Para construir um bom clima organizacional e formar uma cultura organizacional voltada para a alta produtividade em uma empresa, o primeiro passo é garantir que os colaboradores se sintam acolhidos e se relacionem bem. Para alguns modelos de gestão de pessoas, essa preocupação pode parecer algo secundário na lista de prioridades. No entanto, sabe-se que a forma com que os profissionais constroem laços impacta (e muito!) a maneira com que eles enxergam o próprio trabalho, tanto para o bem quanto para o mal.
De acordo com essa matéria feita pelo G1, 8 em cada 10 profissionais se demitem por causa do chefe. Afinal, como é possível observar a partir de movimentos como The Great Resignation, hoje em dia, as pessoas já entenderam que há formas alternativas de trabalhar e não estão mais dispostas a lidar com condições que vão de encontro à própria saúde mental. Vale ressaltar que uma das que mais acometem o psicológico são, justamente, as relações tóxicas, sejam elas com o próprio chefe ou mesmo com os demais colegas de profissão.
Contudo, o contrário também acontece: lideranças que inspiram e que viabilizam relações saudáveis motivam os profissionais a continuar dando o melhor de si. Da mesma forma, equipes que contam com colaboradores que têm afinidade trabalham mais, melhor, evitam conflitos e alcançam altos níveis de sinergia. Em suma, o relacionamento humano é extremamente importante para alcançar um bom desempenho, diminuir a taxa de turnover, reter talentos e tornar os ambientes de trabalho propícios para o desenvolvimento profissional.
Para fazer isso da melhor forma possível, é fundamental que o RH saiba como incentivar a construção de relações interpessoais saudáveis, respeitosas e que sejam positivas tanto para os colaboradores quanto para a empresa onde trabalham. O comportamento é um fator que deve ser destacado nesse ponto, uma vez que cada pessoa possui um perfil comportamental diferente e nem sempre eles são compatíveis. No entanto, com uma boa gestão, é possível alinhar todos esses fatores e conseguir melhorias importantes nas organizações. Por isso, o relacionamento interpessoal nas empresas é o assunto do nosso artigo de hoje. Boa leitura!
- O que é relacionamento interpessoal?
- Os pilares do relacionamento interpessoal saudável
- Os tipos de relacionamento interpessoal
- A importância do bom relacionamento interpessoal no trabalho
- Os relacionamentos e perfis DISC
- 6 dicas para ter um bom relacionamento interpessoal
O que é relacionamento interpessoal?
Como o próprio nome sugere, relacionamento interpessoal nada mais é do que a relação entre duas ou mais pessoas, considerando vínculos, emoções, afinidades, interações e o contexto social em que estão inseridas. Para que as conexões sejam firmadas, é fundamental que essas relações sejam desenvolvidas de forma positiva, o que envolve respeito, empatia e harmonia.
Os relacionamentos interpessoais contam com três componentes básicos:
- o eu, que impulsiona a vontade de se relacionar;
- o outro, com quem se forma o vínculo; e
- o contexto em que estão inseridos, que pode ser escola, faculdade, cursos, trabalho, ambientes religiosos ou mesmo a vizinhança, por exemplo.
É a partir desses relacionamentos que os laços mais profundos são criados, chegando a se tornar amizades, relações amorosas ou até parcerias comerciais.
De acordo com a psicologia, o homem é um ser relacional. Portanto, consolidar vínculos afetivos e sociais é muito importante para o bem-estar social e psicológico, contribuindo, no caso das empresas, com a sensação de pertencimento, colaboração e produtividade.
Contudo, nesse contexto, é importante que os relacionamentos profissionais sejam estimulados, já que, como ocorre em relações pessoais, há sempre o risco que desgastes e divergências acabem impactando negativamente e, eventualmente, podem gerar conflitos.
A diferença entre relação interpessoal e intrapessoal
Enquanto as relações interpessoais dizem respeito ao âmbito externo, ou seja, o relacionamento com outras pessoas, as intrapessoais são relativas ao aspecto interno, ou seja, correspondem ao relacionamento que desenvolvemos com nós mesmos e são pautadas, sobretudo, por uma soft skill, ou competência comportamental, muito importante: o autoconhecimento.
