A proatividade é uma habilidade cada vez mais requisitada em processos de Recrutamento e Seleção. Não é nenhum exagero afirmar que, atualmente, são poucas as vagas que não descrevem o perfil do candidato desejado como alguém “proativo e disposto a ajudar os demais”. É interessante observar esse movimento, uma vez que demonstra uma tendência mercadológica que já acontece desde o surgimento de movimentos como o RH 5.0: a valorização das competências comportamentais, popularmente conhecidas como soft skills. Hoje em dia, entende-se amplamente que formar um Capital Humano baseando-se somente em sua capacidade técnica já não é o suficiente para se destacar, tampouco para garantir qualidade de vida para os colaboradores.

Isso porque o comportamento de uma pessoa vai muito além da forma com que ela se porta ou reage a determinados estímulos. Em um contexto empresarial, esse fator também define a forma com que ela pode colaborar (ou não) para a construção de um ambiente de trabalho mais saudável, feliz e produtivo. Por vezes, contatar uma pessoa menos experiente, mas com boas habilidades comportamentais, vale mais do que contratar um expert que não sabe lidar com os colegas. Afinal, conhecimento técnico pode ser aprendido, mas o comportamento é mais difícil de mudar.

Nesse cenário, habilidades como empatia, inteligência emocional e proatividade são pontos que vem se tornando cada vez mais importantes para as organizações – não à toa, visto que essas competências em específico também são interessantes para manter o clima organizacional positivo e os colaboradores engajados. Mas, afinal, o que é a proatividade e por que ela é tão importante no contexto corporativo? É o que você vai descobrir neste artigo. Boa leitura!

 

O que é proatividade?

Em linhas gerais, a proatividade é uma competência comportamental diretamente associada à iniciativa e, por consequência, à capacidade de se antecipar aos problemas e desafios diários. Essa definição, por si só, já explica por que essa é uma habilidade tão demandada no mercado corporativo. Profissionais com esse perfil não têm medo de assumir a responsabilidade das situações e, comumente, tomam a iniciativa antes mesmo que alguém os peça para executar determinada tarefa. Caso eles não saibam como fazer, é normal que tentem antes de pedir ajuda – e, em alguns casos, só o fazem se realmente não tiverem o sucesso esperado com a demanda.

Esse tipo de atitude permite que eles consigam identificar problemas com mais facilidade e se antecipar às demandas futuras. Afinal, um profissional proativo é aquele que não espera alguém pedir; ele simplesmente vê algo errado e resolve – um ponto que também o torna mais suscetível a buscar por soluções, enquanto outros colaboradores podem simplesmente ficar travados frente aos desafios.

Por conta dessas características, esses profissionais desenvolvem níveis maiores de autonomia em menos tempo, o que diminui a necessidade de monitoramento constante. Assim, essas pessoas não precisam do acompanhamento de seus gestores o tempo inteiro.

A proatividade denota independência para exercer o trabalho identificando as falhas da empresa, propondo ideias e resoluções para tal. É importante ressaltar, no entanto, que não se deve confundir o termo com a capacidade de multitarefas – ainda que, eventualmente, ser proativo acabe exigindo algum nível de multitask. A proatividade demanda organização, planejamento, visão de futuro e confiança para conseguir “cortar o cordão umbilical” com os gestores e exercer o cargo com um bom nível de independência.

Para ilustrar o conceito, utilizemos um exemplo: um professor de matemática começa a notar, por conta das dúvidas de seus alunos, que determinada matéria recém trabalhada ainda não foi bem absorvida. Em exemplos escritos no quadro, ele nota que o alunado se mostra reticente a interagir e, quando o faz, erra questões básicas para o entendimento do conteúdo.

Se esse professor tiver uma conduta reativa, da qual falaremos mais adiante, ele simplesmente segue em frente e deixa os alunos correrem atrás do prejuízo – afinal, segundo essa lógica, aqueles que tiverem dificuldades devem procurar ajuda. Contudo, um professor proativo entende, ali mesmo, que a matéria precisa ser retrabalhada. Para isso, ele reorganiza seu cronograma e prepara um novo material sobre o conteúdo, tentando explicar de forma diferente. Assim, ele tira todas as dúvidas de uma vez só e mostra uma nova perspectiva, que os alunos absorvem com mais facilidade.

