Incluir a inovação como um pilar da cultura organizacional é essencial para o sucesso (ou a sobrevivência) das empresas no mercado competitivo. E isso se dá de forma contínua, investindo em melhorias seja na forma como apresenta, vende, formula ou entrega seu produto ou serviço.

Com a recente crise mundial causada pela pandemia, a prática da inovação tornou-se ainda mais necessária. Muitas empresas tiveram que se reinventar e, com isso, inovar em suas formas de operação, modelos de negócio, produtos e serviços.

O ato de inovar está diretamente relacionado a criar um diferencial competitivo na organização. Por isso, neste artigo, exploramos o tema a partir de seu contexto, além de apresentar formas de estimulá-lo dentro de sua empresa. Confira!

 

O que é a inovação?

Antes de falarmos sobre inovação, é importante diferenciá-lo dos termos “descoberta”, “criatividade” e “invenção”, já que frequentemente são usados como sinônimos.

Uma descoberta é um fato do mundo físico ou científico que precisa ser validado socialmente. Geralmente, está relacionada às descobertas científicas, capaz de criar novos conhecimentos, mas que não gera protótipos nem é comercializada. As descobertas precisam ser validadas pela comunidade científica.

A criatividade trata de uma habilidade mental e pode, portanto, ser desenvolvida e estimulada. Basicamente, o nosso cérebro concebe ideias e forma pensamentos que fogem aos padrões e que, justamente por isso, são considerados criativos, já que apresentam uma mudança.

A criatividade pode ser canalizada para uma ação. Quando isso acontece, dizemos que houve um processo de invenção, ou seja, um processo de materializar a ideia ou conhecimento para gerar, por exemplo, um protótipo, mas que não é produzido em escala.

Já uma inovação acontece quando a ideia é colocada em prática e gera algum valor. Por isso, diz-se que a inovação é algo mensurável.

Feitas essas considerações, falemos de inovação. O termo tem origem no latim “innovatio”, que significa “renovação”, e conta com inúmeras definições. Segundo Peter Drucker, estudioso da Teoria da Administração moderna, a inovação é “o ato de atribuir novas capacidades aos recursos (pessoas e processos) existentes na empresa para gerar riqueza.”

De acordo com a definição de Drucker, inovar é encontrar uma nova forma de resolver um problema, promover novidades ou melhorias que gerem valor para indivíduos e organizações e que possam ser implementadas no mercado. E, diferente do que muitos pensam, esse processo não depende diretamente de tecnologia, mas, sim, de pessoas.

Portanto, o diferencial para adorar práticas de inovação é que as empresas conheçam bem as pessoas que compõem o seu Capital Humano, o que implica em entenderem seus perfis comportamentais, além de estarem cientes de seus conhecimentos e habilidades.

 

Tipos de inovação

Os tipos mais comuns de inovação nas organizações são:

  1. Inovação incremental: O objetivo desta inovação é realizar pequenas melhorias contínuas, muitas vezes imperceptíveis aos clientes. Ou seja, a mudança não aparece de forma expressiva, mas em discretas otimizações.
  2. Inovação radical: São transformações profundas nos produtos ou serviços oferecidos no mercado, que podem gerar quebras de paradigmas no segmento em que a empresa atua. Em alguns casos, são capazes até de modificar o modelo de negócios e gerar um novo mercado.
  3. Inovação disruptiva: Inovações que provocam rupturas com os modelos, tecnologias ou padrões estabelecidos em um mercado já existente.

