O lifelong learning é um termo que, há algum tempo, vem ganhando notoriedade no mundo corporativo. Diretamente associado à cultura de aprendizagem e à ideia de educação permanente, essa prática descreve um mindset de desenvolvimento contínuo, que reflete as grandes mudanças pelas quais as empresas estão passando. Se antes, havia o entendimento que apenas a educação formal importava e que apenas as hard skills deveriam ser desenvolvidas, hoje em dia, sabe-se que, isoladamente, elas não são suficientes para garantir o sucesso, tampouco transformar o potencial dos colaboradores em um diferencial competitivo da organização

Nos moldes mais modernos, entende-se que é preciso colocar em prática modelos de gestão humanizados, focados nos colaboradores e capazes de dar conta de um mercado em constante transformação. No passado, acreditava-se que o aprendizado do profissional ficava restrito ao estudo em graduações e cursos de extensão. Mas, hoje, essa premissa está ultrapassada e deve ser deixada de lado. E isso inclui criar uma cultura organizacional que estimule o desenvolvimento contínuo, tanto das habilidades técnicas quanto das comportamentais.

A educação formal e as qualificações trazidas por ela continuam sendo extremamente importantes para o desempenho profissional. Entretanto, se ater somente a essas questões é um equívoco tão grande quanto achar que a aprendizagem termina junto com os cursos. Também é preciso oferecer uma base para que os colaboradores aprimorem as soft skills, mad skills, desenvolvam novas habilidades e para que tenham rotinas que fomentem a qualidade de vida. E é nesse ponto em que entra o lifelong learning, tema do nosso artigo de hoje. Boa leitura!

 

O que significa lifelong learning?

Para entender o que significa lifelong learning, é preciso, primeiro, considerar a tradução direta: o termo pode ser entendido como “aprendizagem ao longo da vida”. Assim, lifelong learning refere-se à busca contínua por conhecimento, aperfeiçoamento e desenvolvimento, seja na esfera pessoal, acadêmica ou profissional.

Sob essa perspectiva, nunca é tarde para aprender algo novo – e esse conhecimento pode ser adquirido tanto de maneira formal quanto informal. Para quem adota essa mentalidade, a ideia de educação contínua está relacionada a fatores como automotivação, curiosidade, proatividade e autonomia, não somente a cursos e graduações. O intuito não é, necessariamente, passar a vida inteira procurando formas de aumentar o conhecimento formal, mas também desenvolver aspectos subjetivos e comportamentais. Experiência de vida, empatia, perspectivas e soft skills diretamente relacionadas às rotinas corporativas são exemplos do tipo de conhecimento que o lifelong learning ajuda a desenvolver – além de aspectos técnicos, evidentemente.

Para quem vive o lifelong learning, o aprendizado vai além da educação formal e deve ser obtido a partir das situações diversas, uma vez que essas pessoas estão sempre ansiando por aprender algo novo. A ideia é oposta àquela que citamos, quando se entendia que concluir uma graduação, por exemplo, era o suficiente para embarcar no mercado de trabalho e permanecer em uma função durante a vida inteira. Para quem vive como um eterno aprendiz, o conhecimento também está nas experiências, vivências, experimentações e relações. O conceito não rechaça a educação formal nem sua importância para o desenvolvimento de um profissional; ele entende que essa é uma parte importante do processo, mas não a única.

O lifelong learning estimula a ideia de que devemos nos tornar eternos aprendizes, sempre abertos a adquirir novas habilidades, conhecimentos e experiências. E em longo prazo, isso faz uma enorme diferença para o desenvolvimento profissional, já que estimula a adaptabilidade às novas demandas e a atualização em relação às tecnologias. É importante ressaltar, no entanto, que, para que isso aconteça no ambiente de trabalho, não basta a vontade do colaborador – é preciso haver estímulo e investimento também das empresas. Dessa forma, é possível aprender a partir da experiência adquirida pelos profissionais ao longo do dia enquanto desempenham suas funções.

