O upskilling é um assunto em voga no mercado corporativo, especialmente quando consideramos as mudanças cada vez mais rápidas e a escassez de talentos com altos níveis de prontidão. De acordo com este estudo conduzido pelo Boston Consulting Group em 2020, só no Brasil, havia uma carência de 8,5 milhões de profissionais qualificados. Apesar de o país ainda contar com uma alta taxa de desemprego – 7,4% no 4º trimestre de 2023 (IBGE) – quando o assunto é qualificação, o cenário é bem diferente.

Segundo essa matéria publicada pelo G1 feita a partir de uma pesquisa do final de 2022, 84% das organizações têm dificuldades para contratar profissionais adequados, sendo a falta de capacitação e prontidão os principais responsáveis por esse panorama. Esse impacto fica ainda mais latente quando consideramos que o mercado de trabalho se transforma cada vez mais rápido, conforme a tecnologia se desenvolve. Por isso, muitas empresas vêm estudando formas de investir em processos como o upskilling, que está diretamente relacionado ao aprimoramento das habilidades profissionais.

Quer saber mais sobre ele e descobrir como empregá-los na sua empresa? Então, confira este artigo!

 

O que é upskilling?

O upskilling está relacionado ao aprimoramento de habilidades, ou seja, refere-se ao desenvolvimento em um campo de conhecimento já dominado pelo profissional visando a aumentar sua capacidade e competência. O termo tem origem na palavra skill – “habilidade”, em inglês – e da derivação skilling que, apesar de não ser oficial no idioma, tem sido utilizada para se referir ao ato de tornar-se hábil em algo ou desenvolver a própria competência. E é exatamente nisso em que ele consiste.

O upskilling é aplicado, por exemplo, ao caso de um arquiteto que aprende a usar novos programas e ferramentas que o ajudem a aprimorar o seu desenho técnico. O intuito não é aprender a construir uma planta de projeto – afinal, isso, ele já sabe fazer. A ideia é tornar o processo otimizado para que tenha mais facilidade ao utilizar os softwares ou mesmo para conquistar resultados finais ainda mais significativos. Logo, o upskilling requer, também, uma mentalidade de aprendizado contínuo.

Diferenças entre upskilling e reskilling

Diferente do upskilling, em que o profissional aprimora habilidades de um campo que já conhece, o reskilling equivale a uma “requalificação”, em que os profissionais aprendem habilidades e competências novas, visando a amplificar a versatilidade, já que, muitas vezes, estas são competências diferentes das exigidas originalmente pelo cargo. Isso permite que a empresa consiga alocar esses colaboradores para exercerem funções distintas em processos como o job rotation.

No caso do arquiteto previamente mencionado, um processo de reskilling poderia ser, por exemplo, aprender a editar vídeos. Assim, ele teria que desenvolver uma habilidade nova e fora de sua área de atuação original para se tornar um profissional mais versátil – afinal, nunca se sabe quando ele vai precisar; em um momento futuro, inclusive, ele pode se tornar um editor. E para um gestor de uma empresa, a situação não é diferente: colaboradores versáteis podem atuar em diferentes setores, o que ajuda a organização a se adaptar às novas demandas e evita gastos com novas contratações.

Portanto, o upskilling é interessante para profissionais que desejam aumentar a qualificação na área de atuação, enquanto o reskilling é especialmente efetivo para quem planeja uma mudança de área ou deseja aproveitar transferências internas. É importante ressaltar, no entanto, que ambos os processos são relevantes no desenvolvimento da carreira profissional. Afinal, eles impactam pontos como níveis de prontidão, no primeiro caso, e versatilidade, no segundo.

 

Importância do upskilling

Em um cenário onde as mudanças estão cada vez mais recorrentes – e acontecem em espaços de tempo menores – é fundamental não apenas desenvolver novas habilidades, como aumentar os níveis de maestria naquelas que são essenciais para exercer determinada função. Sobretudo em um cenário onde as tendências são ditadas por avanços tecnológicos, como a Inteligência Artificial (AI), automações e o metaverso, buscar se desenvolver pode ser uma forma de manter os níveis de empregabilidade altos e até mesmo de se blindar de problemas, como demissões em massa.

Um profissional de RH que está habituado a fazer o fechamento de ponto de forma manual, por exemplo, pode ter sua função esvaziada caso a empresa comece a usar um sistema automatizado para isso. Portanto, se ele investe em upskilling e aprende novas formas de exercer seu ofício, não só ele se adapta às demandas, como também aprende a usar um software com outras possibilidades além desta – o que impacta todo o seu trabalho positivamente. No final, isso é bom tanto para o profissional quanto para a empresa, uma vez que a produtividade aumenta e o conhecimento também.

