O desenvolvimento das lideranças é um fator fundamental para o bom funcionamento de uma empresa. Isso porque a atuação dos líderes perpassa diversos âmbitos relacionados à saúde das organizações e, como consequência, tem alto potencial de impactar seu sucesso ou fracasso. Afinal, dependendo de líderes e gestores, questões como o modelo de gestão do Capital Humano, tipos de ambientes organizacionais e até mesmo a experiência dos colaboradores podem ter desdobramentos completamente opostos.
Quanto à saúde dos profissionais em específico, as ações das lideranças são ainda mais impactantes – tanto para o bem quanto para o mal. Afinal, dependendo de como os líderes exercem suas funções, a experiência de trabalho dos colaboradores pode ser bem diferente. Quando há bons líderes em uma organização, todo o fluxo funciona, as pessoas se sentem motivadas, e a felicidade e satisfação pessoal tomam conta. No entanto, quando esses profissionais exercem suas funções de forma autoritária e tóxica, a tendência é que os níveis de estresse aumentem, o que pode ocasionar, inclusive, uma onda de doenças psicossomáticas no Capital Humano.
A questão é que, ao contrário do que muitos pensam, a liderança não é uma habilidade com a qual as pessoas simplesmente nascem. Alguns podem ter facilidade e predisposição para tal, evidentemente, mas isso não isenta ninguém da necessidade e da responsabilidade de se aprimorar. Afinal, os bons líderes são aqueles que conseguem unir as competências técnicas, como a visão estratégica do negócio, com habilidades comportamentais, como a empatia e a comunicação.
Contudo, desenvolver essa capacidade implica aprender métodos adaptados a diferentes circunstâncias para conseguir fazer o melhor pela organização. De nada adianta, por exemplo, realizar treinamentos focados em uma competência que aquele profissional já domina. É nesse ponto que entram os Programas de Desenvolvimento de Liderança (PDL), assunto do nosso artigo de hoje. Boa leitura!
- O que é um Programa de Desenvolvimento de Liderança (PDL)?
- A importância da liderança para o sucesso do negócio
- Como criar um PDL eficiente?
- Como identificar talentos para a liderança na sua organização?
- 8 dicas para desenvolver verdadeiros líderes
O que é um Programa de Desenvolvimento de Liderança (PDL)?
Como o próprio nome indica, o Programa de Desenvolvimento de Liderança (PDL) serve para definir uma série de ações pensadas em aprimorar a capacidade de liderança dos profissionais. Esse programa é a soma de diversos processos focados em desenvolver competências técnicas e comportamentais importantes para os líderes, para que a habilidade seja exercida abarcando os valores da empresa e, evidentemente, de forma que estimule a produtividade do Capital Humano.
Além disso, a ideia é que o plano de capacitação de líderes tenha início até mesmo antes desses profissionais se tornarem gestores. Uma vez identificados os colaboradores que têm potencial para assumir essas posições, as empresas passam a realizar ações contínuas de treinamento para que eles estejam com os níveis de prontidão adequados quando tiverem a oportunidade de assumir o cargo.
Com a implementação de um PDL, os profissionais entendem quais habilidades são aliadas nessa jornada e podem fazer com que eles se tornem gestores capazes de motivar e engajar os liderados. Além disso, esse tipo de programa é muito importante para a criação de bons líderes, uma vez que ajuda a estabelecer uma cultura forte de lideranças que levam em conta questões como a empatia e relações interpessoais. Por isso, quando uma empresa adota essa prática, a incidência de profissionais com condutas tóxicas para o Capital Humano em posições de poder é consideravelmente menor.
Contudo, vale ressaltar que esse tipo de prática não acontece da noite para o dia. Para tal, é preciso ter planejamento e traçar estratégias que abarquem as necessidades, a cultura organizacional e o fluxo de trabalho da empresa. Uma boa forma de trazer isso para o dia a dia é implementando Planos de Desenvolvimento Individuais (PDIs) e planos de carreira como etapas para o aprimoramento de uma liderança vindoura.
No mais, é importante ter cuidado para não tratar os PDLs como ações isoladas. Afinal, eles são o exato oposto disso: esses planos contam com uma aplicação contínua, pensada no desenvolvimento em longo prazo e pautada nas necessidades reais dos profissionais. Apesar de também serem importantes, isoladamente, um workshop ou um curso de um mês não vai tornar um colaborador apto para liderar uma equipe. Vale mencionar ainda que esse tipo de ação também pressupõe mensuração de resultados. Por isso, a utilização de avaliações de desempenho, análises de perfil comportamental e feedbacks são parte importante de um bom programa de desenvolvimento de líderes.
