A liderança é uma das partes mais importantes de uma empresa – e, portanto, uma das que mais exigem atenção e cuidado. Afinal, o modelo de gestão adotado por esses profissionais influencia diversos âmbitos diretamente relacionados à saúde do negócio e dos colaboradores. Logo, a atuação dos líderes pode gerar impactos na taxa de turnover da empresa, na qualidade de vida dos colaboradores, na sua capacidade de reter talentos e até mesmo na reputação e na empregabilidade da marca em si.

Quando o assunto é a saúde mental do Capital Humano, a importância de ter bons líderes se torna ainda mais latente. Até porque esse é um dos pontos que mais interferem no tipo de dinâmica adotada em um ambiente organizacional. Não à toa, de acordo com essa matéria do G1, 8 em cada 10 pessoas que pedem demissão, o motivo são os chefes. Já esse estudo da American Psychological Association aponta que, para 75% dos profissionais, lidar com o chefe é a pior parte da jornada de trabalho.

Quando os líderes são despreparados ou não têm um perfil comportamental adequado para exercer a liderança, sua atuação pode minar a motivação de equipes inteiras. A má relação com a liderança pode fazer com que as pessoas percam o respeito, que fiquem desestimuladas a progredir e que se sintam vulneráveis em termos de segurança psicológica. Contudo, o contrário também acontece: bons líderes conseguem incentivar os liderados e conquistar melhores resultados com seus times. Sob essas condições, a performance de equipes inteiras melhora e as chances de sucesso são bem maiores.

Para que uma empresa conte com líderes empáticos e competentes, entretanto, é preciso que haja um desenvolvimento da habilidade, além do match entre as atribuições da função e o perfil do profissional. Afinal, apesar de muitos colaboradores desejarem exercer cargos de gerência pelo status da posição, não é todo mundo que consegue lidar adequadamente com o gerenciamento de Capital Humano. Mas, então, como garantir que as lideranças nas empresas sejam realmente capacitadas? Essas e outras questões a respeito do assunto serão abordadas no artigo de hoje. Boa leitura!

 

O que é liderança?

De forma geral, a liderança consiste na habilidade de manejar, orientar e influenciar pessoas em prol de um objetivo específico. Em um contexto corporativo, essa competência ganha um significado a mais: refere-se também à capacidade de conduzir os colegas em direção às metas da empresa utilizando as estratégias e diretrizes definidas por ela. De acordo com este artigo publicado no The Balance Small Business, portal dedicado à administração de pequenas empresas, a liderança também trata da capacidade de envolver as pessoas nas atividades, de modo que elas possam agir de acordo com a vontade do líder em questão.

Na prática, exercer liderança nas empresas envolve pontos como gerenciar pessoas, prazos e tarefas, fazer uma gestão de conflitos eficiente para garantir um clima organizacional positivo, engajar e motivar as equipes, ser ativo na tomada de decisão, fazer com que o Capital Humano se sinta seguro, dentre diversas outras atribuições. Tudo isso sem perder de vista os objetivos e as estratégias do negócio.

Dadas as características, a liderança envolve inspirar as pessoas e fazer com que elas sintam vontade de fazer algo. Um bom líder, inclusive, é aquele que consegue despertar esse sentimento e direcionar o profissional para que ele aja em prol dos resultados desejados. Por isso, essa competência demanda uma série de soft skills complexas, como empatia, inteligência emocional e interpessoal, autoconhecimento e, sobretudo, uma alta capacidade comunicativa.

É importante ressaltar que nem todo mundo nasce com essa habilidade. Entretanto, essa competência pode ser desenvolvida. Um exemplo de como isso pode ser feito é utilizando o pipeline de liderança, uma metodologia de desenvolvimento de líderes descrita pela primeira vez no livro homônimo de Ram Charan. O método parte da premissa de que a liderança não é uma habilidade que nasce com o profissional e, sim, algo que precisa ser aprimorado a partir de desdobramentos específicos, aos quais o autor se refere como etapas de transição.

 

Importância da liderança para empresas

A liderança é um fator de suma importância para as empresas – afinal, como dissemos, a influência dos líderes pode ser sentida nos mais diversos âmbitos da organização. A começar pela questão estratégica, uma vez que essas pessoas são responsáveis diretas por uma empresa alcançar (ou não) os seus objetivos. Para exercerem bem o seu papel, é importante que esses profissionais desenvolvam uma visão ampla e sistêmica, capaz de orientar a si mesmos e aos liderados diante dos desafios enfrentados. Aliás, é fundamental que eles tenham suas hard skills bem desenvolvidas, uma vez que servem de referência para os demais, ajudam a treiná-los e precisam atuar diretamente nas tomadas de decisão da empresa.

Contudo, o grande diferencial de uma liderança bem desenvolvida está em aspectos mais subjetivos. Afinal, toda e qualquer organização é formada por pessoas com individualidades, comportamentos, motivações e sentimentos distintos. O bom líder consegue equilibrar essas questões para descobrir como estimular cada liderado e fazer com que sua equipe desenvolva todo o seu potencial. Esse, aliás, é o grande trunfo da liderança: a forma com que o líder motiva as pessoas e como isso reverbera no desempenho do time.

