Apesar de ser tema recorrente no meio corporativo, o networking é também uma preocupação para diversos profissionais – afinal, nunca foi tão importante ter uma rede de contatos bem estabelecida. E se engana quem pensa que essa preocupação está restrita à rotina de trabalho e às oportunidades dentro da empresa.
Hoje em dia, a questão interfere até em processos de Recrutamento e Seleção, em que diversas organizações analisam previamente os perfis de candidatos em redes sociais para avaliar suas conexões (e como elas podem ser vantajosas para o negócio em si). De acordo com essa pesquisa realizada pelo LinkedIn, uma das redes mais utilizadas para este fim, até 85% dos cargos em aberto nas empresas são preenchidos através do networking.
Criar uma rede de contatos envolve identificar pessoas com aspirações de carreira e foco parecidos para formar vínculos voltados para fins profissionais. Essa é uma excelente forma de fazer com que outros colaboradores da empresa (ou até de fora dela) tenham contato com o trabalho desenvolvido por uma pessoa, o que facilita a indicação para eventuais oportunidades. Além disso, um bom networking envolve o aspecto relacional, que também é muito importante para consolidar a “parceria”. Até porque, se a confiança conquistada pela qualidade do trabalho se estender para a admiração pessoal, a tendência é que o relacionamento interpessoal criado seja ainda mais forte.
Contudo, esse processo nem sempre é fácil. Para quem tem um perfil comportamental menos relacional, o networking pode soar como uma “bajulação desnecessária”, sobretudo quando envolve profissionais com cargos mais altos. Já para quem é muito sociável, é importante entender as relações que estão sendo formadas e não perder de vista o fator “trabalho”, que deve sempre permeá-las.
Mas, afinal, como fazer networking de forma assertiva, respeitando os próprios limites e os das outras pessoas? É o que você vai ver no artigo de hoje. Boa leitura!
- O que é networking?
- Para que serve o networking?
- Tipos de networking
- A importância de fazer networking
- Networking e os perfis DISC
- 7 passos para melhorar seu networking
- Onde fazer networking?
- 20 dicas rápidas para criar e manter uma rede de contatos aquecida
O que é networking?
Em tradução direta do inglês, o termo significa “rede de trabalho”, algo que já dá um indicativo sobre o seu significado. Networking é o ato de criar e manter uma rede de contatos profissionais com pessoas de aspirações e interesses parecidos, a fim não apenas de fortalecer um negócio, como também de agregar valor a si mesmo enquanto colaborador.
Por abarcar questões como interesses em comum e apoio mútuo, esse tipo de prática incentiva a troca de conhecimentos e experiências, estando associada a situações em que os envolvidos compartilham informações, indicações, parcerias ou quaisquer outros aspectos que podem ser benéficos para eles. Entretanto, o networking também pode ser realizado a partir de uma perspectiva individual. Nesse caso, o profissional cria relações pensando principalmente nas oportunidades que podem surgir por conta delas.
O networking divide opiniões, visto que muitas pessoas entendem esta como uma atitude falsa e baseada, sobretudo, no interesse pessoal. Entretanto, vale ressaltar que o networking não significa bajular nem forçar intimidade com outros profissionais, tampouco fazer amizades duradouras com eles. Evidentemente, isso não quer dizer que não seja possível encontrar pessoas com quem nos identifiquemos e possamos formar vínculos pessoais. Contudo, frequentemente o match está baseado no trabalho, não nos demais aspectos da vida. Contanto que haja confiança, transparência e mutualismo nesse tipo de relação, é possível manter a distinção entre essas questões e ainda sair beneficiado por elas.
Network ou networking: qual é a diferença?
Network e networking são termos que tratam do mesmo processo. A única diferença entre eles está na semântica: enquanto o primeiro trata do substantivo, o segundo, já conjugado, é um verbo. Logo, network está associado à “rede de contatos” propriamente dita, enquanto networking se refere ao ato de criar uma rede de contatos.
Para que serve o networking?
