A responsabilidade social é um tema que vem sendo cada vez mais valorizado por consumidores e profissionais. Isso porque, com a internet, as pessoas estão mais atentas às condutas adotadas pelas organizações no que diz respeito à sociedade. Questões como a preocupação com o meio ambiente, sustentabilidade e adequação às normas de compliance, por exemplo, são fatores que pesam para um cliente na hora de escolher um produto da empresa ou optar pela concorrência. Neste sentido, construir uma imagem positiva frente ao mercado também atrai mais investidores e aumenta o potencial de atratividade dos processos de Recrutamento e Seleção da empresa.

Quando o assunto é o Capital Humano, a prática se torna ainda mais relevante. Isso porque, ao contrário do que muitos ainda pensam, salários e benefícios diferenciados já não são a prioridade para muitos colaboradores – sobretudo entre os de gerações mais novas. Atualmente, preocupações com saúde mental, equilíbrio entre a rotina laboral e a vida pessoal e o propósito de vida também são fatores bastante citados entre os mais valorizados pelos profissionais. Isso inclui a consciência de trabalhar para uma empresa em conformidade com leis, respeito aos colaboradores e que procura fazer mais com sua atuação do que simplesmente lucrar.

Para além deste ponto, empresas que defendem a responsabilidade social em sua cultura organizacional assumem uma preocupação com o seu Capital Humano, se comprometendo a oferecer rotinas em que o bem-estar é uma prioridade, bem como a inclusão e a diversidade – tópicos previstos por lei, inclusive.

Mas, afinal, como fazer para investir em práticas de responsabilidade social e transformar a organização em uma marca ética, justa e sustentável? É o que você vai ver no artigo de hoje! Boa leitura!

 

O que é responsabilidade social?

A responsabilidade social (RS) pode ser definida como uma série de práticas adotada por uma organização em benefício da sociedade, seja visando ao seu público interno (colaboradores, investidores ou quaisquer tipos de stakeholders) ou pessoas de fora da empresa. Neste segundo âmbito, essa prática pode ser realizada com projetos comunitários, ações sociais, procedimentos voltados para o meio ambiente ou quaisquer atividades que impactem a sociedade como um todo, não somente as partes diretamente vinculadas às empresas.

Uma organização socialmente responsável é aquela que muda o comportamento e condutas a fim de realizar ações voltadas para o seu meio social. A ideia é estender a atuação da empresa, deixando de lado a mentalidade focada em lucro e rentabilidade para adotar práticas que possam melhorar as condições sociais da comunidade.

A responsabilidade social é especialmente relevante em tempos marcados pela atuação negativa de diversas corporações. Os exemplos são inúmeros – vão desde marcas que agridem abertamente o meio ambiente até empresas acusadas de adotar práticas exploratórias com as pessoas que lhes oferecem seus serviços, sobretudo em países onde a mão de obra é mais barata e os agentes de fiscalização fazem “vista grossa” para esse tipo de ação.

Embora este assunto tenha ganhado mais destaque recentemente, ele já paira no cenário corporativo há pelo menos duas décadas. A responsabilidade social como entendemos hoje apareceu em 2001, quando a Comissão das Comunidades Europeias criou um documento conhecido como Livro Verde, cujo principal objetivo era fazer com que todas as organizações adotassem práticas similares às das empresas europeias em relação às consequências de sua atuação, principalmente no meio ambiente. De acordo com o documento, ser socialmente responsável “não se restringia ao cumprimento das obrigações legais, mas também incluía um investimento a mais no Capital Humano, no ambiente, nas partes interessadas e nas comunidades locais”.

Outro fator que vale mencionar sobre a responsabilidade social nas empresas é que, conforme a definição do Livro Verde, estas são práticas voluntárias por parte das organizações. Contudo, por mais que elas não sejam diretamente rentáveis, vale ressaltar que são importantes para a manutenção de uma reputação positiva, bem como a brand equity da organização. E estes fatores certamente impactam sua lucratividade, ainda que de forma indireta.

 

Diferenças entre Responsabilidade Social Corporativa, ISP e ESG

As discussões sobre sustentabilidade começaram a ganhar escopo nos anos 1960, quando ficou evidente que a atuação exploratória das empresas estava esgotando os recursos naturais mais rápido do que poderiam se renovar. A consciência a respeito da escassez compeliu as organizações a readequarem suas estratégicas, de modo a estabelecer ações de preservação da natureza.