 

A relação entre lifelong learning, upskilling e reskilling

Em um momento em que os recursos tecnológicos mudam constantemente e a competitividade é crescente, é de se esperar que determinadas habilidades e conhecimentos se tornem obsoletos em curtos períodos de tempo. Não à toa, as tendências mercadológicas para os próximos anos são completamente diferentes das vistas nas décadas passadas, quando ainda não havia discussões sobre pontos como metaverso ou inteligência artificial.

Nesse contexto, o investimento na cultura de aprendizagem e na difusão do lifelong learning surgem como uma forma de garantir que os profissionais estejam em constante desenvolvimento. Afinal, o estímulo ao aprendizado contínuo incentiva o desapego de metodologias tradicionais que já não funcionam da mesma forma nos contextos atuais.

É nesse ponto que entra a relação direta dessa mentalidade com processos de desenvolvimento profissional, como o upskilling e o reskilling. Ambos dizem respeito a situações em que os profissionais buscam aprimorar suas habilidades. O upskilling, aliás, trata diretamente disso; em inglês, o termo “up” significa “elevar” enquanto “skill” pode ser entendido como “habilidade”. Já o reskilling trata do desenvolvimento de novas competências, como uma forma de “requalificação”, aumentando a versatilidade e a empregabilidade do profissional.

Um editor de vídeos, por exemplo, recorre ao upskilling para aprender a utilizar novas ferramentas, aplicar técnicas, testar novos formatos, dentre outras possibilidades. Tudo isso engloba a habilidade de editar vídeos, mas em procedimentos mais complexos e detalhados. Contudo, se esse profissional decide aprender design gráfico, por exemplo, ele recorre ao reskilling, uma vez que está aprendendo uma nova competência (e toda gama de habilidades relacionadas a ela), a fim de se tornar um profissional mais completo e versátil.

 

Os 4 pilares do lifelong learning

De acordo com a Lifelong Learning Council Queensland (LLCQ), organização que representa e difunde a mentalidade no mundo inteiro, o aprendizado contínuo é feito a partir de quatro pilares fundamentais. São eles:

Aprender a conhecer

O primeiro pilar do lifelong learning diz respeito ao processo de conhecer novas informações de forma questionadora, interpretando e pensando sobre cada situação. Além disso, ele também retrata o desenvolvimento da curiosidade e do prazer no processo de aprendizagem – que, como vimos, deve ser orgânico e superar a ideia de estudar para um fim específico. A ideia é transformar a busca por conhecimento em algo rotineiro, que esteja intimamente ligado ao prazer, bem-estar e satisfação pessoal. Esse é o momento em que a pessoa que adota essa mentalidade desenvolve o senso crítico, busca por novas ideias e faz questionamentos em vez de simplesmente reproduzir comportamentos sem pensar sobre eles. Aqui, a reflexão se torna uma parte constante do cotidiano.

Aprender a conhecer envolve pontos como:

  • Incentivar e desenvolver o pensamento crítico;
  • Sair da zona de conforto;
  • Confrontar ideias;
  • Desenvolver novas perspectivas;
  • Criar autonomia para aprender.

Aprender a fazer

Aprender a fazer diz respeito à prática e à fixação de novos conhecimentos. Evidentemente, o processo de aprendizado contínuo requer muita teoria, mas trazer isso para a prática é fundamental para que qualquer habilidade ou competência seja consolidada. É válido ressaltar, inclusive, que o processo também abarca as soft skills, como comunicação, liderança, inteligência emocional, colaboração, dentre outras.

Aprender a conviver

Aprender a conviver é um pilar que se refere ao aprendizado por meio da troca e da convivência com os demais. Entretanto, ao contrário do que algumas pessoas pensam, o processo não se limita à interação ou à troca de feedbacks. Aprender por meio da convivência também significa aproveitar toda e qualquer oportunidade para adquirir conhecimento, seja sobre trabalho ou experiências de vida. Esse é um pilar fundamental para desenvolver questões como a colaboração e o trabalho em equipe, uma vez que envolve:

  • A capacidade de gerenciar conflitos;
  • Construção de relacionamentos interpessoais;
  • Estabelecimento de vínculos;
  • Empatia e respeito pelos colegas.