Quando bem-feito, o networking é uma ferramenta eficiente e com usos muito diversificados. Ele pode servir para obter informações relevantes sobre uma determinada área, ajudar no desenvolvimento da carreira, aumentar a visibilidade e melhorar o marketing pessoal dos profissionais, promover a inovação ou tornar uma organização mais conhecida no mercado, dentre muitas outras possibilidades.
Contudo, vale reiterar que essa deve ser uma via de mão dupla: da mesma forma que um profissional espera formar laços pensando em vantagens na carreira, ele também deve estar disposto a oferecê-las quando possível. Se não, a relação pode se tornar superficial e nenhum dos envolvidos aproveita realmente o que a parceira tem de melhor a agregar.
Para ilustrar a usabilidade do networking, imaginemos algumas situações. Vamos supor que a sua empresa precise urgentemente contratar um designer gráfico freelancer para fazer a comunicação visual de uma nova campanha, que será lançada em breve. Contudo, essa pessoa deve entender bem da identidade de marca e ser capaz de trazer os conceitos do projeto (muito subjetivos) para o campo visual. Como você encontra esse profissional específico no mercado? A resposta mais simples e prática é pedindo indicações – ou seja, através do networking.
A mesma lógica pode ser aplicada na hora de preencher cargos em aberto, ainda mais quando é uma situação de urgência e a empresa precisa suprir a lacuna de profissionais em menos tempo do que um processo seletivo levaria.
Um exemplo de área muito pautada pelo networking é o jornalismo. Isso porque, para que um profissional consiga dar o chamado “furo de reportagem”, que acontece quando ele é o primeiro a falar sobre uma notícia importante na mídia, é preciso que ele tenha fontes. E a melhor forma de conseguir pessoas dispostas a falar sobre determinado assunto é usando indicações de outras pessoas.
Tipos de networking
Por mais que a ideia de networking pareça algo relativamente simples de colocar em prática, existem diversas formas de fazer isso, cada uma delas mais adequada a situações e objetivos específicos.
Dentre os tipos de networking, os mais comuns são:
Networking pessoal
Um dos mais tradicionais, esse tipo de networking estabelece o foco na reputação pessoal de um profissional. Por isso, esse modelo tem uma característica mais individualizada, o que pode fazer com que ele aconteça de forma independente em relação à empresa onde o profissional trabalha. Ou seja, a ideia é que ele divulgue o seu trabalho enquanto indivíduo, incluindo seus projetos pessoais e paralelos, não que tente encontrar parceiros de negócio para a empresa ou algo nesse sentido. Por conta dessa característica, é bastante comum ver essas redes sendo formadas entre pessoas relativamente próximas, como colegas de trabalho e de faculdade com interesses em comum.
Esse tipo de networking é pensado principalmente para que o profissional consiga mais oportunidades na sua carreira. Indicações, convites para eventos e demandas temporárias são alguns dos benefícios que podem ser colhidos quando esse modelo é bem consolidado.
Networking empresarial
Aqui, o foco é em criar relacionamentos voltados para os negócios, expandindo a rede de contatos da empresa a fim de ajudá-la a prosperar no cenário competitivo. Isso significa encontrar mais clientes, fornecedores, pessoas que têm interesse nos produtos ou serviços, dentre outras possibilidades. Nessa modalidade, o foco é a organização e o estabelecimento da sua reputação enquanto marca no mercado. Esse tipo de networking propicia criar oportunidades de negócio, além de melhorar a divulgação da empresa.
Networking de marketing
Este modelo de networking é pensado especificamente em divulgação. No networking de marketing, o foco é divulgar produtos e serviços a fim de melhorar o seu potencial de venda e, consequentemente, a rentabilidade da empresa. Vale ressaltar, inclusive, que é importante estar atento para não confundir esse modelo com o chamado network marketing, também conhecido como marketing de rede. Esse termo expressa uma estratégia de venda direta que envolve a criação de uma rede de vendedores, remuneração pela comercialização de produtos e serviços e, também, pelo recrutamento de novos parceiros do negócio. Apesar de os termos serem parecidos e estarem relacionados, eles não representam a mesma situação.
