O employer branding é algo muito valioso no contexto corporativo moderno. O termo diz respeito ao tipo de relacionamento que uma empresa estabelece com os seus colaboradores enquanto marca empregadora. Em tempos em que a saúde mental e a qualidade de vida se tornaram verdadeiras prioridade para os profissionais, é fundamental que a organização construa a reputação de uma boa organização para se trabalhar. Isso vai afetar diretamente o seu potencial de atração de talentos nos processos de Recrutamento e Seleção.

Depois da pandemia, os salários já não são o principal motivo para um profissional ingressar ou permanecer em uma empresa. Prova disso é essa pesquisa feita com 1,2 mil jovens entre 19 e 25 anos pela Talent LMS. Destes, 42% desses profissionais disseram que se demitiriam caso sentissem os sintomas de doenças como o burnout. O estudo ainda apontou que, para essa geração, a dificuldade de equilibrar a vida pessoal e profissional também é um fator que poderia causar um pedido de desligamento. Não à toa, quando as empresas ensaiaram a volta ao modelo presencial durante um pico da contaminação, houve uma onda de demissões voluntárias no mundo inteiro. E esse foi apenas o primeiro de outros movimentos anti-work que surgiram depois, como o quiet quitting.

Quando a empresa constrói uma imagem pública de organização que se importa com a saúde física, mental e emocional de seu Capital Humano, isso atrai mais olhares de admiração não apenas de possíveis colaboradores, como do mercado como um todo. Inclusive, vale frisar que oferecer um ambiente saudável para pessoas trabalharem é considerado uma prática de responsabilidade social. Contudo, da mesma forma, se a organização tem uma cultura tóxica e competitiva, em que os colaboradores se sintam hostilizados, pressionados e desvalorizados, a tendência é que a marca fique com a imagem manchada no mercado – o que é muito ruim para o sucesso do negócio.

É aí que entra o conceito de employer branding e sua importância para garantir uma imagem positiva como marca empregadora. Boa leitura!

 

O que é employer branding?

Oriundo do inglês, a expressão “employer branding” se traduz como “marca empregadora”. Na prática, o termo diz respeito a um conjunto de práticas, técnicas e ações pensadas para melhorar a percepção do Capital Humano e de pessoas que não fazem parte dele em relação à empresa. Para isso, são desenvolvidas estratégias para reforçar os aspectos positivos de se trabalhar para aquela organização. Isso vai desde os salários e benefícios oferecidos, perpassa a qualidade do ambiente organizacional e se estende até o tipo de plano de carreira oferecido aos seus colaboradores. Afinal, com um mercado cada vez mais competitivo, oferecer apenas boa remuneração não é o suficiente para atrair e reter os melhores talentos.

Para entender o que significa um bom employer branding, nem precisa pensar muito: é só lembrar do Google. A empresa é conhecida como um dos melhores lugares para trabalhar, já que conta com uma cultura voltada para a qualidade de vida, salários e benefícios acima da média, preza pela diversidade e inclusão (D&I), dispõe espaços para a descontração, oferece oportunidades de desenvolvimento para seus colaboradores e ainda colhe o sucesso dessas estratégias se consolidando como uma das empresas mais relevantes do mundo. Não é nenhum exagero dizer que praticamente qualquer profissional gostaria de trabalhar na referida BigTech.

Esse processo não acontece à toa. Uma estratégia bem-sucedida de employer branding fortalece a imagem da marca frente aos profissionais. Logo, os colaboradores de outras empresas passam a encarar aquela como um bom lugar para desenvolver as suas carreiras – e o mercado, de maneira geral, também começa a ter uma visão positiva sobre as práticas adotadas pela organização. Por isso, quando os processos seletivos acontecem, é comum que essas empresas consigam atrair uma enorme quantidade de candidatos interessados, o que é excelente para ampliar o leque de opções e garantir que apenas profissionais verdadeiramente talentosos façam parte do Capital Humano.

Porém, da mesma forma que um employer branding positivo atrai pessoas, se negativo, tem um alto potencial de afastar os candidatos. E se engana quem pensa que esse tipo de informação não é divulgado fora da empresa. Em tempos de redes sociais, o acesso a essas informações está a um clique de distância de praticamente qualquer profissional. Dependendo das condutas, as organizações podem, inclusive, ser “canceladas” na Internet, o que mina de vez a sua reputação com toda e qualquer parte interessada (stakeholder). Inclusive, há portais específicos para que o Capital Humano compartilhe, de forma anônima, suas experiências enquanto colaboradores de uma empresa – o mais popular no Brasil é o Glassdoor.

