Durante anos, a gestão de pessoas foi sinônimo de metas anuais, indicadores fixos de performance e avaliações de desempenho que aconteciam apenas uma ou duas vezes por ano. Só que o mercado mudou, o trabalho virou um organismo vivo e as empresas começaram a perceber algo óbvio, mas ignorado por muito tempo: pessoas não funcionam da mesma forma todos os dias. A energia flutua. O foco sobe e desce.
A criatividade tem picos e vales. E é exatamente esse entendimento que está dando origem à nova tendência global em Recursos Humanos: a performance orientada pelo ciclo biológico, ou energy-based performance, um modelo que respeita o ritmo natural do profissional para alcançar resultados superiores.
O conceito ganhou força em 2025 como resposta ao burnout generalizado, à queda de produtividade em modelos híbridos e ao aumento das doenças relacionadas ao estresse. Pesquisas recentes de consultorias internacionais mostram que cerca de 62% dos trabalhadores afirmam ter dificuldades em manter desempenho consistente ao longo da semana. Em grandes centros urbanos, esse número ultrapassa 70%. Não por acaso, empresas começaram a abandonar a falsa ilusão da produtividade linear.
Nesse novo modelo, a pergunta do gestor deixa de ser ‘O que você entregou?’ e passa a ser ‘Em que momento do seu ciclo você performa melhor?’. A partir disso, times são organizados para aproveitar períodos de alta energia — para projetos criativos e decisões estratégicas — e períodos de baixa energia — para execução, rotinas ou tarefas operacionais. Essa lógica, que há poucos anos seria considerada revolucionária, hoje já aparece como diferencial competitivo. Especialmente nas empresas que lidam com mercados de alta pressão e ciclos acelerados.
Como a ETALENT antecipa a mudança de análise de performance?
A ETALENT vem antecipando esse movimento há anos ao colocar o mapeamento de energia como pilar central de práticas de RH humanizadas. Ao entender o ciclo energético de cada colaborador, gestores conseguem planejar entregas de forma mais eficiente, reduzir conflitos internos e aumentar o engajamento de maneira sustentável. Em vez de tentar forçar todos os profissionais a performar no mesmo pico ao mesmo tempo, o RH passa a desenhar estratégias individualizadas que respeitam o funcionamento natural de cada pessoa.
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Esse conceito se conecta diretamente à evolução das metodologias de autoconhecimento corporativo. Se antes o foco era exclusivamente em competências e comportamentos, agora a agenda do RH inclui temas como ritmo de energia. Além disso, gatilhos de produtividade, padrões emocionais e até preferências cognitivas. É uma mudança estrutural, porque tira o peso da comparação entre colaboradores. Além disso, coloca a atenção no alinhamento entre a energia disponível e o tipo de tarefa executada.
Os resultados começam a aparecer. Empresas que adotaram modelos energy-based em performance relatam até 27% de aumento na produtividade, além de redução significativa nos índices de exaustão e presenteísmo. Outro efeito importante é a melhora na qualidade das entregas criativas. Ou seja, quando colaboradores trabalham justamente no momento em que têm mais energia, o produto final tende a ser mais consistente e inovador.
Desafio para o RH
Para o RH, a mudança representa um desafio e uma oportunidade. Exige abandonar práticas ultrapassadas de controle e abraçar ferramentas capazes de diagnosticar perfis energéticos com profundidade. Portanto, um ponto em que soluções como as da ETALENT se tornam essenciais. O profissional deixa de ser visto como uma máquina e passa a ser compreendido como um sistema vivo, que flui, varia e se transforma ao longo do dia.
Essa tendência, que parecia restrita a startups de tecnologia, agora chega a bancos, indústrias, varejistas e empresas tradicionais. Executivos começam a perceber que respeitar o ciclo biológico dos colaboradores não é um gesto de gentileza — é estratégia de negócio. A produtividade não está no volume de horas, e sim no uso inteligente da energia.
Na prática, o RH do futuro será menos sobre cobrança e mais sobre precisão. Menos sobre calendarizar reuniões e mais sobre sincronizar picos de energia. Menos sobre ‘entregar mais’ e mais sobre ‘entregar melhor’. Um mercado que finalmente entendeu que ninguém performa no modo 100% o tempo inteiro — e que as empresas que respeitam isso crescem mais rápido.