Essas inovações podem ocorrer em diferentes frentes. Veja a seguir:

  • Inovação organizacional: Quando há a implementação de novas ações para aumentar a competitividade da empresa, como, por exemplo, novos métodos de recrutamento ou desenvolvimento colaboradores ou melhorias nas estratégias de comunicação interna.
  • Inovação em modelo de negócio: Uma mudança na forma com que a empresa conduz o próprio negócio, principalmente no modo de gerar receita ou no modelo de operação.
  • Inovação em processo: Quando ocorre mudança dos métodos relacionados aos processos operacionais a fim de acelerar a produtividade.
  • Inovação em produto: O lançamento de um novo produto, solução ou melhorias significativas em algo já existente, como o acréscimo de novas funcionalidades, acessórios e alteração de componentes, com o objetivo de agregar ainda mais valor para os clientes.
  • Inovação em serviços: Este tipo de inovação é muito semelhante à inovação de produto, porém se aplica aos serviços oferecidos pela empresa.
  • Inovação em marketing: São mudanças no serviço ou produto oferecido visando ao reposicionamento da marca no mercado, além da segmentação de clientes, melhorias no design e nas estratégias de comunicação.

Devido às similaridades, é comum ter dúvidas quanto ao modelo de inovação que deve ser aplicado em cada situação. Acontece que, muitas vezes, mais de uma solução é possível e os diferentes tipos podem ser aplicados de forma consecutiva – ou até concomitante. Mais importante são a definição do objetivo principal da mudança, a clareza sobre as necessidades da empresa e em qual frente é necessário inovar.

É importante para frisar que, embora o conceito de inovação esteja muito ligado ao de transformação digital, não está restrito a ele. De uma forma bem simplificada, a transformação digital trata das mudanças de hábitos e comportamentos (de consumo, trabalho, transporte e comunicação, por exemplo) desencadeadas pelo avanço tecnológico. Esse processo envolve os conceitos de velocidade, cultura e gestão ágil, adaptabilidade, priorização, dinamismo e foco.

A inovação, por outro lado, trata de algo mais abrangente, generalizado e que nem sempre está vinculado a prazos e agilidade. Em linhas gerais, a transformação digital é uma consequência da inovação e está inserida dentro dos seus processos, que também envolvem outras questões.

 

Por que inovar?

De acordo com o livro “A Origem das Espécies”, de Charles Darwin, “não é a espécie mais inteligente que sobrevive, tampouco a mais forte. É a que melhor se adapta às mudanças no ambiente”. Como muito bem colocado pelo professor Leon C. Magginson, a espécie humana precisa passar por mudanças para sobreviver e a inovação nada mais é do que a mudança que deu certo.

Também é importante destacar a capacidade de adaptação associada às organizações que inovam, pois, no cenário corporativo atual, quem não incorpora este processo à sua rotina, abre mão do pensamento estratégico, o que leva à perda de oportunidades de negócio.

Além disso, a permanência no mercado e o sucesso de uma empresa dependem cada vez mais desta capacidade, independentemente do seu tamanho ou segmento de atuação. Adaptabilidade é um diferencial competitivo levado em consideração até mesmo no momento de avaliar o valor de uma marca.

A inovação impacta também o desempenho da gestão na hora de gerar novas demandas, aumentar as receitas e a produtividade, reduzir os custos e criar soluções para liderar a concorrência do mercado. Afinal, é inovando que se torna possível gerenciar as crises e otimizar os processos através de um olhar focado nos aprendizados do passado, nas necessidades do presente e nas transformações do futuro.

 

Pilares da inovação corporativa

Para inovar, é importante conhecer os pilares que sustentam esse processo. Afinal, é fundamental fortalecê-los para garantir a sobrevivência da organização e o sucesso desejado.

Estratégia

Tudo gira em torno de uma boa estratégia. Sem ela, não há objetivos claros a serem seguidos nem metas a serem traçadas. A estratégia ajuda a entender quais serão as lacunas entre o desempenho real e o desejado, além de deixar visível onde concentrar investimentos, sejam eles financeiros ou os esforços.

A estratégia também é fundamental para que sejam definidos os métodos trabalhados e os indicadores de resultado e desempenho que precisam ser acompanhados, elencando as prioridades para orientar os colaboradores.