Outbound networking
Diferentemente dos outros modelos, que focam em objetivos específicos, o outbound networking está associado a estratégias para que um profissional consiga um determinado contato desejado por ele. Nessas circunstâncias, o profissional pergunta aos seus contatos se eles conhecem alguém específico que lhe interessa naquele momento. Esse tipo de prática é bastante comum, além de ser eficiente para estabelecer novas conexões com organizações e outros profissionais de fora da rede – com o intuito, muitas vezes, de trazê-los para a empresa.
Inbound networking
O inbound networking descreve uma situação em que o profissional fala diretamente com o contato que lhe interessa – sem a mediação de alguém de sua rede. Esse modelo é mais rápido e eficiente do que o outbound, entretanto, também é mais arriscado e requer mais jogo de cintura, uma vez que nem todos os profissionais entendem esse tipo de postura como algo positivo.
A importância de fazer networking
Dadas suas múltiplas aplicações, o networking é uma ferramenta extremamente importante por diversos motivos. Para os profissionais, por exemplo, ter bons contatos pode significar melhores oportunidades de trabalho e indicações para cargos em aberto. Já para as empresas, o networking expande oportunidades de negócio, trazendo mais visibilidade e ajudando a consolidar a marca.
Dentre alguns benefícios do networking, destacam-se:
Para os profissionais
Colaboradores que investem no networking conseguem melhorar sua reputação pessoal, o que os leva a oportunidades que talvez eles não teriam se não fosse por sua rede de contatos. Isso inclui todo e qualquer tipo de questão – de aprendizado e aprimoramento de habilidades até indicações para outros trabalhos.
Para imaginar como isso acontece na prática, basta pensar no mercado atual. O cenário se caracteriza por ser extremamente competitivo, visto que há poucas vagas para a quantidade de profissionais procurando trabalho. Contudo, quando uma pessoa é bem relacionada e tem os contatos certos, é mais simples lidar com essa questão. Caso ela seja demitida em um layoff (demissão em massa) e seja pega completamente desprevenida, fica mais fácil se reinserir no mercado, caso sua rede tenha pessoas dispostas a contratá-la. E esse tipo de benefício não fica restrito às demissões – ele pode facilitar a mudança de área, o reskilling ou simplesmente a ida para outra organização, caso o profissional deseje mudar os ares. Vale sempre ressaltar que há quem fique anos em uma empresa, mesmo no auge do estresse e da infelicidade, por não conseguir novas oportunidades. Só isso já é uma vantagem enorme do networking.
No entanto, os benefícios não param por aí. Um profissional com a imagem pessoal consolidada consegue indicações para trabalhos tanto dentro quanto fora da organização. Essa pode ser a diferença, por exemplo, entre conseguir ou não uma fonte extra de renda. Dentro das empresas, por sua vez, ser bem relacionado traz oportunidades de aprender e aprimorar competências, além de trocar informações, experiências e conhecimentos. Isso pode, inclusive, acabar rendendo uma promoção – não só pelas relações em si, mas também pelo colaborador aumentar seus níveis de prontidão sob essas circunstâncias.
Um bom networking também traz visibilidade e aumenta a autoridade do profissional, que passa a ser visto como uma referência na área em que atua. Além disso, manter bons relacionamentos profissionais melhora a qualidade de vida no trabalho, o que traz ganhos em termos de saúde mental, engajamento e motivação.
Para empresas
Se o mercado já é competitivo para os profissionais, entre as empresas, os espaços são ainda mais disputados. Nessa situação, quem tem uma rede de contatos mais ampla consegue mais parcerias, fornecedores e investidores, dentre outras possibilidades. Essa pode ser a diferença entre melhorar a assertividade dos processos, investindo capital para expandir o negócio, ou nunca conseguir sair do mesmo patamar de relevância frente ao mercado. Por isso, as lideranças da empresa, incluindo CEOs e alta gerência, precisam fomentar estratégias para cultivar relacionamentos benéficos para a organização.
Para novos negócios
Quando o assunto são as empresas que estão começando e desejam se consolidar no mercado, o networking se torna ainda mais importante. Afinal, ter uma rede de contatos extensa é o que vai possibilitar a busca por parceiros que tenham uma visão similar à defendida pelos valores do negócio. Em muitas situações, encontrar a pessoa certa para exercer esse papel é o que falta para transformar os planos em lucros para todos. Isso sem falar das questões previamente mencionadas, como fornecedores, investidores e afins.