 

As diferenças entre proatividade e outros conceitos

Embora essa habilidade seja amplamente comentada no cenário competitivo, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o significado de proatividade. Por conta disso, elas podem confundir o conceito com outros similares, ainda que as ideias sejam distintas.

Alguns termos para diferenciar são:

Proatividade X Produtividade

Apesar de soarem semelhantes, produtividade e proatividade não tratam da mesma questão. De forma objetiva, a produtividade descreve o quanto um profissional consegue ser produtivo enquanto exerce o seu cargo. Isso envolve pontos como a qualidade de suas entregas, desempenho, gestão de tempo e a maneira com que ele consegue lidar com as diferentes demandas sem comprometer o seu rendimento ou o dos colegas. Já a proatividade diz respeito à iniciativa de um profissional no ambiente de trabalho.

É importante ressaltar, no entanto, que apesar de diferentes, os conceitos estão interligados. Afinal, quando um profissional tem proatividade, ele assume a responsabilidade das situações e tenta resolver problemas antes mesmo de ser solicitado. Dessa forma, ele foca sua energia naquilo que pode controlar em vez de perder energia com questões que estão além de sua zona de influência. O resultado é que sua produtividade sobe e ele consegue entregar mais em menos tempo.

Proatividade x Reatividade

Proatividade e reatividade são termos que descrevem situações opostas. Enquanto o proativo é responsável e busca se antecipar aos problemas, o reativo é aquele que espera algo acontecer para tomar uma atitude. Como o próprio nome sugere, é comum que pessoas com esse perfil ajam a partir do estímulo de outras pessoas. Em um ambiente de trabalho, o reativo é aquele que, mesmo que saiba o que precisa ser feito, espera até que alguém lhe peça para fazer. Por isso, costumam ser bem mais dependentes da interação com outros colaboradores e, normalmente, têm uma visão de negócio mais limitada.

Proatividade X Iniciativa

Já mencionamos que a proatividade inclui a capacidade de ter iniciativa. Contudo, esses termos funcionam de forma independente. Enquanto o primeiro descreve uma habilidade comportamental que envolve a capacidade de ter iniciativa e outras características, o segundo se refere a uma skill isolada. Para que uma pessoa seja considerada proativa, ela precisa ter iniciativa, sim, além de senso de responsabilidade, capacidade de autogestão, entre outras habilidades. É importante que a iniciativa seja constante – não que apareça apenas em situações específicas.

 

Características de uma pessoa proativa

De acordo com Rogério Gava, autor do livro “Empresas Proativas” (2011), existem dez pontos que caracterizam profissionais proativos. São eles:

  1. Inconformismo positivo: essas pessoas não suportam a mesmice e têm dificuldade de se adaptar às circunstâncias;
  2. Determinismo: esses profissionais não se intimidam diante das dificuldades e se sentem estimulados por eles;
  3. Senso de oportunidade: são pessoas que não esperam pelas oportunidades, elas as criam;
  4. Iniciativa: não existe proatividade sem essa característica;
  5. Conectividade: essas pessoas valorizam pontos como relações interpessoais e networking;
  6. Visão de futuro: esses profissionais pensam sempre à frente e se orientam em longo prazo;
  7. Autoestima: esses profissionais precisam confiar em suas próprias capacidades para ter iniciativa e autonomia;
  8. Foco: essas pessoas entendem onde precisam concentrar seus esforços;
  9. Responsabilidade: esta é uma característica fundamental de quem deseja construir autonomia;
  10. Renovação constante: a proatividade é uma habilidade que deve ser desenvolvida todos os dias.

Contudo, há outras características de pessoas proativas que também são interessantes de notar. Altos níveis de proatividade permitem que um profissional consiga prever situações delicadas, uma vez que ele identifica problemas com mais rapidez e se antecipa a eles. Afinal, como esses profissionais se envolvem mais nas rotinas de suas equipes, é comum que eles estejam a par de tudo que acontece com elas. Logo, quando um problema surge, dificilmente esses colaboradores estão despreparados – salvo em situações em que há fatores completamente inesperados que escapam de seu controle.