Liderança

É preciso ter uma liderança engajada e que assuma a frente do processo de inovação. Ela é a figura-chave que pode ser representada tanto por alguém hierarquicamente responsável, como um gestor ou coordenador, quanto por um colaborador que tenha carisma, profissionalismo e influência frente aos demais.

Para saber qual é o profissional mais adequado para assumir essa função, é interessante conhecer o perfil comportamental dos colaboradores. Escolher alguém com o talento adequado para essa função fará diferença em seu desempenho. Utilizando uma análise do seu perfil, será possível identificar os pontos que ele precisará desenvolver para conseguir atingir a alta performance. Isso é possível com os relatórios gerados no sistema ETALENT Pro.

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Competências

A inovação depende da capacidade da empresa colocar as melhores e mais lucrativas ideias em prática. Para isso, é necessário um porfundo diagnóstico para conhecer todas as competências internas. Isso é possível através da utilização de uma análise SWOT, com o mapeamento dos pontos fortes, fracos, as ameaças e oportunidades da organização. Ao conhecer os comportamentos dos profissionais que compõem os times, é possível identificar os gaps apresentados e que precisam ser desenvolvidos para amentar a performance.

Todos esses pontos são muito importantes para a gestão da inovação e, para apoiá-lo em algumas frentes a respeito da gestão de pessoas, a ETALENT oferece diversas soluções e consultorias, como o Mapeamento do Clima Comportamental. Os dados levantados por essa análise auxiliam na descoberta das competências e na formação de equipes específicas para atuarem nas estratégias de inovação.

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Não se esqueça de que, para desenvolver bem as competências de um time, é necessário investir não só nos conhecimentos técnicos (as hard skills), mas também nas soft skills (competências comportamentais). Como este tipo de conhecimento não é passado nas escolas, muitas vezes, cabe às organizações promoverem programas que preparem os profissionais para uma atuação realmente inovadora.

Cultura

A dimensão cultural é a mais difícil de acertar. Na verdade, os desafios da mudança de cultura são duas vezes mais comuns do que a média nas outras áreas. Para impulsionar a inovação na organização, esses valores devem estar incorporados em todos os processos de RH.

Este é um trabalho demorado e complexo, que demanda um esforço coletivo e consistente em todos os níveis da organização. Definir uma visão clara e objetiva para a mudança na cultura e garantir que ela seja estabelecida de cima para baixo eleva o negócio a outro patamar.

Mas é bom ter cuidado: mesmo estratégias culturais bem elaboradas podem falhar se o contexto não apoiar ou impedir novas mentalidades e comportamentos. Para ter sucesso, esse tipo de mudança precisa estar presente em todos os ambientes da organização. Para isso, trabalhar os perfis comportamentais torna-se um grande diferencial. Este processo é possível, por exemplo, através de um plano de Assessment, em que alinham-se as competências organizacionais, comportamentais e cognitivas com as motivações e estratégias.

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Pessoas

O elemento essencial para a inovação são as pessoas. Você pode ter tecnologia e maquinário de ponta, mas, sem equipes engajadas e motivadas, é impossível trazer grandes resultados para as organizações. Por isso, é muito importante que um trabalho vindo tanto do RH quanto das lideranças seja executado com essa finalidade. Assim, a inovação chega também aos colaboradores.

 

Como estimular a inovação em uma organização?

Para estimular a inovação em uma organização, é necessário, antes de mais nada, quebrar alguns paradigmas. Segundo Joel Barker, estes paradigmas são conjuntos de regras e regulamentos que cumprem duas funções principais:

  1. Estabelecer limites.
  2. Ajudar a encontrar uma forma de ter sucesso resolvendo problemas dentro destes limites.

Na definição do autor, os paradigmas são o que nos impedem de criar. Eles agem como filtros que retêm dados que vem à mente, ou seja, nós selecionamos as informações e condutas que se ajustam melhor às nossas regras e regulamentos, e tentamos ignorar o resto. Com todo ser humano é assim, e isso acontece de maneira inconsciente.

