A comunicação assertiva é uma soft skill capaz de mudar as rotinas corporativas por completo. Profissionais que se comunicam dessa forma conseguem evitar mal-entendidos, expor ideias, necessidades, além de ganharem tempo e reduzirem erros, impactando positivamente o fluxo de qualquer setor. Sobretudo quando esses colaboradores são gestores, desenvolver esse tipo de habilidade se torna ainda mais importante. Até porque, em cargos de liderança, também fazem parte da rotina tarefas como dar feedbacks, instruções,  fazer avaliações e treinamentos – pontos estes que precisam sempre ser feitos da melhor forma possível.

Embora a comunicação seja algo importante para as empresas, muitas vezes, ela acaba ficando em segundo plano ou não recebe a devida atenção. A questão é que, quando as trocas internas têm agilidade e precisão, há menos espaço para erros e desentendimentos. Ter profissionais com boas capacidades comunicativas e fluxos de trabalho claros faz com que a qualidade dos produtos ou serviços prestados aumente. Ademais, há outro ponto muito importante nessa equação: o clima organizacional melhora exponencialmente quando há diálogo e alinhamento de informações.

Desenvolver a capacidade de se comunicar de forma assertiva é uma tarefa complexa, mas que traz muitos benefícios tanto para empresas quanto para colaboradores em si. Mas, afinal, como estimular essa competência comportamental e treinar os colaboradores para exercê-la de forma eficiente no dia a dia? É o que você vai descobrir no artigo de hoje. Boa leitura!

 

O que é comunicação assertiva?

Para entender do que se trata a comunicação assertiva, é preciso entender, primeiramente, o conceito de assertividade. De acordo com a definição do Dicionário Online de Português, o termo trata da “característica de assertivo, do que ou de quem afirma algo de maneira categórica, com firmeza; objetividade“. Outra definição para a palavra também envolve “se expressar com segurança, demonstrando decisão nas palavras; autoconfiante.” E a partir destas definições, já é possível ter uma ideia bem palpável do que isso significa.

A comunicação assertiva trata da habilidade de se comunicar de forma clara, objetiva e abordando todas as informações necessárias. Logo, isso corresponde a se fazer bem entendido, coerente e não deixar espaço para dúvidas ou desentendimentos. Além disso, esse tipo de abordagem leva em conta a empatia, as relações e faz o necessário para se adequar a quem recebe a mensagem. Por isso, ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, se comunicar de forma assertiva nada tem a ver com demonstrar inteligência, bagagem cultural, dominar outros idiomas ou “falar bonito”. Na verdade, dependendo da situação, a assertividade pode, inclusive, significar tornar a comunicação o mais simples possível para conseguir trocar com pessoas de níveis de escolaridade mais baixos ou que não tenham o mesmo acesso à informação.

Outro equívoco comum quanto à expressão é acreditar que ser assertivo é um sinônimo de estar certo. Porém, não necessariamente essas questões estão relacionadas – é perfeitamente possível se comunicar de forma assertiva estando errado, caso a pessoa realmente acredite naquela ideia. Afinal, esse processo é sobre clareza e segurança na hora de se comunicar, sem hesitações ou discursos prolixos que tiram o foco das situações que importam. A veracidade de informações e ações não entra nessa equação.

A assertividade no discurso também não significa ser arrogante ou deselegante de forma alguma. Pelo contrário, até – ela denota humildade e reconhecimento. A pessoa que deseja se comunicar dessa forma precisa ter em mente que o seu principal objetivo é ser compreendido por quem quer que seja seu interlocutor. Logo, essa comunicação deve ser objetiva, adequada ao contexto, respeitosa, articulada, planejada e, sobretudo, de fácil entendimento. Por isso, essa é uma habilidade preciosa no contexto corporativo, mas difícil de desenvolver, uma vez que também exige desprendimento do ego – o que, para pessoas com inteligência emocional pouco desenvolvida, por exemplo, pode ser um problema e tanto.

Diferenças entre comunicação agressiva e assertiva

Outra confusão comum em relação à comunicação assertiva é o entendimento desta como a comunicação agressiva. Felizmente, fora a semelhança entre as palavras em si, não há nada de comum entre os termos. Se comunicar agressivamente denota hostilidade, violência na linguagem verbal e intimidação. O objetivo da pessoa que adota essa abordagem é se mostrar dominante, ganhando discussões por meio da humilhação e da ofensa. Isso é bem diferente de se comunicar de forma clara e coerente, como a assertividade propõe.

