Quanto tempo levamos para construir a primeira impressão de alguém?

Estudos mostram que o cérebro demora de 300 a 500 milésimos de segundos para formarmos uma primeira impressão sobre alguém e que normalmente estamos julgando se a pessoa se mostra confiável e competente.

Cientistas dizem que a maneira como você vê os outros reflete muito sobre quem você é, incluindo tanto boas quanto más características.

Observando alguns trabalhos que realizo, sobretudo as consultorias para autoconhecimento e desenvolvimento profissional, ajudando pessoas a refletirem sobre seu contexto e seu comportamento, vejo que temos que nos isentar desse olhar de julgamento e assumir um olhar mais empático no intuito de ajudá-lo a pensar em um melhor caminho de construção de ações para melhorias pessoais.

Não é fácil, mas venho estudando técnicas para fazer isso e uma delas chama-se Comunicação Não Violenta.

A Comunicação Não Violenta, também chamada de Comunicação Autêntica, é um processo de comunicação desenvolvido por Marshall Rosenberg que apoia o estabelecimento de relações de parceria e cooperação em que predomina a comunicação eficaz e a empatia. O mais interessante é que esse processo pode ser aplicado por qualquer pessoa, em qualquer circunstância.

Rosenberg afirma que “nossa atenção está focada em classificar, analisar, e determinar níveis de erro, em vez de conectar com o que nós ou os outros queremos e não estamos obtendo”. E se comunicar com empatia não é tão fácil quanto parece.

O nosso condicionamento é pergunta e resposta, certo e errado, de forma mecânica. Sendo assim ele construiu 4 pilares que nos ajudam a obter uma comunicação mais eficaz.

1. Observação

Tentar nos comunicar sem julgamentos, preconceitos e análises. Normalmente, quando recebemos uma crítica, por exemplo, tendemos a nos vitimizar e a levar tal comentário pelo lado pessoal.

Dentro dos preceitos da Comunicação Não Violenta, quando estamos dialogando devemos nos abster de quaisquer afirmações e fixarmos nossa atenção em observar o que está sendo falado.

2. Sentimento

Depois de observar o que está sendo dito, devemos avaliar qual o sentimento que nos atingiu com aquela determinada sentença.

Sentir-se feliz, triste, animado, decepcionado, com raiva, medo, ansioso, tímido, confiante ou orgulhoso são algumas das sensações que você tem durante uma conversa.

É uma cartela infinita de sentimentos, mas precisamos saber de fato como nos sentimos em uma dada conversa.

3. Necessidade

O que a pessoa está querendo te dizer? Entender as necessidades da pessoa é saber qual sentimento ela está exprimindo através de suas falas.

Mais que entender os SEUS sentimentos é observar e entender os do outro. Aceitar sem julgamentos e se atentar para as necessidades daquela conversa é primordial para gerar a empatia que tanto procuramos.

Às vezes seu interlocutor está precisando apenas de uma palavra de apoio, ou que você o ouça sem nada dizer.

4. Pedido

Quando nos comunicamos é porque queremos algo. Quando nos expressamos com clareza e objetividade conseguimos exprimir esses pedidos com mais facilidade. O objetivo da Comunicação Não-Violenta é realizar (ou não) o que nos está sendo solicitado.

A principal importância desta ação é a clareza. Quando temos claro em nosso consciente o que queremos, fica muito mais fácil fazer pedidos.

Tenho visto muitos ganhos com a utilização dessa técnica, estar atento a esses quatro pilares durante uma conversa, mesmo que rápida, podem trazer sua atenção para si e para o outro, e isso ajuda a agir com empatia, entendimento e autoconhecimento.

Também está disposto a tentar? Comenta aqui e me conta os ganhos que obteve com essa técnica? Até mais!


Luana Carneiro

Consultora de Capital Humano na ETALENT. Apaixonada por propor novas soluções para Gestão de Pessoas, bailarina clássica amadora e futura mãe da Bárbara.

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