O home office nunca esteve tão em voga quanto durante a pandemia. Apesar deste ser um modelo de trabalho que já existia antes da necessidade de isolamento, não há dúvidas de que foi a partir deste momento que o termo se popularizou de vez. Afinal, a covid-19 impactou diretamente a rotina de trabalho de milhões de colaboradores e empresas, que tiveram que encontrar formas alternativas de exercer seus ofícios sem se expor ao vírus. Felizmente, graças à transformação digital e aos avanços tecnológicos, para muitas pessoas, trabalhar de casa não apenas se tornou viável, como uma opção mais atraente do que o tradicional modelo presencial. Segundo um estudo realizado pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, 70% dos 2 mil entrevistados na pesquisa disseram estar satisfeitos com o home office.

Hoje, vivemos o momento considerado pós pandemia e, em tese, as empresas já poderiam voltar às rotinas tradicionais. Contudo, o que foi vivido durante o isolamento trouxe impactos extensos na cultura corporativa. Cada vez mais, os colaboradores priorizam a flexibilidade, uma característica que afeta diretamente a qualidade de vida e a saúde mental. Inclusive, essa demanda criou uma série de fenômenos relacionados à possibilidade de trabalhar de forma remota. Entre eles, estão a cultura officeless, o nomadismo digital e profissionais assumindo cargos em empresas estrangeiras – sem ter que sair do conforto de suas casas.

As organizações também perceberam vantagens no trabalho remoto, como a redução de custos, maior autonomia para os colaboradores e melhor aproveitamento do tempo. No entanto, a principal desvantagem do modelo nunca saiu de vista: a ruptura da comunicação diária que o ambiente presencial proporciona. Foi para trazer equilíbrio a esses dois fatores que outra tendência apareceu: o modelo híbrido, que, no último ano, vem sendo utilizado por muitas organizações. Mas quais são os desafios de gerir equipes sob essas condições e como garantir que esse processo seja feito de forma efetiva? É o que você vai descobrir no artigo de hoje! Boa leitura!

 

O que são equipes híbridas?

Antes de falar das equipes híbridas propriamente ditas, é preciso saber o que é o modelo híbrido. De forma resumida, essa forma de trabalho funciona como um misto entre o presencial e o remoto, em que os profissionais comparecem aos escritórios algumas vezes na semana e, em outras, exercem suas funções remotamente. Não há uma regra específica quanto à recorrência – esse fator depende de cada empresa, gestor e, evidentemente, dos papéis desempenhados pelos profissionais. O importante para configurar o trabalho híbrido é que parte das demandas sejam realizadas nas dependências da empresa e a outra parte, fora delas.

Durante a pandemia de Covid-19, na tentativa de reduzir a quantidade de pessoas nos escritórios, muitas empresas adotaram o modelo de equipes híbridas, termo que corresponde a uma configuração em que os colaboradores de um time intercalam os dias de presencial e o remoto. Essa dinâmica pode acontecer entre pessoas das mesmas equipes, quando uma quantidade específica de colaboradores vai para o presencial enquanto o resto fica em casa; ou por departamentos em si, quando a empresa organiza os dias presenciais para que setores distintos compareçam às instalações com todos os seus integrantes. O conceito também se aplica quando isso ocorre de forma fixa, ou seja, sem o rodízio. Nesse caso, a organização contaria com dois grupos: um que sempre trabalha presencial e o outro, remoto.

Mesmo com o fim da necessidade de medidas de isolamento, muitas empresas mantiveram esse modelo de trabalho híbrido, uma vez que é bem-avaliado tanto por profissionais quanto pelas organizações em si. Prova disso é este estudo da WeWork em parceria com a HSM, realizado com mais de 10 mil entrevistados, que constata que 81% dos profissionais latino-americanos preferem trabalhar de forma híbrida.

Por conta de dados como este, mesmo no pós-pandemia, as equipes híbridas continuam existindo, o que traz vantagens e desvantagens quando o assunto passa a ser gestão de pessoas. Afinal, não é preciso pensar muito para identificar alguns problemas que esse modelo pode trazer. Como fazer uma reunião com a equipe se parte dela está na empresa e a outra, em casa, por exemplo? Como estabelecer um processo efetivo de comunicação interna? O que fazer para contemplar as necessidades dos colaboradores sob essas condições?

