Existem diversas tendências em gestão de pessoas que devem ser conhecidas. A tecnologia está presente e subsidia melhores resultados, mantendo bons processos de gestão e garantindo melhores métricas para o RH. A questão é: que tendências são essas?

Para se ter ideia, estima-se que 56% das empresas já estão reformulando seus processos de RH para aproveitar ferramentais digitais. Sabe-se, ainda, que 82% das empresas consideram o RH digital como algo “importante” ou “muito importante”, segundo relatório da Deloitte.

No entanto, é importante destacar que as tendências não se resumem às novas tecnologias. A própria forma de trabalho tem mudado, os profissionais desejam mais liberdade, querem construir uma carreira mais rapidamente e empreender dentro da empresa.

Pensando em tudo isso, elaboramos este artigo. Aqui você vai conhecer sete tendências em gestão de pessoas para o seu negócio. Acompanhe o texto!

1. Construção de carreira em “W”

Desde muito tempo, os cargos dentro da empresa obedecem ao modelo de carreira em “Y”. Isso quer dizer que os profissionais crescem até que, em determinado momento, eles devem escolher entre serem gestores-líderes ou especialistas-técnicos em uma área.

É uma decisão muito complexa. Profissionais que escolhiam ser líderes sentiam falta da parte técnica, do mesmo modo que os especialistas sentiam falta de liderar e assumir uma posição de comando na empresa. Como solução a essa demanda, a carreira em “W” tem sido usada.

Nesse novo modelo de carreira, os profissionais podem ser líderes-especialistas em determinada área, aproveitando o melhor de cada um. Um ótimo exemplo é o gerente de projetos que, além de profundo conhecimento técnico, deve conduzir ao sucesso sua equipe de trabalho.

2. Uso do Big Data para decisão

Um dos assuntos mais discutidos nos últimos tempos, o Big Data também é uma promessa para o RH. Consiste em usar uma série de dados para tornar a gestão de pessoas mais estratégica, correta e focada em resultados reais para o empreendimento.

A ideia é coletar dados (seja de fontes internas ou externas), estruturá-los de forma adequada e utilizá-los na tomada de decisão. Existem diversas fontes para os dados do RH, como o sistema de gestão de pessoas, as planilhas, a internet e sites de vagas de emprego.

São muitas as aplicações para o Big Data. Ao cruzar os dados adequados, por exemplo, é possível descobrir o perfil de profissionais que mais se adéquam à empresa e em que região eles são mais facilmente encontrados. Assim, o recrutamento e seleção pode ser facilitado.

3. Inteligência artificial

Mesmo sem perceber, existem inteligências artificiais sendo aplicadas no processo de gestão de pessoas. A triagem automática de currículos é um excelente exemplo, bem como o envio automático de e-mails para profissionais talentosos que interessam à empresa.

No entanto, a ideia é que as aplicações para a inteligência artificial ganhem mais abrangência e eficácia. Nesse sentido, todo o processo de análise de recursos humanos – como o monitoramento dos resultados das equipes – ficará a cargo da inteligência artificial.

Além de analisar as métricas e o desempenho das equipes, a inteligência artificial também pode oferecer soluções aos gestores. Por exemplo, indicar a realocação de um profissional com base no seu perfil comportamental, aumentando o alinhamento profissional-cargo.

4. Força de trabalho remota

Como as pessoas estão cada vez mais conectadas, hoje, existem poucas barreiras físicas que impedem o trabalho à distância. Na verdade, é possível contratar e gerenciar toda uma equipe remota, além de garantir que ótimos resultados sejam atingidos no fim do mês.

De igual modo, é cada vez maior o número de empresas que abrem vagas à distância, permitindo que seus colaboradores atuem de casa ou de um espaço de trabalho compartilhado, o famoso coworking. Por esse motivo, é preciso estar atento ao assunto.

Além de oferecer maior flexibilidade e acessibilidade aos profissionais, o trabalho remoto pode gerar economia à empresa. Custos com energia, mesas de trabalho, computadores, transporte dos profissionais e diversos outros podem ser reduzidos, otimizando o lucro da empresa.

5. Intraempreendedorismo para novos produtos

A ideia de intraempreendedorismo não é recente. Algumas empresas, como a 3M company, investem no assunto há décadas. Todavia, sua popularidade tem crescido bastante.

O intraempreendedor é aquele profissional que pensa e age como dono, encontrando soluções para os problemas que existem dentro da empresa. Ele ajuda a criar produtos, encontrar soluções para problemas recorrentes e promover mudanças radicais na empresa.

Ao incentivar a cultura de “pense como dono”, além de extrair o melhor dos seus talentos, uma empresa pode retê-los em longo prazo. Medidas simples, como a caixa de sugestões, podem ser um excelente começo, mas é preciso buscar por ferramentas ainda mais eficazes.

6. Plataforma de gestão do comportamento

Não adianta gerenciar os profissionais pensando apenas nas métricas de desempenho. O perfil comportamental de um indivíduo influencia bastante no sucesso, bem como na aderência à empresa. Logo, a plataforma de gestão do comportamento é uma grande tendência.

Ela ajuda a identificar o perfil comportamental dos colaboradores ou candidatos à vaga, classificando-os de acordo com quatro variáveis: a dominância, a influência, a estabilidade e a conformidade – metodologia conhecida internacionalmente como DISC.

Além disso, garante que novas competências sejam desenvolvidas e gerenciadas pelo profissional de RH, aumentando a performance dos colaboradores. Logo, é possível otimizar a assiduidade, a permanência e a produtividade dos profissionais na empresa.

7. Programa de job rotation para trainee

No intuito de desenvolver uma visão mais sistêmica nos novos contratados, o job rotation é uma grande tendência. Grosso modo, consiste na rotação de um funcionário por diversas áreas da empresa – financeira, logística, TI, vendas -, permitindo que obtenha novos conhecimentos e uma visão mais completa. Somente depois, o profissional é fixado em uma área.

O mais comum é que o job rotation seja feito para cargos de trainee, porém, nada impede que ele seja aplicado para novos contratados ou antigos profissionais. Assim, é possível gerar maior conhecimento e sinergia entre os diversos setores da empresa.

Como pode observar, existem diversas tendências que devem ser observadas pelo profissional de RH, somente assim é possível se manter na vanguarda do mercado.

Então invista na análise de um grande volume de dados, na inteligência artificial, na força de trabalho remota, em novas relações de trabalho e no uso de uma boa plataforma de gestão do comportamento.

Agora entende as principais tendências em gestão de pessoas, certo? Aproveite para continuar aprendendo. Leia nosso artigo sobre programa de incentivo e saiba como montar um bom projeto!


 

 


Hugo Freire

Hugo produz conteúdos para ETALENT. Atuou em gestão corporativa em diversas empresas. Através das ferramentas ETALENT, descobriu seu amor pela Medicina. Foi atrás do seu sonho e hoje é nosso conteudista e correspondente na Rússia.

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