Na psicologia, esse termo corresponde a uma série de processos de desenvolvimento e amadurecimento emocional, afetivo, cognitivo, relacional e corporal. Como o próprio nome indica, é desenvolvendo essa competência que uma pessoa passa a se conhecer profundamente, o que é essencial para que ela entenda a forma com que se comporta, sente e manifesta suas emoções. Essa habilidade ajuda a identificar limites, reconhecer forças, fraquezas, traumas e sinais de estafa, além de permitir que uma pessoa se torne mais inteligente emocionalmente e mais capaz de lidar com os demais.
Uma vez que o autoconhecimento é estimulado, fica mais fácil estabelecer uma relação saudável consigo mesmo. Esse fator impacta diretamente as relações interpessoais, já que a clareza de si também ajuda a construir vínculos, manter relacionamentos e melhorar as habilidades sociais. Afinal, pessoas que conhecem os próprios limites sabem quem devem manter perto, com o que devem ter cuidado e como lidar com situações adversas sem perder o controle. Em suma, ao trabalhar as questões do “eu”, desenvolvemos nossa inteligência intrapessoal e, como consequência, melhoramos a capacidade de nos relacionarmos com os demais.
Vale lembrar que desenvolver o autoconhecimento não é uma tarefa fácil, mas que pode ser menos custosa ao adotar ferramentas específicas para esse fim. Com o Personal Change Digital – o programa ETALENT de coaching on-line voltado para transformação pessoal, autoconhecimento e autodesenvolvimento -, aperfeiçoar essas competências é só uma questão de tempo.
Os pilares do relacionamento interpessoal saudável
Para criar relações interpessoais que sejam boas tanto para os profissionais quanto para a empresa, é fundamental seguir alguns princípios básicos.
Dentre os principais, destacamos:
Ética
A ética profissional pode ser um conceito subjetivo, mas, de maneira geral, se refere a uma série de atitudes e condutas recomendadas no ambiente corporativo. Honestidade, transparência, justiça e respeito são fatores que estão comumente relacionados ao termo. Profissionais que prezam pela ética seguem códigos de conduta que funcionam para os mais distintos aspectos, que podem ir desde respeitar o ambiente de trabalho, mantê-lo limpo, realizar as entregas nos prazos estipulados e com qualidade e comprometimento com o trabalho até, por exemplo, o jeito com que tratam os colegas.
Vale destacar, no entanto, que a ética profissional é uma questão individual. Afinal, ela é definida a partir da forma com que um colaborador enxerga o próprio trabalho e as responsabilidades trazidas por ele. Para muitos, uma entrega feita com pressa e sem qualidade é considerada antiética, todavia, pode ter sido o melhor que o profissional conseguiu fazer no prazo que tinha disponível.
Gentileza
A gentileza é fundamental para manter o ambiente de trabalho saudável e prevenir conflitos. Além disso, ser cordial demonstra atenção, carinho e cuidado, o que é muito importante para manter boas as relações com os colegas e suavizar o estresse das rotinas desgastantes. Dessa forma, a mensagem que se passa é que o colaborador se importa verdadeiramente com os demais, gerando admiração e reciprocidade no tratamento. Construir vínculos quando se é gentil é praticamente garantido.
Comunicação assertiva
Outro fator muito importante para a criação de relações saudáveis é ter um sistema de comunicação assertiva e bem implementada. Afinal, é passando mensagens claras que os mal-entendidos são mitigados e as equipes conseguem focar no que devem fazer e quando devem fazer. Além da atenção à comunicação também ser muito eficaz como forma de diminuir os conflitos, ela também impacta positivamente na produtividade da empresa como um todo.
Empatia
A empatia é uma habilidade interpessoal, o que, por si só, já atesta sua importância para o desenvolvimento das relações. O termo se refere à capacidade de entender os sentimentos das pessoas sem necessariamente ter passado pelas mesmas situações. A partir dessa característica, é possível melhorar muito o relacionamento com os colegas, afinal, é assim que colaboradores de vivências, realidades e bagagens diferentes conseguem criar conexões. A empatia também ajuda a criar ambientes organizacionais mais saudáveis, uma vez que pessoas empáticas conseguem relevar situações que poderiam levar a desentendimentos, além de possuírem uma perspectiva humanizada e que preza pelo bem-estar das pessoas.