Pessoas felizes produzem mais!

Bons líderes conseguem inspirar as suas equipes, conquistam seu respeito e as estimulam para que sejam melhores todos os dias. Isso cria uma relação positiva entre eles e os liderados, gerando mais motivação e engajamento interno. Sob essas condições, as pessoas ficam mais felizes – e isso favorece que sua produtividade aumente. Vale lembrar que colaboradores saudáveis trabalham mais, melhor e se desgastam menos. Por isso, ao contribuir com a construção de um ambiente de trabalho saudável, esses profissionais têm participação direta em pontos como a performance, qualidade de vida e o bem-estar corporativo. Com esses fatores em harmonia, a chance de conquistar resultados expressivos aumentam exponencialmente.

Enquanto bons líderes conseguem guiar o Capital Humano rumo às metas, os maus líderes podem minar completamente a motivação dos colaboradores e até mesmo ocasionar pedidos de demissão. De acordo com essa pesquisa realizada pela Feedz em parceria com a Reconnect, 22% dos desligamentos voluntários no Brasil ocorrem pela falta de conexão com a liderança. O curioso é que, destes, 13,1% aceitariam continuar na empresa caso o setor aceitasse trocar de líder.

Dados como este demonstram o peso da liderança no ambiente corporativo – tanto para o bem quanto para o mal. Quando líderes adotam condutas tóxicas, os locais de trabalho se tornam o principal motivo para a queda de produtividade e degradação da saúde mental. De acordo com esta pesquisa da revista Work & Stress, ambientes de trabalho hostis estão diretamente relacionados ao aumento da depressão, uso de substâncias ilícitas e problemas generalizados de saúde.

E esse cenário é muito mais comum do que se imagina. Afinal, existe uma cultura corporativa de promover colaboradores de destaque para exercerem essas funções. O problema é que, nem sempre, a atribuição em que obtiveram sucesso envolve lidar com pessoas. Há muitos profissionais com perfil especialista, por exemplo, que são convidados para gerir um time como uma forma de prestígio e reconhecimento da empresa. A questão é que, provavelmente, um expert tem um perfil comportamental bem diferente do de um líder – e ele acaba descobrindo isso quando percebe que não lida bem com interações sociais o tempo inteiro, ter que inspirar e motivar, por exemplo. Assim, a empresa acaba perdendo dois bons profissionais: o especialista que foi deslocado de função e um líder, que não foi contratado. Dependendo do caso, esse tipo de equívoco pode comprometer o desempenho de setores inteiros.

 

Diferença entre liderança e gestão

Embora muitas pessoas tratem a liderança e a gestão de pessoas como atividades equivalentes, na prática, elas não são. É possível que um profissional consiga, sim, equilibrar os pontos e ser atuante nas duas frentes, mas é importante ter em mente que estas são atividades distintas. Afinal, enquanto a liderança se baseia, sobretudo, em inspiração, motivação e estratégia, a gestão está mais relacionada ao gerenciamento do Capital Humano propriamente dito.

São atribuições de um líder:

  • Prezar pela inovação;
  • Manter a concorrência em vista;
  • Inspirar e motivar;
  • Estabelecer estratégias de longo prazo;
  • Contribuir para a visão da empresa.

Já para um gestor, as atribuições mais comuns são:

  • Encontrar formas de implementar e manter a cultura organizacional;
  • Monitorar o Capital Humano, considerando pontos como desempenho e satisfação;
  • Organizar a estrutura da empresa;
  • Monitorar objetivos de curto prazo.

E a diferença entre líder e chefe?

Existe uma diferença considerável entre ser a pessoa que centraliza o comando de uma empresa e ser parte integrante de uma equipe, oferecendo direcionamento para liderá-la. Assim pode ser entendida a definição de um líder: a pessoa que, a partir de suas habilidades de comunicação e da capacidade de construir confiança com os liderados, exerce a liderança, orientando, confiando, incentivando, incluindo-se aos times e trabalhando de maneira conjunta a eles. Um bom líder valoriza suas equipes, ouve mais do que fala, estimula a participação coletiva, assume as responsabilidades, inspira e motiva os seus times.

Essa é uma dinâmica bastante diferente da estabelecida por um chefe. A chefia é caracterizada pelo comando exercido de forma hierárquica e verticalizada, ou seja, de cima para baixo. Isso significa que os chefes, diferentemente dos líderes, tendem a impor autoridade, fiscalizam, se colocam em um patamar superior aos demais, falam mais do que ouvem, centralizam as decisões, procuram culpados para assumir responsabilidades pelos erros e, consequentemente, geram temor e insegurança em suas equipes.

Enquanto o chefe fica em sua zona de conforto apenas esperando que as equipes retornem com o resultado desejado, o líder caminha junto, acompanha e incentiva. Para ele, é importante dar oportunidades de os times elaborarem soluções, envolvê-los nos processos e promover, assim, a colaboração e o espírito de equipe. Quando bem exercida, a liderança rompe com o microgerenciamento e com o foco exclusivo em resultados. Nesse caso, entende-se que o desempenho vem do esforço e da dedicação conjunta, o que ajuda a criar times colaborativos e que atingem a alta performance.

