As dinâmicas de grupo são um recurso importante dos processos de Recrutamento e Seleção. Essa ferramenta foca em avaliar questões como as competências comportamentais dos candidatos, para além dos conhecimentos técnicos em si. Em tempos onde as empresas dão cada vez mais valor ao perfil comportamental e a adequação à cultura da empresa, as dinâmicas se tornaram cada vez mais relevantes. Com elas, é possível avaliar, por exemplo, como um candidato se comporta em determinadas situações que ele provavelmente vai vivenciar dentro da organização, o que já dá aos recrutadores uma noção do que esperar desse profissional no futuro, caso optem por contratá-lo.

Diferentemente do que acontecia décadas atrás, hoje em dia, entende-se a importância dos aspectos comportamentais na hora de atrair e selecionar novos talentos. Se antes, havia uma cultura que prezava pelas hard skills, experiências de trabalho e conhecimentos técnicos na hora de encontrar novos profissionais para o Capital Humano, atualmente, a mentalidade das empresas mudou bastante. Já é comum ver empresas contratando baseadas em valores, fit cultural, personalidade e comportamento. Afinal, de nada adianta, por exemplo, trazer um expert introspectivo e pouco relacional para exercer uma função em que ele tenha que lidar com pessoas o tempo inteiro. Além do trabalho ser mais desgastante para ele, essas circunstâncias podem comprometer a produtividade de seu setor inteiro.

É nesse ponto que entram as dinâmicas de grupo, que ajudam os recrutadores a entenderem a maneira com que os profissionais utilizam suas soft skills e, também, se estão de acordo com as necessidades da empresa.

Mas, afinal, como usar as dinâmicas de grupo nos processos seletivos da melhor forma possível? É o que você vai descobrir no artigo de hoje. Boa leitura!

 

O que são dinâmicas de grupo?

As dinâmicas de grupo são recursos utilizados com o intuito de estudar e desenvolver o comportamento de um grupo ou de uma pessoa específica nesse contexto. Muito comuns em processos seletivos, elas são interessantes, sobretudo, para identificar características comportamentais específicas dos indivíduos, como capacidade de liderança, forma que lida com pressão, situações de estresse, comunicação, resolução de desafios, dentre outras possibilidades.

As dinâmicas de grupo também podem ser aplicadas para promover integração entre pessoas em cursos, faculdades, terapias de grupo – ou mesmo dentro das empresas, com o intuito de fazer com que os colaboradores se conheçam melhor e desenvolvam suas relações interpessoais.

Essas dinâmicas ajudam a construir a proximidade e a confiança entre equipes, além de sinergia e colaboração. Elas também estimulam a criatividade, engajamento e podem ser utilizadas como uma ferramenta em prol da disseminação dos valores culturais da empresa. Ademais, elas explicitam o desempenho de cada indivíduo em situações específicas, deixando claro para a empresa quais competências aquele colaborador ou candidato precisa desenvolver.

No Recrutamento, existem diversos modelos de dinâmicas – cada um pensado para avaliar competências distintas. Aliás, também é possível criar modelos personalizados que se adaptem totalmente às necessidades da empresa e que avaliem, especificamente, as competências necessárias para assumir um cargo em aberto.

De maneira geral, as dinâmicas de grupo fazem parte das etapas intermediárias em um processo seletivo, sendo normalmente seguidas das entrevistas individuais e, por fim, a contratação.

 

Para que servem as dinâmicas de grupo?

As dinâmicas de grupo têm utilidades diversas. São parte importante de processos seletivos, onde promovem a avaliação de habilidades comportamentais dos candidatos. Nesse contexto, as dinâmicas também são interessantes para avaliar o fit cultural, valores, atitudes e visão de mundo – e entender se estão de acordo com o que a empresa espera do profissional em questão.

Fora do contexto do R&S, esse recurso ajuda a estimular o autoconhecimento, uma vez que faz com que os participantes observem uns aos outros, promovendo a reflexão sobre seus comportamentos e características intrínsecas. As atividades também funcionam como “quebra-gelo“, sobretudo em grupos que têm pouca intimidade, para gerar abertura e fazer com que as pessoas se sintam mais confortáveis umas com as outras.