Respeito
O respeito mútuo é essencial para qualquer relação. Independente de questões como etnia, classe social, idade, orientação sexual, identidade de gênero ou nacionalidade, todos os colaboradores devem não somente respeitar, como também lutar pela inclusão dos profissionais. Essa é uma mentalidade que deve ser disseminada na cultura organizacional, bem como a total aversão a qualquer tipo de preconceito. Só assim é possível criar ambientes de trabalho inclusivos e verdadeiramente propícios para o desenvolvimento das relações interpessoais.
Colaboração
A capacidade de colaborar também é um fator de extrema relevância para desenvolver vínculos. Afinal, dessa forma, as pessoas se envolvem com seus objetivos em comum e aprendem a lidar com perspectivas diferentes da sua. É assim que o potencial para as inovações surge, além da sinergia entre os times. Trabalhar juntos e em harmonia é uma boa forma de se aproximar e, na rotina do dia a dia, desenvolver conexões mais profundas.
Os tipos de relacionamento interpessoal
Há muitas formas de se estabelecer relações interpessoais a partir dos mais diversos contextos. Todavia, há três tipos que se destacam quando comparados com os demais.
Relacionamentos profissionais
Dizem respeito às relações criadas em ambientes corporativos. Normalmente, as pessoas envolvidas nesses relacionamentos têm objetivos em comum e trabalham em conjunto para alcançá-los. Dependendo da cultura da empresa e do nível de intimidade dos envolvidos, essas relações podem ser mais formais ou mais descontraídas. Para as empresas, incentivar esses laços rende bons frutos, uma vez que a harmonia e a sinergia são catalisadoras da produtividade e esta, por sua vez, impacta diretamente na rentabilidade do negócio. Mas, para isso, também é importante ter valores bem definidos e contratar profissionais que tenham fit cultural com a proposta da organização.
Relações pessoais
Dizem respeito à vida de cada pessoa. Esse termo engloba os relacionamentos advindos de laços sanguíneos, de criação e as conexões que ocorrem a partir de contextos em comum, como a convivência em determinado local. Nesse tipo de relacionamento, estão incluídos família, amigos, parceiros amorosos e quaisquer outros laços que sejam formados a partir da convivência. Vale ressaltar, inclusive, que essas relações impactam diretamente na formação da personalidade, valores e visão de mundo de cada pessoa.
Relações virtuais
Como o nome indica, acontecem em ambientes digitais. Ao invés de contextos físicos em comum, essas pessoas desenvolvem laços através da internet, em redes sociais, fóruns ou jogos on-line. Comumente, esses são laços mais superficiais, no entanto, muitas pessoas desenvolvem relacionamentos a partir deles, formando amizades duradouras ou encontrando pares românticos por essas vias.
A importância do bom relacionamento interpessoal no trabalho
Apesar de ainda haver muitas empresas que subestimam a importância das relações interpessoais, elas são parte fundamental da construção de um ambiente de trabalho produtivo e saudável. Isso porque, quando a sinergia e o entrosamento são estimulados, criam-se contextos para que os colaboradores desenvolvam os laços, tanto profissionais quanto afetivos. Dessa forma, além de eventuais atritos serem minimizados, a dinâmica entre as equipes se torna mais natural e orgânica, o que impacta a produtividade como um todo.
A lógica é bastante simples. Quando os profissionais se sentem à vontade para lidar com os colegas de trabalho, eles se tornam mais colaborativos, abertos e dão mais apoio uns aos outros. Em contrapartida, em lugares que oferecem culturas hierarquizadas e onde não há estímulo ao desenvolvimento de relações interpessoais, os colaboradores podem se sentir mais acuados e desconfortáveis ao trabalharem em conjunto. Nesse cenário especificamente, há pouco incentivo na hora de criar e compartilhar, o que é ruim para a capacidade de inovação da própria empresa. Por isso, é tão importante que organizações que desejam manter a competitividade encontrem formas de estimular as relações entre seus colaboradores. Afinal, quanto mais entrosadas as equipes forem, melhor elas vão performar.
Em termos de saúde mental, essa preocupação também é muito relevante. Como mencionamos, um dos principais fatores que fazem com que um colaborador considere um ambiente de trabalho tóxico ou acolhedor é o tipo de relação que tem com os colegas. Se a empresa não incentiva a integração ou tolera posturas segregadoras, a tendência é que a jornada do colaborador, ou employee experience, seja afetada negativamente. Nesse caso, dependendo da situação, a reputação da empresa como marca empregadora pode acabar manchada. Todavia, o contrário também é válido: ao oferecer a possibilidade de colaboração e relacionamentos saudáveis, a experiência do profissional melhora significativamente.