 

As atribuições da liderança

O líder é um profissional que atua em diversas frentes da empresa e, por isso, possui atribuições ligadas a setores distintos. Entre as principais delas, cabe destacar pontos como:

  • Em conjunto com o RH, ser responsável pelo desenvolvimento do planejamento estratégico da empresa;
  • Atuar ativamente no desenvolvimento dos colaboradores, capacitando-os e treinando-os;
  • Ajudar na distribuição de tarefas, delimitando a atuação dos liderados;
  • Acompanhar a execução das atividades, ajudando sempre que preciso;
  • Quando necessário, agir como um mediador para evitar conflitos e manter um bom clima organizacional;
  • Dar feedbacks aos liderados como forma de melhorar o desempenho e manter o alinhamento;
  • Ajudar a desenvolver planos de carreira, juntamente ao RH;
  • Ser o principal responsável por reunir dados estratégicos, gerar relatórios e apresentar os resultados obtidos pelo setor aos superiores;
  • Promover ambientes de trabalho positivos, onde haja motivação, engajamento e satisfação das equipes;
  • Desenvolver ações de reconhecimento, premiações e fazer o intermédio entre as necessidades do Capital Humano e a alta gestão da empresa.

 

Desafios da liderança nas empresas

Como mencionado anteriormente neste artigo, as lideranças são grandes responsáveis pelos resultados obtidos por uma empresa – sejam eles bons ou ruins. Quando esses profissionais estão realmente capacitados para exercer o seu papel, a tendência é que esse processo se desenvolva de uma forma positiva. Entretanto, ainda há muitas empresas com maus líderes e, muitas vezes, isso acontece porque a gestão tem dificuldade de lidar com alguns desafios dessa área. Dentre os principais, citamos:

Falta de preparação

Um bom líder não nasce, ele se torna. E mesmo quando um colaborador tem uma aptidão natural para essa habilidade, é preciso desenvolvê-la para que ele esteja apto a exercê-la em um contexto corporativo. A questão é que, nem sempre, as empresas entendem a necessidade do treinamento e desenvolvimento de suas lideranças – sobretudo no que tange às soft skills. O exemplo do especialista que se torna um gestor como forma de reconhecimento, mencionado anteriormente, explicita um padrão observado nas empresas.

O resultado desse tipo de prática pode ser percebido em relatórios como este, da Gallup, feito com mais de dois milhões de gestores de 195 países diferentes. De acordo com a pesquisa, 70% dos profissionais que exercem essas funções não foram preparados para isso. Evidentemente, esse tipo de questão aumenta a possibilidade de que as lideranças sejam mal exercidas. Mesmo que a empresa invista em habilidades técnicas, quando o assunto é liderança, é mais do que necessário fazer o mesmo com as competências comportamentais. Senão, os resultados podem ser igualmente ruins.

Dificuldades de alinhamento

Um dos papéis da liderança é fazer a mediação entre os interesses da empresa e dos colaboradores. Contudo, esse ponto pode ser especialmente difícil, uma vez que, nem sempre, essas questões estão alinhadas. Enquanto as organizações são focadas em resultados (por vezes, a qualquer custo), os colaboradores estão mais atentos a pontos como sua saúde mental, qualidade de vida, desenvolvimento profissional, feedbacks, dentre outras possibilidades.

Como o líder é, ao mesmo tempo, quem gerencia e quem responde aos superiores, esse tipo de conflito pode acabar criando dificuldades para que ela exerça a sua função. Na dúvida, vale reiterar: os resultados financeiros são importantes e a melhor forma de fazer com que eles aumentem é oferecendo boas condições de trabalho para o Capital Humano. Caso contrário, as pessoas podem ficar desmotivadas e a produtividade pode despencar, o que afeta diretamente a rentabilidade da empresa.

Desgaste emocional

A liderança, em si, pode ser algo bem desgastante em termos emocionais. De acordo com esse artigo publicado pela Harvard Business Review, atuar nessa posição é mais exaustivo do que em outras funções. E um dos motivos para isso é algo que acabamos de citar: o líder é um profissional que gerencia e é gerenciado. Por isso, essas pessoas têm que lidar com diversos níveis de autoridade dentro da empresa e, evidentemente, responder a elas. Como conflitos de interesse não são raros, é simples entender por que o desgaste para esses profissionais pode ser especialmente punitivo.

Lidar com gerações diferentes

De acordo com um estudo realizado pelo site ResumeBuilder.com e publicado na revista Exame, um dos grandes desafios para a liderança é lidar com colaboradores de gerações distintas. Segundo a pesquisa, 74% dos líderes americanos acreditam que a geração Z (que compreende os nascidos entre 1997 e 2012), é mais difícil de trabalhar em relação aos profissionais das demais faixas etárias. Dentre os motivos, estão a falta de habilidades tecnológicas, de motivação e de engajamento.

