Conforme as tecnologias avançam, a transformação digital se instala e as mudanças surgem no cenário. Realizar o desenvolvimento e o aprimoramento das habilidades de forma constante tornou-se cada vez mais importante para os profissionais e para as organizações. De acordo com um estudo realizado pelo World Economic Forum, estima-se que cerca de 85 milhões de empregos podem desaparecer até 2025, principalmente por conta da mecanização de funções, enquanto 97 milhões de novos cargos podem surgir a partir de seus desdobramentos e das demandas futuras.
Outro dado trazido pela pesquisa que demonstra a velocidade das mudanças é a constatação de que 42% das principais competências e habilidades requeridas pelos cargos irão mudar até 2022. O levantamento deste tipo de informação torna flagrante a importância de incentivar o processo de aprendizagem contínua dos colaboradores e, assim, aumentar a sua adaptabilidade. Afinal, os dados mostram que a questão não é mais se teremos que lidar com novos desafios e sair da zona de conforto e, sim, quando isso irá acontecer.
À medida que o mundo dos negócios se modifica, entra em contato com novos recursos e remodela suas exigências, os colaboradores se deparam com novos requisitos para não apenas ingressar, como também para conseguir se manter no mercado de trabalho. E dois grandes aliados nessa jornada de preparação e adaptação de pessoal para o momento futuro são os processos de reskilling e upskilling.
Quer saber mais sobre eles e descobrir como empregá-los na sua empresa? Então, siga com a gente no artigo de hoje!
- O que são upskilling e reskilling?
- A importância destes conceitos
- Como desenvolver upskilling e reskilling no dia a dia?
O que são upskilling e reskilling?
Apesar dos nomes aparentemente complexos, esses são conceitos simples de entender. Ambos têm origem na palavra skill – “habilidade” em inglês – e da derivação skilling que, apesar de não ser oficial no idioma, tem sido utilizada para se referir ao ato de tornar-se hábil em algo ou desenvolver a própria habilidade. E é exatamente nisso em que consistem.
O upskilling está relacionado ao aprimoramento de habilidades, ou seja, refere-se ao desenvolvimento em um campo já dominado pelo profissional visando a aumentar sua capacidade e competência. É o caso de um arquiteto que aprende a usar novos programas e ferramentas que o ajudem a aprimorar o seu desenho técnico, por exemplo.
O intuito, nesse caso, não é aprender a construir uma planta de projeto e, sim, tornar o processo otimizado, esteja isso representado em maior facilidade na hora de utilizar os softwares ou na conquista de resultados finais ainda mais significativos.
“Eu aprimorei minhas habilidades um pouquinho“
O reskilling, por outro lado, equivale a um tipo de “requalificação”. A proposta aqui é que os profissionais aprendam habilidades novas, que possibilitem uma versatilidade maior, já que, muitas vezes, estas são competências diferentes das exigidas originalmente pelo cargo. Isso permite que a empresa consiga alocar esses colaboradores para exercerem funções distintas.
Uma boa analogia para entender as vantagens trazidas pelo reskilling é imaginar o colaborador como um jogador de futebol. Para os técnicos, contar com atletas que assumam diferentes posições é vantajoso, já que isso permite criar novos esquemas táticos e adaptar os times às necessidades de cada partida. Para um gestor, a situação não é diferente: colaboradores versáteis podem agir em diferentes setores, o que ajuda a empresa a se adaptar às demandas e evita gastos com novas contratações, por exemplo.
A importância destes conceitos
Em um cenário marcado pela automação, ter o cuidado de estar sempre atualizado evita a defasagem e pode ser a diferença entre conseguir manter uma empresa em atividade ou não. Percebe-se que, cada vez mais, os profissionais que desejam se preparar para o futuro precisam trilhar um caminho de constante aprendizado, evolução e desenvolvimento.
Criatividade, inteligência emocional e interpessoal, pensamento crítico, coordenação, domínio de ferramentas tecnológicas, comunicação, empatia, e capacidade para tomar decisões certeiras são alguns exemplos de competências que tendem a ser cada vez mais exigidas pelo mercado. Para adquiri-las, é fundamental criar hábitos capazes de contribuir para o processo de aprendizado contínuo, que não deve ficar restrito ao incentivo das empresas – é importante que haja, também, autonomia do próprio colaborador para se autodesenvolver.
Em um estudo feito pela McKinsey Global Institute, constatou-se que as habilidades cognitivas, sociais, emocionais e tecnológicas serão altamente requisitadas no mercado de trabalho até o ano de 2030. E profissional que vem, desde então, buscando o crescimento constante e procurando se aprimorar tem a possibilidade de chegar lá pronto para lidar com tais mudanças. Ao se preparar para o momento, ele agrega valor a si mesmo, à sua equipe e à empresa da qual faz parte. Para concretizar essa meta, o upskilling é essencial.
Estabelecer a aprendizagem como algo constante ajuda a criar leques de habilidades técnicas e comportamentais abrangentes, que podem, inclusive, servir em outras áreas de atuação. Isso significa que, se o seu cargo for um daqueles que podem ser automatizados ou acabar desaparecendo no mercado futuro, o processo de realocação será mais fácil e natural para você, já que, ao aderir a essa mentalidade, você pratica o reskilling constantemente.
Como desenvolver upskilling e reskilling no dia a dia?
Como vimos, esses processos reiteram a necessidade de aprendizado e desenvolvimento contínuos das pessoas e focam, sobretudo, em desenvolver habilidades e características essenciais para se adaptarem às demandas cada vez mais mutáveis do mercado.