Mesmo que o rodízio seja feito de forma a abarcar essas questões, ainda há muito o que aprender quanto à liderança de equipes híbridas, uma vez que o processo demanda estratégias bastante distintas daquelas adotadas no modelo presencial. Além disso, como a flexibilidade se tornou a grande marca do mercado de trabalho pós-pandemia, também é preciso repensar questões como a cultura organizacional e até mesmo os valores defendidos pela empresa. Mais do que nunca, a ideia de trabalhar em horários alternativos, por exemplo, tornou-se parte da rotina de empresas e colaboradores.

 

Benefícios do modelo híbrido

O trabalho híbrido se tornou uma tendência da cultura corporativa no mundo inteiro. De acordo com esta pesquisa realizada pela Gallup, 53% dos profissionais planejam trabalhar em casa com mais frequência do que faziam antes da pandemia. E essa preferência não é à toa, dadas as vantagens que o trabalho híbrido traz, principalmente em relação à qualidade de vida e à redução de custos. Dentre as principais vantagens do modelo de trabalho híbrido, destacamos:

Flexibilidade

De forma resumida, a flexibilidade no trabalho corresponde à autonomia dada aos colaboradores para que eles assumam o controle de suas próprias rotinas produtivas. No modelo tradicional de trabalho, nos acostumamos a seguir rigorosamente rotinas com horários e dias já estabelecidos; já a flexibilidade do modelo híbrido propõe que os profissionais sejam os responsáveis por administrar essa questão. Essa independência permite que os colaboradores trabalhem em horários que façam mais sentido para eles e que, evidentemente, contemplem as demais atividades diárias. Quem tem uma predileção por rotinas noturnas, por exemplo, pode escolher exercer suas atividades durante a madrugada. Já quem tem um compromisso em um dia útil pode reorganizar as demandas para deixar tudo pronto e tirar uma folga nesse período, e por aí vai…

Antes da pandemia, muitas empresas relutavam em incentivar a autonomia dos colaboradores, uma vez que havia o receio de que isso faria com que a produtividade caísse. Contudo, como o home office acabou ocasionando índices de produtividades mais altos, conforme descrito nesta matéria do G1, a flexibilidade acabou ganhando mais adeptos no meio corporativo. Até porque, com ela, os profissionais conseguem organizar melhor suas rotinas, o que os traz mais satisfação, felicidade, descanso e, por consequência, os faz trabalhar melhor.

Menor rotatividade

A taxa de turnover, também conhecida como rotatividade, é uma relação entre o número de funcionários que saem da empresa e os que entram. Esta deve ser uma preocupação constante nas organizações, visto que demissões são custosas em termos financeiros. Além disso, quando um novo colaborador chega, ele precisa de um tempo para se integrar ao novo trabalho e atingir o máximo de seu potencial produtivo. Isso sem mencionar o tempo e os recursos gastos para abrir novos processos seletivos.

O turnover é normal até certo ponto, mas taxas altas devem sempre ser evitadas. Nesse sentido, o trabalho híbrido é bastante efetivo, visto que ele acaba com a obrigação de comparecer todos os dias, o que já faz uma grande diferença para o Capital Humano e, em especial, para os colaboradores que moram longe das dependências da empresa. Com rotinas mais flexíveis, é possível melhorar a qualidade de vida e a saúde mental, o que faz com que a rotatividade nas empresas seja melhor.

Gestão de tempo

Outro fator que melhora com o trabalho híbrido é a capacidade dos colaboradores de gerirem o seu próprio tempo. Afinal, com rotinas mais flexíveis onde eles mesmos delimitam os horários, fica mais fácil conciliar a jornada de trabalho com os outros afazeres, o que permite uma distribuição de tarefas mais eficiente e até mesmo melhorias em termos de saúde mental.

Contudo, vale ressaltar que ainda há muitas pessoas com dificuldade de administrar o próprio tempo, principalmente quando trabalham de casa. Por isso, é importante estar atento ao perfil comportamental dos colaboradores e como eles se comportam com o trabalho híbrido para oferecer suporte, caso eles precisem. Para este fim, o uso de um bom relatório comportamental em trabalho remoto é fundamental.

