Se imagine no meio de uma rodovia com os olhos vendados. Você pode sentir tudo acontecendo ao seu redor, mas não pode ver onde está, muito menos aonde pode chegar dali. É uma sensação, no mínimo, perturbadora, né?

Pois bem, apesar da analogia um tanto dramática, pode-se dizer que é assim que sua empresa se movimenta quando não se tem um planejamento estratégico eficaz previamente elaborado.

Falar de planejamento estratégico não é apenas compreender em que situação a sua empresa está e aonde ela quer chegar, mas, principalmente, quais caminhos devem ser traçados para alcançar o tão ansiado objetivo.

Com esse artigo, espera-se que a temida venda da incerteza seja arrancada e que o planejamento estratégico da sua companhia seja algo alcançável. Continue lendo para compreender todas as esferas necessárias para a criação e execução de um planejamento estratégico e ainda ficar por dentro das tendências para 2021.

 

O que é planejamento estratégico?

O planejamento estratégico é como a base de um negócio. É o que vai ditar o ponto de partida, as etapas a serem percorridas e o local de chegada.

Tendo ele muito bem pensado e consolidado, as chances de ver os resultados caminhando para o objetivo mirado são gigantescas. Por isso, é um trabalho que deve ser executado por qualquer negócio ou segmento, independentemente do seu porte.

Como o planejamento estratégico é o ponto inicial e é o que ditará todas as regras, literalmente, é preciso que ele seja pensado e aplicado de forma que envolva todos os colaboradores da empresa, nos seus diversos níveis e divisões. É algo a ser executado em conjunto e de forma harmônica, como uma sinfonia.

Para isso, é imprescindível conhecer detalhadamente seu time e os profissionais que atuam dentro do ecossistema da sua empresa, para que cada processo do seu planejamento seja muito bem alocado, de acordo com cada pessoa e habilidade. Entraremos mais nesta questão no decorrer deste artigo. Acompanhe.

 

Importância do planejamento estratégico nas organizações

O planejamento estratégico é extremamente importante por diversas razões, dentre elas, a análise minuciosa dos resultados passados da empresa e a garantia de ter algo que oriente todos os membros e estratégias ao longo do novo ano. É ter claramente definidos e propagados os objetivos da companhia e os insumos necessários para alcançá-los.

É, ainda, reforçar – ou até mesmo atualizar – a visão e valores da empresa e garantir que esses fatores não caiam no esquecimento e continuem guiando todo e qualquer passo do negócio.

Com o planejamento estratégico, você tem uma visão ampla em médio e longo prazos, por isso, é importante compreender que ele vai muito além de uma burocracia empresarial, uma vez que o planejamento estratégico é quem vai possibilitar que a empresa caminhe para o sucesso sem perder sua essência.

Mas o que pouquíssimas empresas levam em consideração na hora de elaborar os seus planos são as competências de alta performance e o comportamento de cada perfil que ali atua. Isso significa que poucas são capazes de identificar os perfis mais focados em resultados, mais lógicos e até os mais comunicativos, por exemplo, dentre muitos outros, de forma a poder, seguramente e da melhor forma, atribuir dentre seus times aquilo que precisa ser feito.

No fim, o que muito se vê, são ideias brilhantes e inovadoras que não vão para frente, simplesmente pelo fato de que quem deveria conhecer as habilidades predominantes ao seu redor, muitas vezes não tem ciência do quanto uma gestão competente das equipes no ambiente organizacional é decisiva para suas estratégias alavancarem.

Então, fique atento, pois é fundamental que haja o adequado equilíbrio na constituição dos times que irão elaborar e executar o planejamento estratégico nas organizações.

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Quando definir o planejamento estratégico de uma empresa?

É indicado elaborar o planejamento estratégico da sua companhia sempre no ano anterior ao que será implementado, permitindo que, assim que se iniciar uma nova fase, sua empresa já esteja preparada para tudo aquilo que estava previsto e comece o ano sempre à frente.

Isso não só proporciona uma posição privilegiada no mercado diante da concorrência, como também cria um ambiente mais organizado e confortável, uma vez que todos os times já saberão da sua importância e seu papel dentro dos planos da organização no ano que se inicia.

 

Macrotendências para 2021

Como parte do planejamento estratégico, levar em consideração o cenário é de extrema importância. Por isso, listamos abaixo 4 macrotendências previstas para 2021, baseadas nas mudanças notáveis que já vêm ocorrendo e que se concretizarão ainda mais – ou se transformarão em algo ainda maior – no ano que virá.