 

Qual é a importância do employer branding?

De acordo com esta pesquisa realizada pelo LinkedIn, 75% dos profissionais que buscam uma nova oportunidade no mercado procuram informações sobre a empresa antes de enviar o currículo para uma vaga em aberto. Isso mostra que, apesar de, por vezes, existir a necessidade financeira (que precisa ser atendida rapidamente), os candidatos também estão preocupados com a experiência que podem ter enquanto colaboradores. Muitos deles relutam em trabalhar em lugares onde há relatos de ambientes tóxicos, líderes autoritários e poucas oportunidades de crescimento. Logo, se a empresa deseja atrair profissionais mais qualificados, o primeiro passo começa em fortalecer a sua reputação.

Outro ponto importante desse tipo de prática é que, internamente, isso também é positivo para a retenção de talentos. Afinal, para que a empresa seja efetiva no estabelecimento de uma imagem como boa marca empregadora, é preciso que ela seja, antes de mais nada, eficiente em aplicar esses pontos em sua cultura organizacional e crie ambientes que sejam agradáveis para todos. Isso envolve questões como a valorização da saúde mental, flexibilidade na rotina, programas de treinamento e desenvolvimento (T&D), dentre outros investimentos que melhoram a experiência do colaborador como um todo. A consequência direta disso é que, nessas condições, os colaboradores ficam mais motivados a dar o melhor de si e entendem que estão em um bom lugar para se desenvolver. Esse tipo de mentalidade diminui índices como a taxa de turnover.

 

Benefícios do employer branding

Desenvolver um bom employer branding impacta positivamente diversos aspectos de uma organização. Entre os principais, vale destacar:

Atração e retenção de talentos

Os processos de atração e retenção de talentos são muito beneficiados pela construção da imagem da marca como um bom lugar para trabalhar. Quando uma empresa é amplamente conhecida por isso, a tendência é que profissionais altamente capacitados queiram participar de seus processos seletivos – o que, em médio e longo prazos, ajuda a construir um Capital Humano com níveis de prontidão mais altos. A Google, previamente mencionada como uma empresa-exemplo em termos de employer branding, recebe cerca de 2,5 milhões de candidaturas por ano. Esse tipo de procura faz com que a corporação possa selecionar apenas os melhores profissionais, além de estimular os que já estão lá dentro a ficar.

Redução de custos

O turnover é um processo custoso para uma empresa. Também conhecido como “taxa de rotatividade”, o turnover refere-se à relação entre a quantidade de pessoas saindo e o número de colaboradores chegando a uma organização em um determinado período. Quando um funcionário com contrato de trabalho CLT deixa uma empresa, há uma série de verbas indenizatórias que a organização deve pagar a ele, além de gastos com um novo processo seletivo e com a produtividade abaixo da média do colaborador vindouro, visto que ele vai precisar de tempo para se adaptar. Logo, fica fácil entender que prevenir o turnover é uma forma de reduzir os gastos da empresa. E o employer branding é fundamental para que isso seja possível.

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Aumento na produtividade

Quando os profissionais em uma empresa estão felizes e satisfeitos ao exercerem suas funções, é natural que eles trabalhem mais e se desgastem menos por isso. Esse tipo de situação, por si só, já ajuda a prevenir doenças psicossomáticas, como a ansiedade e o burnout, que podem ser problemas graves não apenas para a saúde dos colaboradores, como também para a performance da empresa.

Contudo, por se sentirem reconhecidos e valorizados, a tendência é que, na verdade, a produtividade seja até superior ao que é esperado. Não à toa, a qualidade de vida, um pilar do employer branding, é algo que garante retorno em termos de lucratividade.

Sensação de pertencimento

A sensação de pertencimento pode parecer algo abstrato, mas é muito importante para manter a motivação em dia. Esse tipo de sentimento é desenvolvido quando as pessoas entendem que elas têm um papel fundamental para conquistar os objetivos da organização. Logo, quando há essa sensação, os profissionais se doam mais, são mais colaborativos entre si e, consequentemente, se tornam mais produtivos. Esse é o principal sentimento para que alguém “vista a camisa” da empresa.

Melhorias no networking

O employer branding positivo tem efeitos imediatos na imagem que a empresa constrói frente ao mercado – e as consequências disso podem ser sentidas no networking do negócio. Marcas com boa reputação são mais procuradas para fazer parcerias e recebem mais indicações, sejam de clientes ou de outros profissionais. Por isso, trabalhar a imagem se torna um importante aliado para aumentar as receitas e trazer mais rentabilidade à empresa.