A geração Z foi apontada em diversos estudos, como esse publicado pela Talent LMS, como um grupo de colaboradores que prioriza a saúde mental em detrimento de rotinas de trabalho exaustivas e estressantes. De acordo com a pesquisa, realizada com 1,2 mil jovens, 42% dos profissionais da geração Z disseram que se demitiriam caso sentissem os sintomas de doenças como o burnout, por exemplo. Logo, para exercer liderança com grupos geracionais distintos, é preciso conhecer suas prioridades, motivações e saber o que fazer para aumentar a produtividade – um processo que pode ser bastante desafiador.

 

Os tipos de liderança

A liderança pode ser exercida de diversas formas. Sobretudo em perspectivas mais modernas, é comum ver modelos voltados para a gestão humanizada, centrados em pessoas e que valorizam o bem-estar do Capital Humano. Contudo, nem todo líder é assim – e alguns deles, principalmente os que têm uma abordagem mais “tradicional”, se comportam mais como chefes do que líderes.

Historicamente falando, a concepção tradicional de liderança envolve uma mentalidade que ainda tem como foco as metas, não as pessoas. Isso significa que os líderes que exercem a liderança dessa maneira podem utilizar meios como o pagamento de salário para motivar os colaboradores, medem o desempenho das equipes com indicadores objetivos, avaliam os times, mas não se colocam em posição de serem avaliados – fatores que corroboram a ideia de autoridade no dia a dia.

A liderança tradicional também pode estimular a competitividade entre os colaboradores, além de afetar o desempenho individual e das equipes, como um todo. Ainda assim, essa mentalidade é encontrada com facilidade nas organizações e pode ser observada, em algum nível, até mesmo em perfis que focam na colaboração.

Alguns modelos de liderança comuns são:

Liderança autocrática

Esse estilo de liderança é caracterizado pela centralização de poder na figura do chefe. São profissionais que se afastam de suas equipes, colocando-se em uma posição superior e normalmente não escutam o que os outros têm a dizer. O controle é uma marca desse modelo de liderança, o que, em longo prazo, pode resultar na sensação de perda de autonomia por parte dos liderados. É comum também que haja muita pressão e cobrança por resultados.

Não é nenhum equívoco dizer que esse modelo de liderança é um dos grandes responsáveis por altos índices de turnover e, consequentemente, pela perda de talentos valiosos nas empresas. E o motivo é claro: sob essas condições, o ambiente de trabalho se torna hostil, desagradável e desmotivador.

Liderança democrática

Nestas condições, a comunicação entre o gestor e a equipe é fluida, ou seja, mesmo que ainda ocupe um lugar central, o líder está aberto a feedbacks de seus times. A conduta contribui para a coletividade, para a criação de um ambiente de trabalho mais amigável e aumenta a satisfação dos colaboradores que, diferentemente do modelo autocrático, se sentem incluídos e participantes na tomada de decisão da empresa. Esse tipo de liderança promove e estimula a participação das equipes, mas pode ser ineficaz quando utilizada em grupos menos experientes ou maduros.

Liderança liberal

À frente de equipes mais experientes, o líder liberal direciona as tarefas e confia na autonomia de seus liderados, o que é bastante eficaz quando estes são engajados e capazes. No entanto, esse estilo pode acarretar uma queda na produtividade, visto que, muitas vezes, a falta de instruções deixa alguns colaboradores desorientados – isso porque alguns perfis comportamentais precisam de mais apoio e feedbacks a respeito das atividades a serem realizadas.

Liderança situacional

A liderança situacional é caracterizada pela adaptação às diferentes situações encontradas pelo líder em relação ao seu time. Esse estilo parte do pressuposto de que não há uma forma única de gerir os colaboradores de uma equipe nos diversos cenários que se apresentam, visto que os níveis de experiência e maturidade das pessoas são diferentes e, por conta disso, é necessário utilizar abordagens distintas para que a liderança seja efetiva.

Na prática, isso funciona de maneira simples. Como todo líder sabe, existem colaboradores que realizam as tarefas sem necessidade de supervisão – por conta de questões como sua experiência, nível de habilidades técnicas, comportamentais, empenho e engajamento. Para esse profissional, basta entregar a tarefa e deixá-lo fazer a sua parte. E essa é a postura situacional que deve ser adotada pelo gestor nessas circunstâncias.

É diferente de quando, por exemplo, o profissional em questão é mais novo e ainda não possui autonomia para exercer determinadas funções. Um recém-formado, um estagiário ou alguém que tenha mudado radicalmente de área e está em processo de adaptação pode ilustrar bem esse papel. Nesse caso, é importante contar com o acompanhamento e com a presença do líder, já que a experiência desse colaborador, além de suas habilidades técnicas e comportamentais, ainda está em construção.

Liderança comportamental

A liderança comportamental, assim como a situacional, pressupõe um estilo de gestão moderno e voltado para o desenvolvimento do colaborador. A diferença é que esse modelo não se atém exclusivamente à maturidade, conhecimentos e experiências das equipes na hora de executar suas atividades. Como o nome indica, o perfil comportamental dos profissionais também é levado em conta nesse tipo de gestão. A liderança comportamental é uma evolução do modelo situacional.

