O trabalho do headhunter é uma prática que vem ganhando espaço no mercado corporativo. Esses profissionais são os grandes responsáveis por encontrar perfis ideais de candidatos para preencher vagas em aberto. E o crescimento dessa demanda não acontece à toa: hoje em dia, as organizações mais competitivas do mercado sabem que formar um Capital Humano alinhado às suas necessidades é uma forma efetiva de melhorar o potencial produtivo da empresa como um todo.

Hoje em dia, sabe-se que, para identificar um colaborador ideal para a empresa, basear-se somente na competência técnica não é o suficiente. Afinal, por vezes, aquele profissional, ainda que tenha as habilidades desejadas, não compartilha dos valores da empresa, tem dificuldades de lidar com os colegas e, por conta disso, pode acabar causando problemas no ambiente de trabalho, capazes de minar o desempenho de equipes inteiras. Logo, na hora de escolher uma pessoa,  também é preciso estar atento a aspectos mais subjetivos, como o perfil  comportamental, valores e fit com a cultura organizacional. E quando o assunto são os cargos mais altos, essa preocupação deve ser redobrada.

Esse tipo de cuidado vem se tornando especialmente necessário em tempos em que as empresas travam uma verdadeira guerra pelos melhores talentos. De acordo com este estudo conduzido pelo Boston Consulting Group, só no Brasil, houve uma deficiência de 8,5 milhões de profissionais qualificados em 2020, apesar de o país ainda contar com uma alta taxa de desemprego – 8% no segundo trimestre de 2023, segundo dados do IBGE.

Esse dado explicita a necessidade de que as empresas adotem estratégias para conseguir atrair os talentos mais adequados às suas demandas. É nesse ponto que entra o trabalho de um headhunter. Mas, afinal, como esse profissional contribui para um processo de Recrutamento e Seleção mais assertivo? É o que você vai descobrir no artigo de hoje. Boa leitura!

 

O que é headhunter?

Oriundo do inglês, o termo headhunter significa, em tradução literal, “caçador de cabeças”. Por mais que soe estranho para ouvidos brasileiros, quando interpretada, a tradução já indica a ideia por trás do conceito. O headhunter é um profissional que procura por talentos qualificados para assumir cargos nas empresas – logo, ele funciona como um “caça-talentos”. Normalmente, essas pessoas agem como intermediários entre uma empresa e os candidatos, encontrando o perfil ideal, fazendo os trâmites para atrair essa pessoa para o processo seletivo e, posteriormente, até mesmo ajudando com detalhes de negociação durante o processo seletivo.

Normalmente, a atuação do headhunter está relacionada à prospecção de profissionais para vagas mais específicas e de cargos mais altos, ou seja, é mais comum vê-los trabalhando para encontrar talentos para exercerem funções mais difíceis de serem preenchidas em processos de R&S comuns, como executivos ou líderes. Afinal, em grande parte das vezes, os profissionais ideais já têm um emprego. Contudo, nada impede que o headhunter também auxilie o departamento de Recursos Humanos na realização de processos seletivos mais assertivos.

Por conta da natureza de seu trabalho, os headhunters precisam ter habilidades comportamentais (soft skills) muito bem desenvolvidas. Afinal, parte de suas atribuições inclui a capacidade de negociar e convencer talentos a deixarem seus cargos para irem para outras empresas. Por isso, eles precisam entender o comportamento das pessoas, além de serem profundos conhecedores da cultura organizacional, condições e modelos de trabalho da empresa para qual prestam seus serviços. Eles podem ser contratados efetivos da empresa e integrar equipes de RH ou atuar de forma autônoma, dependendo da demanda.

Origem do trabalho de um headhunter

A profissão surgiu entre os anos 1950 e 1960, na cidade de Nova York. Na época, havia uma necessidade de gerentes para as empresas locais. Contudo, existia uma dificuldade generalizada, sobretudo para os negócios menores, em encontrar profissionais adequados para assumir esses cargos. Nesse contexto, as pequenas empresas entravam em contato com consultores mais experientes e com uma rede ampla de networking, que faziam indicações de acordo com a necessidade de cada organização. Foi assim que começou o trabalho do que, no futuro, seriam os headhunters.

Evidentemente, com o tempo, essa atribuição tornou-se mais estratégica e passou a considerar aspectos mais complexos, como o perfil comportamental e o fit cultural. Atualmente, esta é a forma mais comum de encontrar talentos com habilidades específicas e que, por vezes, não estão disponíveis no mercado.

 

O que um headhunter faz?