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Redução de custos

Sem a obrigatoriedade de deslocar o Capital Humano todos os dias para o escritório, os custos para as empresas reduzem consideravelmente. Afinal, os gastos com vale transporte, água, luz – e até mesmo com o cafezinho – diminuem, o que é vantajoso para as empresas, principalmente quando os níveis de produtividade dos colaboradores são semelhantes nos modelos presencial e remoto.

Independência

O trabalho remoto, seja completamente home office ou no modelo híbrido, pressupõe independência para os colaboradores. Nada mais natural, uma vez que a dinâmica nessa situação incentiva a autonomia – afinal, não há como pedir auxílio o tempo todo. Além do mais, esse modelo de trabalho propõe estruturas descentralizadas e horizontais, em que o colaborador tenha controle de suas prioridades e do seu fluxo de trabalho. Dessa forma, até mesmo os que têm mais receio da ideia de autonomia conseguem desenvolver essa habilidade, o que é importante para o seu processo de desenvolvimento e amadurecimento profissional.

 

Desafios da gestão de equipes híbridas

Contudo, apesar de todas essas as vantagens, gerir equipes com algumas pessoas trabalhando no escritório e outras, em suas casas, também traz aspectos que podem ser especialmente desafiadores para os líderes. Algumas desvantagens de gerir o Capital Humano sob essas condições são:

Comunicação interna

A comunicação interna é um dos fatores mais impactados com o trabalho híbrido. Isso porque, sob essas circunstâncias, é mais difícil reunir equipes inteiras, uma vez que há sempre o risco de que os integrantes estejam trabalhando em regimes distintos. Caso essa preocupação seja deixada de lado, bolhas comunicativas e linhas cruzadas podem acabar sendo criadas, o que não favorece a rotina corporativa. Além do mais, o trabalho híbrido também pode ser problemático para realizar feedbacks, principalmente quando é necessário ser mais assertivo já que, virtualmente, é mais difícil avaliar as reações dos profissionais, bem como decodificar a sua linguagem corporal.

Socialização e integração

Sem a convivência com os colegas de trabalho, as relações interpessoais também podem sair enfraquecidas. Afinal, é muito mais propício trocar ideias saindo para almoçar juntos, tomando um café ou indo a um happy hour do que se comunicando através de mensagens virtuais. Isso sem mencionar o fato de que, devido ao perfil comportamental, alguns colaboradores mais relacionais se sentem afetados por regimes onde não conseguem socializar bem. Equilibrar esses pontos é um desafio à parte para a gestão de pessoas.

Além deste fato, quando um novo profissional chega, todo o seu processo de integração também pode ficar comprometido. Caso não haja um onboarding estruturado pelo RH e pela gestão, o novo colaborador pode acabar deixando de aprender partes importantes de sua rotina de trabalho. Afinal, em modelo remoto, não há como fazer um acompanhamento tão próximo e cuidadoso das atividades, mesmo que o gestor se coloque à disposição.

Coordenação de processos

A coordenação e o alinhamento das equipes também podem ser comprometidos no trabalho híbrido. Como mencionamos, esse regime é propício para que falhas de comunicação aconteçam. Quando há uma parte da equipe trabalhando de forma presencial e a outra, em casa, há uma chance de que o grupo que frequenta o escritório troque ideias e tome decisões das quais os demais não participem. Esse tipo de situação pode acabar comprometendo a sinergia e os bons relacionamentos da equipe, gerando conflitos.

Manutenção da cultura organizacional

Fora dos ambientes de trabalho, é mais difícil manter a cultura organizacional da empresa. Afinal, este é um fator disseminado no dia a dia, através das ações, atitudes e posicionamentos. Quando não há um ambiente onde esses valores são semeados, aumentam as chances de que eles se enfraqueçam, sobretudo quando novos colaboradores chegam e começam a trabalhar de forma remota. Além disso, também é importante estar atento às dinâmicas do Capital Humano, que mudam radicalmente sob essas condições. Empresas que possuem culturas mais tradicionais, pouco adeptas à inovação, flexibilidade e que gostam de manter o controle quanto às demandas podem ter mais dificuldades para se adaptarem a esse modelo.