 

1. Valorização do Capital Humano

Uma empresa ou organização – por mais variado e amplo que seja seu cliente final, seja B2B, B2C – sempre foi e sempre será feita de pessoas para pessoas.

Por isso, valorizar cada vez mais o Capital Humano é investir no bem-estar de todos os colaboradores e da companhia de forma geral. E esse desafio deve se iniciar logo no processo de recrutamento e continuar durante os processos de gestão e manutenção de pessoas.

Confira abaixo algumas iniciativas que já eram de suma importância, mas, em vista de tudo o que estamos vivenciando em relação à saúde global e às questões sociais, se tornarão fundamentais.

Mais foco em questões sociais, diversidade, equidade e inclusão

Se 2020 ficou marcado por uma crise de saúde e conflitos político-sociais, o que se espera de 2021 é um ano de transparência, igualdade e equidade. E, com isso, espera-se que não só os indivíduos, mas principalmente as empresas e grandes corporações, assumam posições claras e não se abstenham das questões sociais.

Iniciativas pautadas pela inclusão, criação de times com uma diversidade rica e a empatia com o próximo são essenciais e devem nortear todos os passos e ações de uma empresa daqui para frente, já que são e continuarão sendo questões muito cobradas tanto pelos consumidores quanto pelos próprios colaboradores.

Processos seletivos focados em diversidade e soft skills

Empresas e companhias que investem em uma visão diversa e focada mais em comportamento do que em experiência profissional, antes eram vistas como diferentes ou ousadas, mas, agora, se tornam algo mais comum do que se imaginava.

Ainda seguindo a análise de que as cobranças sobre o posicionamento das companhias só aumentarão, para que seja possível alcançar, de fato, uma mudança, as empresas precisam deixar de lado os velhos hábitos e dar início a um olhar totalmente novo sobre o elemento humano, colocando os soft skills à frente de conhecimentos, experiências profissionais ou formação.

Já dizia Albert Einstein:

“Insanidade é fazer as coisas do mesmo jeito e esperar resultados diferentes” 

Por isso, mais do que nunca, os reais diferenciais serão aqueles voltados à visão inovadora, capacidades de adaptação, comunicação e perfis cada vez mais únicos, que nenhuma formação ou experiência é capaz de criar. São características pessoais, da essência de cada pessoa.

Valorização da cultura (Employer Branding) e do clima organizacional (Employee Experience)

A valorização da cultura e do clima organizacional se tornará ainda mais essencial, ou até crucial. Serão ainda mais comuns e necessárias as pesquisas e mapeamento dos colaboradores para medir o nível de satisfação no trabalho, resgatando e fortalecendo a essência humana nas companhias como um todo.

Iniciativa que tem como consequência apenas fatores positivos, tanto para os colaboradores quanto para a própria empresa. Onde se tem gente feliz trabalhando, os resultados são mais possíveis de serem alcançados.

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Foco na saúde mental e bem-estar

Em tempos de extrema mudança e incertezas, o que já era um importante fator para o desempenho pessoal e empresarial tem virado um grande ponto de atenção para as empresas – ou, pelo menos, deveria ser.

Reconhecer as necessidades e dificuldades do momento, abrir os olhos para o crescente aumento de fenômenos como o de burnout e saber identificar como a pandemia e todas as circunstâncias trazidas por ela refletem em cada indivíduo é o que vai diferenciar uma companhia das outras.

Empresas que oferecem benefícios que favoreçam o bem-estar e a saúde mental, muito mais que apenas o incentivo financeiro, se tornarão mais atrativas aos potenciais colaboradores e melhorarão a retenção daqueles que já fazem parte do seu time.

É sobre investir em valores não materiais e, sim, naqueles que geram conforto e segurança, na busca de tornar o ambiente de trabalho um lugar muito mais acolhedor e saudável, mesmo em situações extremas.

 

2. Crescente adoção do home office

É indiscutível o crescente aumento do home office, assim como o fato de que isso vai se tornar algo cada vez mais comum dentro das companhias. Esse novo modelo de trabalho remoto pode gerar resultados bastante positivos, mas a grande questão é as empresas e os colaboradores saberem lidar com todas as mudanças que esse novo modelo traz com ele.