Os paradigmas afetam drasticamente o discernimento e a tomada de decisões, já que influenciam nossas percepções. Essa condição se aproxima do conceito de percepção seletiva, em que as pessoas tendem a enxergar seletivamente o que veem com base no que as interessa, nas experiências passadas e nas próprias atitudes.

Outra convergência que podemos fazer a respeito de um paradigma é o efeito halo, que diz respeito às impressões das pessoas formadas a partir de uma característica isolada.

Mas não se preocupe, os paradigmas são comuns. Eles estão presentes em quase todos os aspectos da vida, seja profissional, pessoal, espiritual ou social. E são úteis, pois nos ajudam a detectar os problemas rapidamente. A partir das regras e regulamentos individuais, somos capazes de resolver impasses, já que, por exercerem influência inconsciente sobre nós e o meio em que vivemos, direcionam nossa visão e nos permitem focar em obstáculos cotidianos.

Porém, se o objetivo for estimular a inovação, é importante perceber os paradigmas existentes para que eles possam ser quebrados. Esta é a melhor forma de identificar oportunidades para inovar na organização. Existem algumas maneiras de apurar essa percepção e a principal delas é estimular a criatividade.

Segundo Domenico de Masi, professor, sociólogo e autor do livro “Ócio criativo”, aqueles que são apaixonados por suas profissões e sentem prazer nas atividades que exercem trabalham com maior motivação e criatividade:

Aquele que é mestre na arte de viver faz pouca distinção entre o seu trabalho e o tempo livre, e distingue uma coisa da outra com dificuldade. Almeja, simplesmente, a excelência em qualquer coisa que faça, deixando aos demais a tarefa de decidir se está trabalhando ou se divertindo.”
– Domenico de Masi

Estimulando a criatividade

Para estimular a criatividade, é importante entendermos como funciona este processo:

1. Identificação

Este é o momento em que há a formulação do problema e identificação das necessidades e oportunidades. E, acredite: um problema bem definido e diagnosticado já é quase metade do processo. Eventualmente, esta etapa pode ser mais importante do que a própria conclusão. Explorar as questões, alternativas e olhar sob outros ângulos requer grande imaginação criativa.

2. Preparação

Nesta etapa, ocorre a busca e o acúmulo de informações que possam colaborar para a solução do problema mapeado, seja direta ou indiretamente. Afinal, possuir dados que ajudem no direcionamento das ideias, mesmo que algumas dessas informações pareçam distantes em um primeiro momento, é importante para que o cérebro faça associações e chegue a novas conclusões.

3. Incubação

De acordo com alguns psicólogos, este é o processo de passagem para o inconsciente ou pré-consciente. Isso acontece quando o cérebro descansa e ocorre um desvio do problema principal, necessário para que a mente recomece a trabalhar depois de liberar a pressão do acúmulo consciente dos dados coletados.

4. Aquecimento

Após o período de incubação, o cérebro retorna ao problema, dessa vez com a sensação de estar mais próximo da solução. No dia a dia, devido aos prazos para entregas, é neste ponto que ocorrem alguns processos de estímulo, como o brainstorm. As ideias podem começar a se desencadear de maneira aparentemente desordenada em um primeiro momento, porém se está cada vez mais próximo de encontrar uma solução.

5. Iluminação

A resposta aparece quase “sem querer”. Este o momento do insight, “Eureca!”. Pode ser que isso aconteça aparentemente sem esforço, mas, na verdade, é o resultado de toda preparação mencionada anteriormente. É o fim da angústia que sentimos na busca pela solução.

6. Elaboração

Processo de refinamento de ideias que ocorre de maneira totalmente consciente e ordenada. Aqui, é feita a construção da teoria, equação ou plano de ação. Esta etapa é muito importante porque a maioria das empresas entende a importância da inovação, mas fica aquém quando se trata da execução.