Os relacionamentos e perfis DISC
O comportamento humano é algo subjetivo, complexo e que varia de pessoa para pessoa. É o estilo comportamental do indivíduo que determina como ele reage a certos estímulos, ações e emoções, assim como ele lida com esses fatores. Há quem seja mais aberto às relações sociais e se sinta energizado na companhia de outras pessoas e aqueles que precisam ficar sozinhos para recuperar as energias. Há quem goste de assumir riscos e quem prefira condições mais estáveis. Há pessoas que sabem lidar bem com imprevistos, enquanto outras detestam qualquer situação que escape aos próprios planos. Esses exemplos são baseados em perfis comportamentais distintos, mas sequer começam a definir a complexidade do comportamento humano.
De acordo com a Metodologia DISC, uma das ciências comportamentais mais importantes do mundo, o comportamento é definido a partir de 4 fatores: Dominância, Influência, eStabilidade e Conformidade, cada qual com suas próprias características. É válido ressaltar que todos nós possuímos os quatro fatores DISC em algum nível, mas o que determina o perfil é a forma com que os utilizamos. Como é de se esperar, cada um deles também tem a sua forma específica de se relacionar e pode ser mais ou menos propenso a formar vínculos.
Dominância
A alta Dominância é marcada pela ambição, assertividade e pelo gosto por desafios. Esses são indivíduos autocentrados e que focam, sobretudo, nos resultados. Por esse motivo, apesar de uma aparente extroversão, formar vínculos com eles pode ser um pouco mais difícil do que com perfis abertos e sociáveis. Para lidar bem com um indivíduo com alto nível de Dominância, é preciso saber como se comunicar diretamente e sem rodeios. Além disso, dependendo da intensidade do fator, manter uma boa relação com um dominante pode exigir algum nível de passividade. Por serem desconfiados e terem potencial para serem explosivos, é sempre bom pensar na abordagem para não prejudicar a tentativa de aproximação.
Influência
A Influência é um fator marcado pela alta sociabilidade, extroversão e dinamismo. São pessoas que gostam de se relacionar e se comunicar. Essa característica, por si só, já facilita muito a formação dos vínculos, uma vez que, naturalmente, essas pessoas são mais abertas e empáticas. Para criar uma boa relação com esses indivíduos, é importante se expressar bem e saber como lidar com sua comunicação expansiva. No entanto, é preciso ter cuidado, afinal, eles podem se distrair facilmente e ter dificuldades para focar nos objetivos.
eStabilidade
A eStablidade é um fator marcado pela persistência, paciência e por um aspecto introspectivo, mas empático. Essas são pessoas que prezam pela responsabilidade e gostam de construir boas relações, apesar de terem postura mais reservada. Construir uma relação com um eStável também não é difícil, visto que comumente eles são receptivos. Todavia, dependendo do nível do fator, eles podem ser arredios e precisar de tempo para se abrirem para os vínculos.
Conformidade
A Conformidade também é um fator marcado pela introversão, mas com foco em lógica e análise. Essas são pessoas metódicas, perfeccionistas, estratégicas e que gostam de seguir regras. Os perfis de alta Conformidade são mais autocentrados e pouco voltados para a construção de relacionamentos, o que pode dificultar a criação de vínculos. Para isso, é preciso adaptar estratégias comunicativas e aprender a falar de acordo com o que os motiva, como dados, pesquisas e análises. É sempre válido ressaltar que esse perfil é mais voltado para a racionalidade e, dependendo do nível do fator, a gama de assuntos que os interessa pode ser mais limitada.
Para saber mais sobre os tipos de relacionamento com cada perfil da Metodologia DISC, a utilização do Relatório de Relacionamento do Etalent PRO é fundamental. Nele, há uma série de informações aprofundadas sobre como lidar com cada um dos fatores. Para as organizações, essas são informações-chave para criar um ambiente de trabalho estimulante e acolhedor.
6 dicas para ter um bom relacionamento interpessoal
Para manter boas relações interpessoais no ambiente corporativo, é preciso estar atento a alguns fatores. Entre os principais, destacamos:
Invista no autoconhecimento
Como mencionamos, o autoconhecimento é fundamental para construir qualquer relação. É através dele que estabelecemos nossos limites e entendemos como reagimos a determinados estímulos e atitudes. Assim, fica mais fácil refletir sobre questões específicas, como a forma como nos sentimos mediante certas circunstâncias e por quê.
