As mad skills são um conceito relativamente recente, mas que vem causando diversas discussões no mercado corporativo. Muito se ouve falar sobre hard skills e soft skills, uma vez que esses termos representam uma das principais tendências da gestão de pessoas moderna: a valorização dos aspectos comportamentais. Contudo, as chamadas “habilidades incríveis” propõem ir um passo além e considerar, também, as competências aprendidas pelos profissionais por interesse próprio e que refletem, diretamente, traços da personalidade daquela pessoa.

Até hoje, há quem projete o sucesso profissional levando em conta, exclusivamente, questões como formações acadêmicas, diplomas, cursos, MBAs, dentre outras possibilidades voltadas para o conhecimento técnico. E isso não acontece à toa – afinal, por muito tempo, contratações e promoções eram pontos que levavam somente estes fatores em questão. Entretanto, em moldes mais modernos, em que o RH atua de forma estratégica e alinhada a tendências como o investimento em qualidade de vida, as empresas já consideram critérios mais subjetivos não apenas na hora de contratar, como também de desenvolver seus colaboradores. Questões como proatividade, autonomia, pensamento crítico e inteligência emocional, por exemplo, vêm sendo cada vez mais demandadas no mercado – tanto quanto a perícia em especificidades de cada área.

É nesse cenário que entram as mad skills. De forma objetiva, elas representam habilidades que não necessariamente têm a ver com o escopo das vagas, mas que dizem muito sobre os interesses, a personalidade e o processo de desenvolvimento pessoal de um colaborador. Mas, afinal, como isso impacta a rotina da empresa e por que essas habilidades são importantes, já que elas podem nem estar relacionadas ao cargo? É o que você vai descobrir no artigo de hoje. Boa leitura!

 

O que são mad skills?

As mad skills correspondem a um grupo de habilidades e experiências pessoais que, de alguma forma, podem contribuir para alavancar a carreira de uma pessoa – ainda que de forma indireta. Essas competências são aprendidas por meio de hobbies, atividades extracurriculares, interesses pessoais específicos, dentre outras possibilidades que não estejam, necessariamente, atreladas ao ambiente corporativo. A ideia pode soar abstrata, mas, na prática, fica mais fácil de visualizar.

Alguém que tem o costume de praticar esportes coletivos, por exemplo, pode acabar desenvolvendo habilidades valiosas para o mercado corporativo. Quando pratica atividade física, o desenvolvimento profissional, certamente, não é o foco daquela pessoa. Contudo, de maneira indireta, ela acaba aprimorando competências que refletem positivamente na carreira, como a comunicação assertiva, o trabalho em equipe, a liderança e o gerenciamento de grupo. É daí que vem a ideia por trás do conceito. Não à toa, o termo “mad”, nesse caso, diz respeito a uma gíria em inglês que equivale a “incrível”. Logo, as mad skills são as “habilidades incríveis” que uma pessoa desenvolve ao longo da vida a partir de suas experiências individuais. Elas são focadas no fator humano, além de refletirem as escolhas pessoais de cada indivíduo.

Uma pessoa que gosta muito de ler e escrever, por exemplo, acaba desenvolvendo habilidades como o pensamento crítico, linhas de raciocínio mais claras, além da escrita propriamente dita. Já quem tem afeição por artes aprimora a criatividade, habilidades manuais (sobretudo, se pratica atividades que envolvam artesanatos e pinturas), foco e atenção a detalhes. A fotografia também é uma atividade que ajuda a trabalhar o foco, a observação, além da perspectiva em si. Esportes e danças, como mencionamos, são ótimos para ajudar com o trabalho em equipe, disciplina, competitividade e até mesmo amadurecimento pessoal, uma vez que aprender a perder também é muito importante para qualquer pessoa. Por fim, quem pratica atividades de voluntariado desenvolve empatia, altruísmo, autonomia e, é claro, o trabalho em equipe.

Vale reiterar: o intuito por trás dessas atividades é o bem-estar e a satisfação pessoal, não o desenvolvimento profissional. Mas uma questão acaba influenciando a outra, uma vez que todas essas são habilidades que fazem diferença na hora de trilhar uma carreira de sucesso. Isso sem mencionar o fato de que é muito mais saudável desenvolvê-las dessa forma.