Considerar os aspectos comportamentais de um colaborador ajuda a identificar quais funções são feitas de forma mais natural e menos desgastante para ele. Ter esse tipo de preocupação contribui com alta no rendimento, já que as pessoas realizam com maestria as tarefas em que podem dar vazão às suas características naturais. O líder que compreende os benefícios do alinhamento entre cargo e comportamento consegue potencializar as capacidades de seu time com mais facilidade, já que delega as tarefas de forma precisa e faz bom uso das características individuais de cada colaborador. Esse modelo é amplamente abordado no workshop Liderança Comportamental, em que o foco é preparar líderes para exercerem essa competência de forma otimizada, inteligente e evoluída.

Para saber mais sobre o workshop Liderança Comportamental, clique aqui.

Liderança técnica

A liderança técnica corresponde a um estilo voltado para competências técnicas. Esse profissional atua, sobretudo, no desenvolvimento das suas hard skills, sendo um ponto de referência para os demais colaboradores. É comum que essas figuras sejam muito respeitadas nos ambientes corporativos e, nos momentos mais críticos, sejam um apoio constante por conta de seu vasto conhecimento. Contudo, é preciso ter cuidado para não ficar sobrecarregado nesse tipo de dinâmica.

Liderança transformadora

A liderança transformadora se debruça na ideia de trazer uma mudança positiva para os indivíduos e para a sociedade como um todo. Nesse modelo, os líderes voltam sua atuação para a capacitação dos liderados e os ajudam a alcançar o seu potencial máximo. É comum, nesses casos, que a liderança utilize discursos mais motivacionais e com grande capacidade de transformação. O foco, aqui, é inspirar, emocionar e incentivar os demais a seguirem um propósito. Por isso, a liderança transformadora pressupõe respeito, confiança e colaboração. É válido mencionar, ainda, que esse modelo tem um alto potencial de causar um impacto positivo nas organizações.

Liderança orientada a resultados

Como o nome indica, a liderança orientada a resultados se baseia em dados e foca, sobretudo, nos objetivos da empresa. Esse é um modelo mais tradicional, voltado para a estratégia e, por isso, pode acabar deixando a relação com os liderados mais distante. Esses profissionais costumam tomar decisões baseadas em pesquisas, análises e resultados obtidos em outros momentos. Por isso, eles podem acabar atendendo mais aos interesses da empresa do que às necessidades do Capital Humano, por exemplo.

 

A liderança e os perfis DISC

O comportamento é algo subjetivo e que varia de pessoa para pessoa. Há quem seja metódico e precise de organização e quem prefira o improviso. Há quem seja mais sociável e se sinta energizado na companhia de outras pessoas e aqueles que precisam ficar sozinhos para se sentirem bem. Algumas pessoas gostam de correr riscos, enquanto outras preferem condições mais estáveis. Esses são alguns traços que apontam para perfis comportamentais distintos, mas nem começam a definir a complexidade do comportamento humano.

De acordo com a Metodologia DISC, uma das ciências comportamentais mais importantes do mundo, existem quatro fatores responsáveis por delimitar o perfil de uma pessoa: Dominância, Influência eStabilidade e Conformidade, cada um deles tem características distintas. Todos nós possuímos os quatro em algum nível, mas é a forma que os usamos e quando o fazemos que apontam nossas tendências mais fortes. É justamente a relação entre um fator e outro que define o estilo comportamental de uma pessoa. E quando o assunto são as lideranças, esse panorama não é nada diferente.

Esses profissionais também apresentam perfis distintos, o que pode influenciar diretamente no tipo de liderança que é exercido por eles. Durante a HSM ExpoManagement, a ETALENT desenvolveu uma pesquisa interessante sobre os perfis de liderança no mercado brasileiro. A partir dos fatores DISC, identificamos 12 estilos diferentes de liderança, que foram analisados com profundidade no estudo dos Talentos da Liderança Nacional. Confira a seguir os talentos mais frequentes de cada fator DISC identificados na pesquisa.

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Líder Direcionador

Os Direcionadores são líderes que têm a Dominância como fator principal. Este perfil é marcado pelo senso de urgência e pelo dinamismo. Tendem a ser ambiciosos e gostam de exercer autoridade, mas podem ser sociáveis e comunicativos em situações mais informais. Os Direcionadores têm um raciocínio ordenado, o que os torna menos imprevisíveis e impulsivos. Esses indivíduos também são capazes de abrir mão de sua própria ambição em função da equipe, mesmo que, às vezes, apresentem tendências à independência.

Líder Influenciador

Os Influenciadores têm a Influência como fator principal. Esse perfil é comunicativo, carismático, sociável e persuasivo. Uma característica marcante é que eles ouvem e consideram as opiniões e ideias dos liderados, mesmo que possam se mostrar assertivos em contextos específicos. Esse líder preza pela manutenção do clima organizacional, pela harmonia e pelas boas relações entre as equipes. A orientação é uma marca forte dos Influenciadores, que incentivam a colaboração e utilizam sua grande capacidade comunicativa para promovê-la.