Dentre algumas das vantagens já sentidas por esse novo formato de trabalho, estão a redução de custos e despesas de caixa e a produtividade e interação dos líderes e colaboradores . No início da pandemia, e gestão remota de pessoas era uma questão que causava muita insegurança, uma vez que realmente é um fator que pode beneficiar ou prejudicar a rotina empresarial, mas com planejamento estratégico eficaz, pode ser algo cada vez mais positivo para ambas as partes.

Cabe às empresas saberem organizar isso e dar o suporte necessário para que todos possam continuar desempenhando seus papéis da melhor forma, se sentindo o mais confortável possível para que nem o nível de satisfação ou os resultados da companhia sejam afetados negativamente.

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Superação das barreiras geográficas para a atividade profissional

O que se espera para 2021 é que o home office se consolide como um modelo de trabalho mais comum, seja no formato 100% remoto ou híbrido, mesclando o trabalho remoto e presencial, e que, com isso, as contratações também sejam beneficiadas, uma vez que as barreiras geográficas começam a se dissipar.

Nesse novo cenário, não haverá mais uma necessidade intrínseca de limitar a contratação a profissionais locais. Agora, será possível uma gama de oportunidades de integração de talentos globais, beneficiando ainda mais a valorização do Capital Humano focado na diversidade.

 

3. Investimento pesado em recursos tecnológicos e integrações

Com o home office fazendo parte do “novo normal”, tornam-se imprescindíveis os investimentos em tecnologia, seja para sustentar as novas necessidades da empresa e dos colaboradores ou para conseguir continuar dando o suporte necessário para integrá-los e mantê-los por dentro dos negócios da companhia.

Abaixo listamos algumas das iniciativas que se tornarão indispensáveis em 2021 para propagar um ambiente empresarial favorável. Confira:

Treinamento e Desenvolvimento (T&D) on-line: Digital Education

Mesmo em tempos adversos, processos internos de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) não podem deixar de acontecer.

O que o esse novo cenário exige é uma adaptação – e por que não dizer até uma necessária ascensão? – das atividades da área de desenvolvimento de pessoas que já ocorriam.

Para isso, alternativas que ofereçam a possibilidade de executar essas frentes de forma prática e on-line serão extremamente necessárias.

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Ferramentas de comunicação

A comunicação interna também é algo que precisa ser revista e intensificada dentro das organizações, visando a integração e comunicação ampla e contínua entre os líderes e as equipes, ainda que remotamente.

Isso não só irá contribuir para manter os colaboradores sempre a par das ações, resultados e comunicados da empresa, mas também tem o papel de aproximar uns dos outros, evitando o sentimento de solidão, muitas vezes reforçado pelo distanciamento social.

Ferramentas de gerenciamento de atividades e projetos

Outra tendência muito forte será intensificação do uso das ferramentas que contribuem com o gerenciamento de atividades e projetos como forma de manter claro e organizado o papel de cada um dentro do seu time.

A partir dessas ferramentas, criam-se também hábitos, como o acompanhamento das atividades de forma mais ativa e estruturada, algo que sugere ainda mais benefícios para o negócio como um todo.

Esse processo de gerenciamento de tarefas de forma focada tende a colaborar com o desenvolvimento de todos os colaboradores que fazem parte desse ambiente profissional, pois contribui com a visão clara de onde estão e aonde devem chegar, premissas de suma importância no planejamento estratégico de uma empresa.

 

4. Fomento à inovação

Novos ares pedem novas iniciativas, portanto investir no fomento à inovação se tornará ainda mais necessário. Em um mundo pós-pandemia, o que ficará é a certeza da importância de novas frentes e soluções focadas em aproximar, facilitar e ajudar as pessoas.

E quando falamos em inovação, é preciso levar em consideração muito mais do que apenas a evolução de tecnologias, mas, também, a evolução das relações pessoais.

Um olhar inovador é sempre aquele que vê nos obstáculos e no caos soluções palpáveis e positivas, e compartilha isso com o mundo. É entender que problemas novos precisam de soluções novas para que se crie um ecossistema agradável.

 

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Bianca Godoy

Bianca Godoy produz conteúdos para ETALENT. Bacharel em jornalismo e pós-graduada em Comunicação e Marketing, é redatora e tem ampla experiência no universo de negócios e e-commerce. Além da escrita, ama plantas, pets e café.

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