 

Qual é a diferença entre soft skills, hard skills e mad skills?

Embora soft skills, hard skills e mad skills sejam relativamente parecidos, principalmente quando desconsideramos a tradução, a maior similaridade entre eles é o fato de os três se referirem a tipos de habilidades. Enquanto as soft skills equivalem às habilidades comportamentais, as hard skills são as competências técnicas e as mad skills, como vimos, são as relacionadas a hobbies e atividades de interesse pessoal.

As habilidades técnicas estão relacionadas à área de atuação de um profissional e podem, inclusive, ser medidas no dia a dia. Elas são fundamentais para que seja possível realizar determinada atividade. Um arquiteto, por exemplo, precisa conhecer bem os softwares relacionados aos projetos, caso contrário, dificilmente conseguirá finalizar um. Com o tempo, ele consegue aumentar a perícia nos programas, o que vai permitir que ele desenvolva projetos cada vez mais complexos nos computadores e, eventualmente, os execute. Esse tipo de crescimento, inclusive, pode ser acompanhado por outras pessoas, que conseguem notar a melhora.

Já as habilidades comportamentais dizem respeito ao comportamento e às atitudes de uma pessoa. Por isso, elas são mais subjetivas e não podem ser comprovadas por meio de certificações ou qualificações – elas aparecem mesmo no convívio diário. No caso do arquiteto, esse tipo de competência iria definir a forma como ele lida com os clientes, como faz a gestão do tempo gasto no projeto, além da capacidade de conseguir criar algo novo. Esses fatores não podem ser dimensionados, mas afetam diretamente a rotina dele e de seus colegas.

Por outro lado, as habilidades incríveis estão relacionadas ao que o arquiteto desenvolveu por meio de seus hobbies e o ajudam a fazer um trabalho melhor. Se esse profissional gosta de artes, por exemplo (o que é de se esperar de quem segue essa carreira, vale ressaltar), ele pode ter mais facilidade com foco, observação e com a criatividade em si. Vale explicar que, em certos momentos, mad e soft skills acabam se entrelaçando também.

 

A importância de investir em soft e mad skills

O desenvolvimento profissional perpassa, diretamente, pela capacidade de um indivíduo de aprimorar competências-chave relacionadas à área de atuação. Para se destacar no mercado, o arquiteto, que mencionamos previamente, precisa saber como mexer em programas de renderização, fazer plantas para projetos, conhecer profundamente relações entre cores e materiais, dentre diversas outras questões que tangem a área. Tudo isso pode ser enquadrado no campo de hard skills – e são esses conhecimentos técnicos que vão nortear o seu desenvolvimento. Não à toa, por muito tempo, esse foi o principal, senão único, critério usado pelas empresas para contratar e promover os seus colaboradores.

Entretanto, desde que movimentos como o RH 5.0 passaram a ser discutidos no âmbito corporativo, existe uma demanda mais expressiva para a aderência de modelos de gestão de pessoas mais saudáveis, humanizados e focados no indivíduo.  Isso acontece porque, com o passar do tempo, as empresas foram entendendo que oferecer rotinas com mais qualidade de vida traria resultados mais expressivos, em termos de produtividade, do que simplesmente fazer com que os profissionais assumissem rotinas intermináveis e que fossem capazes de levá-los à exaustão.

Hoje em dia, sabe-se que investir na felicidade corporativa e na ecologia humana são as melhores formas de aumentar o potencial produtivo das equipes sem comprometer a saúde mental. Afinal, pessoas felizes, satisfeitas e que exercem funções adequadas ao próprio comportamento conseguem trabalhar por mais tempo e se desgastam menos com isso. Prova disso é que o próprio investimento em qualidade de vida surge historicamente como uma medida pensada para beneficiar tanto os empresários quanto os colaboradores. Contudo, o bem-estar corporativo perpassa, também, pelos tipos de ambientes e relações que são construídas no ambiente de trabalho.

É nesse contexto que surge a necessidade de contratar profissionais pensando, também, nas soft skills. Afinal, essa é uma forma de garantir a construção de ambientes positivos para todos – o que impacta os índices de motivação e engajamento. As habilidades sociocomportamentais ajudam a criar rotinas de trabalho mais tranquilas, além de influenciar positivamente todo o clima organizacional. Por isso, é fundamental levá-las em consideração durante os processos seletivos e, também, na hora de desenvolver os colaboradores.