Em contextos corporativos, é comum que o discurso agressivo seja autoritário, frio e utilizado para ressaltar algum tipo de hierarquia entre os profissionais. Evidentemente, isso é muito ruim para o ambiente de trabalho como um todo, causando tensão, conflitos e podendo, inclusive, traumatizar os profissionais. Aliás, dependendo do nível, situação e contexto, esse tipo de abordagem pode até mesmo ser enquadrada em crimes como o assédio moral e sexual.

Enquanto o profissional que se comunica assertivamente adota um vocabulário neutro ou positivo, é comum que o agressivo escolha palavras negativas ou hostis. O tom de voz também conta muito – é baixo para o assertivo enquanto, para o agressivo, costuma se elevar com facilidade. As outras características notáveis de uma estratégia de comunicação agressiva são a interrupção constante, ritmo de fala acelerado, ameaças, imposição hierárquica, além de uma linguagem corporal pensada para intimidar. Um profissional com uma comunicação assertiva, por outro lado, modera o ritmo do discurso, é flexível, ouve com atenção, se mostra aberto a negociações e adota a empatia como parte de sua linguagem não verbal. Isso tudo sem abrir mão de ser objetivo e claro em suas constatações.

 

Por que a comunicação assertiva nas empresas é importante?

A má comunicação é algo capaz de afetar negativamente os fluxos de trabalho de setores inteiros. De acordo com essa pesquisa, conduzida pela The Economist com mais de 400 entrevistados, 44% dos profissionais acredita que os gargalos comunicacionais causam atrasos ou falhas na conclusão de projetos, enquanto 18% atribui a redução de vendas das empresas a esse fator. Outro ponto levantado pela pesquisa é que, quando a comunicação é ruim, os índices de estresse e desânimo com o trabalho aumentam significativamente, afetando fatores como a produtividade dos profissionais e até mesmo a qualidade de vida das equipes.

Esse tipo de pesquisa atesta a necessidade de um processo comunicacional bem alinhado, para que os fluxos rotineiros da empresa funcionem. Mas a importância da assertividade comunicativa não para por aí – o processo também é fundamental para que os colaboradores consigam desenvolver suas relações interpessoais. Quando se comunicam de forma assertiva, os profissionais conseguem criar laços com mais facilidade, uma vez que previnem conflitos, desenvolvem a escuta ativa e, consequentemente, melhoram a colaboração interna.

Esse tipo de questão afeta, diretamente, as dinâmicas que são criadas nos ambientes organizacionais. Aliás, vale sempre ressaltar: a construção de ambientes positivos é um fator extremamente importante para o fluxo de trabalho e impacta a percepção dos colaboradores para com a empresa. Quando os ambientes são bons, os profissionais se dão bem e conseguem lidar com as demandas de forma saudável, não somente a produtividade da empresa aumenta, como também índices relacionados ao bem-estar e satisfação com o trabalho melhoram. Por outro lado, quando as dinâmicas de trabalho envolvem condutas tóxicas, desrespeito e incerteza, a tendência é que os profissionais se desmotivem e, dependendo da situação, podem até mesmo adoecer. E a comunicação é uma parte importante desse processo – tanto para o bem quanto para o mal.

Para os líderes, essa competência é ainda mais importante. Afinal, é preciso desenvolver a assertividade para dar treinamentos eficazes, aumentar o poder de convencimento, cultivar boas relações entre os membros das equipes, além de conquistar a confiança dos demais colaboradores. Logo, essa é uma habilidade que ajuda a otimizar os processos de forma generalizada, ajudando a empresa a diminuir os gargalos e tornando o fluxo de trabalho, em si, ainda mais eficiente.