Outra característica marcante é que eles aumentam seus conhecimentos a cada dia. Afinal, os proativos sempre procuram formas de aprender algo novo e, não raro, se encontram em situações em que a curiosidade os leva para campos de atuação completamente inéditos. Isso faz com que eles se tornem mais experientes, mesmo que não recorram, necessariamente, ao conhecimento formal. Muito do que aprendem é simplesmente por tentar fazer.

Mais um fator de destaque nos profissionais proativos é a sua gestão de tempo. Afinal, eles lidam com suas demandas de forma prática e com mais agilidade. Não costumam perder tempo procrastinando para realizar tarefas e não deixam acumular. Assim, eles ficam mais próximos de alcançar seus objetivos e desenvolver a alta performance nas suas funções.

 

Importância da proatividade no trabalho

Incentivar a proatividade como parte da cultura organizacional de uma empresa ajuda a formar um Capital Humano composto por profissionais com essa habilidade – e como é de se esperar, os ganhos são inúmeros quando isso acontece. A começar pela produtividade das equipes, que sobe exponencialmente quando os integrantes apresentam esse perfil. Afinal, a proatividade está relacionada à alta performance e à inovação, dois fatores essenciais para criar diferenciais competitivos. Ao incorporar essa habilidade em suas estratégias, a organização ajuda a alavancar a performance de setores inteiros, uma vez que os profissionais se tornam mais independentes e passam a se antecipar aos problemas vindouros.

Esse tipo de atitude faz com que haja uma otimização do tempo gasto nas atividades. Isso por conta de uma lógica simples: enquanto profissionais reativos esperam algo acontecer para agir a respeito, os proativos se envolvem de tal forma com as demandas de seus setores que têm mais facilidade de prever condições futuras e já começam a se preparar para elas. A consequência direta disso é que a empresa consegue gerir melhor o tempo gasto com essas questões, o que melhora até mesmo o seu planejamento estratégico.

Para deixar didático, vamos a um exemplo simples. Uma loja de aquários precisa bater a meta de vendas para um determinado mês. Para que isso seja possível, o negócio se programa para fazer uma grande liquidação na última semana. Contudo, um dos maiores aquários do local tem rachaduras e corre risco de romper com a pressão da água. Por ser um item muito pesado e difícil de manejar, os funcionários procrastinam a tarefa de tirá-lo da exposição. Afinal, a ideia é que ele já está ali há um tempo e, se não houver nenhuma pressão contra o vidro, ele não deve romper.

Contudo, devido às variações da temperatura, o vidro acaba cedendo poucos dias antes da liquidação. A loja fica inundada com a água, diversos equipamentos são danificados e as lascas de vidro pelo chão também tornam o processo de limpeza muito difícil. A loja precisa, então, fechar por alguns dias para resolver aquele problema e decide adiar sua liquidação. Por isso, não tem nem mesmo a chance de bater a meta de vendas para aquele mês.

Apesar deste ser um exemplo bem específico e completamente imaginativo, ele serve para explicar a importância de se antecipar aos problemas e ter proatividade para resolvê-los o quanto antes. Se os funcionários tivessem tirado o aquário danificado assim que perceberam a rachadura, a loja teria conseguido fazer a liquidação e havia uma chance maior de conseguir a receita desejada. Contudo, em vez disso, eles precisaram perder tempo lidando com as consequências de não terem se antecipado. A única diferença, nesse caso, é que no mundo corporativo, isso acontece com pontos como softwares, relacionamentos interpessoais, ambiente de trabalho, infraestrutura, dentre outras possibilidades.

Outra questão que vale mencionar é que a proatividade é uma habilidade valorizada pelo Capital Humano, além de ter grande potencial de inspirar e gerar engajamento. Quando os líderes das empresas assumem essa postura, é comum que o envolvimento deles também acabe servindo como motivação para os demais profissionais. Um caso marcante disso é a Apple, que mesmo depois do falecimento de seu fundador, Steve Jobs, conseguiu manter não apenas sua filosofia corporativa, como também o espaço de destaque no mercado.