Aprender a ser

O último pilar do lifelong learning corresponde ao desenvolvimento de autonomia para estudar e aprender. Quando chega a esse ponto, o indivíduo se torna o maior responsável pela própria curva de aprendizado. Afinal, cabe a ele se aprofundar nos assuntos de maior interesse, sejam técnicos, comportamentais, empíricos ou de quaisquer outros âmbitos. Dessa forma, ele vai moldando o aprendizado a partir do seu real interesse. Esse pilar enfatiza a evolução e o aprimoramento de habilidades a partir da autonomia e do senso crítico.

 

Benefícios do lifelong learning

De acordo com o estudo “Future of Humans – Changing Lifestyles, Rising Opportunities” (2020), lançado pelo grupo suíço UBS, à medida que as transformações mercadológicas se intensificam, os conhecimentos se tornam obsoletos cada vez mais rápido. Logo, ter um diploma em determinado curso deixou de ser o ponto de chegada do desenvolvimento de um colaborador – e é preciso adotar uma mentalidade de aprendizado contínuo para conseguir suprir necessidades constantemente.

No contexto corporativo atual, é comum ver pessoas competindo pelas mesmas vagas. Com o avanço das tecnologias, que vêm mudando os cenários rapidamente, é importante adotar mentalidades que aumentem a versatilidade e as possibilidades de adaptação. Por isso, entender o desenvolvimento de habilidades como algo restrito à educação formal deixou de fazer sentido e o lifelong learning tem se mostrado uma estratégia extremamente eficaz para quem quer manter a empregabilidade em alta. Alguns benefícios dessa mentalidade são:

No ambiente corporativo

Para as empresas, as vantagens de promover o lifelong learning são inúmeras. Mantendo as equipes em constante estado de aprendizado, é possível aprimorar suas habilidades, independentemente das mudanças impostas pelo mercado, além de estimular o compartilhamento do conhecimento entre os profissionais. E esse tipo de preocupação ajuda a formar times mais colaborativos, adaptados e capazes de atingir excelentes resultados.

Quando a empresa consegue semear esse valor na sua cultura organizacional, cria uma mentalidade voltada para o desenvolvimento contínuo de forma orgânica – e esse tipo de postura é benéfico tanto para as organizações quanto para os próprios colaboradores. Valorizar a cultura de aprendizagem permite que as empresas se adaptem melhor às demandas, já que incentiva a atualização contínua. Além disso, os profissionais sentem-se mais estimulados por conta do investimento que há neles, visto que aprimoram suas habilidades, se tornam mais capacitados e se desenvolvem de maneira constante. Sob essas condições, é comum observar:

  • Colaboradores desenvolvendo novas habilidades, sejam técnicas ou comportamentais;
  • Equipes mais criativas, já que os profissionais são estimulados a pensar “fora da caixa”;
  • Domínio de novas tecnologias, uma vez que, cada vez mais, o mercado necessita de pessoas com alta capacidade de adaptação a novas tendências;
  • Colaboradores aproveitando as oportunidades, uma vez que portas são abertas a cada novo conhecimento ou habilidade aprendida;
  • Profissionais menos desgastados e mais motivados.

Percebe-se a importância desta possibilidade em pesquisas como a realizada por Josh Bersin, analista de RH e de aprendizagem corporativa: dos mais de 2 mil entrevistados, 20% apontam a incapacidade de aprender e crescer como o principal motivo para deixar um emprego.