Com as mad skills, a lógica não é muito diferente. Além de serem muito importantes para garantir ambientes mais saudáveis, essas competências também podem ser bem mais fáceis de desenvolver – como vimos, essas skills partem do interesse pessoal e dos hobbies de cada colaborador. Saber utilizar as “habilidades incríveis” é importante para incentivar os profissionais a continuarem se dedicando a outras atividades que não sejam o trabalho, o que é fundamental para que ele mantenha uma rotina equilibrada em que há desgaste, mas também há diversão.

Os hobbies e a produtividade

Por mais que muitas pessoas ainda rechacem a importância dos hobbies nas rotinas corporativas, existe uma relação direta entre a prática dessas atividades, o equilíbrio mental e a produtividade. E nem é preciso pensar muito para entender por quê: fazer o que gosta é fundamental para que um indivíduo recupere as energias, o que impactam o quanto ele consegue produzir no trabalho. Pessoas que têm rotinas desequilibradas nesse sentido, normalmente sentem um desgaste maior e uma falta de ânimo que pode diminuir não só o tempo que elas conseguem dispor ao trabalho, como também a qualidade dele. Por isso, todo profissional precisa encontrar formas de relaxar depois de exercer as demandas – e, involuntariamente, ele acaba desenvolvendo as mad skills dessa maneira.

Ter hobbies ajuda a melhorar a saúde mental, uma vez que atividades feitas exclusivamente por prazer reduzem o estresse, relaxam e garantem emoções mais positivas. Além disso, os passatempos, sobretudo os coletivos, também nos fazem mais criativos, já que a convivência com pessoas de fora do trabalho ajuda a desenvolver novas ideias e perspectivas. O autoconhecimento também é algo que sai beneficiado dessas situações, uma vez que os hobbies nos estimulam a experimentar e explorar sem o medo de ser julgado por chefes ou mesmo colegas de trabalho. Ainda, como os passatempos exigem paciência, persistência e foco, eles ajudam a gerir as emoções de forma mais assertiva, o que influencia diretamente o autocontrole. Isso sem mencionar a sociabilidade, algo que é muito beneficiado nesse contexto.

 

As mad skills nos processos de Recrutamento e Seleção

Nos processos seletivos, as mad skills vêm sendo cada vez mais observadas. De acordo com esta matéria publicada pela Forbes, 66% dos recrutadores valorizam os hobbies do candidato, enquanto 17% os relacionam com o setor de atuação. Segundo a matéria, aos olhos dos recrutadores, as experiências pessoais dizem muito sobre individualidade, valores e prioridades. A partir delas, é possível entender mais sobre pontos como o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, interesse em autodesenvolvimento, habilidades de liderança e o tipo de competência complementar que aquela pessoa pode ter, julgando pelos seus interesses. Tudo isso torna o candidato mais interessante e humanizado aos olhos dos recrutadores.

Dito isso, além de terem chances maiores de chamar a atenção de quem faz a seleção, os candidatos que desenvolvem mad skills têm mais facilidade para se destacar em processos seletivos. Além delas servirem como um bom indicativo de que tipo de habilidade aquele profissional tem, elas também falam muito sobre valores, estilos de vida e até mesmo fit cultural com a organização. Esse fator, por si só, já é muito positivo, uma vez que os recrutadores priorizam candidatos que estejam em concordância com os valores defendidos pela cultura organizacional. Através das mad skills, por exemplo, é possível ter noção do potencial criativo, capacidade de adaptação, sociabilidade, pensamento crítico, dentre outras questões essenciais em processos seletivos.