 

Os tipos de comunicação assertiva

A comunicação assertiva vai além do que se pode verbalizar. Por isso, para desenvolver essa habilidade o máximo possível, é preciso entender, também, como ela se aplica em diferentes contextos. Em um feedback, por exemplo, é preciso saber como se comportar para ajudar o profissional a entender as informações que estão sendo passadas. Caso ele esteja sofrendo uma cobrança séria por conta de seu rendimento, é fundamental demonstrar essa seriedade com a postura e o tom de voz – e isso também faz parte de se comunicar com assertividade. Dito isso, os tipos são:

Comunicação assertiva não verbal

Um processo comunicacional efetivo tem quatro pilares: um emissor (a pessoa que envia uma informação), uma mensagem (o conteúdo da informação), um receptor (a quem a mensagem é dirigida) e um canal (meio escolhido para a transmissão da mensagem). A comunicação se dá quando o receptor entende a mensagem que foi enviada a ele por meio do canal à sua escolha – que pode ser a fala, uma carta ou e-mail, por exemplo. Nesses casos, todas as vias representam formas verbais de se comunicar, ou seja, quando elas envolvem palavras, oralmente ou escritas.

Com a comunicação não verbal, a lógica é a mesma. A diferença é que, nesse caso, não se faz uso de palavras faladas ou escritas. O principal meio para se comunicar é pela linguagem corporal. E por mais que isso soe involuntário, também é preciso que o emissor preste atenção no que ele comunica com o seu corpo, para garantir que a mensagem seja passada em sua totalidade. Com gestos, expressões e posturas, é possível deixar claro o que se espera dos receptores e, também, como eles devem interpretar as informações ditas.

Comunicação assertiva verbal

A comunicação assertiva verbal é o modelo mais tradicional – aquele que utiliza palavras faladas ou escritas para passar a mensagem. Nesse caso, é importante prestar atenção na escolha vocabular e nos sentidos que elas trazem ao discurso. Também é interessante ficar atento à tendência aos discursos prolixos, ou seja, quando o emissor utiliza palavras em demasia ao falar e, por isso, acaba perdendo a capacidade de síntese.

Comunicação assertiva paraverbal

A comunicação paraverbal envolve os dois âmbitos – o verbal e o corporal. Logo, esse tipo de comunicação está associado ao tom de voz, ritmo de fala e fluidez. Isso é interessante para conseguir manter a atenção do interlocutor, ainda que o profissional tenha que falar por um longo tempo, como em treinamentos corporativos ou mesmo em palestras.

 

Existem outros tipos além da comunicação assertiva?

A comunicação pode ser feita de diversas formas. Além da assertiva, outras categorias comuns no contexto corporativo são a passiva, agressiva e a passivo-agressiva. Entretanto, vale ressaltar que nenhuma dessas é realmente eficiente para os fluxos das empresas como a assertiva é. Isso porque, nos três casos, nos referimos a processos comunicacionais desequilibrados, em que algum interlocutor acaba sendo prejudicado pela forma com que expressa (ou deixa de expressar) as informações.

A comunicação passiva, por exemplo, é aquela em que o emissor busca não partilhar suas opiniões e se abstém de qualquer situação que possa ocasionar algum tipo de atrito. Esses comunicadores são pessoas que não protegem seus direitos e, por vezes, deixam de satisfazer suas necessidades por questões como insegurança, falta de traquejo social ou medo de conflitos. Por isso, é comum que o comportamento dessas pessoas acabe fazendo com que outros tirem vantagens deles. A comunicação, nesse caso, é apenas uma consequência direta desse contexto.

A comunicação agressiva, como mencionamos, é o exato contrário – com ela, as pessoas se expressam de forma grosseira, violenta e insensível aos sentimentos alheios. Existe, também, um meio termo entre as duas: a comunicação passivo-agressiva, em que o emissor transmite mensagens de cunho hostil sem fazer isso de forma direta. Nesse caso, a mensagem em si continua sendo agressiva, mas a forma com que isso se expressa é bem mais sutil. Pode vir, inclusive, em forma de comentários oportunos, reclamações ou mesmo quando o emissor ignora o seu interlocutor.

 

Benefícios da comunicação assertiva

Como vimos, adotar processos comunicacionais mais claros e objetivos traz uma série de benefícios tanto para empresas quanto para os colaboradores. Dentre os principais, destacamos:

Melhorias nas relações interpessoais

Pessoas que se comunicam com mais clareza conseguem minimizar ruídos comunicacionais que podem acabar gerando desentendimentos. Aliás, a assertividade permite que os indivíduos se expressem com mais segurança, além de falar abertamente sobre seus sentimentos e opiniões. Tudo isso é importante para criar laços, reconhecer identificações e fazer com que as pessoas se sintam mais confortáveis ao dialogar. Afinal, todo mundo se sente ansioso quando precisa se dirigir ao colega de quem não sabe o que esperar.

