Gestores que desejam liderar bem as suas equipes, conquistando resultados expressivos e estabelecendo um diferencial em sua atuação, precisam desenvolver a inteligência emocional. Essa capacidade de controlar as emoções traz muitas vantagens para o cotidiano de qualquer pessoa e costuma ser uma característica comum entre os profissionais de sucesso.

Segundo estudo do psicólogo e escritor Daniel Goleman, a inteligência emocional é responsável por cerca de 80% das competências que diferenciam os líderes espetaculares dos medianos. O que não é apenas um detalhe, mas mostra que a característica faz toda a diferença para a vida pessoal e profissional.

Neste post, vamos entender como é possível desenvolver a inteligência emocional no trabalho para alavancar a carreira. Acompanhe!

Afinal, o que é inteligência emocional?

De forma simples, a inteligência emocional é a capacidade de administrar as emoções. É a maneira como você lida com os medos, as inseguranças e as insatisfações, controlando esses sentimentos em prol do êxito em suas atividades.

Ainda de acordo com Goleman, o recurso consiste na capacidade que o indivíduo tem de identificar os próprios sentimentos e também os dos outros, motivando-se e gerindo bem as suas emoções – o que é essencial para cultivar bons relacionamentos. Trata-se de olhar para si e para o outro com o mínimo possível de interferência de traumas, problemas de autoestima, distorções e outras questões que influenciam a percepção do ser humano.

Durante muito tempo, pensou-se na inteligência de forma limitada, como se fosse completamente direcionada a um tipo de habilidade. Além disso, criou-se também uma espécie de hierarquia na qual algumas competências são consideradas mais importantes que outras – fato que não é verdadeiro. O que faz uma habilidade ser relevante é o contexto no qual ela é empregada, o fim e a sua capacidade de utilizá-la.

Veja, a seguir, uma importante teoria que desmistificou a inteligência emocional.

A Teoria das Inteligências Múltiplas

De acordo com a teoria das inteligências múltiplas do psicólogo Howard Gardner, há, pelo menos, nove formas de inteligência humana. São elas:

  • Lógico-matemática;
  • Linguística;
  • Musical;
  • Espacial;
  • Corporal-cinestésica;
  • Intrapessoal;
  • Interpessoal;
  • Naturalista;
  • Existencial.

Como se pôde ver, há inúmeras habilidades que o ser humano é capaz de desenvolver. Mas você pode estar se perguntando agora: e a inteligência emocional, onde está?

A Teoria das Inteligências Múltiplas foi um importante marco para a compreensão da inteligência humana, rompendo com a ideia da existência de apenas uma forma de inteligência. A partir desse olhar, é possível relacionar a inteligência emocional com cada uma delas, ou melhor, com todas. Isso porque é justamente o emocional que permite o desenvolvimento das outras aptidões.

Afinal, quem nunca ouviu aquela história de uma pessoa que tem todo o potencial do mundo em alguma área, mas não consegue utilizá-lo para nada? É para isso que precisamos desenvolvê-la, fazendo com que os nossos talentos não sejam desperdiçados e possamos evoluir com múltiplas capacidades.

Por que a inteligência emocional é importante para a vida?

Pessoas resilientes, capazes de lidar de forma inteligente com suas emoções e com os sentimentos alheios conseguem alcançar uma melhor qualidade de vida. Dessa forma, vivenciam de forma positiva as situações que envolvem o relacionamento com os outros.

Isso, de maneira inevitável, afeta a sua relação com o trabalho, tanto nas tomadas de decisão quanto nas relações interpessoais nesse contexto. Assim, os gestores que estimulam o desenvolvimento da inteligência emocional de seus colaboradores conseguem bons resultados. Alguns deles são:

Como diz uma premissa muito conhecida no ambiente corporativo: os problemas comportamentais levam a mais demissões do que os erros técnicos. Segundo Orlando Pavani Junior, CEO da Gauss Consulting, 90% dos profissionais são demitidos por coisas que não sabiam sobre si mesmos, as quais estão relacionadas ao comportamento.

O autoconhecimento profissional é uma capacidade adquirida com a inteligência emocional. Saber quais são as suas falhas, assim como pontos fortes, é a melhor forma de entender, com precisão, a sua própria maneira de trabalhar e não ser pego de surpresa com uma possível demissão ou qualquer outro tipo de problema.

Além disso, reconhecer erros e tentar melhorá-los constitui outro sinal de inteligência emocional, até porque ninguém é perfeito e sempre haverá o que melhorar.

Como desenvolver a inteligência emocional?

Segundo o Dr. Hendrie Weisinger, em seu livro “Inteligência Emocional no Trabalho”, a habilidade pode ser desenvolvida e ampliada, ou seja, não é uma característica impossível de se adquirir. Para isso, são necessárias algumas atitudes. Dentre elas, destacam-se:

  • desenvolver o autoconhecimento: voltar seu olhar para si mesmo, adquirindo consciência de suas forças, fraquezas, medos e crenças limitantes;
  • controlar as emoções: desenvolver o autocontrole faz você ter o domínio de suas atitudes e decisões, o que gera confiança em si mesmo e na equipe;
  • ter empatia: reconhecer emoções em outras pessoas, percebendo que cada um tem suas necessidades e desejos;
  • desenvolver a automotivação: habilidade de processar o seu conhecimento e usá-lo em prol de um objetivo;
  • ter bons relacionamentos interpessoais: cultivar relações saudáveis e construtivas.

Como vimos, conhecer a si mesmo e assumir o controle de suas emoções é uma conquista valiosa para qualquer pessoa, pois torna a vida mais saudável e equilibrada, possibilitando o crescimento pessoal e profissional.

Para o líder, quanto mais desenvolvida a inteligência emocional, mais ele adquire confiança para otimizar suas práticas de gestão de pessoas, atuando de forma firme. Também há mais consciência para a tomada de decisões acertadas, como em processos de contratação.

Em resumo, podemos dizer que a inteligência traz as seguintes vantagens para o ambiente de trabalho:

  • melhora as relações entre os funcionários;
  • reduz o número de conflitos;
  • aumenta a produtividade;
  • ajuda a promover a imagem da empresa.

Uma boa opção para o desenvolvimento da inteligência emocional é contar com uma plataforma de gestão de comportamento que, com bases metodológicas testadas e aprovadas, auxilia na aprendizagem de seus colaboradores. Isso possibilita a melhoria da gestão de sua equipe, impactando positivamente na competitividade empresarial.

Existem empresas especializadas na capacitação e no desenvolvimento de colaboradores. Elas trabalham com técnicas e metodologias que potencializam a inteligência emocional no trabalho.


Hugo Freire

Hugo produz conteúdos para ETALENT. Atuou em gestão corporativa em diversas empresas. Através das ferramentas ETALENT, descobriu seu amor pela Medicina. Foi atrás do seu sonho e hoje é nosso conteudista e correspondente na Rússia.

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