Grande parte das pessoas que sofrem de depressão não percebe que estão doentes e precisam de tratamento. A doença é carregada de estigmas e preconceitos, o que dificulta o acompanhamento clínico do caso.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão afeta 350 milhões de pessoas em todo o mundo. Embora seja uma doença comum a muitos indivíduos, os sintomas são distintos de pessoa para pessoa. As características depressivas mais comuns são tristeza, desânimo, mudança repentina de humor e falta de produtividade no trabalho.

Dentre as causas de depressão pelas quais muita gente passa – e que todos os indicadores insistem em mostrar serem crescentes – está o fato de as pessoas se sentirem obrigadas a exercer atividades contrárias à sua natureza e pressionadas a obter desempenhos melhores a cada dia.

De acordo com os estudos do Ph.D em psicologia pela Universidade de Harvard, William Moulton Marston, todo ser humano é constituído por quatro fatores comportamentais: Dominância (indivíduos diretos e assertivos), Influência (indivíduos comunicativos e extrovertidos), Estabilidade (indivíduos organizados e estruturados) e Conformidade (indivíduos analistas e metódicos). Cada fator comportamental possui características e talentos indicados para determinadas atividades.

Entretanto, as pessoas frequentemente são convidadas a fazer atividades inversas a seus talentos. É como se fosse dito a elas: pegue o que você tem de melhor e jogue no lixo, pois vamos lhe exigir o que menos gosta. Essa situação demonstra o que é colocar a pessoa certa no lugar errado. Partimos do princípio que os profissionais são sempre pessoas certas, mas que podem estar em locais adequados ou inadequados a elas.

Uma solução para diminuir as causas de depressão, pelo menos no que diz respeito à inadequação comportamental no trabalho, é definir claramente a arquitetura comportamental dos cargos e buscar profissionais sintonizados com a atividade.

Atualmente, as pessoas vivem mais e o trabalho na vida moderna ocupa praticamente três quartos da vida dos indivíduos. Ou investimos mais na qualidade de vida dos trabalhadores, ajudando-os a se cuidarem, ou a eles adoecerão e a conta será alta para todos.

Por Jorge Matos, presidente da ETALENT.


 

 

 


Hugo Freire

Hugo produz conteúdos para ETALENT. Atuou em gestão corporativa em diversas empresas. Através das ferramentas ETALENT, descobriu seu amor pela Medicina. Foi atrás do seu sonho e hoje é nosso conteudista e correspondente na Rússia.

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