Não à toa, a proatividade é uma característica tão buscada pelas organizações. Justamente por terem esse perfil, os profissionais proativos são aqueles mais reconhecidos pelas empresas e os que conquistam oportunidades melhores com mais facilidade. Afinal, entende-se que eles contribuem diretamente com a saúde financeira da organização e, por isso, remunerações e benefícios mais competitivos, boas condições de trabalho e oportunidades de desenvolvimento são oferecidas com maior frequência a pessoas com essa postura. Aliás, vale mencionar que eles também costumam ir bem em processos seletivos e raramente ficam desempregados.

 

Benefícios da proatividade para a vida

Se engana quem pensa que os benefícios da proatividade estão restritos à vida profissional. Adotar esse tipo de postura ajuda a melhorar diversos aspectos pessoais também. A começar que essa habilidade ajuda as pessoas a saírem de suas zonas de conforto, o que é fundamental para o seu desenvolvimento em diversas esferas da vida. Isso também reflete em seus níveis de confiança e segurança, seja para executar uma tarefa ou tomar uma decisão difícil.

Pessoas proativas comumente têm posturas mais flexíveis e maior capacidade de adaptação às intempéries da vida, o que as torna mais resilientes em meio às circunstâncias adversas. Logo, é comum que estas pessoas não se intimidem diante das dificuldades e que não se deixem abater quando determinadas situações acontecem – mesmo que sejam opostas aos seus desejos e interesses.

Também é comum que pessoas proativas tenham mais controle de suas emoções e, consequentemente, consigam tomar decisões mais assertivas. O autoconhecimento também aparece como um ponto forte desse grupo, visto que esses indivíduos precisam entender suas características comportamentais e emocionais para exercerem a proatividade sem perder a motivação. Afinal, por mais proativa que uma pessoa seja, é fundamental que o seu psicológico esteja em dia para que ela consiga manter essa postura. Essa é uma habilidade que exige lidar com responsabilidades, possibilidades de falhas, pressão e até uma provável frustração em ver colegas reativos não agirem da mesma forma diante das circunstâncias que se apresentam.

A proatividade também beneficia a criatividade, uma vez que pessoas com esse perfil são mais dispostas a experimentar – o que é parte importante de criar algo novo, aprimorar processos e encontrar novas soluções. Além disso, a habilidade proporciona uma visão mais ampla de problemas e facilita o desenvolvimento de uma gama de opções, em termos de abordagens, para resolvê-los.

 

Como ter uma equipe proativa?

A proatividade é uma característica que deve ser estimulada na cultura organizacional na empresa para que seja desenvolvida por todos os colaboradores – e esse é o primeiro passo para criar equipes em que essa seja uma característica marcante. Contudo, também há algumas dicas importantes para garantir que o Capital Humano vai conseguir desenvolvê-la. Dentre elas, destacamos:

Fazer contratações assertivas

O estímulo de uma determinada habilidade no Capital Humano começa no momento das contratações. Afinal, essa etapa funciona como um filtro para garantir que apenas pessoas alinhadas com os valores e objetivos da empresa sejam admitidas por ela. Quando a competência em questão é a proatividade, é fundamental que a empresa consiga ter clareza do perfil comportamental de cada candidato, bem como suas tendências e que tipo de situação os deixa desconfortáveis. Para isso, é importante usar um bom software de gestão comportamental, como o Etalent PRO, capaz de gerar análises profundas que englobam todos esses fatores.

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Vale mencionar, ainda, que esse esforço deve persistir mesmo depois do momento da contratação. A empresa precisa avaliar constantemente o desempenho de seus colaboradores, além de mapear como eles usam suas características comportamentais para exercer suas funções. Nesse caso, um processo de Assessment é altamente recomendado.

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Estimular o autoconhecimento

O autoconhecimento, mencionado previamente neste artigo, corresponde a uma série de processos de desenvolvimento psíquico, amadurecimento emocional, afetivo, cognitivo e comportamental, que permite que um indivíduo conheça profundamente a si mesmo. Essa também é uma competência comportamental importante, visto que, uma vez desenvolvida, faz com que as pessoas consigam enxergar suas atitudes com mais clareza e corrigir determinadas falhas.