Infraestrutura e investimento

O mundo corporativo foi pego de surpresa quando a pandemia teve início. Muitas empresas foram forçadas a colocar suas equipes em trabalho remoto, mesmo sem ter infraestrutura adequada para fazer isso. Hoje em dia, por mais que o panorama já tenha mudado, ainda há muitas organizações e colaboradores que não contam com os recursos necessários para produzir bem em trabalho remoto. Afinal, isso depende de fatores como ter um espaço adequado para trabalhar, ter uma rotina que permita a concentração, equipamento funcional e, evidentemente, ergonomia. A empresa pode (e deve) ajudar cedendo equipamentos para os colaboradores, mas isso não é o suficiente para garantir as condições ideais. Caso o colaborador tenha família e filhos pequenos, por exemplo, trabalhar de casa pode ser um desafio. Para a gestão de pessoas, a tarefa também fica bem mais complicada.

 

Como os líderes devem atuar nesse cenário?

A liderança de uma organização é uma das grandes responsáveis por seu sucesso ou fracasso no mercado competitivo. Quando os profissionais responsáveis por liderar realizam programas de desenvolvimento, fazem treinamentos técnicos e comportamentais e estabelecem a empatia como um dos focos, a tendência é que os resultados sejam muito positivos. Contudo, o contrário também acontece: quando os gestores não se conectam com os liderados, não aprimoram suas habilidades e adotam condutas tóxicas, a tendência é, inclusive, que a produtividade caia.

Quando o assunto é trabalho híbrido, esse papel fica ainda mais importante. Isso porque o gestor se torna, sob essas circunstâncias, um dos maiores responsáveis pela comunicação das equipes. Cabe a ele estabelecer formas para alinhar a atuação dos profissionais, deixar todos a par do que acontece dentro e fora do escritório, além de criar rotinas para que os ruídos comunicativos sejam os menores possíveis.

A liderança também fica encarregada de fazer o acompanhamento das atividades desenvolvidas neste modelo, sempre buscando orientar os colaboradores em caso de dúvidas ou problemas. Este é um fator que merece atenção redobrada, visto que o trabalho híbrido demanda independência, mas sempre há colaboradores com mais dificuldade de agir com autonomia. Nesse sentido, também é interessante que o líder participe do planejamento de tarefas para ajudar a definir as prioridades e o tempo gasto em demandas específicas. Além disso, vale sempre mencionar que esse acompanhamento deve ser feito de forma saudável e oferecendo suporte, sem que o liderado se sinta pressionado ou controlado – o famoso microgerenciamento.

No mais, também cabe a esse profissional inspirar os seus liderados, fazendo com que se sintam mais motivados, engajados, felizes e que desenvolvam uma sensação de pertencimento para com a empresa.

Para isso, a liderança precisa ser exercida de forma horizontal, ética, transparente e humanizada. Esse profissional deve ter uma preocupação genuína com o bem-estar de suas equipes, dispondo-se sempre a ouvir os liderados, entender como eles se sentem e dar feedbacks quanto ao seu desempenho. O gestor de uma equipe, seja ela híbrida, remota ou presencial, deve se tornar um exemplo para eles e, para tal, estabelecer vínculos é fundamental.

Também são papéis de um bom líder de equipes híbridas:

  • Demonstrar responsabilidade pessoal, uma vez que o respeito e a admiração da equipe dependem de suas atitudes;
  • Estimular a autodisciplina, principalmente nos momentos de trabalho remoto;
  • Reconhecer os esforços dos liderados, o que é fundamental para manter o engajamento;
  • Ser transparente e sempre deixar a equipe ciente das intenções da empresa;
  • Se fazer presente, tanto para os colaboradores que trabalham na empresa quanto os que estão em casa;
  • Estimular a flexibilidade e a criação de rotinas que se adaptem às demandas pessoais dos colaboradores;
  • Estar aberto para sugestões e feedbacks.

Outro fator que vale a pena mencionar é que o líder deve estar atento ao perfil comportamental dos integrantes das equipes. Como a predileção por trabalhar de casa não é algo unânime e depende diretamente de fatores como sociabilidade, capacidade de concentração e infraestrutura, é importante que o gestor saiba como cada um de seus colaboradores se sente quanto a essa possibilidade e tente adaptar o modelo às necessidades de cada profissional. Para isso, é interessante desenvolver a habilidade de liderar a partir do comportamento, o que pode ser feito com um bom workshop de Liderança Comportamental.