Além das chamadas hard skills, outro ponto que é muito beneficiado em processos de upskilling são as chamadas soft skills. Competências comportamentais como criatividade, inteligência emocional e interpessoal, capacidade de trabalhar em equipe, pensamento crítico, coordenação, domínio de ferramentas tecnológicas, comunicação, empatia e capacidade para tomar decisões são alguns exemplos de competências que vêm sendo citadas frequentemente em estudos sobre as exigências no mercado para o futuro. Uma delas é a Future of Jobs (2023), realizada pelo World Economic Forum, que analisa as principais tendências mercadológicas.

este estudo feito pela McKinsey Global Institute constatou que as habilidades cognitivas, sociais, emocionais e tecnológicas serão altamente requisitadas no mercado de trabalho até o ano de 2030. Por isso, o profissional que vem, desde já, buscando o crescimento constante e procurando se aprimorar tem a possibilidade de chegar lá pronto para lidar com tais mudanças. Ao se preparar para o momento, ele agrega valor a si mesmo, à sua equipe e à empresa da qual faz parte. Para concretizar essa meta, o upskilling é essencial.

Vale ainda mencionar o caso da AT&T, detalhado neste artigo da revista Forbes. De acordo com a matéria, a multinacional norte-americana investiu cerca de US$250 milhões em programas de desenvolvimento profissional e educação para o Capital Humano. O principal objetivo era incentivar o upskilling e o reskilling de mais de 140 mil colaboradores. O resultado foi que, embora o investimento tenha sido alto, a empresa obteve retorno e aumentou a receita em 32% em 3 anos, o que a tornou um verdadeiro case de sucesso sobre o assunto.

 

Benefícios do upskilling

Investir em upskilling gera uma série de benefícios tanto para empresas quanto para profissionais. Dentre eles, destacamos:

Melhoria da atração de talentos

A capacidade de atrair novos talentos de uma empresa está diretamente ligada à reputação que ela constrói no mercado enquanto marca empregadora. Se os profissionais que nela trabalham têm uma experiência positiva, se sentem respeitados e incentivados a se desenvolverem, a tendência é que eles façam propaganda espontânea sobre o lugar para amigos, familiares e até mesmo em redes sociais.

Quando isso acontece, a empresa passa a ser conhecida como um bom lugar para trilhar uma carreira – o que faz com que, com o tempo, mais e mais talentos se candidatem às vagas em aberto. Um exemplo claro de como isso funciona é o Google, que, segundo este levantamento, recebe mais de dois milhões e meio de currículos todos os anos.

O investimento em upskilling é um fator que estimula essa percepção positiva em relação a uma organização. Isso porque os colaboradores entendem que são valorizados e que a empresa dá a eles o suporte para que desenvolvam suas habilidades e atinjam níveis de prontidão mais altos. Isso sem mencionar a possibilidade de alcançarem cargos mais altos conforme se desenvolvem.

Redução de turnover

O turnover, também conhecido como taxa de rotatividade de profissionais, trata da relação que leva em conta a quantidade de pessoas saindo e o número de colaboradores chegando a uma organização durante um determinado período. Ou seja, um número alto de demissões, sejam elas voluntárias ou não, faz com que essa taxa suba – o que ocasiona gastos para a empresa, que precisa abrir novos processos seletivos e pagar multas rescisórias toda vez que um profissional sai.

Contudo, um dos principais motivos pelos quais as pessoas pedem demissão é acharem que não estão se desenvolvendo – e esse panorama muda quando a empresa investe no upskilling. Sob essas condições, os colaboradores entendem que, caso optem por ficar na empresa, eles terão mais acesso a cursos, treinamentos, workshops, dentre diversos outros incentivos que possibilitam desenvolvimento na sua carreira.

O resultado é que, assim, o upskilling também se torna uma forma eficiente de reter talentos.

Ganhos em produtividade

Profissionais que se sentem valorizados se tornam mais motivados e produtivos. Tendo acesso a ferramentas para o desenvolvimento profissional e pessoal, os profissionais ficam mais confiantes para trabalhar em equipe, além de terem mais chances de otimizar a própria produção. Logo, isso se reflete diretamente na conquista de metas e objetivos pessoais – o que é fundamental para qualquer empresa.

Maior capacidade de lidar com mudanças

No contexto atual, profissionais com níveis de prontidão mais altos, mais qualificação e preparação prévia acabam tendo destaque. Afinal, quando as mudanças aparecem, sejam internas ou externas, as chances de que estejam prontos para lidar com as novas circunstâncias aumentam expressivamente. Seja para cobrir um colega doente ou mesmo para aprender a usar um software novo, a adaptabilidade é uma caraterística muito importante – e que acaba sendo desenvolvida com o investimento em upskilling.