Caso uma pessoa entenda que não está sendo proativa, por exemplo, ela consegue identificar o motivo e as circunstâncias para tal. Se for algo de âmbito pessoal, como um período de desmotivação e falta de ânimo, pode pedir ajuda para tentar resolver essa questão. Caso ela se sinta travada de alguma forma pelos colegas, por exemplo, e evite ser proativa por conta disso, ela pode conversar com os demais e deixar isso explícito. Em ambos os casos, tanto a pessoa quanto sua equipe saem beneficiadas.

Treinar líderes para não microgerenciar

O treinamento das lideranças é muito importante para garantir o bom funcionamento de uma empresa. Afinal, a atuação dos líderes perpassa diversos âmbitos relacionados à saúde das organizações, tendo, portanto, alto potencial de impactar seu sucesso ou fracasso. Dependendo de questões como o modelo de gestão do Capital Humano,  os ambientes organizacionais e até mesmo a experiência dos colaboradores podem ter desdobramentos completamente opostos. Logo, uma atuação positiva do líder é muito importante para incentivar a proatividade de suas equipes.

Quando um líder microgerencia, ele tenta assumir controle por tudo que é feito na empresa – mesmo que ele não seja diretamente responsável por isso. Gestores com esse tipo de conduta acabam podando o potencial de suas equipes, além de interferir diretamente na confiança do trabalho realizado. Por isso, para que uma equipe seja proativa, é fundamental que não haja espaço para o microgerenciamento. Afinal, se houver, eventualmente, os colaboradores apenas param de tentar se antecipar.

Ter rotinas previamente planejadas

Rotinas planejadas e bem estabelecidas também ajudam a incentivar a proatividade. Afinal, quando os colaboradores já sabem de antemão o que devem fazer, eles se sentem mais seguros para assumir as rédeas e tentar se antecipar aos problemas que virão. A falta de clareza nesse aspecto pode fazer com que os profissionais se sintam inseguros sem a presença de um gestor, o que os atrapalha na hora de tomar iniciativa.

Dar reconhecimento e feedback aos profissionais

A proatividade é uma competência muito solicitada pelas empresas – e por isso, deve ser igualmente reconhecida. Esse tipo de atitude é importante para manter o profissional motivado e engajado, além de estimular outros colaboradores a serem proativos também. Nesse cenário, os feedbacks são fundamentais, uma vez que ajudam a alinhar a atuação do profissional com o que a empresa deseja dele.

Criar uma cultura de autonomia

A autonomia no trabalho diz respeito à capacidade que os profissionais têm de gerir sua própria rotina laboral. Isso envolve a liberdade dada ao Capital Humano para tomar decisões e para imprimir o seu ponto de vista no que está sendo feito. Em suma, trata-se do empoderamento de cada profissional para lidar com suas tarefas e responsabilidades. Em uma empresa que deseja ter um Capital Humano proativo, essa característica é fundamental. Afinal, como mencionamos, de nada adianta querer que as pessoas desenvolvam a proatividade se os líderes impõem o microgerenciamento.

 

6 dicas para desenvolver sua proatividade

Não há dúvidas de que a proatividade é uma habilidade muito importante tanto para a vida pessoal quanto para a profissional. Para desenvolvê-la, no entanto, é preciso estar atento a alguns pontos específicos.

Algumas dicas para se tornar mais proativo são:

Investir na inteligência emocional

Como mencionamos, o autoconhecimento é um fator essencial para proatividade. Contudo, isoladamente, ele não é o suficiente para garantir que essa competência se desenvolva da maneira esperada. Também é preciso que o colaborador aprimore sua inteligência emocional, soft skill diretamente relacionada ao controle, processamento das emoções e identificação dos sentimentos de outras pessoas. Afinal, a proatividade exige responsabilidade, autonomia e faz com que os profissionais precisem sair de sua zona de conforto. Quando isso dá errado, é fundamental que eles saibam contornar a situação e não se deixem abater.

Buscar desenvolvimento

A mentalidade de aprendizado contínuo também faz parte da proatividade. É importante que os profissionais estejam sempre em busca de formas de desenvolver suas competências, tanto técnicas quanto comportamentais. Cursos, formações, workshops e outros meios de conhecimento técnico são bem-vindos. Afinal, o mercado precisa de colaboradores cada vez mais preparados e atualizados.