Além disso, alguns benefícios específicos são:

Aumento da produtividade

Por serem estimulados a buscar constantemente maneiras de aprimorar o conhecimento e as habilidades, é comum que os profissionais se tornem mais produtivos e aumentem os níveis de prontidão. Ademais, atingir a maestria em determinadas competências também é uma forma de fazê-las de maneira assertiva, mantendo a qualidade e diminuindo o tempo gasto no processo. Por isso, a mentalidade do lifelong learning nas empresas acaba sendo uma aliada na criação de ambientes mais produtivos.

Ambientes de trabalho mais dinâmicos

O lifelong learning abarca também a autonomia e a proatividade – o que é fundamental para criar um ambiente de trabalho mais dinâmico. Quando a empresa estimula esse tipo de pensamento, dificilmente os colaboradores ficam apenas esperando receber ordens dos superiores para executar as tarefas. É muito mais comum que eles mesmos tenham iniciativa para fazerem seus trabalhos, o que contribui para um fluxo orgânico, saudável e dinâmico.

Criação de vantagem competitiva

Adotando o lifelong learning, a empresa potencializa os talentos dos colaboradores, o que se torna um diferencial competitivo. Aos poucos, o cuidado com o desenvolvimento e o estímulo à autonomia atinge também a reputação do negócio frente ao mercado, o que impacta a maneira com que novos talentos enxergam o lugar. Logo, a empresa consegue melhorar o branding e a capacidade de atrair profissionais em processos seletivos.

Retenção de talentos

Da mesma forma que a mentalidade de aprendizagem contínua atrai novos colaboradores interessados em trabalhar para a organização, para os que já estão lá, ela também serve como uma justificativa para ficar. Logo, o lifelong learning também serve como uma ação para diminuir a rotatividade de profissionais. E isso é muito importante para as empresas, visto que um turnover alto é financeiramente custoso para as organizações.

Para profissionais

As aplicações do lifelong learning são inúmeras para os profissionais que desejam adquirir essa mentalidade. Dentre alguns benefícios, destacamos:

Maior empregabilidade

A empregabilidade de uma pessoa diz respeito a um conjunto de conhecimentos, tanto de ordem técnica quanto comportamental, que tornam um profissional mais atraente para a contratação durante processos seletivos. Para além desse sentido, há também quem entenda o termo como a capacidade de um profissional se manter empregado. Em ambos os casos, o lifelong learning traz impactos positivos, visto que, ao adquirir novas habilidades e se manter atualizado, o profissional tem mais facilidade de ser notado durante processos de Recrutamento e Seleção, além de aumentar sua versatilidade e nível de prontidão – o que pode ser a diferença entre manter ou não um emprego.

Incentivo aos desafios

Quem adota o lifelong learning como uma mentalidade para a vida está constantemente aceitando novos desafios. Isso não apenas é importante para superar o medo das mais diversas situações, como também para testar todo o conhecimento que é aprendido. Logo, os indivíduos conseguem ter mais clareza das ideias, amadurecem mais rápido e ampliam as perspectivas não apenas da carreira profissional, mas na vida pessoal também.

Acompanhamento de tendências

Aprender sempre pressupõe estar em contato com os principais assuntos e tendências. Independentemente da área, ter a curiosidade para buscar por novidades e o hábito de estudar continuamente traz benefícios muito importantes para a carreira de qualquer profissional. Esse tipo de preocupação é o que permite desenvolver habilidades associadas, por exemplo, às tecnologias mais recentes. Há algumas décadas, quando a Internet era algo novo, pouco se sabia sobre o seu potencial. Contudo, para aqueles mais atentos ao recurso, já era possível prever como ela revolucionaria o mundo. Hoje em dia, tópicos como inteligência artificial, por exemplo, podem seguir o mesmo caminho – e os profissionais que a acompanham de perto também conseguem se antecipar às principais tendências.

Desenvolvimento de uma visão mais ampla

A educação continuada faz com que as pessoas entrem em contato com novos conhecimentos o tempo inteiro. Isso permite criar uma visão mais ampla sobre a profissão e sobre a área de atuação como um todo, já que o colaborador está constantemente expandindo as próprias referências. O resultado é que o profissional acaba se tornando mais completo, além de desenvolver habilidades específicas como confiança, adaptabilidade, pensamento crítico, criatividade, resolução de problemas, dentre outras possibilidades.