Em ambientes corporativos, as dinâmicas também ajudam a desenvolver habilidades técnicas e comportamentais, o que é fundamental para a evolução de cada colaborador. Aliás, elas também podem ser efetivas para resolver problemas relacionados ao clima organizacional, uma vez que fazem com que os colaboradores trabalhem em equipe e, dependendo da dinâmica, ajudando a se comunicarem melhor e resolverem suas questões.

 

Importância das dinâmicas de grupo

Quando aplicadas no R&S, o principal objetivo das dinâmicas de grupo é fazer com que os recrutadores reúnam mais informações sobre os candidatos, levando em consideração os comportamentos em contextos propostos, que simulam desafios reais. Por isso, ao aplicá-las, as empresas conseguem avaliar as soft skills dos participantes, englobando toda a subjetividade que elas trazem. Pontos como liderança, proatividade, colaboração, inteligência emocional e autoconhecimento, por exemplo, não podem ser vistos apenas por informações no currículo – é preciso observar como cada pessoa usa essas competências na prática.  Dessa forma, o recrutador consegue entender se o candidato tem atributos necessários para o cargo antes mesmo de firmar a contratação.

Além disso, a dinâmica de grupo pode fazer a diferença para que alguém realmente adequado ao cargo e à cultura seja contratado, já que elas avaliam os aspectos comportamentais. No caso de um candidato muito comunicativo que se inscreve para uma função em que precisa utilizar essa característica, por exemplo, esse tipo de atividade pode ajudar a deixar explícita a sua habilidade frente às demandas do cargo – e isso acontece mesmo que aquela pessoa não tenha uma vasta experiência. Logo, os recrutadores reconhecem que, mesmo sem tanta bagagem, é provável que o candidato consiga realizar um bom trabalho – talvez até melhor que outro profissional mais experiente.

Entretanto, como vimos, a importância das dinâmicas não se limita aos processos seletivos. Elas podem ser utilizadas como ferramentas para fazer com que os profissionais se sintam mais à vontade uns com os outros e desenvolvam os seus relacionamentos. Quando aplicadas dentro de um ambiente corporativo, as dinâmicas estimulam a criatividade, a comunicação, a colaboração e até mesmo o senso de pertencimento, visto que os profissionais entendem que eles estão juntos em prol de um objetivo em comum. O resultado é que as equipes ficam mais unidas, engajadas e produtivas, o que estimula pontos como a lucratividade e a rentabilidade da empresa.

 

Quando realizar uma dinâmica de grupo?

As dinâmicas são partes importantes de processos seletivos e desenvolvimento de relações no Capital Humano. Entretanto, há alguns momentos específicos em que o uso dessa ferramenta se faz ainda mais importante.

Durante a integração de novos colaboradores, a ferramenta é especialmente útil. Afinal, aplicar dinâmicas de boas-vindas faz que aqueles profissionais se sintam incluídos, além de ajudá-los a darem os primeiros passos para formar relações com novos colegas. Aliás, vale sempre ressaltar que o onboarding é um momento bastante estratégico para a criação de um ambiente de trabalho colaborativo, o que torna esse tipo de cuidado ainda mais relevante.

Outro momento em que as dinâmicas de grupo se destacam é o período posterior a mudanças significativas no ambiente interno. Reestruturação da empresa e finalização de projetos extensos, por exemplo, são situações em que essas dinâmicas podem ser aplicadas. Como são momentos de transição, as atividades em grupo são importantes para melhorar a comunicação e a confiança interna.

Também vale mencionar que, se o moral estiver baixo, as dinâmicas de grupo também são bem eficientes para contornar a situação, já que, de forma geral, elas aumentam o ânimo das equipes.

Eventos externos também são momentos que favorecem as dinâmicas. Afinal, essas situações ajudam a romper com a rotina e permitem que os colaboradores estabeleçam o foco em estreitar seus laços.

Por fim, as dinâmicas também podem ser aplicadas de forma esporádica e sem que, necessariamente, uma situação específica as desencadeie – aparecendo como uma boa prática para manter a sinergia nas equipes.