 

Exemplos de mad skills e como se relacionam com o trabalho

De acordo com a matéria da Forbes supracitada, alguns dos hobbies mais comuns são esportes, artes e voluntariado. Não à toa, todas essas são atividades que podem ajudar com questões como a ampliação do networking, exploração de novas áreas para o desenvolvimento profissional, foco, comprometimento e aprimoramento de habilidades específicas. Contudo, o mundo das mad skills é ainda mais amplo do que isso e também pode ser aproveitado em hobbies diferentes desses. Assim, destacamos:

Leitura e escrita

Que ler e escrever são duas atividades que trazem um enorme retorno intelectual, todo mundo sabe. Crescemos ouvindo sobre a importância dos livros na ampliação do vocabulário e desenvolvimento cognitivo, mas, ainda assim, esses hobbies têm mais usabilidade quando observados o impacto no mercado corporativo. Primeiramente, por ampliar o vocabulário e melhorar a gramática, a leitura ajuda a desenvolver uma comunicação mais assertiva, seja escrita ou até mesmo oral. Além disso, fica mais fácil articular pensamentos com clareza e comunicar ideias, mesmo que elas nem sempre sejam tão claras.

Ademais, a leitura ajuda a desenvolver o pensamento crítico e analítico. Afinal, quando nos envolvemos em uma história, estamos sempre avaliando os personagens, a trama, os diálogos – tudo de forma muito parecida com o que precisamos fazer no dia a dia nos ambientes corporativos. Outro fator fundamental em relação à leitura é o aprimoramento da empatia, uma vez que a pessoa se envolve na história dos personagens e, por isso, melhora a capacidade de enxergar as situações alheias. Isso sem mencionar o contato com outras culturas e realidades que a leitura oferece. Todas essas, por sinal, são mad skills que fazem a diferença quando falamos de liderança, por exemplo.

Falando da escrita, é válido ressaltar que essa é uma habilidade que faz com que a pessoa tenha momentos de introspecção e reflexão. E prestar atenção aos próprios sentimentos e relatá-los, por exemplo, faz com que a pessoa faça, ainda que de forma inconsciente, um exercício de autoconhecimento – outra habilidade muito desejada no mercado. Se prefere escrever ficções, por outro lado, ela também exercita a criatividade. E esse conjunto de habilidades faz toda a diferença na hora de estruturar narrativas e contar histórias com um bom storytelling. Eventualmente, esse profissional pode desenvolver habilidades de oratória para fazer apresentações e palestras.

Esportes

Esportes também são aliados importantes no desenvolvimento das mad skills – e, não à toa, esse grupo aparece como uns dos principais tipos de hobbies praticados pelos profissionais. O primeiro benefício trazido por eles é bem claro: a disciplina. Qualquer pessoa que deseje levar algum esporte a sério e evoluir precisa ter, antes de tudo, disciplina e consistência – e o mesmo tipo de lógica pode ser utilizado no desenvolvimento profissional. Além disso, resiliência e determinação também são características importantes do meio esportivo, que está sempre desafiando os praticantes a superar dificuldades e desafios que surgem no meio do caminho.

Outro ponto interessante trazido pelo esporte é a criação de metas e, evidentemente, o cumprimento delas. Da mesma forma que um atleta deseja, todos os dias, alcançar distâncias maiores, no ambiente de trabalho, ter a ambição para conquistar objetivos individuais é uma qualidade importantíssima. Ainda, a atividade física é fundamental para gerir o estresse, a ansiedade e melhorar não apenas a saúde física, como a mental também. E como vimos, ter uma mente saudável é um pré-requisito para conseguir ser mais produtivo e alcançar resultados ainda mais expressivos.

O trabalho em equipe é algo que a prática de esportes coletivos estimula. Dessa forma, as pessoas aprendem a colaborar e entendem com mais facilidade que, individualmente, elas não vão conseguir alcançar os objetivos pretendidos. Nesse contexto, o esporte ensina a confiar nos parceiros – o que também pode ser aproveitado no trabalho. Por fim, questões como foco, concentração, gestão de tempo e adaptação a mudanças repentinas também são qualidades que podem ser desenvolvidas a partir da prática esportiva, mas aplicadas no universo corporativo.