O headhunter é contratado para realizar um processo de Recrutamento e Seleção aprimorado para preencher uma ou mais vagas com atribuições mais específicas. Entretanto, a atuação desse profissional também pode variar de acordo com as necessidades da empresa e se estender para outros pontos, como estudos de mercado e até a negociação para trazer profissionais que já trabalham para outras empresas.

Algumas das atribuições do headhunter são:

Estudos de mercado

Para ilustrar como funciona o estudo de mercado dos headhunters, vamos utilizar uma analogia simples do futebol. Todo clube profissional conta com um departamento chamado scout (conhecido também como “olheiro”) focado na busca por talentos em ascensão no mercado – ou seja, jogadores promissores em ligas alternativas que podem ser comprados por valores baixos antes que se destaquem muito e fiquem mais caros do que o clube pode pagar. É esse departamento que permite que um grande clube brasileiro encontre um jogador jovem em uma liga da Bolívia, por exemplo, ainda que o futebol do país não seja, necessariamente, algo que as pessoas acompanhem por aqui.

No mercado corporativo, o headhunter faz um papel de prospecção muito parecido com o scout do futebol, só que voltado para profissionais com habilidades específicas. Da mesma forma que o olheiro busca por oportunidades de mercado através da observação e do estudo de jovens jogadores, o headhunter observa o trabalho feito por profissionais de empresas concorrentes, na busca daqueles que se adequem às necessidades da sua empresa e que, se possível, ainda não sejam muito caros de manter.

Networking

Networking é o ato de criar e manter uma rede de contatos profissionais com pessoas de aspirações e interesses parecidos, a fim não apenas de fortalecer um negócio, como também de agregar valor à própria carreira profissional. E quando o assunto são os headhunters, a rede de contatos fica ainda mais importante. Afinal, uma empresa que contrata um caça-talentos precisa de um olhar diferenciado, com os contatos e as indicações certas para preencher a vaga em aberto. Dificilmente, esse trabalho poderá ser feito com assertividade se o headhunter não tiver referências para nortear seus estudos e chegar aos profissionais mais qualificados para a vaga em questão.

Conhecer a cultura da empresa

Outro fator muito relevante para que o olheiro tenha uma atuação assertiva é que ele conheça bem a cultura organizacional da empresa, bem como sua missão, valores e necessidades. Afinal, somente tendo clareza quanto a esses pontos que ele vai conseguir identificar, dentre tantas opções, os melhores profissionais para exercer a função em aberto. Até porque vale sempre mencionar: de nada adianta investir em um talento com altos níveis de habilidades técnicas se o seu perfil comportamental não se encaixa no escopo da vaga ou nos valores defendidos pela empresa. Com o passar do tempo, forçar uma contratação assim, provavelmente, só vai fazer com que a pessoa se desmotive e perca a sua capacidade produtiva, o que não é bom para ela e nem para a empresa.

Busca e seleção de profissionais adequados

O headhunter também busca e seleciona os profissionais mais adequados à vaga em aberto. Para isso, ele precisa considerar pontos como o estilo comportamental, fit cultural, motivação e aspirações, além das habilidades técnicas em si. É importante ressaltar que a seleção deve ser feita tendo como norteador as demandas da empresa. O caça talentos não deve se deixar levar por afinidades nessa busca; caso contrário, corre o risco de indicar pessoas que não são realmente adequadas ao cargo.

É válido informar, ainda, que existem ferramentas que podem tornar o trabalho do headhunter ainda mais assertivo. As análises comportamentais DISC, por exemplo, oferecem uma vasta gama de informações sobre as tendências e motivações de cada pessoa, o que faz uma imensa diferença na hora de identificar o profissional mais adequado para assumir um cargo. Seja para empresas ou para os headhunters que atuam como prestadores de serviço, os resultados são ainda mais significativos.

Para saber mais sobre as análises comportamentais DISC, clique aqui.

Atração e avaliação de candidatos

Dificilmente os melhores talentos estão disponíveis no mercado. E, da mesma forma que uma empresa contrata um headhunter para encontrá-los e trazê-los para o seu Capital Humano, é de se esperar que seus concorrentes façam o mesmo. Por isso, o headhunter deve ser efetivo na atração e na persuasão desses colaboradores para deixarem seus empregos e se juntarem à organização. Evidentemente, isso deve ser feito após uma avaliação extensa, que considere diversos aspectos técnicos e comportamentais, para se ter certeza de que aquela é, de fato, a pessoa certa. Para isso, ele pode dispor de recursos como entrevistas, análises, relatórios, dinâmicas, levantamentos sobre empregos anteriores, dentre diversas outras possibilidades.