A importância da liderança para o sucesso do negócio
Os líderes desempenham diversos papéis dentro das empresas, que impactam diretamente no potencial de sucesso do negócio. Por isso, é fundamental investir em processos estruturados de desenvolvimento e capacitação para eles. Dentre suas atribuições, uma das principais é garantir que os colaboradores tenham condições favoráveis para exercerem suas funções da melhor forma possível, o que inclui questões estruturais, desenvolvimento técnico e profissional, e subjetividades, como felicidade e motivação para continuar trabalhando. É o alinhamento entre todos esses fatores que possibilita a alçada de voos mais altos de equipes inteiras – até porque, nesse contexto, as pessoas se desgastam menos e produzem mais e melhor.
Além das funções estratégicas de cada setor e das tomadas de decisão, cabe aos líderes traçar caminhos para que os demais profissionais alcancem os resultados almejados pela empresa e por eles mesmos. Logo, uma boa liderança conecta a atuação do Capital Humano à cultura, às metas e aos objetivos da organização como um todo. Também é papel dos líderes ficar de olho na performance e nos resultados de suas equipes, bem como identificar maneiras de fazer com que os liderados se desenvolvam ainda mais. Este fator, por si só, já tem um grande potencial de levar a empresa a um patamar de destaque no cenário competitivo.
Contudo, para cumprir bem a função, também é preciso estar atento a outros fatores. Os líderes são grandes responsáveis pelo tipo de ambiente organizacional que é construído nas empresas. Quanto a esse ponto, inclusive vale mencionar que este deve ser tratado com grande atenção, uma vez que, quando são tóxicos, os locais de trabalho se tornam o principal motivo para a queda de produtividade e degradação da saúde mental. De acordo com esta pesquisa da revista Work & Stress, ambientes hostis estão diretamente relacionados ao aumento da depressão, uso de substâncias ilícitas e problemas generalizados de saúde.
A postura do líder é determinante para a dinâmica que será estabelecida no local de trabalho. Quando a liderança é exercida de forma ética, horizontal, humanizada e empática, a tendência é que o Capital Humano se sinta valorizado, estimulado a dar o seu melhor e que desenvolva um sentimento de pertencimento em relação à empresa. Nesse cenário, as taxas de retenção aumentam, bem como a felicidade, o que impacta positivamente o rendimento das equipes. Consequentemente, os ambientes de trabalho se tornam mais saudáveis e as equipes têm mais facilidade em desenvolver a sinergia. Em termos de reputação, a empresa também se beneficia, uma vez que constrói um employer branding positivo frente ao mercado.
É válido ressaltar que o contrário também acontece. Quando os líderes adotam posturas autoritárias, tóxicas e negligentes em relação aos liderados, é comum que eles passem a se sentir desestimulados e que, por isso, os níveis de desempenho caiam. Esse é o motivo pelo qual 8 em cada dez pessoas se demitem, de acordo com essa matéria do G1.
Já esse relatório da Gallup aponta para o fato de que metade dos colaboradores já se demitiu em algum momento da carreira por não querer mais lidar com o próprio chefe. Além disso, os líderes são especialmente relevantes em papéis como:
- Demonstrar responsabilidade pessoal: as atitudes do líder afetam diretamente o tipo de laço que se forma entre ele e a equipe. Caso assuma a responsabilidade pelos erros, a tendência é que gere respeito e admiração;
- Estimular a autodisciplina: o líder precisa servir de exemplo para as equipes;
- Ter escuta ativa: um bom líder procurar ouvir seus liderados e está sempre aberto a críticas construtivas e novos aprendizados;
- Orientar a gestão de tempo: a liderança exige dinamismo e saber lidar bem com diversas tarefas sem comprometer o fluxo de trabalho alheio;
- Promover a cultura de mentoria: líderes devem ajudar seus liderados no processo de desenvolvimento profissional e promover a cultura de liderança na equipe;
- Estabelecer uma comunicação clara: o que evita ruídos, retrabalho e a perda desnecessária de tempo causada por esses problemas.
A diferença entre liderança e chefia
Por mais que uma pessoa fique responsável pela tomada de decisões importantes na empresa, desenvolva planos de ação e atue ativamente na estratégia do negócio, isso não é o suficiente para que ela se torne um líder. Afinal, por mais que, para muitos, os conceitos sejam semelhantes, há diferenças consideráveis entre a liderança e a chefia. E quando um profissional desempenha funções sem construir uma relação de confiança com os liderados ou mesmo ser parte da equipe, o cenário mais comum é que, de fato, ele aja como um chefe.
