A promessa do modelo híbrido era clara: unir o melhor dos dois mundos. Mas, na prática, ele também trouxe um novo tipo de tensão silenciosa: os conflitos de percepção, comunicação e confiança entre quem está presente fisicamente e quem trabalha remotamente.
Essa divisão, muitas vezes invisível, pode gerar ruídos que desestruturam equipes inteiras, especialmente quando a gestão não está preparada para lidar com as diferenças sutis de presença, acesso e visibilidade.
O novo tipo de conflito
No modelo híbrido, surgiram conflitos que não existiam ou eram menos frequentes no presencial:
- Sensação de favoritismo por parte de quem está mais presente fisicamente
- Desentendimentos causados por falhas de comunicação assíncrona
- Mal-entendidos por ausência de linguagem não-verbal
- Percepção de exclusão por parte de quem trabalha remoto em decisões informais ou almoços de equipe
Desse modo, esses pequenos atritos, se não tratados com sensibilidade, viram ressentimento. E o ressentimento, por sua vez, corrói a confiança, a colaboração e a motivação dos times.
Liderar à distância exige nova escuta
Líderes preparados para o híbrido são aqueles que desenvolvem novas competências: escuta ativa, empatia digital, leitura de contextos sutis e capacidade de equilibrar diferentes estilos de trabalho.
A gestão de conflitos deixa de ser apenas reativa — e passa a ser preventiva. Ou seja, ela começa na forma como as rotinas são organizadas, como as vozes são ouvidas e como os feedbacks circulam no time.
Cabe ao RH mapear os focos de tensão recorrentes e ajudar as lideranças a reconhecerem seus próprios vieses de gestão presencial. Além disso, é essencial oferecer ferramentas para que os próprios colaboradores desenvolvam autoconhecimento comportamental e consigam entender seus gatilhos, limites e formas preferenciais de lidar com o conflito.
É aqui que a ETALENT se torna uma aliada estratégica.
Dessa maneira, por meio da metodologia DISC, conseguimos identificar os diferentes estilos de comunicação e reação ao conflito — alguns perfis são mais diretos e confrontadores, enquanto outros evitam confronto a todo custo, mesmo que isso comprometa o resultado.
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Com esses dados em mãos, líderes e RHs conseguem criar estratégias personalizadas de mediação, comunicação e reconexão entre pares.
Conflito nem sempre é problema — se for bem conduzido
Vale lembrar: o conflito em si não é negativo. Na verdade, ele é essencial para a inovação, desde que exista segurança psicológica para discordar, expressar e reconstruir.
Times híbridos que conseguem lidar bem com as tensões naturais do trabalho moderno tendem a apresentar:
- Maior diversidade de ideias
- Processos mais robustos
- Cultura mais transparente e madura
Tudo isso começa com um RH atento e uma liderança disposta a evoluir.
Conclusão: presença não é só física, é relacional
Portanto, a verdadeira presença que precisamos cultivar nas equipes híbridas é emocional e relacional. Estar perto, mesmo longe. Ouvir, mesmo sem ver. Apoiar, mesmo sem controlar.
Com o apoio das soluções da ETALENT, é possível desenvolver essa nova musculatura da liderança e promover ambientes em que o conflito seja combustível de crescimento — e não armadilha silenciosa da produtividade.