Redução de conflitos

Os conflitos são outro ponto mitigado por um estilo de comunicação assertivo. Embora, por vezes, as desavenças sejam inevitáveis, a assertividade permite que, quando acontecerem, elas sejam resolvidas com mais facilidade, o que ajuda a criar resultados mais positivos em termos de clima organizacional. Com uma comunicação clara, direta e respeitosa, é possível reduzir o estresse no ambiente de trabalho como um todo e fortalecer o vínculo entre os membros de qualquer equipe.

Autoconfiança

A comunicação assertiva também é interessante para desenvolver a autoconfiança. Conforme as pessoas vão adotando esse estilo, elas sentem mais segurança para se expressar, falar com grupo e, eventualmente, podem até mesmo melhorar a performance em apresentações de projetos. Quando aprimoram essa habilidade, os profissionais aprendem a ser mais argumentativos, defender melhor os pontos de vista e a ouvir outras pessoas com mais atenção. Logo, todo o processo comunicacional sai beneficiado.

Mais produtividade

A comunicação assertiva é importante para manter o alinhamento em relação às demandas. Isso permite que os profissionais consigam lidar melhor com suas tarefas sem serem surpreendidos com imprevistos ocasionados pela falta de comunicação. Ademais, ter clareza de ideias e ser assertivo ao passar mensagens também ajuda a evitar o retrabalho, o que contribui para a produtividade de setores inteiros.

Menos tempo perdido

A gestão do tempo também é um fator que sai muito beneficiado com um modelo de comunicação assertivo. Afinal, o termo trata de um processo de administração e avaliação do tempo dedicado às tarefas, sejam elas referentes à rotina corporativa ou à pessoal. Apesar do conceito simples, esse pode ser um problema para muitas pessoas e empresas, uma vez que o processo envolve a identificação clara das prioridades, além de disciplina individual e organização coletiva. Entretanto, quando as informações são claras e precisas, fica bem mais fácil seguir as atividades à risca, sem a necessidade de ter que fazer ajustes o tempo inteiro ou mesmo de interromper fluxos de tarefas prioritárias.

 

O comportamento, a comunicação e a Metodologia DISC

O comportamento humano é algo subjetivo, complexo e que varia de pessoa para pessoa. É o perfil comportamental de uma pessoa que determina como ela reage a certos estímulos, incluindo a forma como age, responde e o tipo de sentimento que desenvolve em relação a eles. Há, por exemplo, quem seja mais aberto aos relacionamentos e se sinta energizado na companhia de outras pessoas. Por outro lado, algumas pessoas precisam ficar sozinhas para recuperar as energias. Há quem goste de assumir riscos e quem prefira condições mais estáveis. Há quem saiba lidar bem com imprevistos, enquanto outros indivíduos se irritam profundamente quando algo sai de seus planos. Esses exemplos são baseados em perfis comportamentais distintos, mas sequer começam a definir a complexidade do comportamento humano.

De acordo com a Metodologia DISC, uma das ciências comportamentais mais importantes do mundo, são quatro fatores os que determinam o comportamento de uma pessoa: Dominância, Influência, eStabilidade e Conformidade. Cada um deles tem suas próprias características e todo mundo tem os quatro em algum nível – é a forma com que os usamos que determina quais são mais ou menos presentes em nossos comportamentos. E como é de se esperar, os fatores impactam diretamente a forma de comunicação e, também, como a pessoa deseja que se comuniquem com ela.

Dominância

A alta Dominância é marcada pela ambição, assertividade e pelo gosto por desafios. Essas são pessoas práticas, focadas nas próprias necessidades e que colocam os resultados como prioridade no contexto corporativo. Por esse motivo, apesar de serem aparentemente receptivos, nem sempre é fácil se comunicar ou formar laços com esses indivíduos. Para ter uma troca sadia com alguém de alta Dominância, é preciso ir direto ao ponto e saber como se expressar sem rodeios – afinal, esse perfil não costuma ter muita paciência para explicações em demasia ou discursos prolixos. Além disso, dependendo do nível do fator e de outras características do perfil, uma comunicação assertiva também pode denotar um certo nível de passividade.