Logo, outras pautas relativas às questões sociais e humanas também foram incluídas nas discussões. Com o passar do tempo, emergiram conceitos como a Responsabilidade Social Corporativa (RSC), o Investimento Social Privado (ISP) e a Environmental, Social and Governance (ESG).

A responsabilidade social corporativa (RSC) envolve uma série de práticas direcionadas ao público, seja interno ou externo. Essas ações podem ter impactos ambientais ou sobre as pessoas da comunidade. De forma simplificada, é isso que diferencia os conceitos de RSC e Investimento Social Privado (ISP). Ambos são oriundos de um momento em que a iniciativa privada passa a assumir um papel frente às pautas socioambientais, mas têm algumas diferenças em relação ao tipo de ação que a empresa desempenha.

A RSC considera que a empresa também é responsável pelo impacto socioambiental em uma determinada área. Por isso, esse conceito diz respeito à atuação do negócio de forma a mitigar os danos ambientais (âmbito externo) e de construir relações mais sustentáveis com seus clientes, colaboradores e investidores (âmbito interno). A ideia é que a empresa consiga minimizar ou até anular quaisquer danos causados por sua atuação. Isso inclui desde o plantio de árvores para minimizar o efeito de gases poluentes até questões como investir em diversidade e inclusão (D&I), saúde mental e afins.

Já o ISP está relacionado à atuação da empresa na comunidade onde está inserida. Ou seja, o conceito trata de ações voluntárias e estratégicas que movimentam recursos privados, sejam financeiros, humanos, técnicos ou afins, para gerar algum nível de transformação social em uma comunidade. Logo, o foco aqui é o benefício público. Existem diversas maneiras de uma empresa atuar nesse sentido – tudo depende da área e dos recursos do negócio em questão. Uma organização especializada em cursos profissionalizantes, por exemplo, pode oferecer bolsas gratuitamente para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Doações financeiras para colocar projetos civis em curso também são uma alternativa.

O ESG também trata de questões como responsabilidade social e ISP, mas em uma perspectiva mais vinculada ao mercado. Isso porque, como mencionamos, os consumidores estão mais atentos às práticas das empresas e buscam organizações mais éticas e confiáveis na hora de comprar um produto ou contratar um serviço. Estar em dia com questões de governança socioambiental faz com que a empresa seja melhor avaliada, o que aumenta o seu valor e o potencial de investimento. Logo, de forma prática, a ESG trata de um entendimento do mercado sobre o valor da organização baseado em sua conduta a respeito de sustentabilidade e investimentos em ações socioambientais.

 

Os tipos de responsabilidade social

As demandas relativas à responsabilidade social são bastante diversificadas, englobando desde ações em benefício do meio ambiente até práticas voltadas para a transformação social. Por isso, existem alguns tipos distintos de RS, cada um voltado para um tipo específico de atuação. Veja a seguir:

Responsabilidade Social Corporativa (RSC)

A responsabilidade social corporativa estabelece o foco nas pessoas impactadas de alguma forma pelas ações da empresa. Nesse ponto, as preocupações envolvem o ambiente de negócios, o cuidado para garantir as melhores condições possíveis para o Capital Humano e seus familiares e até mesmo para indivíduos oriundos da comunidade onde a empresa está inserida.

Esse tipo de responsabilidade social se debruça na forma com que a empresa se relaciona com todos ao seu redor. Quando o foco são seus profissionais, esse tipo de RS engloba questões como salários e benefícios, construção de ambientes de trabalho saudáveis, além da garantia de qualidade de vida. Além disso, há também a relação com as pessoas do externas à organização, o que pode incluir as já mencionadas ações voltadas para a transformação social e benefício da comunidade.

Responsabilidade Social Empresarial (RSE)

A ideia da RSE é muito parecida com a da RSC, uma vez que o foco, em ambos os casos, está na relação da empresa com as pessoas impactadas por suas ações. Contudo, no caso da RSE, também há uma questão empresarial envolvida. A RSE diz respeito à responsabilidade da empresa com ampliar o campo de atuação do negócio, buscando beneficiar a área como um todo, além de stakeholders, como investidores e sócios. A ideia é melhorar não apenas a comunidade em torno, mas também gerar novas oportunidades de negócio.

Responsabilidade Social Ambiental (RSA)

Como o próprio nome indica, a RSA diz respeito à responsabilidade de uma organização com o meio ambiente e com a sociedade. Isso inclui estar em conformidade com as leis, além de encontrar formas de minimizar os seus impactos na natureza. Apesar da importância, é mais comum ver este tipo de responsabilidade social sendo colocado em prática apenas por empresas cuja atuação degrada o meio ambiente. A Faber-Castell, por exemplo, é uma empresa cujo núcleo se baseia em material escolar, sobretudo lápis de cor – de madeira. Mesmo assim, a empresa é amplamente conhecida por suas práticas sustentáveis.