 

Quem é responsável pela marca empregadora?

Muitas empresas acreditam que o departamento de Recursos Humanos é o único responsável por melhorar o employer branding de uma empresa. Apesar de haver certa lógica nesse pensamento, na prática, não é bem assim que funciona. É bem verdade que o RH tem uma série de atribuições que dizem respeito à gestão de pessoas. Monitorar os índices de felicidade e satisfação do Capital Humano, promover ações pensando no bem-estar corporativo, fazer parte dos processos de treinamento e desenvolvimento, elaborar planos de carreira e ficar atento a pontos como salários e benefícios, por exemplo, são algumas ações que fazem parte da rotina do departamento. E todas elas são importantes para que haja, de fato, uma melhoria interna capaz de resultar na construção de uma imagem positiva para a organização.

Contudo, isoladamente, as ações do RH não são suficientes para garantir um ambiente positivo para todos, tampouco para fazer com que isso ultrapasse os limites das dependências da empresa. Em primeiro lugar, é preciso que as lideranças estejam preparadas para comandar equipes de forma saudável e estimulante para todos os colaboradores. Além disso, elas devem estar dispostas a investir em pontos como o desenvolvimento dos colaboradores e a qualidade de vida das pessoas. Vale sempre lembrar que esses profissionais influenciam diretamente no tipo de dinâmica que é criada dentro de um ambiente de trabalho. Não à toa, de acordo com essa matéria do G1, 8 entre cada 10 profissionais que se demitem fazem isso por conta de seus chefes.

Todos os profissionais de uma empresa podem (e devem) contribuir para que aquele se torne um lugar positivo. Além disso, é importante que eles estejam engajados na missão de disseminar essas questões na cultura organizacional, para fazer com que essas práticas sobrevivam em longo prazo. Sem o comprometimento de todo o Capital Humano, dificilmente será possível melhorar a imagem da empresa no mercado.

O setor de marketing da empresa é especialmente relevante quanto a esse ponto. Afinal, a atuação desses profissionais está diretamente ligada à ideia de promover a filosofia da organização para o mundo, bem como de atrair novos talentos por meio dessa divulgação. É recomendado, inclusive, contratar um profissional especialista em marca empregadora para lidar com essas questões.

 

Principais desafios do employer branding

Criar uma reputação positiva no mercado não é algo que acontece da noite para o dia. Por maiores que sejam os esforços investidos para melhorar o employer branding da empresa, sem planejamento voltado para médio e longo prazos, há sempre uma chance de que as estratégias não correspondam ao esperado. E isso pode ser especialmente desafiador para as empresas e suas respectivas lideranças.

Alguns dos desafios encontrados pelas empresas para construir uma boa reputação enquanto marca empregadora são:

  • A necessidade de fazer um esforço contínuo, com estratégias pensadas em médio e longo prazos;
  • Entender qual é a percepção dos colaboradores sobre a empresa enquanto lugar para trabalhar;
  • Identificar o que precisa ser melhorado nas rotinas corporativas;
  • Convencer os gestores a fazerem investimentos financeiros para colocar os planos em prática;
  • Integrar as ações em todos os departamentos da empresa. Afinal, de nada adianta tentar fazer tudo sozinho.

 

Estratégias de employer branding

Empresas que investem no employer branding já começam a agir desde o recrutamento. A forma com que um novo colaborador é tratado durante a seleção já vale como uma primeira impressão de como a organização lida com o seu Capital Humano e, também, o valor que ela dá aos profissionais. Conduzir os processos de forma respeitosa e humanizada já é um bom indicativo. Afinal, isso já diz muito sobre a relação da empresa com seus colaboradores.

Esses esforços devem continuar no onboarding. A maneira com que o candidato é recebido na empresa, como ela demonstra interesse em integrá-lo com os demais, sanar as dúvidas e acompanhar os primeiros meses dele – período da curva de aprendizagem, em que ainda está se adaptando – também são aspectos muito importantes. Nesse momento, é fundamental introduzi-lo na cultura organizacional do negócio, deixando claros seus valores éticos, morais e propósito do negócio. Tudo isso conta para construir um bom employer branding.

