Em qualquer fase da vida, a presença muitas vezes até silenciosa de uma mãe, é insubstituível. O maior legado que uma mãe pode deixar para os seus filhos é a autoestima e a autoconfiança, que, certamente, ele irá precisar para enfrentar o mundo com equilíbrio emocional.

Isto é difícil porque os pais tendem a “educar” seus filhos com base em suas próprias características individuais, sem buscar entender as características deste filho que o fazem único. Quem não se conhece, não pode entender de diferenças individuais nem lidar bem com elas. Compreender antes de agir é a base para tomar atitudes sábias.

Mãe é tão importante que cada vez que ela atua junto ao seu filho, aquele comportamento fica marcado no inconsciente dele e repercutirá ao longo de sua existência, auxiliando ou prejudicando, mesmo quando ela não estiver mais aqui.

Para cada fase da nossa vida e da vida de nossos filhos, novos comportamentos. Algumas mães continuam tratando seus filhos de 20 anos como se eles tivessem 10 anos. Criticando, ordenando, mostrando como ele deve agir, como se o filho não tivesse cérebro. Isto não desenvolve autoconfiança e autoestima.

Estas mães nunca deixaram que a criança ou adolescente tentasse, inventasse, pensasse e experimentasse uma solução inteiramente sua. Dificilmente elogiaram. Tentaram transformar seu filho sem sequer conhecê-lo. Transformar, sem conhecer, é destruir.

Crianças aprendem pela repetição. Fale menos e procure agir mais. Adolescentes aprendem pela experimentação. Converse, procure saber o que eles pensam sobre os assuntos que lhe metem medo, como drogas, gravidez, abuso sexual etc., crie o espaço para mobilizar a consciência que deverá preceder à experimentação.

Adultos aprendem pela comparação. Perguntam como o outro agiu e copiam o comportamento. É hora de aprenderem pela reflexão. MBAs nos preparam para o mercado e o que nos prepara para educar nossos filhos? Quantos livros você já leu sobre educação de filhos? O quanto investe no seu próprio equilíbrio emocional?

Repetimos a falta de conhecimento de nossos pais copiando atitudes que desenvolvem sentimento de culpa e de menor valia nas crianças e nos adolescentes: “se você não comer, não vai brincar”. “Não gosto que você faça isso”. Atitudes que mostram a seu filho que o seu amor não é incondicional. É possível que quando ele, adulto, tiver que fazer opções, um sentimento de culpa ou de insegurança freie suas ações. É o que está no inconsciente fazendo estragos.

Ser uma boa mãe exige preparo. O comportamento mais importante, do início ao fim da vida, chama-se, acompanhar, fazer-se presente. Estar junto sem interferir, sem julgar, perguntando para entender e tomar a atitude correta. Isso não é fácil.

Uma mãe sempre será lembrada por suas atitudes muito mais do que pelos seus conselhos. Se estas lembranças serão positivas e construtivas, só depende de você!

Feliz DIA DAS MÃES!


Vânia Portela

Sócia da Portela & Cavalcanti - Gestão Estratégica de Pessoas & Coaching. Psicóloga clínica e palestrante, com mais de 30 anos de experiência em programas de mudança, desenvolvimento pessoal e comportamental. Possui especialização em Dinâmica de Grupos, Psicoterapia da Família, Análise Transacional, Pós-Graduação em Psicologia da Família, Neurolinguística e Bioenergética, entre outros.

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