Líder Observador

Os líderes Observadores têm a eStabilidade como fator principal. Caracterizam-se pelo apreço aos detalhes técnicos, além de promoverem a segurança em suas equipes. São bastante aplicados, experimentam soluções antes de sugeri-las e buscam passar credibilidade para os liderados. Líderes Observadores encorajam um ambiente de trabalho harmonioso e acompanham o desenvolvimento de projetos desde o início, procurando prevenir falhas e conflitos.

Líder Regulador

Os Reguladores são líderes que têm a Conformidade como fator principal. Este perfil é marcado pelo perfeccionismo e pelo apreço por dados e regras. O foco aqui é a busca contínua por melhores resultados, o que tenta atingir pelo estímulo ao alto padrão de qualidade nas entregas de suas equipes. São adeptos dos métodos estruturados de desenvolvimento de projetos e gostam de tudo organizado e planejado. É comum que os líderes reguladores cobrem resultados de suas equipes e, por isso, podem ser vistos como pessoas exigentes.

Para conferir a pesquisa Talentos da Liderança Nacional na íntegra, clique aqui.

 

Principais competências de um bom líder

A primeira característica notável de um bom líder é adotar uma conduta contrária ao autoritarismo das lideranças autocráticas. O verdadeiro líder costuma exercer sua liderança utilizando soft skills como a empatia e a inteligência emocional, ambas muito importantes para lidar bem com outras pessoas, conquistar o respeito delas e estabelecer relações de confiança. Afinal, ele entende que qualquer organização é formada por profissionais com comportamentos, motivações e sentimentos distintos e que, para mantê-los felizes, é preciso entender a melhor forma de lidar com suas particularidades.

Apesar de ser muito orientado pelas pessoas, o bom líder também tem uma visão ampla e sistêmica do negócio e tem habilidades técnicas bem desenvolvidas, que o ajudam a traçar estratégias eficientes. Afinal, por mais que o relacionamento seja fundamental para criar ambientes de trabalho saudáveis, esse profissional sabe que apenas isso não é o suficiente para garantir um bom desempenho do setor. Por isso, o bom líder é proativo, aberto à inovação e está sempre tentando acompanhar as demandas mercadológicas – às vezes, se antecipando a elas.

Um bom líder também precisa entender sobre comportamento não apenas para lidar bem com os seus profissionais, mas também para mantê-los motivados e extrair o melhor deles. Conhecer o perfil comportamental de cada um dos liderados permite que esse profissional crie equipes com características que se complementam ou se intensificam, além de fazer com que o gerenciamento do desempenho, em si, seja mais eficiente. Afinal, se o líder conhece o estilo comportamental de uma pessoa e do um cargo, ele sabe exatamente quem está adequado e quem apresenta mais dificuldade de exercê-lo.

Para além desses pontos, são características importantes de um bom líder:

  • Comunicação assertiva: esse profissional precisa ser claro e objetivo;
  • Escuta ativa: essa habilidade é fundamental para que ele construa um bom relacionamento com os liderados;
  • Transparência: manter as equipes a par do que acontece na empresa é importante para criar uma relação de confiança;
  • Facilidade para trabalhar em equipe: esses profissionais evitam centralizar tarefas e dão autonomia para seus liderados;
  • Carisma: é preciso que as pessoas confiem neles e o admirem, para que se sintam inspirados por ele;
  • Humildade para reconhecer erros: as condutas arrogantes quanto às próprias falhas podem afastar os liderados;
  • Orientação para resultados: afinal, a liderança precisa atingir os objetivos da empresa.

 

Como desenvolver habilidades de liderança?

Aprimore o autoconhecimento

O autoconhecimento é uma habilidade comportamental que pode ser entendida como uma série de processos de desenvolvimento psíquico, amadurecimento emocional, afetivo, cognitivo e comportamental, que permite que um indivíduo conheça profundamente a si mesmo. Essa é uma habilidade fundamental para líderes, uma vez que permite que esses profissionais entendam seus limites e controlem melhor suas emoções – até porque lideranças precisam lidar com pressão.

Aprimorar essa competência, no entanto, pode ser bastante desafiador. Para fazer isso da melhor maneira possível, é importante investir em cursos focados no autoconhecimento e no autodesenvolvimento, como o Personal Change.

Para saber mais sobre o programa Personal Change, clique aqui.

Crie conexões e confiança

Criar conexões com as equipes e estabelecer relações de confiança são aspectos fundamentais de uma boa liderança. Para isso, é preciso ter empatia, responsabilidade, positividade, ser justo e fazer com que os colaboradores se sintam seguros pelo apoio do líder. É importante que as pessoas se sintam acolhidas e saibam que podem contar com aquele profissional, seja para trocar ideias ou para partilhar dificuldades.