 

Importância da responsabilidade social corporativa

Adotar práticas de responsabilidade social nas empresas é importante por uma série de motivos. O primeiro deles é que o público final dá preferência a organizações com condutas e princípios éticos. Afinal, tempos de internet e redes sociais, as pessoas estão cada vez mais informadas sobre as marcas que consomem. Nunca foi tão fácil acompanhar os posicionamentos de uma empresa, seja em relação a pautas políticas e sociais ou quanto ao trato com o próprio Capital Humano. Não à toa, hoje em dia, há uma grande preocupação com a gestão de crises.

De acordo com essa pesquisa realizada pela Nielsen Holdings em 56 países, os consumidores demonstram, em uma escala global, uma preferência clara por empresas que estão fazendo uma diferença positiva para o mundo. Dos 28 mil entrevistados no estudo, 66% alegaram que preferem comprar em organizações que contam com programas de retribuição à sociedade. E esse tipo de consideração também se estende para questões além do consumo.

Dentre os entrevistados, 59% disseram se sentir mais disposto a investir nessas empresas, 62% prefere trabalhar para elas e 46% disseram estar dispostos a pagar mais por seus produtos e serviços. No Brasil, conforme relatado nessa matéria do G1, até 87% da população prefere comprar de empresas que adotam práticas como reciclagem e sustentabilidade e 70% aceita pagar mais para isso. Logo, fica evidente que este se tornou um diferencial competitivo.

Ademais, há a questão do impacto ambiental e social causado por essas empresas. Afinal, já se sabe que é preciso investir mais em sustentabilidade, visto que os recursos estão cada dia mais escassos. Em 2021, por exemplo, a humanidade esgotou recursos naturais previstos para o ano inteiro no mês de julho, como conta esta matéria. Se as megacorporações mantiverem um ritmo alucinante de exploração sem repor nada à natureza, a tendência é que as consequências para o planeta sejam tão graves quanto irreversíveis.

Já para as pessoas, sobretudo as de classes sociais mais baixas, por vezes, o investimento de uma organização é a melhor oportunidade de se desenvolver profissionalmente. Práticas direcionadas à comunidade onde a empresa está inserida ajudam a mudar a realidade de diversas pessoas, já que são, muitas vezes, a única oportunidade de acesso que elas têm. Dessa forma, toda a comunidade é beneficiada e o mercado local passa a ter mais profissionais disponíveis, o que é positivo para todos.

Internamente, esse tipo de preocupação também melhora o engajamento e a motivação dos colaboradores. Quando a empresa adota práticas de responsabilidade social, ela estende sua atuação para além da rentabilidade que obtém. Isso dá um propósito maior aos profissionais, que passam a acreditar que fazem parte de algo mais importante do que apenas gerar lucro – algo que será aproveitado apenas pela empresa em si. Logo, esse tipo de preocupação envolve fazer o bem a outras pessoas, dar acesso e garantir um mundo mais saudável para todos.

Além disso, vale relembrar que a RS também envolve práticas direcionadas ao Capital Humano, como oferecer cursos de capacitação profissional e garantir uma boa qualidade de vida durante o trabalho. Nesse cenário, a tendência é que essa prática aumente os níveis de felicidade e satisfação dos colaboradores e, como consequência, de produtividade. Nesse cenário, a capacidade de reter os talentos aumenta exponencialmente, enquanto as taxas de turnover despencam.

Por fim, há a questão da reputação da empresa. Afinal, todos esses fatores fazem com que a imagem construída pela marca no mercado seja positiva, o que é excelente para o negócio. Dessa forma, a organização aumenta o seu potencial de atratividade e se torna mais disputada pelos profissionais em processos seletivos. Até porque, não há nada mais natural do que querer trabalhar em uma empresa responsável e que respeite o seu Capital Humano.

 

Como o RH pode atuar na responsabilidade social?

O departamento de Recursos Humanos mudou muito com o tempo. Antes, o setor ficava responsável exclusivamente por burocracias; atualmente, ele assume diversas funções, incluindo estratégias de negócio e a gestão de pessoas. De acordo com Idalberto Chiavenato, um dos nomes mais importantes quando o assunto é administração de empresas, o RH moderno funciona a partir de subsistemas, cada qual responsável por monitorar diferentes âmbitos da organização.