Isso porque, em definição, os chefes são centralizadores, ou seja, todas as decisões devem ter o aval deles. Normalmente, nessa dinâmica, o estilo de comando é hierarquizado e verticalizado (praticado de cima para baixo), onde um profissional determina e os demais executam. Não há troca de ideias, ponderações nem conexões criadas sob essas circunstâncias. Além disso, é um cenário muito comum que os chefes tentem impor autoridade, se coloquem em um patamar superior aos demais, fiscalizem as ações e até microgerenciem o que é feito, dependendo dos níveis de controle. Também é característico que profissionais com esse estilo sejam pouco abertos a novas ideias e não demonstrem interesse em ouvir as perspectivas dos demais. Sob essas circunstâncias, a tendência é que o Capital Humano trabalhe com receio e não se sinta confortável para inovar ou mesmo expor ideias. A motivação, evidentemente, fica comprometida.
No entanto, quando o assunto é liderança, a situação é praticamente a inversa. Um líder é, sobretudo, uma pessoa que usa habilidades sociocomportamentais para orientar, dar suporte e incentivar o trabalho feito nas equipes, tornando-se o exemplo da sua equipe. Isso inclui capacidade comunicativa acima da média, empatia, construção de relações interpessoais e inclusão na equipe – afinal, diferentemente do chefe, o líder não fica apenas delegando; ele também participa da execução das tarefas. Por isso, esses profissionais costumam adotar dinâmicas de trabalho mais horizontais, onde ouvem os liderados, compartilham experiências e fazem com que todos se sintam respeitados e seguros. Esse tipo de conduta, em termos de motivação, beneficia a equipe como um todo.
A falta de desenvolvimento da liderança enquanto habilidade comportamental faz com que milhares de chefes no mundo inteiro acreditem que são líderes. Nada mais natural, dada a perspectiva centralizadora que esses profissionais comumente adotam. Contudo, a aplicação de um PDL também é muito interessante para promover o autoconhecimento e fazer com que o profissional desenvolva essa competência a partir de ponderações e reflexões. Isso, por si só, já reitera a importância da implementação de PDLs.
Como criar um PDL eficiente?
Programas eficientes de capacitação para líderes trazem benefícios que abarcam diversos setores da empresa, como fortalecimento da cultura organizacional, diminuição de custos, alta taxa de retenção e desenvolvimento de ambientes de trabalho saudáveis e estimulantes.
Mas, para criar um PDL eficiente, é preciso estar atento a algumas etapas específicas. Afinal, como mencionamos, o desenvolvimento desses profissionais não acontece da noite para o dia. Dentre os passos necessários, destacamos:
1. Planejamento e estratégia
A primeira etapa para a criação de um plano de desenvolvimento para lideranças é fazer um mapeamento das metas da empresa e entender como a liderança se aplica nesse contexto. Algumas perguntas interessantes para esse momento são:
- O que a organização espera de seus gestores?
- Quais características diferenciam um potencial líder de um colaborador comum?
- Quais são as competências que a empresa procura em uma liderança?
- Quais habilidades o líder precisa ter para ajudar a empresa a atingir seu objetivo?
Estes questionamentos servem como um ponto de partida, indicando o perfil de profissional que a empresa deve procurar, seja no mercado externo ou em seu Capital Humano. Nessa etapa, é muito importante expandir os horizontes e olhar não apenas para quem que já exerce funções de liderança, como também para outros colaboradores que apresentam esse potencial. Também é importante ter em mente que as habilidades necessárias para um líder podem variar dependendo do objetivo e da cultura da empresa. Por isso, a organização precisa ser assertiva nesse primeiro momento, utilizando todos os recursos disponíveis para realizar o processo de forma a diminuir os erros.
Nesse contexto, uma recomendação é conversar abertamente com os colaboradores para tentar identificar quem tem interesse em participar do PDL. Para aqueles que manifestarem a vontade, o desenvolvimento de liderança pode (e deve) ser incluído em seus planos de carreira.
2. Identificação de lacunas
Uma vez que a empresa já tenha esclarecido o perfil de liderança que necessita e os profissionais que podem assumir esse papel, começa a fase de identificação de lacunas. Nela, a organização analisa as competências, tanto técnicas quanto comportamentais, que o futuro líder precisa desenvolver para alcançar o seu potencial máximo.
3. Ações de desenvolvimento contínuo
Depois de realizadas as duas primeiras etapas, é hora de implementar as ações de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) propriamente ditas. Elas devem ter caráter gradual e contínuo – se ocorrem de forma isolada, o desenvolvimento do profissional como gestor ficará comprometido. Uma boa prática é criar ações que possam ser integradas às rotinas dos colaboradores para que o aprimoramento da habilidade seja feito no dia a dia.