Dar feedbacks às empresas contratantes

Um headhunter não trabalha sozinho. Esse profissional tem autonomia para encontrar os talentos, fazer mapeamentos e apresentá-los para a organização. Mas é importante ter em mente que, no final do dia, quem toma a decisão de contratar ou não é a empresa. Por isso, o profissional precisa dar feedbacks sobre cada um dos talentos mapeados, apresentando o máximo de informações que ajudem na tomada de decisão. Também é importante que ele consiga justificar a contratação de cada um de seus selecionados a partir de argumentos, fatos e dados. Só assim, a escolha poderá ser a mais assertiva possível.

Negociar as condições para a vaga

O headhunter trabalha como um intermediário entre empresas e profissionais. Por isso, ele deve levar em conta os interesses da empresa e da pessoa selecionada para preencher a vaga. Logo, ele tem uma atuação importante na hora de negociar as condições para que a contratação aconteça. É importante que esse profissional se antecipe a questões como salários, benefícios e modelos de trabalho, para que consigam chegar a uma condição que agrade todos os envolvidos. Afinal, o colaborador também deve se sentir valorizado para que ele aceite se juntar ao Capital Humano.

 

Diferenças entre headhunter, job hunter e recrutador

Apesar da semelhança entre os cargos (e até dos nomes), há diferenças consideráveis entre o trabalho desenvolvido por um headhunter, um job hunter e um recrutador. A confusão é comum para quem escuta esses termos ou ouve falar do escopo de atuação desses profissionais, mas o principal ponto que diferencia suas atribuições está no foco estabelecido para o seu trabalho.

Enquanto o headhunter auxilia empresas a encontrarem os profissionais ideais para preencher vagas que demandam habilidades e competências específicas, o job hunter faz o inverso: ele ajuda pessoas a trilharem a carreira de acordo com os seus objetivos profissionais. Esse outro tipo de olheiro é um aliado importante na hora de traçar estratégias para a carreira, servindo como um profissional de apoio na busca por vagas que estejam mais alinhadas às aspirações da pessoa.

O trabalho dos job hunters tornou-se mais popular conforme as pessoas passaram a adotar uma postura mais proativa em relação ao gerenciamento de suas carreiras. Se antes, era normal ver profissionais entrando em empresas e ficando por décadas no mesmo lugar, aproveitando apenas as oportunidades internas, hoje em dia, é bem mais comum encontrar pessoas dispostas a mudar de trabalho em busca de condições melhores. Quando essas trocas são constantes, inclusive, há até mesmo um termo específico para se referir a elas: o job hopping.

O job hunter atua diretamente com os profissionais, para ajudá-los a encontrarem vagas que correspondam às suas expectativas sobre a própria carreira. Eles também podem servir como mentores, coaches, além de oferecer treinamentos exclusivos para os profissionais, dependendo do perfil de trabalho adotado. Em tese, as atribuições entre um job hunter e um headhunter não são muito distantes uma da outra – o que muda é para quem o profissional presta serviços.

Quanto aos recrutadores, também há diferenças expressivas. Apesar de esses profissionais também serem responsáveis por realizar processos seletivos e buscarem fazer isso da forma mais assertiva possível, na prática, tudo acontece de uma forma bem diferente. O recrutador precisa seguir um processo já estruturado pelo RH (e, normalmente, o profissional faz parte do setor), que envolve a triagem de currículos, anúncios de vagas, dinâmicas de grupo, entrevistas, análises comportamentais, dentre outras questões. Nesse caso, não é a empresa que tenta encontrar um profissional específico, mas, sim, as pessoas que enviam suas candidaturas para os recrutadores selecionados. Normalmente, as vagas oferecidas são mais gerais e dispensam a necessidade de buscas específicas e minuciosas, como faria um headhunter.

O papel do recrutador é, portanto, mais passivo em relação aos processos da empresa. Não cabe a esse profissional fazer estudos de mercado nem tentar convencer profissionais específicos a assumirem uma vaga. O que cabe a ele é analisar, entre as opções disponíveis, os candidatos mais adequados para a vaga em aberto no seu Capital Humano.

 

As competências de um bom headhunter

Existem diversas competências, tanto técnicas quanto comportamentais, que um profissional deve desenvolver, caso deseje trilhar uma carreira como headhunter. O primeiro ponto que deve ser aprimorado pelo aspirante a caça-talentos é construir um vasto conhecimento em relação ao mercado. Ele precisa saber quais são as empresas de referência em cada setor, tendências, boas práticas, o tipo de trabalho praticado nas organizações, o que funciona e, claro, o que não funciona para elas.