Networking e os perfis DISC
O comportamento é algo subjetivo e que varia de pessoa para pessoa. Por isso, como mencionado previamente, nem todo mundo encara as práticas de networking da mesma forma. Há quem seja naturalmente sociável e encontre energia no convívio com outras pessoas. Da mesma forma, há quem se sinta esgotado com esse tipo de estímulo e precise de um tempo sozinho para “recarregar”. Existem pessoas que sabem lidar com improvisos e aquelas que preferem tudo previamente planejado. Há consiga realizar as mesmas tarefas todo dia e tenha facilidade de lidar com a rotina, enquanto outras pessoas estremecem só de imaginar a monotonia desse tipo de situação.
Essas situações específicas apontam para perfis completamente distintos, mas elas nem começam a definir a complexidade do comportamento humano. De acordo com a Metodologia DISC, uma das ciências comportamentais mais consagradas do mundo, existem quatro fatores responsáveis por determinar o estilo de uma pessoa: Dominância, Influência, eStabilidade e Conformidade. Vale ressaltar, contudo, que todos nós temos os quatro fatores em algum nível; é a forma com que os utilizamos que vai definir o nosso estilo comportamental.
Cada um desses fatores possui suas características próprias, o que inclui a maneira com que lidam com a interação com outros profissionais.
Dominância
A Dominância é caracterizada pela assertividade, gosto por desafios e pelo poder. São pessoas enérgicas, que gostam de estímulo constante e não se sentem bem quando estão presas a uma rotina pré-definida e/ou monótona. De forma geral, eles têm um perfil relativamente sociável, mas são autocentrados; por isso, podem ser difíceis de lidar – afinal, abrir mão de suas convicções não é algo de que esse perfil seja particularmente fã. Contudo, quando o assunto são as relações profissionais, é possível ver pessoas com esse perfil sendo mais flexíveis, já que a ambição é uma de suas características mais marcantes. A partir do momento que eles entendem que o networking aumenta exponencialmente suas chances de sucesso, eles podem adotar uma postura mais aberta a esse tipo de interação.
Influência
A Influência é marcada pela alta sociabilidade, extroversão, dinamismo e alta capacidade de improvisar. São pessoas abertas às interações e que recarregam suas energias quando estão na companhia de outras pessoas. Por isso, uma pessoa com alto nível desse fator pode ter dificuldades, por exemplo, para trabalhar isolada em uma sala, sem nenhum tipo de contato interpessoal ou outros estímulos. Eles também não são fãs de monotonia e precisam variar as atividades que fazem durante o dia para se sentirem bem e melhorarem sua qualidade de vida. Quanto ao networking, esse perfil costuma ser bem aberto. Afinal, a característica de sociabilidade facilita a construção de quaisquer tipos de relacionamentos, profissionais ou não.
eStabilidade
A eStabilidade é um fator marcado pelo senso de responsabilidade, empatia e pela persistência. São pessoas receptivas às interações e sociáveis, mas que têm uma postura mais reservada. Além disso, são indivíduos que prezam muito por organização e comprometimento em tudo que fazem. Por conta disso, formar relações para networking com eles é uma tarefa relativamente tranquila. Contudo, vale ressaltar que eles podem ser bem criteriosos e seletivos, já que prezam pela sua privacidade. Outro fator importante a mencionar é que, apesar de sociáveis, os estáveis são mais voltados para a introspecção. Na prática, isso significa que essas pessoas têm limites sociais e que, eventualmente, vão precisar de um tempo para si mesmas.
Conformidade
A Conformidade é um fator marcado pela introversão, perfeccionismo e pelo foco em lógica e análise. São pessoas mais objetivas, que se guiam por dados, pesquisas e que gostam de seguir regras. Metódicos, esses indivíduos são mais voltados para processos e não costumam ser muito abertos às interações sociais. Isso pode dificultar quem deseja se aproximar deles para fazer networking. Contudo, se a pessoa adaptar a forma de se comunicar e entender como eles se relacionam com o mundo, construir uma relação de trabalho fica um pouco mais fácil.