Considerando as ações de responsabilidade social, a lógica não é diferente. O primeiro ponto em que vale destacar a atuação do RH é com a saúde física e mental dos colaboradores. Isso porque cabe ao departamento monitorar os índices de desgaste, produtividade e felicidade do Capital Humano, o que é fundamental para criar ambientes positivos para os profissionais – que também ofereçam segurança à sua integridade física. Como a responsabilidade social também engloba uma gestão mais humanizada, ter esse tipo de informação à disposição é fundamental. Para medir a felicidade geral dos colaboradores e criar lógicas que os mantenham motivados e satisfeitos, utilizar ferramentas de Mapeamento do Clima Comportamental é altamente recomendado.

Para saber mais sobre Mapeamento do Clima Comportamental, clique aqui.

Além disso, promover o bem-estar no ambiente corporativo envolve prezar pelo alinhamento entre o cargo e o perfil comportamental do colaborador. Isso porque, quando a empresa baseia sua gestão de talentos no comportamento, ela contrata profissionais para exercer funções que estão de acordo com suas características naturais. Isso significa que, em vez de nadar contra a corrente e fazer atividades que os desgastam, os colaboradores trabalham mais e melhor, já que seus cargos exigem competências que lhes são intrínsecas.

Para entender a lógica, basta imaginar uma pessoa introspectiva e com muita dificuldade de socialização. Se ela fosse contratada para lidar diretamente com clientes, o estresse e a ansiedade fariam parte de seu dia a dia, certo? É esse tipo de situação que a gestão comportamental elimina. E isso é responsabilidade do departamento de Recursos Humanos.

Para tornar esse processo assertivo, é fundamental utilizar um bom software de gestão comportamental, como o Etalent PRO, capaz de identificar perfis de pessoas e cargos, cruzando-os para descobrir o grau de compatibilidade entre eles.

Para saber mais sobre o Etalent PRO, clique aqui.

Além disso, a aplicação de um programa de Assessment eficiente para avaliar a performance e medir a adesão do perfil aos cargos também é muito bem-vindo. Com ele, é possível identificar a motivação dos profissionais, suas âncoras de carreira e, assim, oferecer ainda mais possibilidade para criar um ambiente corporativo onde o bem-estar seja uma prioridade.

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Por fim, o RH também é um grande aliado na hora de desenvolver as ações que a empresa vai colocar em prática. No ambiente interno, isso inclui práticas voltadas para a cultura organizacional, saúde mental e diversidade e inclusão, por exemplo. Já quanto à atuação da empresa frente à comunidade, o RH pode ajudar não apenas criando campanhas externas, como também na implementação dessas ações dentro da empresa. Reciclagem, sustentabilidade e a adoção de práticas de economia colaborativa, por exemplo, são alguns dos pontos que podem ser estimulados tanto fora da empresa, como também na sua rotina.

 

Principais características da responsabilidade social

De acordo com o Livro Verde, documento fundamental para o conceito de responsabilidade social (mencionado anteriormente neste artigo), as empresas podem basear suas ações de RS em duas dimensões distintas: a interna e a externa. Como os próprios nomes indicam, elas são direcionadas para o que ocorre nos ambientes organizacionais e a atuação do negócio na comunidade, respectivamente. Algumas das características são:

Dimensão interna

  • Gestão humanizada do Capital Humano, oferecendo uma experiência positiva e aumentando o potencial de atratividade da marca;
  • Saúde e segurança no trabalho, garantindo a qualidade de vida tanto em termos socioemocionais quanto à integridade física, sobretudo em empresas que realizam tarefas mais arriscadas;
  • Adaptação às mudanças, levando em conta sempre o posicionamento das pessoas impactadas pela empresa na hora de reestruturar os processos e implementar novas estratégias;
  • Gestão de impacto ambiental e recursos naturais, comprometendo-se a reduzir os danos causados ao meio ambiente e adotando condutas internas para tal.

Dimensão externa

  • Atuação nas comunidades locais, garantindo uma boa integração entre a empresa, as pessoas e o meio ambiente;
  • Direitos humanos, respeitando o que é previsto por lei;
  • Ética com stakeholders, visando a construir relações positivas com consumidores, fornecedores, acionistas, parceiros comerciais e afins;
  • Comprometimento ambiental, implementando formas de mitigar os impactos da atuação da empresa nos ambientes externos.