Vale informar que existem headhunters que trabalham de forma mais generalista, ou seja, que contempla diversas áreas do negócio, e também os que se especializam em determinados setores. E essa abordagem também interfere no tipo de habilidade que esse profissional deve desenvolver.

Em todos os casos, todo esse processo exige estudos e análises extensas, além da construção de um repertório amplo de conhecimentos relacionados a diversos setores, como finanças, administração, negócios, dentre outras possibilidades. Dependendo da situação, pode ser necessário que o headhunter desenvolva habilidades com softwares específicos para que consiga administrar todas essas questões. Isso sem mencionar habilidades com redes sociais e outros recursos voltados para o relacionamento interpessoal.

Além disso, há uma série de soft skills que precisam ser aprimoradas por qualquer pessoa que deseje fazer um bom trabalho como headhunter. A primeira delas é ter uma comunicação assertiva e muito eficiente. É preciso que esses profissionais se expressem de forma clara e, se possível, desenvolvam habilidades mais complexas, como o carisma e a persuasão. Afinal, essa pessoa vai precisar criar uma vasta rede de contatos, além de influenciar diretamente em processos negociais que, nem sempre, serão fáceis de serem resolvidos.

Logo, o headhunter precisa saber argumentar – e, também, precisa aprender a fazer isso de uma forma que convença perfis comportamentais distintos. É importante ressaltar que nem todos os profissionais se “encantam” com os mesmos argumentos; nada mais natural, afinal, o que motiva uma pessoa não necessariamente terá o mesmo peso para outra.

Na hora de trazer novos profissionais para a empresa, é fundamental que ele consiga identificar esses pontos para negociar da melhor forma possível. Ter empatia e escuta ativa para entender se aquele profissional vai se interessar por um ambiente de trabalho saudável, possibilidade de desenvolvimento ou mesmo por salários e benefícios melhores é de extrema importância. Aliás, a inteligência emocional também é um grande aliado na carreira dos headhunters.

Contudo, é preciso que esse profissional trabalhe mantendo a ética e a responsabilidade. Convencer um talento a se juntar a uma empresa é importante, mas isso jamais deve ser feito a partir de mentiras e promessas de condições ilusórias. O headhunter entende que a prospecção é importante, mas que isso não pode ser feito a qualquer custo; nesse cenário, tanto o talento quanto a empresa sairiam prejudicados.

Além disso, esses profissionais precisam ser proativos na busca por talentos, já que a descoberta de potenciais colaboradores depende exclusivamente de sua iniciativa. Logo, o ideal é ter um perfil dinâmico, que não se permita acomodar e que goste de investir no autodesenvolvimento.

 

Vantagens de contratar um headhunter

Para as empresas, contratar um headhunter para encontrar profissionais capazes de ocupar cargos específicos traz diversas vantagens. Algumas delas são:

  • Diminuição da taxa de turnover, visto que apenas profissionais realmente adequados à vaga são contratados;
  • Aumento na produtividade, já que os profissionais contratados já chegam com altos níveis de prontidão;
  • Ganho de tempo, já que o trabalho de um headhunter é mais direcionado e assertivo do que processos gerais conduzidos pelo RH. Logo, é possível encontrar a pessoa ideal em menos tempo;
  • Identificação de perfis ideais para as funções na empresa, o que pode, inclusive, nortear contratações futuras, promovendo escolhas mais assertivas mesmo em processos de R&S mais gerais;
  • Fortalecimento da cultura organizacional, uma vez que esses talentos devem ter fit com a missão e os valores defendidos pela empresa;
  • Aumento dos níveis de prontidão e da qualificação do Capital Humano como um todo;
  • Melhorias significativas na capacidade da empresa de atrair novos talentos;
  • Ampliação da rede de contatos da empresa a partir das relações do headhunter.

 

Situações em que o headhunter deve atuar

Apesar de todos os benefícios trazidos pelo trabalho de um headhunter, existem situações específicas em que a sua contratação é mais recomendada. Algumas delas são:

1. Empresa com nova filial

É comum que organizações que se destacam no mercado corporativo deem início a um movimento de expansão, com a abertura de novas filiais. A questão é que, evidentemente, quando isso acontece, não é possível manter o quadro de funcionários nas novas localidades. O trabalho de um headhunter se torna especialmente necessário nesse cenário, uma vez que se espera que a qualidade do trabalho oferecido seja equivalente em todas as filiais – e isso passa pelos talentos que trabalham ali.