Para saber a melhor forma de se relacionar com cada perfil comportamental, a utilização da Análise de Relacionamento DISC ETALENT é fundamental. Aliás, com um bom software de gestão comportamental como o Etalent PRO, é possível ter uma série de informações sobre cada um desses fatores e suas variações. Isso não apenas ajuda a organização a criar ambientes de trabalho mais saudáveis, como também auxilia outros colaboradores na hora de formar vínculos profissionais.
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7 passos para melhorar seu networking
Desenvolver um bom networking é um passo importante para garantir acesso às melhores oportunidades, seja para as empresas ou para a carreira dos profissionais. Contudo, dependendo do perfil comportamental, nem sempre essa é uma tarefa simples. Criar um plano bem elaborado para trazer essa ideia para a prática pode ajudar (e muito!) nessa missão.
Alguns passos importantes para melhorar o networking são:
1. Defina um objetivo
O primeiro ponto importante na hora de montar uma estratégia para networking é identificar o seu objetivo. Muitas pessoas acreditam que formar uma rede de contatos significa sair falando com todo e qualquer profissional, sem um propósito específico para tal, mas o processo precisa ser mais assertivo. Caso a sua ideia seja a reinserção no mercado de trabalho, por exemplo, é preciso ter em mente alvos que possam te ajudar com isso. Se o objetivo for ir para uma empresa específica, se conectar com pessoas que já trabalham nela ajuda. O mesmo serve para promoções, realocações ou na hora de conseguir o primeiro emprego.
2. Reforce a marca pessoal
A marca pessoal está diretamente relacionada ao reconhecimento de uma pessoa enquanto profissional. Isso engloba tudo o que a pessoa oferece à área em termos de habilidades, conhecimentos, competências, vivências e conquistas, além de sua imagem enquanto profissional, o que diz respeito à postura, posicionamento, comunicação e afins.
3. Selecione os meios de contato
Nessa etapa, a ideia é eleger os melhores canais on-line e offline que serão utilizados para fazer as conexões da rede. É importante ter atenção, neste ponto, para selecionar os que fizerem mais sentido com o objetivo.
4. Mapeie a rede já estabelecida
Profissionais que desejam melhorar sua capacidade de fazer networking precisam ter clareza de quais são suas conexões. Para isso, é fundamental olhar para a rede de contatos e entender quem são as pessoas, o que elas fazem, quais são suas necessidades e, evidentemente, de que forma elas podem ajudar o profissional a alcançar seu objetivo.
Quanto mais assertivo for esse mapeamento, mais fácil enxergar a melhor maneira de aproveitar os vínculos formados. É recomendado, inclusive, dividir os contatos em grupos distintos, identificando quem pode ajudar na busca pelo objetivo, quem conhece alguém que poderia cumprir essa função e até mesmo quem ainda não faz parte da rede, mas poderia ajudar.
5. Estabeleça sua mensagem principal
A ideia da mensagem principal é juntar a marca pessoal com temas, dicas e até conteúdos que possam ser ofertados aos contatos da rede. Nesse ponto, o profissional vai juntar os dados mapeados para criar uma estratégia que abarque assuntos de interesse de sua rede, que tenham potencial de alcançar novos contatos. Assim, ele consegue atrair os olhares dos contatos e estreitar laços com eles.
6. Monte um plano de execução
Depois de definidas todas as etapas, chega o momento de montar um calendário de networking. Nele, o profissional vai anotar ações, prazos e datas em que vai colocar as estratégias em prática. Se isso incluir eventos, por exemplo, é importante definir quando e onde eles vão acontecer, bem como a melhor maneira de aproveitá-los. Já se o intuito for produção de conteúdo, é preciso ter bem definido o que o profissional irá publicar, onde e a periodicidade.
7. Monitore os resultados
Uma vez que o plano de execução foi posto em prática, é importante monitorar os resultados para entender o que vem trazendo retorno ou não. Não precisa ser nada muito complicado: eleger o que trouxe resultados ótimos, satisfatórios ou abaixo do esperado já é bom um começo.