Aprimore a comunicação e a rede de contatos

Ser um bom comunicador também é importante para se tornar um profissional proativo. Afinal, esse é um ponto importante para manter boas relações com os colegas, manter a rotina organizada e para criar parcerias externas. Vale mencionar que a rede de contatos é um ponto essencial para um profissional proativo e construir uma com bons nomes o ajuda a se destacar individualmente, além de melhorar o desempenho de todo o seu setor.

Esteja atento ao tempo e à organização

Organização e gestão de tempo são pontos fundamentais para a proatividade. Afinal, de nada adianta se antecipar a possíveis problemas se o colaborador não consegue resolvê-los por estar envolvido com demandas pendentes. A proatividade também contempla manter as atividades em dia, saber a média de tempo gasto em cada tarefa para, assim, poder tornar a atuação mais assertiva e estratégica.

Adotar uma postura positiva e solícita

As condutas e posturas dos colaboradores também estão associadas ao seu nível de proatividade. É comum que pessoas com essa habilidade sejam mais positivas em suas rotinas, evitando procrastinar as tarefas ou permitir que elas se acumulem. Afinal, como mencionamos, o profissional proativo tende a ser mais resiliente e lida melhor com as dificuldades encontradas pelo caminho. Além disso, eles costumam ser solícitos, ajudam sempre que alguém precisa e agem como verdadeiros facilitadores ao guiar outras pessoas.

Entender a cultura da empresa

A cultura da empresa deve servir como um norte para desenvolver a proatividade. Como dissemos, ter iniciativa e autonomia é algo que as organizações costumam incentivar, mas é importante que o profissional entenda que existem limites. Afinal, os cargos devem ser respeitados e não são todas as decisões que vão caber a um colaborador em específico. É importante que o profissional esteja atento a isso para não acabar “passando por cima” de decisões de gestores. Por isso, ele precisa entender até onde pode ir nessa jornada.

 

Cuidado para não exagerar e passar dos limites!

No geral, a proatividade é algo excelente para colaboradores e empresas, mas o excesso dessa característica pode acabar ocasionando problemas.

Por isso, é importante estar atento a pontos como:

  • Não ficar procurando problemas que não existem;
  • Não acabar “passando por cima” de ordens de superiores;
  • Ficar dentro de sua área de conhecimento e não dar opiniões em situações não solicitadas;
  • Falar apenas o necessário, buscando ser sucinto e objetivo;
  • Cumprir com o que lhe foi solicitado – vale frisar que isso é bem diferente de ficar esperando ordens;
  • Não adotar uma postura pedante.

Os 5 inimigos da proatividade

Desenvolver a proatividade é um processo longo e que pode acabar sendo mais complicado por conta de alguns sabotadores. É fundamental que o profissional esteja atento para não comprometer o desenvolvimento com a presença deles.

Os grandes inimigos da proatividade são:

  1. Procrastinação: o hábito de adiar tarefas influencia negativamente na gestão de tempo e na qualidade das entregas;
  2. Resistência ao novo: a proatividade está associada à criatividade e, para isso, é fundamental ter uma mente aberta a novas experiências;
  3. Ausência de foco: essa dificuldade pode comprometer o cumprimento de metas e prazos;
  4. Falta de resiliência: é preciso ter equilíbrio emocional para lidar com situações negativas e falhas;
  5. Falta de vontade em aprender: a proatividade exige dinamismo, atualização e conhecimento de mercado. Colaboradores que se recusam a aprender dificilmente conseguem atuar de forma proativa.

A proatividade é uma habilidade requisitada por muitas empresas e que pode fazer grande diferença na hora de criar um diferencial competitivo. Esse é mais um exemplo de que, cada vez mais, o mercado seleciona os colaboradores focando em suas competências comportamentais. Afinal, elas são fundamentais para criar ambientes de trabalho mais produtivos e garantir a felicidade do Capital Humano.

Hoje, entende-se que manter as pessoas satisfeitas melhora o seu desempenho e traz resultados ainda mais significativos para as empresas. Esse é o primeiro passo para um futuro em que as pessoas sejam mais satisfeitas com seus trabalhos e as organizações alcancem resultados extraordinários.

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Fernanda Misailidis

Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.

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