Outro tipo de estratégia que vem sendo muito utilizado é o fortalecimento da marca nos ambientes digitais. Saber como usar a internet e as redes sociais em favor da marca é fundamental nesse processo. Isso vai desde criar estratégias de marketing digital para divulgação da empresa até reservar, por exemplo, uma área específica no site da organização para receber candidaturas. Algumas empresas, inclusive, selecionam pessoas influentes em redes sociais para que se tornem embaixadores da marca, o que faz com que a divulgação seja ainda mais ampla e abrangente.

 

10 etapas para implementar o employer branding

Construir um employer branding positivo requer tempo e estratégia – e isso envolve etapas. Primeiro, é preciso conhecer profundamente a missão, os valores e o propósito da marca para, depois, criar ações que conversem diretamente com a identidade da empresa e que possam ser mantidas em longo prazo. Afinal, quando não há alinhamento entre esses fatores, a tendência é que o planejamento seja abandonado em algum momento.

Algumas etapas interessantes para criar o employer branding são:

1. Tenha um objetivo bem definido

O primeiro passo para definir uma estratégia de employer branding é ter um objetivo claro. Isso pode ser, por exemplo, melhorar a atratividade da empresa em processos de R&S, aumentar retenção de colaboradores, fortalecer a cultura organizacional, melhorar o ambiente interno, dentre diversas outras possibilidades. Uma vez definido o ponto de chegada, será possível entender o investimento financeiro que a empresa deverá fazer e, também, pensar em quais ações devem ser adotadas para que ela seja bem-sucedida quanto a esse ponto.

A partir daí, a empresa deve pensar em uma tática para cumprir a sua meta. Isso envolve selecionar as lideranças que irão participar do projeto, bem como o papel dos demais colaboradores. Aqui, também vale definir alguns indicadores para entender se os objetivos estão sendo cumpridos conforme o planejado. Além disso, a empresa deve adotar uma estratégia de comunicação envolvente para que consiga engajar o seu Capital Humano.

2. Analise o cenário

Uma vez definido o objetivo, é importante entender qual é a situação da empresa em relação a ele – e a análise de cenário funciona como um diagnóstico para isso. Se a meta for melhorar a retenção de talentos, por exemplo, essa fase pode começar com uma pesquisa interna para avaliar como o Capital Humano enxerga essa questão. Nesse caso, também é válido usar um bom mapeamento de clima organizacional para entender se as pessoas estão satisfeitas como colaboradoras, o que é fundamental para que elas queiram continuar.

Para saber mais sobre o Mapeamento do Clima Comportamental, clique aqui.

Todo esse processo é importante para que a empresa consiga entender os fatores mensuráveis e os imensuráveis. O primeiro deles diz respeito ao que pode ser mudado diretamente a partir de investimento financeiro – salários, benefícios, infraestrutura, entre outros. Já o segundo compreende pontos relacionados à cultura da empresa – liderança, modelo de trabalho, gestão, oportunidades de desenvolvimento, por exemplo. Esse levantamento será importante para que a empresa se torne uma referência.

3. Crie referências

Uma dica interessante para criar um planejamento para o employer branding é fazer o famoso benchmarking, uma prática de análise de concorrentes, interessante para entender e avaliar as práticas do mercado. Estudar alguns cases de sucesso é uma forma de ter insights importantes e que podem ser aplicados à realidade da empresa. Contudo, as ideias devem ser usadas apenas como referências – afinal, toda empresa possui suas particularidades e, não necessariamente, o que dá certo em uma também vai dar na outra.

4. Comunique ao Capital Humano

É importante que os esforços da empresa para criar uma estratégia de employer branding sejam comunicadas aos seus colaboradores. Esse tipo de conduta vai garantir mais engajamento e apoio para que os objetivos sejam concretizados – afinal, a tendência é que os profissionais ganhem qualidade de vida sob essas condições. Logo, é recomendado colocar algumas ações em prática para a divulgação desses esforços. Reuniões de alinhamento e disparo de conteúdo institucional sobre o assunto, por exemplo, são boas opções. Também é fundamental deixar um canal aberto para dúvidas, trocas de ideias e considerações por parte do Capital Humano. Depois dessa etapa, é hora de colocar em prática o que foi definido.

5. Identifique e atraia profissionais adequados

O próximo passo é identificar o perfil de candidato desejado para atrair em processos de Recrutamento e Seleção. Nesse ponto, é importante estar ciente do comportamento, conhecimento e das habilidades desejadas para elevar o patamar de produtividade do negócio como um todo. Os profissionais também devem ter fit cultural com os valores defendidos pela empresa e o perfil para as contratações deve fazer sentido com o objetivo do employer branding. De nada adianta, por exemplo, querer trazer diversidade e inclusão ao ambiente organizacional e não contratar pessoas oriundas de grupos minoritários.