Incentive a criatividade e tolere erros

Um bom líder apoia a equipe e incentiva a criatividade, a proatividade e a autonomia. Afinal, ele compreende que, se quiser que os colaboradores se desenvolvam e alcancem o seu melhor, ele precisa dar espaço para que eles experimentem e, claro, cometam erros. Afinal, não há inovação sem tentativas e o líder sabe que, evidentemente, muitas delas vão dar errado antes que uma dê certo.

Peça e dê feedbacks

Os feedbacks são respostas dadas a um determinado estímulo como forma de avaliá-lo. Eles são extremamente importantes para o desenvolvimento profissional, já que permitem explicitar os pontos de destaque e aqueles que precisam de atenção. Um bom líder tanto oferece feedbacks para orientar os liderados quando pede a eles, visto que ele entende a importância de melhorar a sua atuação.

Aprenda a identificar talentos

É muito importante que um líder conheça bem os seus liderados – desde as motivações e âncoras de carreira até o perfil comportamental completo. Quando ele tem essa preocupação, fica mais fácil identificar os talentos, contratar pessoas certas para as equipes e desenvolvê-las a partir de suas individualidades. Essa habilidade também é um trunfo para criar equipes de alta performance.

 

E como o RH pode ajudar a desenvolver a liderança?

Crie um programa de desenvolvimento para líderes

O Programa de Desenvolvimento de Liderança (PDL) serve para definir uma série de ações pensadas em aprimorar a capacidade de liderança dos profissionais. Esse programa é a soma de diversos processos focados em desenvolver competências técnicas e comportamentais importantes para os líderes, para que a liderança seja exercida abarcando os valores da empresa e, evidentemente, de forma que estimule a produtividade do Capital Humano. A ideia inclui observar os profissionais com aptidão para a liderança desde o início de sua jornada na empresa, criando planos estratégicos focados em aprimorar essas questões para que, eventualmente, o colaborador esteja pronto para se tornar um líder eficiente.

Promova a diversidade nas lideranças

Outro ponto muito importante que precisa ser ressaltado sobre a atuação do RH na liderança é a necessidade de criar lideranças que façam parte de minorias sociais. De acordo com esta matéria publicada pelo G1, apesar dos pretos e pardos constituírem até 58% dos aprendizes e trainees das organizações, eles são apenas 6,3% nos cargos de gerência. No executivo, o número cai ainda mais: 4,7%. Esses dados ficam ainda mais impressionantes quando consideramos que, no Brasil, os pretos e pardos correspondem a mais de 56% da população, segundo dados do IBGE.

Ter lideranças diversas é importante para trazer perspectivas mais amplas para as empresas e melhorar o seu potencial de inovação. Além disso, essa medida garante um ambiente organizacional mais inclusivo para os colaboradores oriundos de minorias sociais.

 

Exemplos de liderança na prática

Bill Gates

Fundador da Microsoft, Bill Gates é um dos empresários mais bem-sucedidos do mundo. Além de revolucionar o mercado da tecnologia e abrir espaço para que o ramo se desenvolvesse global e exponencialmente, ele se destacou no cenário por pontos como a atenção às equipes e as metas audaciosas. Para Gates, a meta da Microsoft era que houvesse um computador na mesa de cada casa norte-americana em tempos em que esse tipo de tecnologia ainda não era algo de amplo acesso como é hoje. Atualmente, Gates faz um trabalho de destaque como filantropo.

Oprah Winfrey

Oprah Winfrey foi a primeira mulher a ter e produzir o seu próprio talk-show. Com uma história de vida difícil, ela se tornou um exemplo de superação e de resiliência. A apresentadora também se destacou com suas contribuições no âmbito cinematográfico. Por mais que, no Brasil, ela não seja tão conhecida, Oprah é uma das figuras mais importantes da TV norte-americana – um patamar que poucas mulheres pretas conquistaram.

Luiza Trajano

Luiza Trajano é um dos grandes nomes do empreendedorismo brasileiro e não à toa. Ela é a grande responsável pela Magazine Luiza, rede que há anos lidera o mercado nacional varejista. A empresa foi a primeira a implantar o serviço de comércio eletrônico e desenvolver, assim, o conceito de loja virtual, o que fez com que Luiza Trajano se tornasse uma das maiores representantes de e-commerce no Brasil. Ela também é conhecida pelo apoio a causas sociais e viaja o Brasil inteiro fazendo palestras sobre a importância das mulheres em cargos de liderança.

Mahatma Gandhi

Gandhi foi um dos maiores líderes da história e ficou marcado por apresentar o conceito de ahimsa, ou não violência, à humanidade. As manifestações pacíficas conduzidas por ele durante a independência da Índia fizeram com que, mesmo passados quase 80 anos desde sua morte, seus valores ainda fossem conhecidos no mundo inteiro. O legado de Gandhi ainda pode ser visto em causas políticas, ambientais e sociais, no combate à violência, abuso de poder, dentre outras questões.

 

Dicas para inspirar sua liderança

Livros sobre liderança

Liderança: A inteligência emocional na formação do líder de sucesso, de Daniel Goleman
Nesse livro, Goleman, que é psicólogo e jornalista, discorre sobre a importância da inteligência emocional na hora de gerir pessoas. Segundo ele, é essa habilidade comportamental que vai distinguir profissionais capazes de se tornar líderes extraordinários.