7. Verificação

Por fim, faz-se necessário comprovar que a ideia realmente é uma solução para o problema mapeado. Neste ponto, começamos a associá-la a casos reais para validação da solução proposta, além de estabelecer sua viabilidade e rentabilidade.

Inibidores da criatividade

Cabe também destacar alguns comportamentos inimigos da criatividade, abordados no livro “Criatividade – Abrindo o lado inovador da mente”, de José Predebon, para que você também esteja atento a eles.

O primeiro deles é a acomodação, geralmente ocasionada devido a uma rotina confortável que gera estagnação.

Há também a chamada miopia estratégica, que se refere à falta de visão do conjunto, ou seja, uma percepção limitada do contexto.

O imediatismo também pode ser um grande inimigo, já que a ansiedade de ir direto ao ponto, muitas vezes, limita nossa visão.

A insegurança, falta de autoconfiança e de autoestima também são agravantes e, por isso, é importante estar sempre trabalhando o autoconhecimento.

Outros fatores como o pessimismo, timidez, excesso de prudência, desânimo, desmotivação e dispersão também devem ser observados. Ter a consciência de que esses elementos inibem nossa criatividade é o primeiro passo para detectarmos as atitudes prejudiciais à inovação. 

 

Modelos de inovação

Existem duas formas bastante utilizadas quando se trata de inovação: a aberta e a fechada. A grande diferença entre elas é a maneira como surgem. Entenda a seguir:

Inovação fechada

Desde o levantamento das ideias até o desenvolvimento das soluções, tudo é feito dentro da própria organização. Este formato é mais tradicional e já trouxe muito sucesso para algumas grandes empresas. Porém seu investimento é mais elevado, tendo em vista o processo de criação necessário. 

Inovação aberta

Surge a partir da parceria com outras organizações, como startups, universidades, outros players e até consumidores. Este processo envolve um trabalho em conjunto para definir as melhores práticas, formas e finalidades de inovação. Costuma ter custo e tempo de criação menores, tendo em vista a colaboração entre os envolvidos. Exige uma relação de confiança entre essas organizações, assim como uma experiência diferenciada e customizada.

 

Formatos para colocar a inovação em prática

Considerando esses conceitos, a seguir, veremos os como as empresas podem aplicar os modelos de inovação na prática:

Time de inovação

Ter uma equipe interna dedicada à inovação, que conte com especialistas focados nesse processo, pode trazer eficiência na construção de propostas disruptivas para o negócio. Essa equipe também pode ser responsável por fazer a ponte com outras empresas, startups e universidades, dentre outras entidades que estimulem a inovação aberta.

Programa de aceleração

A aceleração corporativa tem como finalidade atrair empresas emergentes para ajudarem a superar os desafios internos. Nesta proposta, a organização tem controle sobre o capital criativo das startups, enquanto funciona como uma impulsionadora financeira até que elas tenham autonomia para se estabelecerem no mercado.

Aceleradora externa

Quase como uma oposição ao programa de aceleração mencionado anteriormente, nesta proposta, uma aceleradora externa é chamada para contribuir com a aceleração de sua empresa, num modelo semelhante a uma consultoria especializada.

Intraempreendedorismo

Profissionais intraempreendedores costumam ter a proatividade de encontrar oportunidades de empreender e inovar dentro da própria organização. Eles servem de inspiração para os demais, afinal, a tendência é que as pessoas aprendam umas com as outras. É fundamental que as organizações apoiem e estimulem essa mentalidade. Isso é possível através da gestão do clima, com o desenvolvimento de um ambiente mais produtivo e a utilização de ferramentas propícias para o aprimoramento de ideias. Um clima mais saudável e sustentável também diminui a distância entre as pessoas, aumentando, assim, a comunicação, a colaboração e a criatividade.