 

Tipos de dinâmicas de grupo

Conhecer o perfil de comportamento dos candidatos antes de realizar as dinâmicas de grupo dá aos recrutadores a oportunidade de avaliar na prática como o perfil comportamental da pessoa se expressa nas atividades cotidianas.

Algumas sugestões de atividades em grupo que podem ser realizadas são:

Dinâmica da ilha deserta

A dinâmica da ilha deserta propõe um desafio imaginativo: se o profissional fosse parar em uma ilha deserta, quem ele levaria para encarar novos desafios com ele? A ideia dessa atividade é fazer com que os colaboradores expressem a maneira com que eles enxergam uns aos outros, o que é interessante para que eles consigam desenvolver o relacionamento interpessoal. Logo, essa atividade ajuda a melhorar o ambiente de trabalho, o clima organizacional e a diminuir a incidência de conflitos.

Dinâmica do desafio

A dinâmica do desafio avalia como os profissionais lidam com pressão. Para isso, os recrutadores devem usar uma “caixa misteriosa” e pedir para os participantes passarem o objeto entre eles. Com uma música no fundo, o recrutador deve ficar de costas enquanto os participantes passam o objeto. Quando a música parar, o recrutador deve colocar pressão no jogo, perguntando ao candidato com a caixa se ele deseja abri-la, se vai encarar o desafio, que vai ter que fazer o que a caixa mandar ou mesmo que corre risco de ser eliminado do processo. E aí, cabe à pessoa decidir se abre ou não. Isso vai fazer com que o recrutador entenda mais sobre como aqueles profissionais reagem em situações de estresse e frente a assumir riscos.

Dinâmica da apresentação

Nesta atividade, um grupo deve ficar reunido em volta de uma bola. A ideia é que cada pessoa que segura o objeto faça uma pergunta e depois jogue a bola para alguém, que deverá responder. Algumas sugestões comuns são o nome, profissão, hobbies, defeitos e qualidades. Também é interessante que os mediadores dessa dinâmica participem, intermediando as interações.

Duas verdades e uma mentira

Esse jogo é interessante como uma forma de quebrar o gelo e ajuda os profissionais a se conhecerem melhor. Nele, cada pessoa de um grupo compartilha duas verdades e uma mentira sobre si mesmo. As demais devem adivinhar quais declarações são verdadeiras e a falsa. Pode parecer simples, mas, além de divertida, a dinâmica incentiva a comunicação, a escuta ativa e a construção de confiança entre os colaboradores.

Autoavaliação

Esse tipo de dinâmica é interessante para aplicar em equipes que já trabalham juntas. Em um papel, um integrante escreve o que ele considera um aspecto valioso daquele time e um obstáculo que precisa ser superado em conjunto. O ideal é que isso seja feito de forma anônima para que os colaboradores se sintam estimulados a compartilhar, além de estabelecer a confiança para expor os pontos. Assim, o grupo consegue trabalhar o autoconhecimento, discutir ideias e solucionar desafios ao mesmo tempo em que estreita suas relações.

 

Dinâmicas de grupo com foco nas soft skills

Estudo de caso

Nesse modelo de dinâmica, o recrutador fornece aos participantes um estudo de caso em que um desafio corporativo é proposto. Muitas vezes, essas são questões reais da empresa, mas isso não é uma regra – elas também podem ser fictícias e criadas unicamente com o intuito de avaliar a capacidade analítica dos participantes.

No documento, haverá uma descrição de problemas que os candidatos, divididos em grupos, terão que resolver. As atividades de estudo de caso são projetadas para avaliar nos participantes as habilidades de trabalho em equipe, bem como as de liderança e resolução de problemas. Caso uma avaliação comportamental tenha sido feita previamente, o recrutador também pode observar como cada participante expressa seu perfil comportamental durante a realização dessa atividade.

Jogo de papéis

O jogo de papéis é, certamente, uma das dinâmicas de grupo mais temidas pelos candidatos. A atividade consiste em fazer o candidato lidar com alguma situação que enfrentará no dia a dia do seu cargo, caso seja contratado. Ministrar uma apresentação de negócio, liderar um novo projeto, fazer um processo de recuperação de cliente ou fechar um contrato são algumas tarefas comuns nessa dinâmica. Entretanto, os tipos de atividades podem variar de acordo com a área de atuação e com o cargo em aberto.