Mais qualidade nos processos

O upskilling também tem efeito direto na qualidade nos produtos e serviços ofertados pela empresa. Nada mais natural, uma vez que, quanto mais capacitado o Capital Humano se torna, maior a qualidade envolvida no trabalho. E em um cenário onde os profissionais se sentem mais motivados, a tendência é que esse fator se sobressaia ainda mais – afinal, eles trabalham com mais zelo e gosto pelo que estão fazendo.

Oportunidades de crescimento mais abrangentes

O upskilling também é importante para dar oportunidade aos profissionais de alcançarem cargos mais altos dentro da empresa. Aliado a um plano de carreira bem desenhado e a processos como o job rotation e a realocação interna, o upskilling funciona como uma motivação a mais para o próprio desenvolvimento. Ademais, para a empresa, é interessante usar essa ferramenta para criar lideranças mais qualificadas e equipes diferenciadas.

Em suma, o upskilling contribui com vantagens como:

Para empresas

  • Aumento de produtividade dos profissionais, uma vez que, com a qualificação, eles otimizam o trabalho;
  • Melhorias no engajamento das equipes, uma vez que os profissionais transformam o conhecimento adquirido em novas formas de atuar;
  • Ganhos na retenção de talentos, dadas as chances de crescimento profissional dentro da organização;
  • Aumento da qualidade de produtos e serviços, uma vez que isso é uma consequência direta de equipes com níveis mais altos de qualificação;
  • Acompanhamento de mercado, uma vez que a empresa aumenta lucratividade, rentabilidade e se torna mais competitiva;
  • Ganhos em reputação, uma vez que a imagem como marca empregadora também melhora.

Para profissionais

  • Autoconhecimento, uma vez que o profissional desenvolve soft skills e passa a buscar por novos conhecimentos na rotina de trabalho;
  • Valorização profissional, uma vez que o processo aumenta a capacitação dos talentos e, por consequência, os torna mais valiosos para o mercado;
  • Visibilidade dentro da empresa, uma vez que o profissional passa a ser notado pelos gestores;
  • Salários e benefícios mais competitivos, uma vez que a qualificação tende a se refletir nos rendimentos do profissional.

 

Como organizações podem aplicar o upskilling na prática?

O upskilling reitera a necessidade de aprendizado e desenvolvimento contínuo dos profissionais e foca, sobretudo, em desenvolver habilidades e competências essenciais para se adaptarem às demandas cada vez mais mutáveis do mercado. É importante ressaltar que o aprimoramento deve acontecer a partir de esforços coletivos vindos tanto dos profissionais quanto da empresa onde trabalham.

Promover as práticas internamente e dar condições para que o processo seja feito é importante, mas essa medida não funciona se os profissionais não têm esse desejo. Da mesma forma, buscar aperfeiçoamento constante em um ambiente onde isso não é uma prioridade também não é o ideal.

Assim, listamos abaixo algumas dicas para as organizações estimularem e implementarem o upskilling:

Faça uma análise do cenário

A análise de cenário ajuda a identificar quais colaboradores apresentam gaps de desenvolvimento em relação às suas funções atuais ou futuras e precisam passar por processos de upskilling. Para isso, contar com uma ferramenta de Gestão de Pessoas como o ETALENT Pro para realizar essa tarefa da melhor forma possível é essencial. Isso porque a plataforma possui funcionalidades para identificar, mapear e desenvolver os talentos, permitindo, assim, que as necessidades de desenvolvimento dos profissionais fiquem ainda mais visível para os gestores.

Esses gaps podem ser bem apontados por ferramentas de avaliação de perfil comportamental, como as análises comportamentais, que trazem insights valiosos a respeito das competências dos colaboradores, seus pontos fortes e pontos a desenvolver. Esse recurso é bastante efetivo especialmente quando há investimento por parte da empresa, interesse do colaborador e um RH estratégico, estruturado e organizado.

Mapeie as habilidades

É importante que a organização esteja ciente de quais tipos de habilidades são necessárias para o crescimento imediato e para que alcance as metas futuras – assim, ela entende como conduzir o processo de upskilling e quais ferramentas serão necessárias para tal.

E uma boa forma de fazer isso é utilizando programas o Assessment, que ajuda na identificação dessas competências e, também, dos gaps dos colaboradores.

Crie programas de treinamento e desenvolvimento

Uma vez feitas as análises iniciais, a empresa deve definir uma estratégia e implementar um programa de treinamento e desenvolvimento. Para isso, é importante considerar pontos como a cultura organizacional, recursos disponíveis, além de, evidentemente, o tipo de upskilling que o Capital Humano precisa. Educação formal, treinamentos in company, cursos para proficiência em idiomas, materiais ou treinamentos em softwares são algumas possibilidades. Ademais, a ideia de fazer parcerias com outras instituições é sempre bem-vinda.