Influência

A Influência é um fator marcado pela alta sociabilidade, extroversão e dinamismo. São pessoas que gostam, naturalmente, de se relacionar. Essa característica, por si só, já facilita a comunicação, uma vez que essas pessoas são mais abertas e empáticas. Contudo, é bom ter cuidado com a tendência à verborragia – afinal, é bom comum que os Influentes falem muito, o que pode, inclusive, fazer com que percam o foco. Para se comunicar assertivamente, é preciso saber dosar os dois fatores: adotar uma comunicação empática e atenciosa, mas que saiba a hora exata de cortar o discurso prolixo e passar a mensagem desejada.

eStabilidade

A eStablidade é um fator marcado pela persistência, paciência e por um aspecto introspectivo, mas empático. Essas são pessoas que prezam pela responsabilidade e gostam de construir boas relações, apesar de terem postura mais reservada. Por isso, se comunicar bem com eles não é difícil. Para fazer com que a mensagem seja passada com assertividade, é recomendado recorrer a um tom cordial e inclusivo, sempre prezando por palavras que reiterem ideias como colaboração, empatia, afeto e agradecimento. Contudo, é preciso ter cuidado para não acabar “atropelando” o estável com muitas informações, uma vez que eles gostam mais de ouvir do que de falar.

Conformidade

A Conformidade também é um fator marcado pela introversão, mas com foco em lógica e análise. Essas são pessoas metódicas, perfeccionistas, estratégicas e que gostam de seguir regras. Por conta dessas características, o perfil é menos propenso à construção de relacionamentos, mas usando algumas estratégias, é possível criar um modelo de diálogo mais assertivo com esse grupo. Adaptar estratégias comunicativas e aprender a falar de acordo com o que os motiva, como dados, pesquisas e análises, por exemplo, é uma boa dica. Como são mais voltados para a racionalidade, também é bom dosar o afeto e a intimidade no discurso para não causar estranheza.

Para saber mais detalhes sobre a comunicação com cada perfil comportamental, é recomendado utilizar uma análise detalhada dos diversos aspectos do comportamento. Para isso, um bom software de gestão de pessoas, como o Etalent Pro, é altamente recomendado. A plataforma gera diferentes relatórios de acordo com cada estilo, levando em conta aspectos como sociabilidade, propensão a relacionamentos e maneiras de se comunicar.

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8 dicas para ter uma comunicação assertiva

1- Desenvolva a autoconfiança

Para conseguir se comunicar de forma assertiva, é fundamental desenvolver uma característica específica: a autoconfiança. É preciso ter uma boa compreensão de si mesmo, de valores e, também, do impacto do próprio trabalho na empresa. Pessoas que estão cientes do que representam para a organização e para as equipes sabem que merecem ser tratadas com dignidade e respeito, o que faz com que elas sejam menos tolerantes em situações em que a comunicação é hostil e agressiva. Além da autoconfiança ajudar a blindar esse tipo de situação, ela é importante para manter o psicológico em dia, sobretudo em ambientes tóxicos. Ademais, elas conseguem se expressar sem medo de julgamentos.

2 – Tenha atenção à linguagem corporal

A linguagem corporal assume um lugar muito importante na comunicação assertiva. Afinal, questões como tom de voz, ritmo de fala e gestos são tão relevantes na hora de passar uma mensagem quanto o conteúdo que está sendo dito em si. Uma pessoa que tenta passar uma ideia firme, mas de cabeça baixa e demonstrando insegurança, por exemplo, vai confundir o interlocutor. Para essa situação em específico, é preciso olhar diretamente nos olhos e falar com clareza caso queira ser compreendido.

3 – Saiba quando dizer “não”

Saber o momento de negar pedidos e impor limites também é muito importante para desenvolver um estilo de comunicação mais assertivo. Afinal, cada pessoa sabe de suas próprias necessidades e o quanto está disposto a aceitar (ou não) um pedido. Se o chefe, por exemplo, pede para o profissional ficar até mais tarde em um dia em que ele tem um compromisso com a família, algo que seria fundamental para a sua saúde mental, o colaborador precisa se sentir confortável para dizer que não pode. Essa é uma dificuldade para muitas pessoas, mas que precisa ser trabalhada no dia a dia.

4 – Busque capacitações

Existem diversos cursos e workshops voltados para técnicas de comunicação assertiva. Por isso, os profissionais podem sempre buscar formas de aprimorar essa habilidade. Sobretudo em cargos de liderança, treinamentos específicos para a oratória, linguagem corporal e abordagem podem ser de muito valor. Até porque esse processo ajuda a comunicação interna como um todo, além de qualificar o trabalho desenvolvido.