Todo o processo deve estar de acordo com os objetivos e valores da empresa. Afinal, o futuro líder precisa estar engajado na cultura para que seja capaz de disseminá-la nas equipes que vai liderar. Além disso, colher feedbacks também é muito importante para o crescimento desse profissional – até porque a liderança pressupõe boa capacidade de construir relacionamentos interpessoais positivos.
4. Mensuração de resultados
Por fim, a última etapa do plano de desenvolvimento de liderança envolve medir os resultados obtidos com o programa. Essa é uma etapa de suma importância para avaliar a efetividade do PDL e fazer ajustes, caso sejam necessários. Um bom planejamento deve ter metas fáceis de serem avaliadas, para que o profissional em questão tenha clareza do que a empresa espera dele e de quais critérios foram utilizados para avaliar o seu progresso.
Como identificar talentos para a liderança na sua organização?
O perfil do bom líder
Além de adotar condutas contrárias às vistas em modelos de gestão baseados em chefia, o bom líder exerce suas funções com responsabilidade e recorre às suas soft skills para praticar a liderança da melhor maneira possível. Isso inclui a utilização, sobretudo, da inteligência emocional, uma competência que permite reconhecer, avaliar, controlar e direcionar as próprias emoções, além de ser capaz de identificar as emoções de outras pessoas.
Em conjunto com a empatia e o autoconhecimento, este profissional se destaca por alinhar o pensamento estratégico e a visão sistêmica aos fatores subjetivos que permeiam o dia a dia de uma empresa. Afinal, toda e qualquer organização é formada por pessoas com individualidades, comportamentos, motivações e sentimentos distintos. Cabe ao líder saber equilibrar essas questões para descobrir como estimular cada liderado e fazer com que ele desenvolva todo o seu potencial.
Nesse contexto, o comportamento assume uma importância fundamental, uma vez que pode ser usado como um catalisador para a alta performance. Mas, para isso, é preciso que cada profissional exerça funções diretamente relacionadas às suas habilidades naturais. E se o líder conhece o perfil comportamental de seus liderados, ele pode utilizar esse fator não só para fazer com que a jornada do colaborador seja mais estimulante, como também para potencializar sua produtividade. Nesse cenário, um bom workshop de liderança comportamental se faz extremamente necessário.
Para saber mais sobre o workshop Liderança Comportamental, clique aqui.
Por isso, o bom líder é uma figura que tem uma conduta de coletividade e que sabe tanto reconhecer os acertos de seus liderados, quanto dar os feedbacks necessários nos momentos em que erros são cometidos – sempre com respeito e sem humilhar ninguém. Quando isso tudo acontece, a atuação desse líder aumenta os índices de engajamento e de retenção de talentos. O bom líder é empático, paciente, tem humildade para reconhecer os erros e coragem para assumi-los. Além disso, ele distribui oportunidades, motiva e lidera com a admiração dos colegas, não pelo medo.
Como encontrar bons líderes para a empresa?
A identificação de potenciais líderes começa pelo comportamento. Afinal, esses profissionais podem (e vão) aprimorar o estilo de liderança através dos planos de desenvolvimento, mas, para que isso seja possível, eles precisam estar predispostos a lidar com as atribuições e desafios que a gestão de pessoas apresenta. De nada adianta insistir em preparar alguém com um perfil de especialista para gerir uma equipe, por exemplo. Esses profissionais normalmente são pouco abertos a interações e gostam de focar sua energia em desenvolver habilidades técnicas. Como a liderança envolve, sobretudo, lidar com pessoas, remanejar um colaborador assim para uma posição de gestão pode trazer resultados péssimos – até porque, nessas circunstâncias, a empresa perde um profissional expert e ganha um gestor ruim.
Seja na hora de contratar, realocar ou identificar profissionais para treinar em longo prazo, a utilização de softwares de gestão de pessoas, como o Etalent PRO, é muito bem-vinda. Afinal, esse tipo de sistema permite levantar uma série de dados sobre os colaboradores e candidatos – incluindo suas tendências comportamentais, fator de suma importância para avaliar sua predisposição para liderar. Além disso, também é possível criar perfis comportamentais ideais para a liderança, considerando aspectos técnicos e comportamento, o que ajuda a aumentar a assertividade na hora de desenvolver as habilidades desses colaboradores.
Para saber mais sobre o sistema Etalent PRO, clique aqui.
Ferramentas como Assessment também são muito valiosas nesse contexto. Afinal, esse modelo de avaliação é pensado para identificar e desenvolver as tendências comportamentais de cada profissional. Com a aplicação de um bom assessment, é possível monitorar os talentos na empresa e identificar em quem investir para assumir posições de liderança.