 

5 exemplos de ações de RS em empresas

A responsabilidade social se debruça sobre questões como ética, bem-estar e atuação positiva em uma comunidade – seja com os seus habitantes ou em relação ao meio ambiente. Existe uma variada gama de ações que podem ser implementadas nas empresas para que elas desenvolvam práticas de RS. Para além da mitigação dos impactos ambientais, alguns exemplos são:

Investir em saúde e segurança

Além da questão da saúde mental e da qualidade de vida, é extremamente importante investir na segurança física dos colaboradores. Não poupar esforços para criar condições de trabalho onde os profissionais não estejam expostos a perigos também é uma prática de responsabilidade social. Isso é ainda mais importante quando os olhares se voltam para empresas que operam com maquinário pesado, onde as rotinas de trabalho são especialmente arriscadas. Assim, além de reduzir drasticamente o risco de acidentes, a empresa também aumenta seu potencial produtivo, uma vez que as interrupções por lesões ou doenças diminuem.

Nesse sentido, a farmacêutica Apsen é amplamente conhecida e chegou a faturar um prêmio por conta de seus projetos em segurança do trabalho em 2021. No mesmo ano, a empresa foi uma das poucas indústrias que registrou 365 dias sem acidentes de trabalho.

Estar integrada a uma comunidade

Além de gerar empregos e reduzir os impactos ambientais, é importante que a empresa assuma a responsabilidade com a comunidade onde está inserida a respeito de questões como cultura, educação e saúde. Por isso, é interessante desenvolver programas voltados para capacitação profissional para a população, fazer doações para projetos locais e financiar iniciativas culturais, entre outras possibilidades.

Outra opção igualmente interessante é a organização ajudar a arrecadar fundos para projetos sociais – para isso, ela pode promover leilões solidários, participar de campanhas de crowdfunding ou realizar eventos beneficentes na comunidade. No Brasil, a Cielo é uma marca conhecida por financiar projetos e eventos culturais, como o Festival de Teatro de Curitiba.

Implementar programas de Diversidade e Inclusão

Contratar colaboradores de grupos minoritários também é uma prática de responsabilidade social. Afinal, por mais competentes que esses profissionais sejam, eles estão sempre sujeitos a sofrer com preconceitos e não avançar nem mesmo em processos seletivos de empresas que não têm essa preocupação. Além disso, ter mulheres, pessoas LGBTQ+ e PCDs, além de colaboradores de todas as etnias e realidades socioculturais é muito interessante para melhorar o potencial de inovação da empresa e sua imagem como marca empregadora.

Um bom exemplo de empresa que coloca isso em prática é a Natura, onde 62% dos colaboradores são mulheres, sendo que 56% dos cargos de liderança também são ocupados por elas.

Envolver-se em causas sociais

O respeito aos Direitos Humanos é uma das bases da responsabilidade social. Contudo, é importante que a empresa eleve essa preocupação a outro patamar e se envolva em causas humanitárias. Para isso, é interessante que ela esteja apta a detectar as carências da sua comunidade e realize ações para supri-las. Projetos que visam à inclusão social, à erradicação da fome e da miséria e ao combate a doenças endêmicas são alguns exemplos do que a empresa pode fazer. Durante a pandemia, empresas como o McDonald’s e a Unilever, por exemplo, realizaram grandes ações para combater a fome, doando toneladas de alimentos para profissionais de linha de frente no combate à covid-19 e para aqueles que tiveram suas rendas impactadas pelo isolamento social.

Realizar ações de voluntariado

O voluntariado empresarial é uma prática onde uma organização implementa um conjunto de ações que visam ao engajamento de seus profissionais em iniciativas de apoio às comunidades. Esse tipo de prática é muito interessante não apenas para dar mais motivação e melhorar as competências comportamentais do Capital Humano, como também para trazer impactos positivos no âmbito externo. Alguns exemplos são mutirões de apoio, desenvolvimento de oficinas culturais, prestar consultorias, dentre outras possibilidades. A L’Oreal é uma empresa que leva essa prática a sério e promove anualmente o chamado Citizen Day, onde seus funcionários do mundo inteiro participam de ações voluntárias.

A responsabilidade social é um assunto muito importante para as empresas. Além dessa prática impactar positivamente a qualidade de vida dos colaboradores, ela também é muito relevante para a comunidade onde a empresa está inserida. Investir em RS melhora o engajamento, a capacidade de reter talentos e a imagem da organização perante o mercado. Esse tipo de prática extrapola a questão do lucro e traz o propósito para a vida e a rotina dos profissionais. E as organizações só alcançam resultados extraordinários quando os colaboradores estão felizes, motivados e inspirados a fazer o melhor que podem.

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Fernanda Misailidis

Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.

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