstram preocupação, já que tantas mudanças sem controle podem criar armas poderosas e colocar em risco a vida de todos.

Como pode contribuir para a carreira?

Os benefícios do biohacking envolvem o consumo de fórmulas, alimentos e suplementos. Mas empregar artefatos, técnicas e aplicativos para deixar as pessoas mais produtivas, inteligentes e focadas no dia a dia é outra característica bastante positiva.

Nesse sentido há duas abordagens. A primeira delas é a interativa, com o objetivo de melhorar o próprio corpo usando implantes que aumentam sua capacidade, como a injeção de uma substância nos olhos para ter visão noturna. Já a não interativa usa elementos externos para otimizar a performance rotineira do indivíduo.

Com isso, os pesquisadores contribuem para sua carreira fazendo você aproveitar a luz azul para dormir mais profundamente e ter um bom descanso, praticar jejum intermitente para elevar os níveis de energia e aguentar a correria diária, comer alimentos adequados visando maior concentração, tomar suplementos vitamínicos etc.

Neste universo a imaginação não tem limites. Logo, organismos podem ser modificados para obterem capacidades especiais. Por exemplo, sentir campos eletromagnéticos ou ganhar inteligência, produtividade e foco. Inclusive já há muitos biohackings sendo utilizados como o marca-passos que regula os batimentos do coração, mulheres usando chips no braço que liberam anticoncepcionais e tantos outros.

Porém, para que se tenha um bom resultado é preciso tomar alguns cuidados antes de adotar a prática. Conhecer os próprios limites e descobrir a forma correta de usar o biohacking, mantendo o acompanhamento médico, e consumir substâncias legalizadas, métodos e ferramentas com orientações, é fundamental.

Com inúmeras novidades surgindo, procure conhecer a fundo cada solução ou tendência antes de incorporá-la na rotina, facilitando o reconhecimento de produtividade. Afinal, o biohacking tem mostrado que seu intuito é simplesmente melhorar a qualidade de vida das pessoas.


Hugo Freire

Hugo produz conteúdos para ETALENT. Atuou em gestão corporativa em diversas empresas. Através das ferramentas ETALENT, descobriu seu amor pela Medicina. Foi atrás do seu sonho e hoje é nosso conteudista e correspondente na Rússia.

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