Onde fazer networking?
O networking pode ser desenvolvido em praticamente qualquer lugar onde haja abertura para ele. No próprio ambiente de trabalho, por exemplo, é mais fácil estabelecer a base da rede de contatos, uma vez que o convívio diário com as pessoas funciona como um “quebra-gelo”, além de dar a oportunidade de observar o trabalho delas mais de perto. Nesse ambiente, é mais fácil entrar em contato com pessoas de objetivos semelhantes e lideranças, entre outras possibilidades.
Outros lugares onde é viável expandir a rede e que também se aproveitam da presença física são faculdades e cursos. Considerando o fato de que as pessoas estão inseridas no mesmo meio, encontrar quem esteja alinhado em termos profissionais também fica mais fácil.
Atualmente, as redes sociais também são um meio muito interessante de expandir a rede de contatos. Para quem pensa em fazer isso produzindo conteúdo e interagindo com outras pessoas, é fundamental investir nessas plataformas. Vale mencionar que essa é uma forma interessante de romper as barreiras geográficas e colocar os profissionais em contato, por vezes, com referências até de outros países. Por fim, eventos on-line e presenciais, como workshops, cursos, congressos e afins, também são muito eficientes para conhecer pessoas da mesma área e estabelecer novos relacionamentos profissionais.
20 dicas rápidas para criar e manter a sua rede de contatos aquecida
Como em qualquer relacionamento, no networking, apenas formar o laço não basta; também é preciso nutri-lo e mantê-lo aquecido ao longo do tempo. Por isso, é importante não perder de vista alguns pontos, como:
- Ter paciência para não ser inconveniente com os contatos;
- Jamais abrir mão da empatia e de se colocar no lugar do outro;
- Ser gentil e cordial sempre que possível;
- Manter a postura profissional, mesmo em situações mais informais;
- Fazer o uso de redes sociais com fins profissionais;
- Produzir conteúdo corporativo em sites e blogs, sem esquecer de divulgá-los;
- Jamais forçar aproximação ou construção de laços com alguém;
- Ter inteligência emocional para entender quando um profissional está aberto para formar um vínculo ou não;
- Ser direto nas abordagens e evitar divagações desnecessárias;
- Entender que o networking é uma via de mão dupla, onde também é preciso oferecer o conhecimento e oportunidades;
- Não ter medo de aproveitar os momentos de descontração, como happy hours, festas de finais de ano ou mesmo uma ida ao café;
- Participar de eventos ou mesmo criar os próprios;
- Deixar sua rede de contatos informada sobre o seu crescimento profissional;
- Prestar atenção à linguagem verbal e corporal que cada situação exige;
- Agradecer o apoio de pessoas que te ajudaram em cada conquista;
- Não ter medo de ser autêntico e leal à sua personalidade;
- Trocar contatos em eventos;
- Mostrar interesse em projetos que estejam alinhados com o seu objetivo;
- Ser colaborativo e solícito sempre que necessário;
- Formar vínculos reais, se possível. Networking não é sobre amizade e nem relações pessoais duradouras, mas se houver essa possibilidade, elas são sempre bem-vindas.
O networking é uma ferramenta muito importante tanto para profissionais que desejam se destacar quanto para empresas que querem encontrar o seu lugar no mercado corporativo. Quando a rede de contatos é bem construída, é possível aproveitar mais oportunidades, como novos cargos, realocação ou mesmo adquirir mais experiência através de insights com outras pessoas da rede. Para as organizações, essa é uma oportunidade de ouro para encontrar parceiros de negócio, fornecedores ou outros players que podem fazer a diferença para a saúde empresarial.
Esse processo, no entanto, não é simples para todos, uma vez que há pessoas menos sociáveis e que entendem essa prática até como bajulação. Contudo, o networking é bem mais complexo do que simplesmente bajular – é preciso criar uma relação benéfica e saudável para os envolvidos. Assim, tanto os profissionais quanto suas empresas caminham rumo ao sucesso.
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Fernanda Misailidis
Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.