5 – Mostre abertura às críticas e elogios

Aceitar bem feedbacks, sejam eles críticas ou elogios, também é parte do processo de adotar uma comunicação assertiva. Esse tipo de reação denota humildade e positividade, além de mostrar positividade para os colegas, sinalizando que eles podem ajudar sempre que necessário. Ainda, se a pessoa não concordar com a crítica, ela consegue falar melhor sobre, argumentando com racionalidade e sem estresse.

6 – Expresse seus sentimentos

Falar sobre sentimentos é importante para todo mundo. Quando esse tipo de necessidade é ignorado, a tendência é que a pessoa se sinta pressionada e sufocada por suas próprias emoções. No ambiente corporativo, também é fundamental dar voz ao que se sente, mas isso deve ser feito sempre de maneira construtiva e positiva. Isso ajuda a formar laços com os colegas e a diminuir os níveis de estresse durante a rotina.

7 – Desenvolva a escuta ativa

Ouvir ativamente as pessoas significa prestar atenção total no que ela está falando. Pode parecer simples, mas isso denota entender e processar as mensagens que estão sendo passadas, bem como demonstrar interesse nelas. Afinal, há muitas pessoas que apenas escutam o que as outras estão falando para retrucá-las ou mesmo trazer os fatos para si. Essa habilidade, por outro lado, demonstra empatia, cordialidade e atenção genuína. Para colocá-la em prática, é fundamental deixar mensagens de texto de lado, bem como divagações da mente.

8 – Tenha empatia

Pessoas empáticas são aquelas que conseguem se colocar no lugar do outro, tentando entender o que aquelas pessoas sentem ou mesmo compreender as motivações. Essa é uma habilidade fundamental para se comunicar, uma vez que vai impactar diretamente na abordagem adotada. Além disso, para os líderes, colocar os sentimentos dos profissionais em primeiro lugar vai ajudar a criar ambientes organizacionais mais amigáveis e equipes mais engajadas.

 

Como o RH pode promover a comunicação assertiva nas empresas?

Existem diversas formas de promover a comunicação assertiva por meio da gestão de pessoas – e o RH é uma figura central para tornar isso uma realidade. Em primeiro lugar, é preciso investir em treinamentos corporativos voltados para a assertividade. Como mencionamos, existem cursos, workshops e palestras pensadas em aprimorar esse tipo de habilidade, o que pode ser adotado pela empresa a fim de melhorar a comunicação de todo o Capital Humano.

Além disso, o RH pode atuar ativamente no desenvolvimento de lideranças, transformando os gestores em profissionais cada vez mais competentes na hora de se comunicar. Como vimos, a assertividade é uma característica que beneficia a todos, mas é especialmente relevante quando consideramos profissionais em cargos de gestão, uma vez que eles também precisam inspirar, incentivar e motivar equipes inteiras. Um bom workshop de liderança comportamental, por exemplo, fará com que os líderes entendam mais sobre o comportamento de seus liderados, o que vai ser muito importante para adotar um estilo de comunicação que funcione a partir das preferências comportamentais.

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Além disso, promover o autoconhecimento no Capital Humano e incentivá-lo a conhecer mais sobre as características comportamentais também impacta, diretamente, no estilo de comunicação que os profissionais adotam e que praticam. Utilizando a análise comportamental, com o apoio de relatórios de desenvolvimento detalhados, o RH consegue fazer com que os colaboradores se tornem mais cientes sobre as próprias tendências, falhas de comunicação às quais estão sujeitos e, eventualmente, consigam aprimorar a habilidade.

A comunicação assertiva é algo importante para manter o clima organizacional positivo e a produtividade em dia. Quando ela é aplicada, os profissionais conseguem gerir melhor o tempo, criam laços com mais facilidade e melhoram até mesmo índices como motivação e engajamento interno. Por outro lado, a comunicação prolixa e pouco clara pode fazer com que as equipes se percam em suas demandas, além de desencadear conflitos evitáveis. Por isso, é fundamental que a empresa esteja atenta aos processos comunicacionais, caso queira competir em cenários cada vez mais difíceis de alcançar o sucesso competitivo.

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Fernanda Misailidis

Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.

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