Não é raro encontrarmos dentro das organizações pessoas desmotivados, tristes e com baixa autoestima. Os motivos podem ser os mais diversos. Um deles é a forma como utilizam seus Talentos.
Cada indivíduo possui pontos fortes e fracos, que formam seu talento. Entretanto, pessoas com esta tristeza extrema não conseguem enxergar suas qualidades e se sentem incapazes de realizar a maioria das atividades. É o que denominamos de perfilUndershift.
No ambiente de trabalho, o Undershift geralmente é um profissional que está passando por uma pressão muito grande, não sabe como entregar os resultados esperados, se sente retraído e deprimido, pois não consegue enxergar um horizente favorável. Já na esfera pessoal, situações Undershift ocorrem quando o indivíduo passa por momentos dolorosos na vida, como divórcios, perda de um membro da família, endividamentos e outros casos.
As organizações precisam considerar que as pessoas são boas em algumas coisas, não tão boas em outras e que o ambiente de trabalho pode interferir no seu rendimento. Os profissionais de recursos humanos são de extrema importância para ajudar a identificar situações que precisam de atenção especial.
O Ph.D em psicologia pela Universidade de Harvard, William Moulton Marston, definiu que todo ser humano é constituído por quatro fatores comportamentais: Dominância (indivíduos diretos e assertivos), Influência (comunicativos e extrovertidos), Estabilidade (organizados e estruturados) e Conformidade (analistas e metódicos). A partir desta definição, a ETALENT desenvolveu a pesquisa Talento Brasileiro, que mapeou as características comportamentais dos brasileiros. Os resultados da pesquisa demonstram que apesar de reduzido, homens e mulheres se sentem nessa situação extrema.
Pessoas nesta situação precisam de ajuda. Necessitam de quem possa motivá-las, mostrar-lhes que são capazes e que, sim, a velocidade do mundo é a mesma para todos e elas certamente conseguirão avançar e crescer.
Por Jorge Matos, presidente da ETALENT.