 

Desafios do lifelong learning

Por mais que o lifelong learning traga diversos benefícios para empresas e organizações, é importante ter atenção na hora de implementá-lo – e isso vale tanto na vida pessoal quanto nos ambientes corporativos. Isso porque, para que o processo seja feito de forma assertiva, é preciso mais do que vontade, já que o método engloba desafios específicos que impactam diretamente o sucesso (ou não) de quem tenta adotá-lo. Dentre eles, destacamos:

Proatividade

A proatividade é uma competência comportamental associada à iniciativa e à capacidade de se antecipar aos problemas e desafios diários. Profissionais com esse perfil não têm medo de assumir a responsabilidade das situações e, comumente, tomam a iniciativa antes mesmo que alguém os peça para executar determinada tarefa. Um dos principais desafios de implementar o lifelong learning é que o método pressupõe essa característica, que não é algo comum a todos. Afinal, o aprendizado contínuo depende da iniciativa de cada um, além da autonomia para buscar novos conhecimentos, experiências e responsabilidade para assumir as rédeas do próprio desenvolvimento.

Mensuração de resultados

Outro desafio comum da educação continuada é mensurar os resultados trazidos por ela. Nem sempre esse é um processo simples, já que o aprendizado contínuo, por vezes, traz ganhos significados em habilidades subjetivas, que dificilmente podem ser medidas ou avaliadas. Há, evidentemente, situações em que é possível fazer análise de dados, testar competências e até mesmo avaliar o impacto dessa mentalidade no desempenho do profissional. Entretanto, não há garantias quanto a isso.

Curiosidade

Da mesma forma que o lifelong learning precisa de proatividade para ser implementado, a curiosidade também é parte importante desse processo. Ser um eterno aprendiz requer ter uma cabeça aberta e vontade inata de explorar novas perspectivas, além de novos conhecimentos. E, como acontece com a proatividade, nem todo mundo consegue ser assim. Há pessoas que se sentem desmotivadas e sem energia para buscar o novo. Nesse caso, se manter curioso pode ser um desafio à parte, o que compromete por inteiro a ideia do aprendizado contínuo.

 

Como implementar o lifelong learning nas empresas?

Para implementar a educação continuada como um valor organizacional, é preciso estar atento a alguns pontos específicos. Dentre eles, destacamos:

Realize processos de R&S mais assertivos

Quando a organização realiza processos seletivos pensando nas soft skills dos candidatos e na forma com que elas podem ser utilizadas, a empresa consegue contratar os profissionais mais adequados, tanto para a função quanto em relação ao fit cultural. Entender esse alinhamento como uma prioridade é uma forma de garantir que apenas profissionais favoráveis à ideia do aprendizado contínuo sejam contratados. Em médio e longo prazos, o negócio consegue formar um Capital Humano que tenha este valor como algo intrínseco.

Entretanto, vale sempre ressaltar: para que isso seja possível, é preciso utilizar um bom software de gestão comportamental capaz de evidenciar o perfil comportamental dos candidatos. Com o ETALENT Pro, é possível não apenas fazer isso, como também entender as necessidades de treinamento do profissional para que, em um momento futuro, seja mais fácil orientá-lo no caminho de desenvolvimento individual.

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Foque nas soft skills

O lifelong learning parte da premissa de que o conhecimento deve ser algo além da educação formal. É importante que as empresas também invistam em formas de aprimorar as competências comportamentais dos profissionais. Empatia, resolução de conflitos e habilidade de se adaptar, por exemplo, são pontos que precisam ser estimulados internamente, para além de questões atreladas aos conhecimentos técnicos.

