Quem nunca se deparou com uma decisão difícil? Sabe aquela escolha que dá vontade de dizer: “Posso ficar com os dois?”. O fato é que a vida é feita de escolhas diárias e com os ganhos também vem as perdas, só nos resta a habilidade da tomada de decisão mais adequada. O primeiro passo é pensar racionalmente, colocar em ordem os critérios mais relevantes e tentar sistematizar as opções que temos dentro de nossa realidade e percepções.
Nosso mapa mental moldura, de certa forma, os cenários e também influenciam em possíveis julgamentos, o que é uma grande armadilha. O maior problema, contudo, não é esse! Ele vem quando as decisões possuem ambiguidade ou afetam outras pessoas ao nosso redor. Sabe aquela promoção maravilhosa que vai fazer você viajar três semanas por mês e com isso praticamente esquecer-se da família? Pois é, é preciso calcular os riscos e também ponderar as perdas e ganhos.
Mas o foco deste artigo é justamente quando, mesmo após análises racionais e várias ponderações críticas, a decisão ainda não está definida. Muitas vezes, a lógica não está confiável ou há informações conflitantes ou, pior, o planejamento deu todo errado. É neste momento que entra a intuição. Muitos confundem intuição com esoterismo ou até mesmo aquele desejo que está no inconsciente. A intuição é um campo bem mais profundo e está extremamente conectada com a fé pela vida.
A intuição vem do latim “intueri” que significa ver de dentro, por dentro, contemplar o interior e sempre aparece no intervalo de um pensamento e outro. A intuição, ao contrário do instinto, vem de um senso de abundância, de uma sensação de que para todo problema existe uma solução e no acreditar que é possível. Por isso que é difícil falar de intuição sem mencionar a criatividade, pois as soluções geralmente são bem criativas. É necessário ter uma profunda confiança em nossas capacidades interiores para gerar insights e por isso que o cansaço, o stress ou a depressão anulam este processo. É preciso exercitar esta confiança, experimentar a cada dia o uso da intuição e a liberdade da criatividade para que, na medida em que as decisões forem elaboradas, a confiança e respeito por si aumentem substancialmente.
Vale lembrar alguns erros mais comuns: alguns tomam decisões baseadas no gostar ou não das pessoas, a conhecida amizade ou desconfiança e dizem que a decisão foi intuitiva. Ledo engano! Ou pior, escolhem a alternativa mais fácil com ganhos em curto prazo e mais uma vez falam que foi um sentimento de que este era o melhor caminho. Além disso, a autoconfiança em exagero também pode atrapalhar, pois com ela vem certa arrogância e uma certeza perigosa. Como diria Mário Sérgio Cortella, “a dúvida é sempre benéfica por permitir olhar ao redor antes de uma decisão” e Friedrich Nietzsche com maestria dizia que: “a maior inimiga da verdade não é a mentira, é a convicção”.
Os grandes convictos têm certezas absolutas que não permitem ouvir outras opiniões diferentes das deles e geralmente reduzem seu campo de visão do mundo, onde a intuição e a criatividade ficam sem espaço. E a profecia auto-realizável? Aquela conhecida situação que de tanto a pessoa falar que vai acontecer de uma forma, o cérebro se programa e inconscientemente faz de tudo que para se realize. E no final vem aquela frase: “Não falei?”.
Tanto a intuição como o processo criativo exigem das pessoas uma flexibilidade cognitiva, cientificamente chamada de Neuroplasticidade. Este palavrão, na verdade, só é um termo que fala sobre a capacidade do cérebro em fazer novas conexões, conhecer novas possibilidades, experimentar mais coisas e com isso buscar mais opções na tomada de decisão. Mas isso é um assunto para outro dia! O importante é praticar a fé e a confiança na vida! Pensar positivamente e quando na tomada de decisão vir uma intuição, deixar fluir o processo criativo sem pestanejar, sem ficar se questionando se este realmente foi o melhor caminho. Afinal, a escolha sempre será a melhor dentro das nossas possibilidades. Pensem nisso!
Por Fernanda Dutra
Formada em Administração de Empresas pela Universidade Paulista e pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas e em Marketing pela Universidade Mackenzie. Especializada em Consultoria Interna pela Adigo Consultores, Master Practitioner em Programação Neurolinguística pela SBPNL, Gestão Estratégica em Neurobusiness pela Tai Consultoria e Coaching Internacional pela Academia Brasileira de Coaching. Formada em Artes Plásticas na Escola Panamericana de Arte e, por sete anos, frequentou aulas práticas de pintura e desenho no MuBE e especializou-se em teatro na Academia do Palestrante. Atua como Consultora “DISC” nível avançado pela ETALENT. Atualmente é Sócia/Diretora da Tríax Treinamento e Desenvolvimento Humano, atua em diversas empresas do mercado segurador e em escolas como SENAC e Sincor.
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Hugo Freire
Hugo produz conteúdos para ETALENT. Atuou em gestão corporativa em diversas empresas. Através das ferramentas ETALENT, descobriu seu amor pela Medicina. Foi atrás do seu sonho e hoje é nosso conteudista e correspondente na Rússia.