No jogo de papéis, o que está sendo testado é o potencial do colaborador em desempenhar bem o papel do cargo para o qual se candidatou, levando em consideração seus conhecimentos, habilidades e comportamentos. A partir do que o recrutador observa nessa simulação, é possível avaliar se os candidatos estão ou não aptos a exercerem as funções pretendidas.

Fórum de opinião

Esta é uma das dinâmicas de grupo mais utilizadas na seleção de novos talentos. A técnica propõe um intercâmbio de ideias em que o recrutador avalia os pontos de vista dos candidatos sobre determinado tema. Nessas dinâmicas, são observadas questões como a capacidade comunicativa dos candidatos, como formula opiniões, se tem a articulação para expressá-las e se seus posicionamentos estão de acordo com a cultura organizacional e os valores da empresa.

Tarefa prática

A tarefa prática das dinâmicas de grupo consiste em resolver um problema em conjunto com os demais participantes. A atividade pode ou não ser relevante para o cargo a ser ocupado, mas, ao realizá-la, o recrutador será capaz de identificar as habilidades dos candidatos. A tarefa pode ser, por exemplo, construir estruturas com blocos. Mesmo que isso não faça parte do escopo de atribuições do cargo, outras características são avaliadas, como a lógica, a capacidade analítica, a forma como planeja e executa, a comunicação e o trabalho em equipe.

Brainstorming

Nesse tipo de dinâmica, um problema é proposto e os candidatos devem oferecer ideias e considerações para uma possível solução. Entre os tópicos a serem discutidos, algumas sugestões são a criação de novos produtos, serviços, melhorias para a empresa ou para o departamento do cargo a ser preenchido, por exemplo. O brainstorming é dinâmico e estimula a criatividade. Com esta dinâmica de grupo, é possível avaliar a capacidade de resolver um problema e a de propor soluções, além de levar em conta o nível de proatividade de cada participante.

 

As dinâmicas de grupo on-line

O conceito da dinâmica de grupo on-line é o mesmo da presencial: fazer com que as pessoas interajam a fim de entender mais sobre o modo com que elas utilizam suas competências comportamentais.

Em processos de R&S, também há a intenção descobrir o máximo de informações sobre o possível futuro colaborador, observando como ele se comporta ao realizar tarefas. Nesse caso, há uma atenção em especial a habilidades como pensamento rápido, liderança, comunicação, colaboração, empatia, dentre outras possibilidades.

Assim como nas dinâmicas presenciais, as on-line requerem um planejamento estruturado, sobretudo quando estão associadas aos processos seletivos, que devem sempre se preocupar em identificar os profissionais mais adequados para preencher as vagas em aberto. Por isso, as dinâmicas de grupo on-line mantêm a mesma estrutura da presencial – a principal diferença está no meio utilizado para realização das atividades.

Dinâmicas de grupo on-line

Como fazer?

Dentre alguns pontos importantes para realizar uma dinâmica de grupo em um processo seletivo no ambiente on-line, destacamos:

  • Escolher uma boa ferramenta de comunicação para realizar as atividades. Plataformas como o Zoom e Google Meet oferecem recursos específicos que podem ser aproveitados de formas distintas, o que favorece dinâmicas específicas;
  • Ter clareza sobre o que se deseja avaliar com os testes e quais deles serão utilizados;
  • Testar previamente os equipamentos e materiais necessários para as atividades;
  • Orientar o candidato corretamente, enviando o link de acesso à sala onde acontecerá o encontro com antecedência e indicando quais materiais serão necessários;
  • Promover uma atividade inicial para quebrar o gelo, afinal os participantes não estão no mesmo local e não puderam conversar entre si;
  • Gravar a reunião;
  • Após as dinâmicas, realizar uma reunião com a equipe de recrutadores para analisar as percepções de todos e avaliar quais candidatos devem seguir para a etapa de entrevistas.