Pipeline de Liderança: o desenvolvimento de líderes como um diferencial competitivo, de Ram Charan
Este livro descreve uma metodologia de desenvolvimento de lideranças onde se assume que esses profissionais precisam de treinamentos específicos desde o início de suas carreiras. A palavra “pipeline” (traduzida como “sistema de encanamento”), funciona como uma metáfora para o fato de que os líderes percorrem diferentes caminhos e ramificações para conseguirem desenvolver essa competência.

Jobs, de Walter Isaacson
O livro retoma a vida de Steve Jobs, fundador da Apple e considerado um dos maiores visionários da tecnologia. Nele, Isaacson se debruça nos altos e baixos da liderança de Jobs, e como foi necessário que ele mudasse ao longo dos anos para que conseguisse o destaque com a empresa.

A cabeça de Peter Drucker, de Jeffrey Krames
No livro, Krames resume os ensinamentos de Peter Drucker, considerado um dos grandes inventores da administração de empresas moderna. Sua mentalidade influenciou grandes empresários como Bill Gates e Jack Welch.

Comece pelo porquê: como grandes líderes inspiram pessoas e equipes a agir, de Simon Sinek
No livro, Sinek explora os motivos pelos quais algumas empresas conseguem ser inovadoras e despertar o interesse de clientes e de outros colaboradores.

Os primeiros 90 dias: estratégias de sucesso para novos líderes, de Michael Watkins
Apontado como fundamental para novos líderes, o livro descreve os desafios oriundos da transição entre um profissional comum e um gestor.

Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carnegie
Focado em relacionamentos, o livro descreve a importância das relações interpessoais para as lideranças da empresa, além de trazer dicas para exercer essa habilidade de forma mais humanizada.

Filmes sobre liderança

Coração Valente (1995)
O filme conta a história de William Wallace, um herói escocês do século XIII. Ele lidera um exército de populares contra o monarca inglês Edward I, após sofrer uma tragédia causada pelos soldados ingleses. Veja o trailer

O código Bill Gates (2019)
A produção conta a história de Bill Gates enquanto ele tenta solucionar problemas complexos envolvendo a Microsoft. Esse é um documentário interessante para observar a forma com que ele exerce liderança e dá conselhos sobre o assunto. Veja o trailer

Steve Jobs (2015)
Uma produção autobiográfica focada na carreira de Steve Jobs. O filme detalha as fases passadas pelo falecido empresário, desde seus momentos de dificuldade, como quando foi demitido da empresa que fundou, até o sucesso absoluto. A produção também mostra a liderança de Jobs e como ele teve que fazer escolhas difíceis e planejamentos complexos para que a Apple tivesse sucesso. Veja o trailer

Apollo 13 – Do desastre ao triunfo (1995): Baseado em fatos reais, o filme aborda problemas técnicos enfrentados pela nave Apollo 13 em 1970 e o drama dos astronautas a bordo. Contudo, o longa também mostra a importância da liderança de Jim Lowell, chefe da expedição, que foi o que garantiu que o grupo conseguisse voltar para casa vivo. Veja o trailer

Jogos Vorazes (2012): O primeiro longa da quadrilogia baseada nos livros de Suzanne Collins conta a história de Katniss Everdeen, selecionada para participar de uma competição sangrenta em que apenas uma de 24 pessoas sairia viva. Contudo, Katniss se torna a cara de uma rebelião que vai derrubar todo o sistema político da cidade. Filme interessante para abordar a liderança em situações de crise. Veja o trailer

 

O futuro da liderança

Existe uma tendência organizacional voltada para o foco em pessoas. Isso acontece desde o RH 5.0, um movimento relacionado ao conceito de Sociedade 5.0, que tem como princípio a utilização da ciência e das tecnologias para promover o bem-estar humano.

Com as lideranças, esse panorama não é diferente. A tendência para os líderes do futuro é que eles adotem modelos de gestão humanizados e sejam mais atentos às necessidades de suas equipes. Isso, evidentemente, sem perder o caráter estratégico, assertivo e inovador. Há de se mencionar, também, o uso de tecnologias avançadas para fazer a gestão, como o Metaverso e a Inteligência Artificial.

O líder do futuro é técnico e extremamente eficiente na hora de mapear e identificar tendências. Contudo, ele também é comprometido, responsável, escuta seus colaboradores e acessível para troca de ideias e planejamentos. Além disso, ele é aberto à inclusão e faz questão de contar com colaboradores de grupos minoritários em suas equipes – isso se ele mesmo não for um deles. Esse profissional também é transparente, tem autoconhecimento para lidar com a pressão, inteligência emocional e empatia.

O líder do futuro é aquele que garante a melhor experiência possível para os seus liderados porque ele sabe que as pessoas são o maior bem de uma empresa. Ele sabe que é mantendo-as felizes, satisfeitas e motivadas em seus cargos que os melhores resultados aparecem e a empresa, por fim, assume um lugar de destaque no mercado competitivo.

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Fernanda Misailidis

Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.

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