Trabalhar em home office tem sido alternativa no mundo corporativo, seja para fugir do trânsito dos grandes centros urbanos ou para conciliar a atividade profissional com a vida familiar. E é nesse modelo de negócios que muitas empresas mantêm seus colaboradores. Mas, ficar afastado do ambiente de trabalho um ou dois dias da semana é saudável para a carreira? Como encarar o isolamento decorrente das atividades feitas somente em casa?

O consultor master da ETALENT, Sidney Frattini explica que tudo depende do perfil do profissional. Para ele, “como em tudo na vida, o home office tem o seu lado bom e ruim. O importante é saber lidar com a situação e se fazer presente sempre que possível. É preciso se forçar a colocar o pé na rua para não ficar no esquecimento, pondera. “Para quem está fora da empresa somente alguns dias, o isolamento acaba sendo positivo, um grande aliado da produtividade”, afirma.

Por outro lado, diz o especialista, exercer o home office como conduta efetiva pode sim ser prejudicial. “Nesse caso, a rotina de não estar presente no ambiente corporativo precisa ser amenizada de alguma forma. Ações práticas como troca de e-mails constantes, conversas via Skype, teleconferências e – acima de tudo – reuniões presenciais e visitas nas empresas são fundamentais”, conta.

Vários perfis
Frattini destaca que o autoconhecimento pode ser determinante para o sucesso desse tipo de trabalho e analisa o comportamento das pessoas através da metodologia DISC (em português: Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade) que classifica os profissionais dentro desses quatro grupos. “A combinação dessas características são indicadores que ajudam a definir perfis que mais se encaixam em padrões de trabalho mais conservadores ou flexíveis”, diz.

Ele explica que na “Dominância” encontram-se pessoas diretas e assertivas, que têm foco nos resultados e miram o sucesso profissional. Na “Influência”, concentram-se pessoas comunicativas e extrovertidas que sabem persuadir e esperam reconhecimento. Já a “Estabilidade” atrai os estruturados que preferem trabalhar em ambientes organizados e que tem foco na estabilidade financeira. Na “Conformidade” estão os detalhistas que prezam pela qualidade, razão, procedimentos e que miram o reconhecimento.

“Essa análise comportamental, trazida para a prática corporativa, pode definir questões como profissionais que dependem da troca de informações diárias com líderes e gestores para dar andamento em suas tarefas diárias ou perceber aqueles que precisam fugir da pressão do ambiente de trabalho para aumentar a sua produtividade.”

Para Frattini, um ponto importante para o desenvolvimento da carreira é a visibilidade do profissional. “Isso deve ser trabalhado sempre, seja dentro das empresas no contato com os vários níveis hierárquicos ou com a oportunidade de estar presente fisicamente em algumas ocasiões. Esse marketing pessoal, a autoexposição e a pró-atividade são essenciais”, conclui.

Veja dicas de como trabalhar melhor em home office e como algumas empresas lidam com esta forma de trabalhar.

por Heloisa Valente

Texto publicado originalmente no Vagas Profissões.


Hugo Freire

Hugo produz conteúdos para ETALENT. Atuou em gestão corporativa em diversas empresas. Através das ferramentas ETALENT, descobriu seu amor pela Medicina. Foi atrás do seu sonho e hoje é nosso conteudista e correspondente na Rússia.

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