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Como o RH pode apoiar a gestão de equipes híbridas?

O Recursos Humanos também possui um papel extremamente importante quando o assunto é a gestão das equipes híbridas. Nesse contexto, esse setor é importante para ajudar a definir as ferramentas tecnológicas adotadas pela empresa para que o alinhamento entre os times seja o melhor possível.

Cabe ao RH dar esse suporte, sempre monitorando os recursos que são utilizados pelos concorrentes e buscando trazer para a empresa soluções inovadoras que sejam capazes de aumentar a produtividade das equipes. Evidentemente, os líderes e os liderados também devem fazer parte desse processo, contudo, o apoio do RH faz toda a diferença. Além disso, o setor também é de grande auxílio quanto à infraestrutura e deve, sempre, mapear as necessidades do Capital Humano para que a empresa possa oferecer suporte.

No entanto, a principal atuação do RH sob essas circunstâncias é a gestão de pessoas. Isso inclui estruturar processos de onboarding para integrar novos colaboradores remotamente, desenvolver ações para a manutenção da cultura organizacional, sobretudo quando os colaboradores trabalham fora das dependências da empresa, além de promover momentos de integração entre as equipes. No mais, o RH também é fundamental para mapear as tendências comportamentais dos profissionais e disponibilizar essas informações para as lideranças. Afinal, como mencionamos, nem sempre as pessoas reagem da mesma forma ao modelo de trabalho híbrido e, por isso, é muito importante conhecer o seu comportamento para criar condições de trabalho que estejam de acordo com a sua natureza. Realizar um trabalho voltado para o People Analytics se torna ainda mais necessário nessas condições.

Para este fim, a utilização de softwares de gestão comportamental é mais do que bem-vinda. O Etalent PRO utiliza os conceitos da Metodologia DISC, uma das ciências comportamentais mais importantes do mundo, para gerar uma série de informações e insights a respeito do estilo comportamental do Capital Humano. Com ele, é possível gerar relatórios sobre situações específicas, como o comportamento em trabalho remoto. Sem dúvida, é um aliado importante para gerir equipes híbridas da melhor maneira possível.

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7 dicas para gerenciar equipes no modelo híbrido

O trabalho híbrido traz diversas vantagens para empresas e profissionais, embora conte com desafios bem específicos na hora de gerir equipes que operam nesse formato. Algumas dicas importantes para otimizar a atuação da liderança nessas condições são:

Fique atento à saúde mental e ao bem-estar

Vivemos em tempos céleres, onde existe um forte estímulo à produtividade ininterrupta. Não à toa, isso ganhou um nome: hustle culture, ou cultura da agitação, que gerou uma onda de movimentos anti-work ao redor do mundo. Para muitas pessoas, apesar de todas as vantagens, trabalhar de casa diminuiu as barreiras em relação à produtividade que a ida a um escritório impunha. Afinal, no trabalho presencial, existia, ainda que inconscientemente, a ideia de que estar na empresa era a hora de ser produtivo e, em casa, a de descansar. Quando esses aspectos se fundiram, muitos profissionais tiveram dificuldade de entender quando parar de trabalhar, o que é um grande problema para a sua saúde mental.

Como o modelo híbrido propõe que parte das demandas sejam realizadas fora das dependências da empresa, é muito importante que o líder esteja atento à carga horária de seus liderados. Esse tipo de preocupação pode prevenir o estresse em demasia, a exaustão e até doenças de ordem psicossomática, como o burnout, que surgiu especificamente para se referir a um estado de degradação mental oriundo do excesso de trabalho. Caso o líder note que o colaborador está se excedendo, é importante usar a flexibilidade ao seu favor, propondo rotinas mais leves ou até mesmo alguns dias de folga para que ele descanse.