Posto de inovação

Também conhecido como innovation outpost, é uma área dedicada inteiramente à inovação. Um local dentro da empresa específico para encontros e troca de ideias, que ficou muito popular nos escritórios do Vale do Silício. Contar com um ambiente assim proporciona momentos para colaboração, descoberta de novos talentos e exposição da marca às práticas inovadoras.

Investimento e aquisição

Por fim, existem também as opções de comprar ideias desenvolvidas por outras empresas ou investir em organizações que desenvolvem inovação (em troca de uma porcentagem dos lucros).

 

Como fazer a gestão de inovação em sua organização?

Veja agora algumas dicas essenciais para que você seja capaz de colocar a inovação em prática no seu dia a dia:

Defina o modelo de gestão

Um ambiente com uma estrutura organizacional favorável à inovação, ou seja, que apresente uma gestão inclusiva, horizontal e descentralizada, faz diferença para que as pessoas tenham mais diálogo, liberdade criativa, confiança autonomia para propor novas ideias e soluções, sem receio de serem desencorajadas ou repreendidas.

Cultura

Entender como funciona a cultura organizacional, incluindo os pontos problemáticos, é muito importante para o processo de inovação. Essas falhas podem ser usadas ​​como ponto de partida para articular as mudanças de mentalidade e comportamento necessárias na empresa.

A comunicação interna também ajuda muito na fortalecimento cultural. Deixar claro que a empresa preza pela inovação em todas as mensagens direcionadas ao Capital Humano impacta diretamente a percepção e a mentalidade dos colaboradores a respeito do seu papel na organização.

Além disso, a disposição dos ambientes físicos e digitais, desde os pisos e paredes até as ferramentas de criação e softwares, pode ajudar na colaboração ou criar barreiras entre as equipes.

Processos de recrutamento e onboarding

Mencionar a cultura de inovação desde os processos de recrutamento e seleção e a jornada de integração garante que novos funcionários entendam como a empresa se posiciona em relação a esse assunto. Estimular essa mentalidade e as mudanças de comportamento desde o início são atitudes necessárias.

Conheça bem cada profissional

É preciso entender a maneira como as pessoas trabalham e interagem diariamente. Assim como em uma equipe esportiva, por exemplo, em que o técnico precisa entender muito bem como cada jogador performa, tanto individualmente como em conjunto, é importante que os gestores estejam a par das competências mais fortes e dos pontos que precisam de atenção em cada colaborador. Isso pode ser estimulado através de dinâmicas e análise de relacionamento.

Para isso, a ferramenta ETALENT Pro disponibiliza análises de relacionamento e percepção entre as pessoas, e também correlação entre os perfis comportamentais, com a finalidade de trabalhar os pontos de sinergia e atrito entre os colaboradores. Identificar as similaridades e diferenças é fundamental para gerar diversidade, mediar e gerenciar possíveis conflitos e estimular a inovação.

Aprender, desaprender e reaprender

Programas de aprendizado contínuo são bem-vindos para trazer novos formas de pensamento e criar soluções para os desafios. Aprender e multiplicar o conhecimento estimula a criatividade e a colaboração.

Testar, testar e testar

Abrir espaço para criar uma cultura de testes, onde seja permitido errar rápido e barato para, depois, acertar e trazer resultados mais significativos é uma ótima estratégia. Uma boa dica para isso é fazer experimentações em ciclos curtos, ter em mente o conhecimento do passado e executar retrospectivas regulares para, assim, aprender com os sucessos e fracassos.

Conhece a ti mesmo

Promover o autoconhecimento e estimular a elaboração de metas e planos para o desenvolvimento profissional e pessoal de um colaborador é essencial. E a ETALENT pode te ajudar muito neste sentido. Com o programa Personal Change, que tem o objetivo de sensibilizar e conscientizar profissionais quanto aos seus talentos e possibilidades de mudança, os colaboradores tornam-se mais proativos, têm mais iniciativa e apresentam melhora em sua automotivação.

Para saber mais sobre o programa Personal Change, clique aqui.