Cuidados necessários

Nas dinâmicas de grupo, é importante que os candidatos estejam atentos a alguns pontos específicos que podem chamar a atenção dos recrutadores, tanto positiva quanto negativamente. Procurar manter a formalidade na comunicação e evitar usar gírias, interagir com os demais candidatos, manter-se focado na atividade, ser pontual e estar apresentável são alguns exemplos de cuidados que devem ser tomados pelos participantes.

Já os recrutadores precisam ter cuidado com a pontualidade, testar a conexão de internet, separar materiais (caso seja necessário) e checar a câmera e o áudio. Também é recomendado que as dinâmicas sejam realizadas em ambiente tranquilo e silencioso, tanto para os recrutadores quanto para os candidatos.

Vantagens das dinâmicas on-line

As dinâmicas on-line em processos seletivos oferecem diversas vantagens para candidatos e organizações. Dentre elas, destacamos:

  • Redução de custo com logística, aluguel de salas e coffee break;
  • Agilidade no processo seletivo, já que as dinâmicas on-line demandam menor infraestrutura para serem realizadas;
  • Facilidade na avaliação de candidatos de regiões distantes, já que evita deslocamentos – especialmente para funções em que o trabalho será remoto;
  • Possibilidade de criar encontros, testes e reuniões extras sem aumentar os custos do processo seletivo.

Exemplos

Por serem realizadas em ambientes digitais, é natural que as dinâmicas on-line tenham propostas mais simples do que as presenciais, dadas as limitações do modelo. Entretanto, ainda assim, existem diversos tipos que podem ser aplicados nesses ambientes e que igualmente trazem informações esclarecedoras para os recrutadores. Alguns exemplos são:

  • O futuro na empresa: nesta dinâmica, todos os profissionais devem dissertar sobre como eles imaginam o futuro na organização, incluindo o desenvolvimento das carreiras. Além disso, eles também podem fazer previsões sobre o futuro dos colegas e justificá-las.
  • Desenhando respostas: em um quadro branco virtual, um plano cartesiano com quatro quadrantes deve ser desenhado. O recrutador faz, então, quatro perguntas aos profissionais avaliados, que deverão respondê-las por meio de desenhos em cada um dos quadrantes. Assim, é possível avaliar a criatividade e os valores defendidos por cada candidato.
  • Contando uma história: nessa atividade, cada grupo de profissionais deve escolher entre 5 e 10 palavras aleatórias. Depois, eles trocam as palavras entre si e cada um deve contar uma história com os vocábulos que receberam. Além de avaliar o trabalho em equipe, essa dinâmica é interessante para entender mais sobre a criatividade individual.

 

Como escolher a dinâmica de grupo certa?

Para escolher a dinâmica de grupo mais adequada, é preciso entender, primeiramente, quais são os objetivos da organização com a atividade em questão. Se a ideia for aplicá-la em um processo seletivo, por exemplo, a empresa deve escolher uma atividade eficiente para avaliar as competências necessárias para o cargo em aberto. Caso o perfil da vaga seja voltado para lidar com grupos, é fundamental pensar em uma dinâmica cujo cerne seja a comunicação interpessoal. Já uma função mais voltada para análise pode se beneficiar de dinâmicas que favoreçam a concentração e, assim, sucessivamente.

Antes mesmo de começar o processo seletivo, inclusive, é recomendado que a empresa faça um mapeamento das habilidades técnicas e competências comportamentais necessárias para o cargo em aberto. Esse tipo de medida é muito importante para que a organização consiga contratar o candidato que mais se adequa às suas demandas. Neste momento, usar um bom software de gestão comportamental, como o ETALENT Pro, é fundamental para fazer isso da melhor forma possível. Em conjunto com as análises de perfil comportamental, é possível realizar processos seletivos mais assertivos e levar para a dinâmica somente os profissionais realmente adequados aos cargos.

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Já quando pensamos em dinâmicas focadas no desenvolvimento de equipes já estabelecidas, é importante avaliar pontos como a comunicação, integração, clima organizacional e necessidades internas. Além disso, é preciso estar atento às habilidades técnicas e competências comportamentais individuais, uma vez que esse tipo de avaliação também ajuda a formar times de alta performance.