Artes

Ter hobbies relacionados à arte também é algo muito interessante para o desenvolvimento de mad skills – e isso se estende para os mais distintos tipos de arte. Uma pessoa que gosta de produzir artesanato, por exemplo, desenvolve habilidades manuais, cuidado e paciência, o que também pode ser aproveitado nos ambientes corporativos. Além disso, para ficar imerso se dedicando à arte, é preciso desenvolver a habilidade de foco e, evidentemente, a criatividade. É interessante observar, inclusive, que ao criar arte, as pessoas experimentam, testam e colocam em prática ideias que também podem ser aplicadas no contexto de trabalho, dependendo da área de atuação. Além disso, a arte é terapêutica e, como o esporte, funciona como uma grande aliada na gestão do estresse. Quem produz arte e se sente bem fazendo isso consegue repor energias dessa forma, o que é importante para criar rotinas mais equilibradas. E mesmo que a pessoa não produza, propriamente dito, até mesmo consumir é muito importante nessas rotinas. Assistir a filmes, séries, ouvir músicas e ler, por exemplo, são atividades que não apenas aliviam o estresse, mas também dão sentido à vida, promovem a reflexão e podem ajudar com o autoconhecimento.

Jogos

Sejam de tabuleiro ou eletrônicos, os jogos também podem ajudar a desenvolver skills muito interessantes nos ambientes de trabalho. A começar pela visão estratégica, uma vez que essas atividades normalmente requerem análise e soluções para que seja possível chegar aos objetivos – e isso se aplica tanto na hora de vencer um amigo no tabuleiro ou de derrotar um chefe nos videogames. Jogos precisam de que os indivíduos usem lógica, reproduzam padrões, suponham os próximos movimentos de seus adversários e que sejam criativos o suficiente para conseguir superá-los. Não à toa, diversas empresas reproduzem essas lógicas com estruturas gamificadas em pontos como treinamento de colaboradores e desenvolvimento de talentos.

Os jogos podem ser colaborativos e ter efeitos parecidos com os esportes no trabalho em equipe, ajudando as pessoas na tarefa de confiar em seus parceiros. Além disso, eles também podem ter narrativas tão complexas quanto filmes e séries, funcionando como mais um tipo de arte. Games e board games também exercitam a tomada de decisão, uma vez que exigem que os jogadores lidem com mudanças rápidas e consigam ser eficientes ao respondê-las – habilidade que é muito valiosa no mercado de trabalho, cabe ressaltar.

Voluntariado

O voluntariado também é uma prática que ajuda a desenvolver diversas habilidades e competências. Uma das mais claras é a empatia, uma vez que o indivíduo precisa entrar em contato com pessoas de outras realidades para colocar a atividade em prática. Além disso, com o trabalho voluntário, o colaborador consegue desenvolver competências relacionadas à área de atuação e até mesmo criar uma rede de contatos mais ampla.

 

Como identificar as suas mad skills?

As mad skills são um assunto relativamente recente, o que ainda pode gerar muitas dúvidas nas pessoas em relação ao tipo de habilidade que elas acabam desenvolvendo a partir de seus hobbies. Dito isso, algumas dicas para descobri-las são:

Liste seus hobbies

O primeiro passo para entender as próprias “habilidades incríveis” é pensar quais são os principais hobbies praticados – e, evidentemente, que tipo de efeito eles podem ter. Como vimos, esportes são boas opções para desenvolver foco, determinação e trabalho em equipe. A escrita, por outro lado, ajuda com as competências comunicacionais, enquanto os jogos são importantes para desenvolver o pensamento estratégico. Tudo isso pode ser avaliado para, posteriormente, o indivíduo fazer uma reflexão sobre a própria desenvoltura nessas questões.

Outra forma interessante de fazer isso é utilizando análises detalhadas e direcionadas, como o Relatório do Talento. Com esse inventário, é possível descobrir não apenas as competências e tendências de perfil comportamental, como também acompanhar a evolução do talento ao longo do tempo, bem como as skills propriamente ditas. É possível, inclusive, repetir o processo ano após ano para ter um panorama ainda mais claro.

Para saber mais sobre o Relatório do Talento, clique aqui.

Reflita sobre as competências usadas com eles

Uma vez listados os hobbies e identificadas as possíveis habilidades, é hora de dar início a um processo de reflexão e autoconhecimento. Essa, por sinal, é uma competência que compreende uma série de processos de desenvolvimento psíquico, amadurecimento emocional, afetivo, cognitivo e comportamental, que permite que um indivíduo conheça profundamente a si mesmo. Ao pensar sobre as skills trazidas pelos hobbies, o indivíduo não só consegue identificá-las com mais facilidade, mas aumenta a compreensão que ele tem de si mesmo enquanto pessoa.