Para saber mais sobre o Assessment Center, clique aqui.
E todo esse processo fica ainda mais fácil com a leitura do e-book Talento da Liderança Nacional, que apresenta análises profundas sobre os diferentes estilos de liderança e a importância do comportamento nesse contexto.
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8 dicas para desenvolver verdadeiros líderes
O plano de desenvolvimento de líderes é essencial para qualquer empresa que deseja aprimorar a capacidade desses profissionais, melhorar os resultados e se tornar mais competitiva. Contudo, é sempre bom lembrar que, individualmente, também há muito que os profissionais com essa função (ou aspiração) podem fazer para se qualificar. Até porque, conforme mencionado, a liderança também envolve habilidades subjetivas que, muitas vezes, conseguimos aprimorar investindo em autoconhecimento e prestando atenção às nossas atitudes. Algumas dicas para desenvolver a liderança são:
1. Entenda seu estilo de liderança
É fundamental investir no autoconhecimento, sobretudo em inteligência emocional, e descobrir tendências comportamentais (o que te estimula e o que te causa frustração). Esse é o primeiro passo para identificar o tipo de liderança que você está apto a exercer. Saiba: no mundo corporativo, existem espaço e oportunidades para estilos distintos de liderança.
2. Invista na sua capacidade de comunicação
Um bom líder sabe escutar os seus liderados, tanto em questões de trabalho quanto na vida pessoal. Além disso, esse profissional integra equipes, serve como um mediador, fomenta a sinergia, faz críticas construtivas e é capaz de aceitá-las. Essas são qualidades que dependem diretamente da sua capacidade comunicativa, que deve ser uma prioridade quando o assunto é desenvolvimento de competências.
3. Tenha uma atitude positiva
Um líder que se mostra desmotivado e reticente mina a confiança de sua própria equipe, comprometendo seu desempenho. Um exemplo recente disso aconteceu na Copa do Mundo de 2022, quando um dos jogadores mais importantes da Seleção da Bélgica disse, em entrevista, que não acreditava que a seleção belga tinha chances de levar a taça por “estarem velhos“. Além da polêmica interna causada pela declaração, a seleção foi eliminada ainda na primeira fase. Apesar do exemplo do mundo do futebol, no cotidiano das empresas, as consequências são bastante semelhantes.
4. Estabeleça metas
Criar metas e focar em resultados é importante para que os colaboradores saibam o quanto precisam produzir para alcançar os objetivos. Isso ajuda a avaliar o próprio desempenho e a criar processos mais eficientes.
5. Tenha atenção aos novos talentos
A identificação de novos talentos faz parte da observação do desempenho dos profissionais. Isso é fundamental não apenas para a empresa, que pode realocar os colaboradores em funções em que suas habilidades sejam melhor aproveitadas, mas também para o desenvolvimento dos liderados de maneira geral.
6. Reconheça o bom desempenho
Faz parte da liderança aprender a reconhecer os esforços das equipes. Nesse sentido, também é interessante oferecer recompensas por isso, como dias de folga, notas de agradecimento ou bonificações, caso seja possível. Além de demonstrar a gratidão, esse tipo de ação é interessante para manter o engajamento e a motivação nas equipes.
7. Busque qualificação
Para exercer a liderança da melhor forma possível, é fundamental estar sempre em busca de atualização e novas qualificações. Isso pode envolver cursos on-line, pós-graduações e workshops, dentre inúmeras possibilidades. O mercado de trabalho está em constante mudança; por isso, é fundamental aumentar os níveis de prontidão para além do que é exigido no dia a dia da função.
8. Seja um exemplo
Ser um líder envolve ter respeito e admiração dos liderados. Contudo, para tal, é preciso tomar atitudes capazes de pavimentar essa estrada. De nada adianta cobrar por organização, disciplina e diligência dos liderados quando você mesmo não apresenta esses valores no seu trabalho. Isso pode afastar os colaboradores, que começam a perceber hipocrisia entre o que você defende como líder e o que coloca em prática.
Estabelecer um programa de desenvolvimento de liderança estruturado é uma estratégia imensamente valiosa quando o assunto é a qualidade do trabalho de uma empresa. Afinal, investindo na capacitação dos líderes, é possível melhorar tanto o desempenho técnico dos liderados quanto questões de saúde emocional e bem-estar corporativo. Até porque as pessoas são as grandes responsáveis pelo sucesso de uma organização. É investindo em seu aprimoramento profissional e na sua felicidade que os melhores resultados aparecem.
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Fernanda Misailidis
Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.