Dito isso, é importante ressaltar que a realização do aprimoramento e da requalificação deve ser feita a partir de esforços coletivos vindos tanto dos profissionais quanto da empresa onde trabalham. Promover as práticas internamente e dar condições aos processos é importante, mas essa medida não funciona se os profissionais não possuem esse desejo, assim como buscar aperfeiçoamento constante em um ambiente onde isso não é uma prioridade também não.
Por isso, separamos nossas dicas em duas categorias: para as organizações e para os profissionais.
Para as organizações
Desenvolva um planejamento estratégico
Um planejamento estratégico ajuda a identificar quais colaboradores apresentam gaps de desenvolvimento em relação às suas funções atuais ou futuras (considerando o plano de carreira) e precisam passar por processos de upskilling e reskilling. Nesse momento, contar com uma ferramenta de Gestão de Pessoas como o Etalent PRO para realizar essa tarefa da melhor forma possível é essencial. Isso porque a plataforma possui funcionalidades para identificar, mapear e desenvolver os talentos, permitindo, assim, que a necessidade de aprimoramento e requalificação dos profissionais fique ainda mais visível para os gestores.
Esses gaps podem ser bem apontados por ferramentas de avaliação de perfil comportamental, como o Etalent PRO, que traz grandes insights a respeito do comportamento dos colaboradores, seus pontos fortes e pontos a desenvolver.
Além disso, o planejamento explicita quais setores necessitam de mais mão de obra e que tipos de programas de treinamento e desenvolvimento serão mais efetivos para os profissionais de cada organização. Esse tipo de medida é bastante efetivo especialmente quando há investimento por parte da empresa, interesse do colaborador e um RH estratégico, estruturado e organizado.
Mapeie as habilidades
É importante que a organização esteja ciente de que tipos de habilidades são necessárias para seu crescimento e para que alcance as metas futuras. E uma boa forma de fazer isso é utilizando os chamados pools de talento, que ajudam na identificação dessas competências.
Outra forma interessante de mapeamento é o Mapa de Talentos, que faz não só o mapeamento do clima e da cultura organizacional, como também o levantamento das características mais presentes naquele projeto, time ou organização.
Os Relatórios de Desenvolvimento gerados pelo Etalent PRO detalham os aspectos comportamentais de cada colaborador, o que ajuda a identificar suas características mais marcantes, as que ficam em segundo plano e a desenvolver novas habilidades. Essa funcionalidade é bastante interessante, principalmente quando alinhada à utilização do Mapa de Talentos.
Dessa forma, fica mais fácil observar quais habilidades a empresa já tem à disposição e compreender quais precisam ser criadas e desenvolvidas através dos processos de aprimoramento e requalificação.
Crie programas de treinamento e desenvolvimento
A educação formal vinda de escolas e universidades é, sem dúvida, muito importante para o desenvolvimento da carreira de um profissional. No entanto, vale frisar que nem sempre esses cursos são a melhor opção para o aprimoramento das habilidades de um colaborador. Há muito que pode ser oferecido por treinamentos e cursos vindos da própria empresa, como programas voltados para a capacitação no uso de softwares específicos ou até mesmo exercícios focados nas soft skills e na mudança pessoal.
Com o Assessment Center ETALENT, é possível realizar avaliações de desempenho completas e, assim, identificar os pontos fortes e fracos em relação a conhecimentos, habilidades e competências comportamentais por parte das equipes. Dessa forma, a empresa fica ciente dos gaps organizacionais e tem a possibilidade de trabalhar para desenvolvê-los e chegar aonde deseja.
Promova a aprendizagem contínua na cultura organizacional
Adotar a cultura de aprendizagem na organização como um de seus valores estimula os profissionais a buscarem o conhecimento e o aprimoramento por si próprios. Além de oferecer possibilidades para o desenvolvimento das habilidades, é importante que a empresa também incentive a mentalidade internamente e, para que isso seja feito, vale tudo: criar eventos, programas de mentoria e rodas de debates são boas formas de alavancar o processo.
Utilize recursos tecnológicos
Com o avanço constante da tecnologia, é natural a utilização desses recursos como auxílio para diversas funções dentro das empresas, o que pode ser especialmente importante para facilitar o trabalho do setor de Recursos Humanos. Hoje, existem ferramentas capazes de encontrar candidatos adequados para ocupar determinados cargos, pesquisar por habilidades e até mesmo de fazer o mapeamento da organização e identificar se todos os profissionais estão exercendo funções que potencializam suas capacidades técnicas e comportamentais.
Neste artigo, damos algumas dicas que podem te auxiliar neste processo de implementar mais tecnologia no seu dia a dia corporativo, principalmente para a Gestão do Capital Humano.
Para os profissionais
Como ressaltamos, os processos de upskilling e reskilling têm que partir, também, dos profissionais. Para isso, é importante:
- Desenvolver um mindset voltado para o aprendizado contínuo;
- Estar sempre estudando e se atualizando, seja observando novas tendências, fazendo cursos, workshops, oficinas ou participando de palestras;
- Adquirir conhecimento em relação às ferramentas tecnológicas;
- Estar atento às áreas correlatas à sua função e procurar aprender habilidades ligadas a essas atividades;
- Estar aberto às possibilidades de realocação interna e entender o que você pode utilizar das suas próprias habilidades neste processo;
- Trabalhar o autoconhecimento para desenvolver suas soft skills, principalmente as relacionadas à inteligência.
E, por último, mas não menos importante: jamais menospreze a necessidade de evolução e aprimoramento profissional e pessoal. Com tamanha evolução tecnológica, há muito o que melhorar e aprender. Procure sempre ser a melhor versão de si mesmo!
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Fernanda Misailidis
Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.