Peça feedbacks a outras pessoas

Pedir feedbacks de pessoas próximas também é uma forma de entender mais sobre as próprias mad skills. Esses retornos são interessantes para ter outras perspectivas sobre as próprias habilidades, o que é importante não apenas para avaliar o domínio, como também para descobrir outras competências que, por vezes, passam despercebidas.

Analise conquistas passadas

Outra forma efetiva de identificar as “habilidades incríveis” é pensando nas conquistas e méritos passados. Se o indivíduo pratica esportes, por exemplo, ele pode tentar lembrar de situações em que teve êxito por conta do foco e da resiliência. Já um artista pode se lembrar das vezes em que resolveu problemas usando a criatividade. Alguém que pratica voluntariado terá mais facilidade para reviver situações as quais a empatia fez com que ele tivesse bons resultados no trabalho e assim sucessivamente.

Teste suas habilidades

Da mesma forma que relembrar de situações é efetivo para entender méritos passados, se colocar em circunstâncias em que essas habilidades possam ser colocadas à prova também é uma forma de descobrir mais sobre as mad skills. Caso a pessoa queira entender se ela tem mais facilidade com a comunicação, por exemplo, ela pode tentar realizar atividades que estejam diretamente relacionadas a isso, como fazer apresentações, palestras, escrever textos que requeiram linguagens distintas, dentre outras possibilidades.

 

Como aprimorar as suas mad skills?

O aprimoramento das mad skills funciona como qualquer outro processo de desenvolvimento de habilidades: o primeiro passo para ser efetivo quanto a esse objetivo é colocá-lo em prática. Uma boa forma de fazer isso é, primeiro, selecionar que tipo de habilidade gostaria de desenvolver e, depois, procurar atividades extracurriculares que a trabalhem diretamente. Uma pessoa introspectiva que gostaria de falar melhor em público, por exemplo, poderia recorrer a aulas de teatro. Já outra que tem altos níveis de estresse e quer aprender a gerir melhor a ansiedade pode optar por artesanatos, pinturas, aprender instrumentos ou outros tipos de atividade que trabalhem o foco e o relaxamento.

Dentro das empresas, por outro lado, é importante ter suporte para o desenvolvimento tanto das mad skills quanto das soft skills, que acabam se unindo nesse contexto. Para aprimorar essas habilidades, é preciso pensar em um processo contínuo de aprimoramento profissional, com programas de acompanhamento individual, a fim de identificar as competências e desenvolvê-las. Um aliado nesse processo, inclusive, é um bom software de gestão de pessoas, como o ETALENT Pro, que oferece uma série de relatórios capazes de identificar e detalhar esse tipo de habilidade.

Para saber mais sobre o sistema ETALENT Pro, clique aqui.

Até mesmo palestras e workshops que tratam de temáticas diretamente relacionadas às soft e mad skills, como comunicação interpessoal, liderança e proatividade, também podem ser utilizados no aprimoramento desses fatores. Em algumas situações, o acompanhamento psicológico pode ser uma boa estratégia para esse fim – algo que pode, inclusive, ser sugerido pelo RH ao próprio colaborador.

Por fim, a empresa também precisa oferecer oportunidades para que os profissionais mostrem suas skills. O profissional que tem facilidade em se comunicar precisa ser colocado para atuar em frentes onde isso seja necessário, por exemplo. Já o que tem facilidade de trabalhar em grupo pode ser utilizado, por vezes, como mediador. Medidas como essas ajudam a criar uma experiência de trabalho positiva para os profissionais, que acabam aumentando o repertório, se qualificando e se tornando ainda mais valiosos no mercado de trabalho.

As mad skills são habilidades cada vez mais requisitadas no cenário corporativo, já que representam um momento em que as subjetividades dos profissionais são muito importantes para as empresas. Hoje em dia, se destacar no cenário vai muito além de, simplesmente ter habilidades necessárias para a área de atuação – também é preciso ter o comportamento adequado para o sucesso. E isso envolve hobbies, vontade de aprender, abertura ao upskilling e o reskilling, além de felicidade e diversão.

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Fernanda Misailidis

Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.

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