Conheça tendências do mercado

Para uma empresa, é fundamental estar ciente das tendências mercadológicas como forma de manter a relevância, se antecipar a mudanças e adotar uma postura proativa em relação ao cenário como um todo. Participando de eventos, feiras, cursos e ambientes voltados para a aprendizagem, a empresa consegue ter um panorama mais amplo em relação a esse ponto – e, assim, fomentar o desenvolvimento de seus colaboradores.

Estimule a mentalidade de crescimento

Pessoas com mindset de crescimento são mais receptivas às mudanças e acreditam que o potencial pode (e deve) ser desenvolvido com tempo, estudo, dedicação, erros e acertos. Por isso, elas estão abertas ao aprendizado, às novas experiências, ao desenvolvimento de novas habilidades e, claro, à busca pelo aperfeiçoamento naquelas que já possuem. Esse tipo de mentalidade é fundamental para o lifelong learning e deve ser estimulado por empresas que desejam adotar este como um valor organizacional.

Adote iniciativas para o aprendizado contínuo

Há uma série de medidas possíveis para estimular a educação contínua das equipes. Promover eventos, disponibilizar programas de bolsa de estudos e treinamentos, incentivar rodas de debates, implementar programas de mentoria e a integração entre colaboradores mais jovens e os mais experientes são alguns exemplos de como isso pode ser feito. No entanto, também é preciso que a empresa estimule a mente aberta dos profissionais, sempre incentivando-os a acompanhar a evolução do mercado. A curiosidade intelectual é outro ponto de suma importância para que seja possível implementar o aprendizado contínuo como parte da cultura organizacional e, por isso, toda e qualquer ação que a empresa tome em prol de incentivá-la é muito bem-vinda.

Estimule os feedbacks

Os feedbacks são extremamente importantes para que os profissionais consigam aprender com seus próprios erros e aprimorar suas habilidades. Embora diversas empresas não deem a devida atenção a eles, é necessário investir nesse tipo de providência para dar a chance aos colaboradores de melhorarem e se desenvolverem. Caso contrário, os profissionais podem continuar cometendo os mesmos erros, sem sequer saber disso. Aliás, vale sempre ressaltar que os feedbacks devem ser feitos com gentileza e sensibilidade.

Desenvolva líderes para dar o exemplo

O comportamento dos líderes das equipes influencia diretamente o dos liderados. Por isso, ser um exemplo para os demais colaboradores é muito importante – afinal, as equipes se sentem incentivadas a fazer o mesmo, tanto para o bem quanto para o mal. Quando um líder mostra curiosidade e vontade contínua de aprender, ele estimula os outros a agirem da mesma forma. Entretanto, vale ressaltar que o contrário também acontece: quando as lideranças fazem pouco caso quanto à necessidade de se manter atualizado e em processo contínuo de aprendizagem, a tendência é que as equipes desconsiderem a importância desse processo.

Incentive a autonomia

Receber treinamento e capacitação para exercer um cargo é só o primeiro passo para promover o aprendizado contínuo nas organizações. Quando essa preocupação é enraizada na empresa, todo o processo acontece naturalmente, o que significa que os profissionais têm autonomia para buscar o conhecimento por si só e assumem a responsabilidade pelo próprio aprendizado. A ideia aqui é que os colaboradores não fiquem restritos à educação formal nem aos treinamentos trazidos pela empresa – é preciso ter curiosidade e responsabilidade para aprender, também, por si só.

Conecte objetivos pessoas e profissionais

É importante que o lifelong learning relacione os interesses do profissional aos objetivos da empresa. Quando os colaboradores entendem a educação contínua também como uma ferramenta de aprimoramento individual, eles tendem a se dedicar mais a ela. Por isso, utilizar ferramentas como planos de desenvolvimento individual (PDI), que considere as ambições e os objetivos de cada profissional, é parte importante de fazer esse processo sair do papel e se tornar, de vez, parte da cultura da empresa.