Para realizar processos de recrutamento mais assertivos e selecionar candidatos com um comportamento adequado para o cargo, a utilização de uma boa plataforma de gestão de pessoas é fundamental. Com o Etalent PRO, é possível contratar baseando-se no perfil comportamental, o que garante que o profissional trabalhe de forma ecologicamente humana e tenha habilidades sociocomportamentais que fazem sentido para a cultura da empresa.

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6. Invista no marketing

Como mencionamos, o marketing é parte fundamental do employer branding – não é à toa que o processo leva o nome de “branding“, conceito oriundo desta área. Seja para atrair novos talentos, reter os antigos ou trazer novas parcerias, é importante desenvolver práticas que sejam positivas para a imagem da empresa no mercado competitivo. Ter atenção às redes sociais e desenvolver conteúdo para elas, fazer campanhas internas pensando em responsabilidade social e compartilhar conceitos da cultura organizacional, por exemplo, são algumas sugestões de ações que podem ser feitas pelo setor.

7. Tenha uma EVP bem definida

A Employment Value Proposition (EVP) pode ser traduzida como “proposta de valor ao colaborador”. Esse termo se refere a uma gama de ofertas de benefícios e recompensas que uma empresa oferece aos seus profissionais, para favorecer a alta performance e a produtividade no ambiente de trabalho. Esse é um fator fundamental para qualquer empresa que queira melhorar o employer branding, uma vez que pode impactar diretamente na percepção que os colaboradores têm da organização como um bom lugar para trabalhar.

8. Desenvolva uma cultura forte

A cultura organizacional de uma empresa está diretamente relacionada à sua identidade, incluindo valores, ética, missão, história, visão e até questões mais específicas, como códigos de vestimenta, políticas de inclusão e regime de trabalho. Quanto mais forte for a cultura de uma empresa, mais fácil fica atrair profissionais que se identifiquem com ela. Além disso, uma cultura bem definida serve como uma bússola para as atitudes dos profissionais que já atuam na empresa. Logo, esse é um fator importante para construir uma reputação positiva como marca empregadora.

9. Crie um ambiente de trabalho saudável

Ambientes de trabalho tóxicos impactam diretamente o desempenho e o comprometimento das equipes, o que pode ser traduzido em queda de produtividade e de qualidade. Esse tipo de dinâmica acarreta a desmotivação dos profissionais, que demoram mais a fazer as tarefas, com queda também na qualidade das entregas. Também é comum que os altos níveis de estresse gerem profissionais mais ansiosos, tensos e mais suscetíveis a erros, doenças e até mesmo a se envolver em acidentes de trabalho. Logo, criar ambientes saudáveis é parte fundamental de se consolidar como um bom lugar para trilhar uma carreira.

10. Faça o acompanhamento de resultados

As estratégias de employer branding não têm, necessariamente, um fim – são ações que precisam ser revistas esporadicamente para que continuem dando certo. Por isso, é importante fazer um monitoramento constante dos resultados a partir de indicadores pré-definidos. Alguns KPIs interessantes para avaliar o sucesso do programa são a queda na taxa de rotatividade, quantidade de acessos em páginas de carreira da empresa, engajamento interno e produtividade.

 

O ROI do employer branding

Em inglês, ROI significa Return On Investiment, ou retorno sobre investimento. Como o nome indica, o termo serve para medir o quanto uma empresa lucra a partir de um determinado investimento feito. Esse tipo de lógica pode ser aplicado ao employer branding, para avaliar os impactos das ações na rentabilidade do negócio como um todo.

Para mostrar como o ROI funciona, vamos usar um exemplo fictício. Uma empresa que está tentando melhorar a sua imagem como marca empregadora investe em marketing digital para alcançar mais clientes. Para isso, ela destina R$15 mil para investir em propagandas nas redes sociais. Essas iniciativas geraram um ganho de R$150 mil em retorno.

Logo, o ROI seria representado na seguinte equação:

Cálculo ROI

Nesta situação, o ROI é de 900, ou seja, o ganho da empresa aumentou 900% a partir do investimento feito com marketing digital.

 

4 dicas para a melhorar a marca empregadora

Além dos passos para implementar o employer branding na empresa, existem algumas dicas de ações para tornar esse processo ainda mais eficiente.