Saia da zona de conforto

É essencial estimular os colaboradores a enfrentarem seus medos. Este é um processo lento, mas que traz melhorias significativas. Ter políticas de boas práticas também é importante. É o caso do Google, que incentiva os profissionais a fazerem perguntas e compartilharem informações. Alguns métodos podem sensibilizar e motivar os colaboradores a saírem de sua zona de conforto e abraçarem a inovação como, por exemplo, um programa de recompensas bem elaborado, com aceitação ao erro e premiações mesmo que para tentativas.

Trabalhe as parcerias

Por fim, mas não menos importante, as parcerias são essenciais para alavancar as ações de inovação. Esse movimento promove resultados e traz grandes transformações para a organização como um todo. Mas, para isso, é necessário buscar outras empresas que tenham como base a valorização da inovação e o compartilhamento de ideias.

 

O papel da liderança para o sucesso da inovação

Em um cenário cada vez mais complexo e com um ambiente externo tão exigente, competitivo e com clientes cada vez mais seletivos, a figura do líder é de extrema importância para dar suporte e estimular o desenvolvimento da organização a partir da inovação.

De acordo com pesquisa de inovação realizada em 2018 pela Innovation Leader, a maior barreira para inovação é um conjunto de políticas, disputas internas e falta de alinhamento. Presidentes, CEOs e donos de empresas precisam estar engajados e estimular a inovação, seja através de medidas internas ou programas voltados para o estabelecimento de uma comunicação eficaz, clara e transparente.

Um líder tem um papel estratégico na construção da trilha para que uma organização tenha sucesso. Desde a formação dos times até a relação entre as pessoas que os compõem. A liderança é a principal responsável pela criação de um ambiente seguro, com autonomia, confiança e felicidade.

Para elevar a mudança da fronteira organizacional para a pessoal, os líderes precisam dar aos seus liderados espaço, apoio e aconselhamento para cada uma das etapas da jornada de criação mencionada. É preciso entender o que a inovação significa para os colaboradores e, a partir disso, propor um direcionamento claro e bem definido, para que a inovação ganhe um propósito maior e que mobilize as pessoas.

Até mesmo estimular momentos de descontração, como convidar o time para compartilhar experiências pessoais e desafios individuais, pode contribuir para promover a energia transformacional e de inovação. É importante promover dinâmicas para a troca de conhecimento e oferecer reconhecimento e recompensas ao longo do processo, seja diante de um trabalho bem-feito ou mesmo do esforço da equipe na busca por maiores e melhores resultados.

Além disso, o líder precisa trabalhar seu autoconhecimento, que é a base para que a inovação aconteça. Afinal, qualquer projeto que parta de um processo de mudança pessoal tem muito mais chances de ser bem-sucedido. A maneira como os líderes pensam, tomam decisões e se relacionam com as suas equipes molda a organização. Ter essa transparência consigo mesmo faz toda a diferença!

Para se manter competitivo no mercado, é necessário investir constantemente em estratégias eficientes e em inovação. Ajudar as pessoas a exercitarem suas competências, sejam elas técnicas ou comportamentais, é um diferencial nesse processo.

Para criar um ambiente que promova a inovação, a ETALENT ajuda seus clientes a motivarem os talentos, colocando as pessoas certas nas funções certas e estimulando programas de desenvolvimento pessoal focados no autoconhecimento. Aqui, apoiamos as empresas a promoverem culturas organizacionais voltadas para a inovação, onde cada um assume um papel ativo neste processo.

Como dizia o escritor Alvin Toffler, “mudança é o processo no qual o futuro invade nossas vidas”. Não se esqueça que o futuro começa no agora. Esperamos que este artigo contribua na construção de processos inovadores na sua organização!

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Bárbara Werneck

Bárbara é parceira da ETALENT. Inquieta, que gosta de pensar fora da caixa, ama os animais e adora estar na natureza.

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