2. Busca confidencial por talentos

As buscas confidenciais de candidatos são comuns na rotina das organizações. Essa é uma forma de manter informações importantes da empresa sob sigilo, como o tipo de habilidade e competência exigidos dos profissionais. Ademais, o headhunting também é interessante quando a empresa não quer que os profissionais saibam da abertura da vaga – por vezes, isso pode significar uma demissão, por exemplo. Em todo o caso, o trabalho de um headhunter é bem-vindo sob essas circunstâncias, já que ele consegue identificar os talentos ideias para a empresa, mesmo que isso seja feito de maneira sigilosa.

3. Urgência na contratação

Processos seletivos comuns podem levar bastante tempo. É preciso divulgar a vaga, dar tempo para atrair colaboradores, fazer entrevistas, dinâmicas e, depois, ainda esperar que o contratado acerte questões burocráticas, o que pode estender o processo por meses. Isso considerando que a empresa foi eficiente e conseguiu um candidato adequado ao fit e às habilidades esperadas – caso contrário, o processo pode ser bem mais difícil. Com a atuação de um headhunter, esse tempo diminui drasticamente, uma vez que esse profissional consegue ser mais objetivo e encontrar profissionais com habilidades específicas utilizando recursos que faltam ao RH.

4. Procura por cargos de alto escalão

A busca por profissionais para cargos da alta hierarquia organizacional, como gerentes e diretores, é especialmente difícil – e, por consequência, mais demorada também. Além disso, dificilmente esses profissionais são encontrados em sites de recrutamento tradicionais. É comum que eles já estejam em outras empresas e precisem ser convencidos a sair delas. É nesse ponto que entra o headhunter, que não só mapeia esses profissionais como também participa ativamente na negociação do futuro contrato de trabalho.

 

Como ser encontrado por um headhunter?

O headhunter busca profissionais adequados para preencher vagas específicas. Mas é importante explicar que esse trabalho pode ser facilitado quando as pessoas querem ser encontradas. Existem algumas dicas para chamar a atenção dos headhunters e ser cotado para assumir cargos em outras empresas.

Além de um alto nível de qualificação, é importante:

Usar redes sociais ao seu favor

As redes sociais são uma ferramenta fundamental para aumentar a visibilidade de um profissional – e se engana muito quem acha que isso é algo dispensável em um cenário altamente competitivo. É importante saber usá-las em seu favor, principalmente as que têm um foco mais profissional, como o LinkedIn. Esses ambientes servem como catalisadores de novos contatos, que passam a conhecer o trabalho desenvolvido a partir dos conteúdos criados e do comportamento do profissional nessas plataformas. Por isso, um perfil com um bom nível de interação, recomendações e que saiba usar bem palavras-chave importantes para o setor certamente irá atrair a atenção de um headhunter, colocando aquele profissional no radar dos caça-talentos.

Ser reconhecido como um especialista

Para atrair os olhares de headhunters, é importante que a pessoa seja reconhecida como um especialista em sua área de atuação. Isso envolve participar de eventos, mostrar resultados do trabalho, publicar artigos, dentre diversas outras possibilidades.

Formar uma rede de contatos

Há um ditado popular que diz que “quem não é visto, não é lembrado”. E isso não poderia ser mais verdadeiro no mundo corporativo. Por isso, ter um bom networking também é importante para atrair os olhares dos headhunters. Nada mais natural, já que eles vão consultar as referências na área, a fim de encontrar um profissional adequado para preencher a vaga em aberto. Nessa hora, é importante que o seu nome seja reconhecido no mercado para que a oportunidade não seja perdida.

Investir nas soft skills

É importante ressaltar que ser um profissional altamente capacitado não envolve somente habilidades técnicas – também é preciso desenvolver as competências comportamentais. Ter boa capacidade para estabelecer relações interpessoais, ser bom comunicador, ter empatia, inteligência emocional e autoconhecimento, por exemplo, são características valorizadas, sobretudo quando se referem a cargos de gerência, em que há necessidade de lidar com pessoas o tempo inteiro. Por isso, é importante não perder esses pontos de vista e investir tanto no desenvolvimento técnico quanto comportamental.

Os headhunters são profissionais que ajudam a realizar contratações mais eficientes, sobretudo quando o foco são cargos mais altos e que necessitam de competências específicas. O trabalho desempenhado pelo headhunter ajuda a aumentar a produtividade, torna todos os processos mais alinhados e impacta positivamente o clima organizacional. Essa é mais uma prova de que as empresas altamente competitivas entendem que é preciso contratar profissionais adequados às suas demandas, seja em termos de hard skills ou soft skills. Somente assim, as melhores oportunidades aparecem e a organização consegue se destacar no cenário.

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Fernanda Misailidis

Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.

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