Dê visibilidade aos colaboradores

Há um ditado popular que diz: “quem não é visto, não é lembrado”. Nesta pesquisa realizada pela Atlassian, ficou constatado que existe uma preocupação com essa lógica aplicada ao modelo de trabalho remoto. De acordo com o estudo, para alguns profissionais, o fato de não serem vistos com regularidade pode fazer com que eles estejam fora do “radar” de outras pessoas, principalmente na hora de serem escolhidos para promoções ou de ter novas oportunidades. Por isso, é fundamental que o líder sempre reitere os acertos de seu time para a alta gestão e até para outras equipes, sempre buscando dar o reconhecimento para os profissionais que o merecem.

Busque integrar a equipe

O ambiente virtual é menos propício para a interação do que o presencial; não há dúvida quanto a isso. Dado este fato, é muito importante que o líder, em conjunto com o RH, estabeleça medidas para a integração das equipes, como um espaço para a troca de ideias e formação de vínculos. Isso se torna ainda mais importante se os grupos que trabalharem presencialmente e os que trabalham de forma remota forem fixos. Isso também ajuda a prevenir a criação de uma mentalidade de “nós contra eles”.

Mantenha as informações acessíveis

Para evitar ruídos comunicacionais, é fundamental ter cuidado e disponibilizar todas as informações relevantes em meios digitais para que seja possível acessá-las tanto em trabalho remoto quanto presencial. Guias para a operação de programas e ferramentas, agendas de trabalho com as demandas que precisam ser entregues, além de informações complementares que envolvam questões burocráticas, por exemplo, são alguns exemplos do que precisa estar acessível para todos os profissionais.

Centralize a comunicação

A comunicação interna é um dos maiores desafios para a gestão de equipes híbridas, o que faz com que os cuidados quanto a esse ponto específico precisem ser redobrados. Uma dica importante para evitar problemas é centralizar os canais de comunicação. Em suma, isso significa escolher um canal e utilizá-lo exclusivamente para passar informações para as equipes. Além disso, vale ressaltar que a adoção de aplicativos específicos para o trabalho, como o mensageiro Slack, é altamente recomendada. Afinal, caso uma equipe opte por usar o WhatsApp, por exemplo, que grande parte das pessoas utiliza para assuntos pessoais, as demandas privadas e profissionais podem acabar ficando embaralhadas.

Foque em resultados, não nas horas trabalhadas

Conforme mencionado, as lógicas do trabalho remoto e híbrido são bem diferentes em relação ao modelo presencial tradicional. Uma das principais inversões de valores nesse sentido é pautar a produtividade pelos resultados e demandas entregues, não pela quantidade de horas dedicadas ao trabalho. Afinal, esse tipo de controle mais rígido e de vigilância não funciona quando os colaboradores estão em casa, tampouco é saudável tentar replicá-lo. Por isso, é muito importante delimitar as prioridades e trabalhar sempre para cumpri-las, sem se preocupar tanto com a carga horária. Isso faz parte de adotar uma rotina flexível.

Confie no senso de responsabilidade dos liderados

Para que os profissionais tenham a autonomia que o trabalho híbrido propõe, é preciso confiar neles e no seu senso de responsabilidade. Por mais que existam lideranças com perfis mais controladores e que querem monitorar tudo que o Capital Humano faz, é importante entender que o modelo remoto requer a ruptura com os padrões mais tradicionais. É preciso ter confiança de que as pessoas vão cumprir a carga horária, fazer entregas no tempo estipulado e que vão fazer tudo isso da melhor forma possível. Afinal, o modelo de trabalho pode mudar, mas a responsabilidade e a ética profissional continuam as mesmas.

Dada a possibilidade de unir as vantagens do trabalho remoto e do presencial, hoje em dia, entende-se que o modelo híbrido de trabalho veio para ficar. Afinal, desta forma, é possível melhorar a saúde mental do Capital Humano e reduzir custos nas empresas, dois fatores extremamente benéficos. Dada essa característica, gerir essas equipes pode ser um desafio à parte, uma vez que a comunicação interna pode ficar. Para tal, é preciso treinar as lideranças e deixá-las preparadas para administrar tudo o que envolve essas condições. No entanto, mesmo assim, o trabalho híbrido continua tendo uma grande aprovação entre empresas e profissionais. Afinal, é investindo na felicidade das pessoas que os resultados extraordinários aparecem.

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Fernanda Misailidis

Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.

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