 

6 passos para você aplicar o lifelong learning na prática

Os profissionais que desejam aderir à mentalidade de aprendizagem contínua também precisam ter atenção a pontos específicos. Os principais deles são:

Reconheça interesses e objetivos pessoais

O ponto de partida para se tornar alguém com uma mentalidade de aprendizado contínuo é entender quais são os interesses, objetivos e motivações pessoais. Para isso, desenvolver o autoconhecimento é importante, visto que este diz respeito a uma série de processos de desenvolvimento psíquico, amadurecimento emocional, afetivo, cognitivo e comportamental, que permite que um indivíduo conheça profundamente a si mesmo.

O autoconhecimento ajuda um profissional a entender o que ele deseja para si enquanto pessoa e também na carreira. Assim, ele entende o que sonha em conquistar, as atividades que quer exercer, as âncoras de carreira, dentre outras questões que vão ajudá-lo a entender onde ele deve focar em seu processo de aprendizagem contínua. Quanto a esse ponto, vale ressaltar que realização de cursos imersivos de autoconhecimento, como o Personal Change, capaz de evidenciar todas as tendências a partir do comportamento daquela pessoa, é essencial.

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Fique atento às tendências

Da mesma forma que as empresas precisam estar atentas às novidades do mercado, os profissionais também devem ficar de olho nos assuntos que estão em voga. Afinal, como vimos, o cenário exige que os colaboradores se mantenham atualizados e atentos às tendências, ainda que tenham surgido há pouquíssimo tempo. E quando o assunto é lifelong learning, esse é um processo que deve fazer parte da rotina de desenvolvimento do colaborador.

Faça planejamentos

Fazer um planejamento também é importante para quem quer embarcar em uma rotina de aprendizado contínuo. Isso vai desde o desenvolvimento de PDIs que contemplem as principais habilidades que o colaborador deseja desenvolver, metas individuais, até o planejamento dos estudos. É importante separar um orçamento para fazer os investimentos necessários, além do tempo na rotina que aquele profissional deseja se dedicar ao aperfeiçoamento de habilidades.

Identifique pontos de melhoria

Como vimos, o aprimoramento não leva em conta apenas o conhecimento técnico dos profissionais – é preciso identificar pontos de melhorias que também englobam as soft skills. Rever competências técnicas para garantir que os conhecimentos não ficaram obsoletos é importante, mas é aprimorando o comportamento que o profissional se torna realmente diferenciado em sua área de atuação.

Faça cursos de qualificação

Uma estratégia eficiente na hora de procurar por novas habilidades e conhecimentos profissionais é investir em qualificação técnica. E para isso, vale tudo: cursos, graduações, MBAs, palestras, workshops, dentre diversas outras opções voltadas para esse tipo de desenvolvimento. Isso é fundamental na hora de aprender habilidades novas, sobretudo quando tratam de tendências mercadológicas que requerem conhecimentos técnicos.

Desenvolva a proatividade

A proatividade é um passo fundamental para quem decide adotar uma perspectiva de aprendizagem contínua. A começar pelo fato de que essa habilidade ajuda as pessoas a saírem de suas zonas de conforto, o que é fundamental para o seu desenvolvimento não só no trabalho, como também na vida. Além disso, pessoas proativas comumente têm posturas mais flexíveis e maior capacidade de adaptação, o que as torna mais resilientes em meio às circunstâncias adversas. Essa é uma habilidade-chave para quem deseja criar uma mentalidade que aproveita o conhecimento em todas as oportunidades.

O lifelong learning é uma mentalidade de educação contínua que traz inúmeros benefícios tanto na vida pessoal quanto na profissional. Para os profissionais, aumenta sua adaptabilidade, empregabilidade e seus níveis de prontidão. Já nas empresas, ajuda a tornar as rotinas mais produtivas, dinâmicas e eficientes. Isso tudo garantindo a qualidade de vida e o bem-estar do Capital Humano, que se sente ainda mais estimulado e valorizado quando a empresa investe em seu desenvolvimento. Quando o lifelong learning faz parte da cultura organizacional, a alta produtividade e os resultados acima da média são apenas uma questão de tempo.

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Fernanda Misailidis

Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.

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