Em minhas experiências com executivos, sempre que pergunto “qual o papel do líder ou qual a diferença entre líder e gerente?”, a resposta é quase sempre a mesma, “líder é alguém que estimula sua equipe a trazer resultados e gerente alguém que planeja, organiza, acompanha e controla para que os resultados aconteçam”. Portanto, em ambos os casos, o “RESULTADO” é algo que aparece. O desafio é compreender quais são os caminhos para ter uma equipe comprometida e focada.
A dúvida em torno de como tirar o melhor desempenho e atingir os resultados através da equipe tem sido umas das principais buscas dos líderes mais experientes e o que tem formado especialistas em liderança em Coach, nos últimos tempos, com a finalidade de contribuir com o desenvolvimento destes líderes a converter metas ousadas em estratégias organizacionais.
Para ser um líder de alta performance é necessário, em primeiro lugar, ser capaz de liderar a si mesmo. Um líder que não se conhece provavelmente terá mais dificuldades para conhecer e gerenciar sua equipe. “Somos capazes de controlar apenas aquilo de que temos consciência, aquilo sobre o que não conhecemos nos controla” , já dizia John Whitmore, Coach de Performance. O autodesenvolvimento pressupõe o conhecimento, o controle e o desenvolvimento das Inteligências Cognitivas, Emocional e Social.
Outra questão importante no processo de formação da equipe de alta performance é identificar o conhecimento, as habilidades e principalmente o comportamento necessários para atuar em sua equipe, ter clareza da missão, visão e valores da área, contribuem para melhores resultados, assim como definir metas e objetivos claros, relevantes e mensuráveis.
Muitos de nós, quando se trata de desenvolvimento, pensa logo em um curso técnico, uma nova metodologia, outra pós-graduação, leitura de um livro etc., o que contribui muito, porém, o maior motivo do fracasso de alguns executivos está ligado a Inteligência Emocional e, portanto, aos seus relacionamentos e a forma como lidera pessoas.
Alguns executivos imaginam, equivocadamente, que o estilo de liderança é uma função da personalidade e não uma opção estratégica. Em vez de escolherem um estilo que condiz com seu temperamento, deveriam perguntar que estilo é mais adequado para cada situação.
Já ouvi comentários do tipo “o bom líder é aquele que nasce pronto”. É verdade que alguns nascem prontos, mas isto representa um pequena minoria. O fato é que é possível desenvolver estas habilidades, independente do perfil comportamental ou temperamento que possui.
Estes mesmos executivos fracassam porque intimidam e são ríspidos. São racionais e têm dificuldade em valorizar e reforçar os comportamentos de seus colaboradores, permanecem apegados a antigas funções, não pensam estrategicamente, centralizam as decisões e utilizam seu tempo de forma pouco produtiva.
Um estudo realizado pela consultoria Hay/Mcber, a partir de uma amostra de seu banco de dados com mais de 20 mil gestores de todo o mundo, mostra que os melhores líderes são aqueles que possuem as seguintes competências da inteligência emocional: autoconsciência, autocontrole, motivação, empatia e gestão dos relacionamentos. O líder bem-sucedido é aquele que consegue seguidores, tem foco e cria estratégias para sua equipe buscar resultados de forma responsável e comprometida.
Uma importante ferramenta de liderança é a comunicação. É através dela que os gestores apresentam os resultados desejados, negociam prazos e qualidade na entrega, informam os comportamentos a serem desenvolvidos, delegam e ouvem as expectativas da equipe.
Outra ferramenta importante é o feedback que por muitas vezes é evitado por medo das reações do colaborador ou por falta de clareza e dos motivos que o levam a esperar tais resultados da equipe. O fato é que todo colaborador espera que, em algum momento, seu desempenho seja avaliado e por muitas vezes tem dificuldades de entregar resultados por não saber onde podem melhorar e nem sabem como são vistos pelos seu gestor.
Portanto, para que a equipe atinja os resultados tão desejados por líderes e empresários é necessário autoconhecimento, observação e controle da equipe e das situações adversas, assim como ações de desenvolvimento que levem o crescimento da equipe.
Formada em Pedagogia, pós-graduada em Gestão de Pessoas e Qualidade e Consultora DISC. É Psicodramatista, Consultora com foco na Antroposofia, Gestão Estratégica em Neurobusiness e Coaching Internacional. Cursa Pós em Transdisciplinaridade. É co-autora do livro PNL&Coaching, sócia da Tríax Treinamento e Desenvolvimento Humano, e docente em escolas como SENAC e Sincor.
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Hugo Freire
Hugo produz conteúdos para ETALENT. Atuou em gestão corporativa em diversas empresas. Através das ferramentas ETALENT, descobriu seu amor pela Medicina. Foi atrás do seu sonho e hoje é nosso conteudista e correspondente na Rússia.