A ETALENT, consultoria em gestão de pessoas que fundei em 1987, acabou de lançar a pesquisa Talento Brasileiro, que contou com a participação de 1,3 milhão de pessoas de todas as regiões do Brasil, no período de 2007 a 2012. Entre as diversas conclusões, agora podemos afirmar em números que o povo brasileiro é, de fato, simpático e acolhedor, e que não somos tipicamente empreendedores.
O estudo mostrou também que a sociedade brasileira é formada por pessoas com alto fator de Influência (44% da amostra) e Estabilidade (28%). Nesse momento, você me pergunta: o que isso significa? Eu explico: pessoas com perfil Influente são comunicativas e de fácil relacionamento, enquanto os indivíduos de perfil Estável têm grande capacidade de ouvir e tendem a valorizar os relacionamentos de modo geral. O resultado da junção dessas duas características é uma qualidade visível dos brasileiros: a simpatia. Somos sim um povo acolhedor e simpático, e os números nos ajudam a confirmar essa conclusão: a soma dos fatores Influência e Estabilidade resulta em 72% – quase três quartos da população do país.
Conhecer o “Talento Brasileiro” nos deixou muito satisfeitos. E eu acredito que um dos principais resultados da pesquisa foi identificar que o talento humano ainda não é valorizado da forma como deveria. Você já parou para pensar que, na grande maioria das vezes, somos nós mesmos que não damos o devido valor aos nossos talentos? Faça um exercício simples: qual foi a última vez que você parou para refletir sobre suas características, suas aptidões? Qual o seu maior talento? O que você faz para colocá-lo a serviço?
Quanto mais conhecemos nossos talentos, maiores são as possibilidades de colocá-los à disposição de nosso próprio crescimento como indivíduos e também da sociedade como um todo. E é muito bom saber que podemos compartilhar com os outros o que temos de bom. Para isso – lembremos sempre – o autoconhecimento é fundamental. Sem ele, qualquer realização pessoal e profissional se transforma em pura e simples impossibilidade e, consequentemente, os talentos se tornam cada vez mais escondidos. Tesouros não devem ficar para sempre enterrados – é hora de descobrir nossos talentos! Estão prontos para esse desafio? Mãos à obra!
Por Jorge Matos, Presidente da ETALENT