Com maior consciência de si mesmas, as pessoas se tornam mais eficazes quando tentam se autogerir. É uma ideia simples: quando elas descobrem mais sobre seus traumas ou quais tipos de situações as estressam, podem evitá-las ou aprender a lidar melhor com elas.
Dentro desse contexto, desenvolver o autoconhecimento pode, por exemplo, ser a diferença entre saber lidar com um colega com genioso, aproveitando o melhor que ele pode oferecer, ou simplesmente explodir e prejudicar de vez o clima e a produtividade na equipe. Logo, esse é um fator indispensável na hora de estabelecer relações de trabalho.
Seja empático, ético e respeitoso
Empatia, ética e respeito aos colegas também são fatores imprescindíveis para desenvolver relações interpessoais. É muito importante que o colaborador saiba se colocar no lugar dos demais para entender pelo que passam e, evidentemente, para ser justo em suas cobranças e posicionamentos. Quando um desses pilares é comprometido, o potencial para conflitos e problemas organizacionais aumenta exponencialmente. Como dissemos, essas questões devem, inclusive, fazer parte da cultura da empresa, para que permeiem todos os seus setores e departamentos.
Exercite a escuta ativa
A escuta ativa também assume um lugar de destaque quando o assunto é construir vínculos. Isso porque esse processo, como o nome indica, consiste em escutar os demais – não para retrucar, e sim para compreender. Essa também é uma forma de mostrar empatia e deixar claro o interesse genuíno nos colegas, abrindo espaço para suas considerações, sem interrupções, e fazendo-o entender que você é um aliado dentro do ambiente corporativo. Há pessoas que, mesmo sem perceber, escutam para fazer com que tudo passe a ser sobre elas. É importante estar atento para não permitir que isso aconteça.
Esteja aberto a cooperar
Por definição, relacionamentos envolvem trocas. Por isso, não adianta tentar construir relações sem estar disposto a se abrir, compartilhar e cooperar. Ainda há, infelizmente, muitos profissionais que pensam que ensinar os demais vai fazer com que eles se tornem substituíveis. Esse é um equívoco grave e que, no final das contas, acaba prejudicando todos. Por isso, é importante incentivar o pensamento colaborativo e, também, a capacidade de trabalhar em equipe. Afinal, ninguém chega a lugar nenhum sozinho e, no caso das empresas, essa máxima é ainda mais verdadeira.
Use a tecnologia como aliada
Os avanços tecnológicos tiveram impactos significativos nas formas com que as pessoas se relacionam. Hoje em dia, já é possível realizar dinâmicas, reuniões e até confraternizações virtualmente, a partir de recursos digitais. No caso de empresas que adotem modelos de trabalho remoto ou híbridos, é especialmente importante incentivar o uso das tecnologias não apenas para fins de trabalho, como também de integração. A digitalização das relações jamais deve ser um impedimento para que as pessoas se relacionem e tenham a chance de construir vínculos.
Respeite o comportamento
Como mencionado, o comportamento é algo individual. Por isso, para estabelecer boas relações interpessoais, é necessário respeitar as particularidades de cada estilo comportamental. Uma vez que um profissional conhece os perfis de seus colegas, fica mais fácil fazer com que isso aconteça.
Para os gestores, há, ainda, a possibilidade de se capacitar através de um workshop de Liderança Comportamental, um modelo de gestão de pessoas que utiliza os talentos dos colaboradores como base para liderá-los. Essa é uma excelente forma de aplicar o viés comportamental na empresa e estimular o desenvolvimento de relacionamentos a partir das características intrínsecas de cada um.
As relações interpessoais são parte importante do dia a dia de uma empresa. Elas impactam diretamente a forma com que cada colaborador enxerga o seu trabalho e, como consequência, a capacidade de serem produtivos. Por isso, é fundamental encontrar meios para incentivar o desenvolvimento de boas relações. Afinal, toda e qualquer empresa é formada por pessoas e mantê-las felizes, saudáveis e satisfeitas faz com que os melhores resultados apareçam!
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Guia completo da Metodologia DISC
Fernanda Misailidis
Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.