Ao aprofundar sua experiência pela Plataforma MyEtalent, o grande desafio do usuário – e um dos aspectos que agregam real valor à ferramenta – é ser forçado a pensar em que ações podem contribuir para desenvolver determinadas características do Subfator “x” ou “y” ou “z”. Isso aumenta enormemente o autoconhecimento, pois exige que o indivíduo faça conexões entre seu comportamento atual e aqueles que ele busca desenvolver e seu contexto.
Mostra que o MyEtalent não é um robô que tem tudo pré-definido e o usuário não precisa criar suas soluções. Ele poderá ter dificuldade, mas enquanto pensar no assunto, ele será obrigado a fazer o que normalmente não faz: refletir. Refletir é projetar e receber de volta, como a luz que reflete numa superfície e volta de forma reelaborada. Ele deverá ter compreendido seu Relatório. Os exemplos oferecidos na Plataforma são orientadores, mas sempre que possível – e sempre é possível – devem ser relacionados à realidade do dia a dia do usuário.
Primeiro, o usuário precisa compreender o significado do Subfator que ele quer trabalhar. Por exemplo, tenho que desenvolver Autoconfiança. No Glossário, esse Subfator é definido como aquele atributo de pessoas que não têm dúvidas sobre como agir e se sentem à vontade em praticamente qualquer situação social, lidam facilmente com estranhos e não temem iniciar contatos. Se para esse Subfator eu selecionar: Com Foco na: “Persuasão” e Conseguirei Melhor Adaptar meu Comportamento Se Eu: “Elaborar Argumentos de Modo a Despertar a Atenção das Pessoas” que ação eu poderia criar?
O usuário deve pensar na sua realidade do dia a dia. Vamos pensar numa realidade para o exemplo acima. No caso de um profissional de Vendas, em uma reunião com um prospect, ele pode investigar previamente algumas características do setor de atuação e da própria empresa, organizar anotações e formular algumas perguntas estratégicas que mostrem que está informado sobre a área, se interessou pelo negócio e valoriza o interlocutor, que está visitando pela primeira vez, querendo saber mais. Se ele adotar isso como prática, vai se sentir cada vez mais autoconfiante. Novos contatos serão fáceis para ele, sempre que estiver mais bem preparado. Não é preciso escrever tudo isso, mas simplesmente: Preparar reunião com os prospects do setor de Comunicação, empresa X que visitarei em DD/MM/AA.
No meu plano, por exemplo, eu incluí a ação de desenvolver a Sociabilidade ampliando meu networking, fazendo pelo menos dois contatos novos por mês e frequentando mais eventos de gestão de pessoas. Muitos exemplos poderiam ser dados e é importante que todos façam o exercício para treinar. A pergunta deve ser: qual a situação do dia a dia, com quem especificamente eu poderia treinar essa característica?
Como medir o progresso de forma exata?
No curto prazo, precisamos focar na ação propriamente dita, muito mais do que na meta percentual expressa no gráfico (Fatores ou Dodecaedro). Na prática, o que ocorre é que você não tinha uma atitude e agora a tem, o que é tangível, proporcionada pela ação, com data, que você programou (se cumpri-la, é claro). No exemplo dado, se eu planejei fazer no mínimo dois contatos por mês e eu fiz um este mês, nenhum no mês seguinte e um no outro, posso mensurar o que estou praticando em relação ao alvo e não estou atingindo minha meta.
Quanto mais prática e ligada ao meu dia a dia a ação for, mais eu vou poder reconhecer se atingi minha meta ou não e o quanto dela atingi. Se eu, por exemplo, assumir uma atitude mais segura numa reunião de trabalho ou numa entrevista, posso entender que estou conquistando meu desenvolvimento como pretendia.
Algumas atitudes ou comportamentos desenvolvidos podem ser atestados por feedbacks, como a funcionalidade do serviço permite. Como vivemos em uma comunidade profissional, é interessante ter opiniões, mas principalmente de pessoas ligadas ao contexto da minha ação. Por exemplo, se eu quero melhorar meu entusiasmo no contato com clientes, será que eu consigo avaliar isso através de um colega que não vai comigo às visitas comerciais? Claro que não! É o caso de procurar meu superior e discutir com ele como tem agido e o que ele me sugere.
É interessante acrescentar que atitudes são expressas por comportamentos visíveis. E aí você sabe se está se desenvolvendo ou não.
Qualquer processo de desenvolvimento de um Subfator ou Fator tenderá a aparecer primeiro no Perfil Adaptado e, se isso vai dando certo para nossa vida, incorporamos esse crescimento gradualmente ao Perfil Estrutural. Leva um certo tempo, que depende do que se pretende desenvolver e o contexto em que se vive. Primeiro se reconhece o comportamento desejado. Ele aparecer no perfil é consequência.
No âmbito profissional, três coisas atestarão se você desenvolveu determinada competência:
(1) sua autoconsciência (fruto da autoreflexão);
(2) o feedback de pessoas diretamente envolvidas com o comportamento almejado (seu superior, pares e subordinados);
(3) os resultados que você está atingindo (em produtividade, fazendo mais em menos tempo, com menos recursos, aumentar o número de clientes na sua carteira, bater suas metas de vendas etc).
Este texto não esgota ao assunto, mas procura ajudar um pouco mais nossa Experiência MyEtalent. Se alguma questão não ficou clara para você, entre contato para que possamos aprender juntos.
Por Sidney Frattini, Consultor Master da ETALENT
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Hugo Freire
Hugo produz conteúdos para ETALENT. Atuou em gestão corporativa em diversas empresas. Através das ferramentas ETALENT, descobriu seu amor pela Medicina. Foi atrás do seu sonho e hoje é nosso conteudista e correspondente na Rússia.