Alguns aspectos interessantes de serem observados são:

  • Atuação sobre pressão;
  • Criatividade;
  • Comunicação;
  • Inteligência emocional;
  • Pensamento crítico;
  • Resiliência;
  • Liderança;
  • Empatia;
  • Colaboração.

Com o e-book 5 dinâmicas para realizar no seu processo seletivo, da ETALENT, essas atividades ficam ainda mais assertivas, uma vez que elas descrevem dinâmicas voltadas para avaliar pontos distintos do perfil comportamental de cada colaborador.

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5 dicas para os profissionais se saírem bem em dinâmicas de grupo

Seja você mesmo

Em geral, nas dinâmicas de grupo, nunca é uma boa opção fingir ser algo que a pessoa não é – e isso pode ficar ainda pior caso a empresa já tenha feito avaliações comportamentais prévias e o candidato tente mostrar características que fujam de seu perfil. Quando uma pessoa escolhe atuar em uma dinâmica, ela aumenta o risco de perder a vaga, uma vez que os recrutadores podem perceber que ela está forçando determinados comportamentos. Por isso, o recomendado é sempre manter a honestidade consigo mesmo, sendo transparente em mostrar pontos fortes e, também, os que precisam de mais desenvolvimento. Afinal, ninguém é perfeito, todos podem se desenvolver e os recrutadores sabem bem disso.

Fale de conquistas e experiência, mas demonstre interesse

Em uma dinâmica, nem sempre o candidato terá tempo para responder todas as perguntas do jeito que gostaria. Por isso, é fundamental que ele expresse da melhor forma que puder e faça suas respostas valerem a pena. Para isso, uma dica interessante é falar sobre conquistas profissionais, ressaltando a experiência de mercado e se valendo de recursos como um bom storytelling. É importante que o profissional se mostre confiante na hora de falar, confortável com a ideia da exposição e, também, que demonstre clareza em sua linha de raciocínio. Ademais, ser curioso e demonstrar interesse nos processos da empresa também é de bom tom. Essa é, inclusive, uma forma de mostrar que o candidato conhece a empresa.

Seja cordial

Educação e cordialidade são pontos importantes em dinâmicas de grupo. Por isso, é fundamental que o profissional seja gentil com todos, não apenas com os recrutadores ou demais membros do RH. Aliás, é sempre válido reiterar que as soft skills são as habilidades mais analisadas durante esse tipo de atividade. Se o candidato tentar se mostrar superior aos demais e não tiver uma postura colaborativa, dificilmente irá avançar para as fases posteriores do processo seletivo.

Aponte problemas e soluções

Demonstrar conhecimento e curiosidade sobre a empresa é de bom tom em qualquer processo seletivo. Apontar problemas e soluções em relação às operações da empresa em dinâmicas também é uma forma de mostrar que o candidato pesquisou a fundo sobre a organização e estudou, de antemão, o que pode ser aprimorado.

Deixe claro o fit cultural

O fit cultural expressa a adequação entre os valores defendidos pela empresa e os dos candidatos. Por isso, esse ponto em específico é muito importante para os processos seletivos em si. Quando um profissional consegue entender a cultura da empresa e demonstra os mesmos valores e perspectivas nas dinâmicas de grupo, as chances de se destacar aos olhos dos recrutadores aumentam significativamente. Entretanto, é sempre bom lembrar: é importante se candidatar para processos seletivos de empresas com as quais o profissional tenha, de fato, fit cultural. Como vimos, tentar criar um personagem na hora do R&S não é um movimento recomendado.

As dinâmicas de grupo servem para observar habilidades, conhecimentos e comportamentos dos candidatos, principalmente em situações em que eles apresentam experiências e habilidades parecidas. Além disso, essas ferramentas ajudam os recrutadores a identificarem os candidatos com perfil comportamental que mais se adequam aos cargos em aberto, o que faz com que todo o processo de atração de talentos seja mais eficiente. Por isso, empresas que já utilizam a análise do comportamento atrelada a dinâmicas de grupo conseguem resultados ainda mais expressivos, uma vez que têm mais facilidade de criar um Capital Humano com comportamento adequado às demandas e à cultura da empresa. E quando isso acontece, a tendência é que o sucesso seja apenas uma questão de tempo.

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Fernanda Misailidis

Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.

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