Ter clareza da missão, visão e dos valores

Toda e qualquer empresa tem missão, visão e valores. Contudo, nem sempre isso fica claro para os profissionais que pretendem se candidatar a uma vaga em aberto – na verdade, por vezes, esses pontos não estão claros nem mesmo para o Capital Humano. A questão é que, em processos de employer branding bem-feitos, isso pode e deve ser usado para ajudar a atrair pessoas alinhadas à cultura da organização. Afinal, como mencionamos, mesmo que haja necessidade financeira, a tendência atual é que os profissionais busquem trabalhar em empresas com as quais se identifiquem.

Ser transparente

A transparência e a comunicação clara são fatores que também ajudam a construir um employer branding positivo. Afinal, dessa forma, a empresa mostra que entende suas próprias limitações e potencialidades, e demonstra confiança nos profissionais para trabalhá-las de forma conjunta. Esse tipo de atitude também ajuda a aumentar o engajamento interno, visto que os colaboradores se sentem respeitados e entendem que suas considerações também são relevantes para a empresa – caso contrário, as informações não seriam compartilhadas com eles.

Usar mídias sociais

As redes sociais jamais devem ficar de fora dos planos de um employer branding bem construído. Afinal, muitos possíveis candidatos acompanham os passos da empresa por esses portais. Investir nessas mídias é interessante para divulgar a cultura da empresa, demonstrar autoridade da área de atuação, além da relevância no nicho de atuação do negócio. Por isso, é importante que a organização invista nessas plataformas, crie conteúdo para elas e tente sempre expandir a sua presença nesses meios.

Fazer pesquisas de feedback

Os feedbacks também são importantes para garantir que o processo ocorra da melhor maneira possível. Até porque, ao pedir a opinião de mais colaboradores sobre essas estratégias, a empresa consegue ter uma perspectiva mais ampla sobre o que está sendo desenvolvido. Ademais, se houver colaboradores mais recentes no Capital Humano, essa estratégia pode ser especialmente interessante, uma vez que aquelas pessoas passaram por processos seletivos há pouco tempo e podem contribuir mencionando as tendências que viram e a percepção que tiveram sobre as marcas.

 

Exemplos de employer branding

Netflix

A Netflix é conhecida no mundo inteiro por ser uma marca que preza por seus profissionais. A empresa tem ambientes de trabalho descontraídos, além de oferecer remuneração competitiva e planos de carreira bem elaborados. A organização também se mostra receptiva a pautas de responsabilidade social, como a diversidade e inclusão, e coleciona uma série de comentários positivos por parte de seus funcionários nas redes sociais.

Google

Quando se pensa em employer branding, provavelmente o Google é a primeira empresa que surge na mente de qualquer pessoa. Além de ser uma das organizações mais influentes do mundo, a marca é conhecida por ser inovadora e altamente competitiva. Com os funcionários, no entanto, o zelo é enorme. A empresa conta com ambientes pensados para a qualidade de vida e o bem-estar corporativo, incluindo áreas de “descompressão”, dedicadas especificamente para o lazer. O Google tem alguns dos melhores planos de carreira do mercado, flexibilidade nos modelos de trabalho, benefícios extremamente competitivos e leva a sério a segurança emocional de seus colaboradores.

Grupo Boticário

No Brasil, um bom exemplo de employer branding é do Grupo Boticário. A empresa realiza um trabalho sólido para trazer talentos qualificados, desenvolve conteúdos de divulgação da marca em redes sociais, faz campanhas e também coleciona depoimentos positivos por parte de seus funcionários. A cultura do Grupo Boticário é muito elogiada, bem como os planos de carreira e as parcerias feitas pela marca. A qualidade de vida é um pilar do trabalho realizado por eles, o que explica ter um programa estruturado de saúde mental para seus colaboradores.

O employer branding é fundamental para empresas que desejam se destacar no cenário competitivo. Com estratégias bem-feitas, é possível atrair talentos mais qualificados, parcerias e melhorar a taxa de retenção das empresas. Contudo, para fazer isso da melhor forma possível, é preciso traçar estratégias e as principais delas envolvem colocar o Capital Humano no centro de toda a atuação da empresa. Afinal, as pessoas são o maior bem de uma organização e mantendo-as felizes, os melhores resultados começam a aparecer. Assim, é possível se consolidar no mercado como uma marca relevante, produtiva, que respeita os seus profissionais e, por isso, é um bom lugar para estabelecer uma carreira de sucesso.

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Fernanda Misailidis

Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.

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