Invista no autoconhecimento

A educação formal é, sem dúvida, muito importante para o desenvolvimento da carreira de um profissional. No entanto, para o aprimoramento das habilidades de um colaborador, há muito que pode ser oferecido por programas focados nas soft skills, no autoconhecimento e na mudança pessoal. Com o Personal Change, o indivíduo faz uma imersão no autoconhecimento, identificando seu talento, seus pontos fortes e fracos, além de criar um PDI completo para atingir seus objetivos profissionais e pessoais.

Promova a aprendizagem contínua na cultura organizacional

Adotar a cultura de aprendizagem na organização como um de seus valores estimula os profissionais a buscarem o conhecimento e o aprimoramento por si próprios. Além de oferecer possibilidades para o desenvolvimento das competências, é importante que a empresa também incentive essa mentalidade internamente e, para que isso seja feito, vale criar eventos, programas de mentoria e rodas de debates, dentre tantas outras possibilidades.

Utilize recursos tecnológicos

Com o avanço constante da tecnologia, é natural a utilização desses recursos como auxílio para diversas funções dentro das empresas, o que pode ser especialmente importante para facilitar o trabalho do setor de Recursos Humanos. Hoje, existem ferramentas capazes de encontrar candidatos adequados para ocupar determinados cargos, pesquisar por habilidades e até mesmo de fazer o mapeamento da organização e identificar se todos os profissionais estão exercendo funções que potencializam suas capacidades técnicas e comportamentais.

Estimule a troca de experiências

Considerando que a empresa tem profissionais de gerações e níveis de experiência diferentes, é sempre recomendado que haja o estímulo na troca por parte dessas pessoas. Criar programas de incentivo ajuda a estreitar a relação entre os colaboradores, além de abrir mais espaço para a inovação e até mesmo criação de equipes multidisciplinares e multigeracionais.

 

Como os profissionais podem fazer o upskilling?

Como mencionado no item acima, parte da responsabilidade sobre o processo de upskilling cabe aos profissionais.

Para conduzi-lo da melhor maneira possível, é importante:

  • Desenvolver um mindset voltado para o aprendizado contínuo;
  • Estar sempre estudando e se atualizando, seja observando novas tendências, fazendo cursos, workshops, oficinas ou participando de palestras;
  • Adquirir conhecimento em relação às inovações tecnológicas;
  • Estar atento às áreas correlatas à sua função e procurar aprender habilidades ligadas a essas atividades;
  • Estar aberto às possibilidades de movimentação interna e entender o que você pode utilizar das suas próprias habilidades neste processo;
  • Trabalhar o autoconhecimento para desenvolver suas soft skills, principalmente as relacionadas à inteligência.

 

Responsabilidades no upskilling

O upskilling é um processo de responsabilidade de diversos núcleos da empresa. Dentre algumas atribuições, destacamos:

Líderes

Às lideranças, cabe definir os principais objetivos estratégicos do negócio. Nesse sentido, executivos e líderes devem ter consciência das prioridades da empresa, estudando o planejamento definido para o programa e mapeando as competências que as equipes precisam desenvolver. Se a empresa deseja expandir para outros países, por exemplo, os profissionais devem ser treinados no idioma local. Se a ideia é melhorar a imagem da marca frente ao mercado, é importante olhar especificamente para o time de marketing e, assim, sucessivamente.

Além disso, novos rumos estratégicos, aplicação de novas tecnologias, fatores externos e quedas em indicadores-chave também são algumas situações que podem anteceder o processo de upskilling. É importante que as lideranças estejam a par delas.

Gestores

Aos gestores, cabe a responsabilidade de cocriar e acompanhar os processos de upskilling individualmente. Esses profissionais são importantes para garantir que o programa tenha transparência e visibilidade – o que deve ser feito, inclusive, com investimento em comunicação assertiva. Um gestor deve ouvir o liderado para entender o que ele deseja para o seu futuro profissional para, assim, conseguir ajudar a criar um plano que abarque tanto os interesses da empresa quanto do colaborador.

O gestor também deve entender se os treinamentos estão adequados aos níveis de conhecimento das equipes, dar opções para que o profissional escolha como quer aprender, além de oportunidades para que os colaboradores troquem ideias e experiências.

Em suma, o gestor funciona como uma ponte nesse processo – ele garante que os níveis de prontidão aumentem sem deixar que os desejos e aspirações de sua equipe saiam de vista. Por isso, esses profissionais são fundamentais para realizar esse processo mantendo o foco em pessoas – o que ajuda, inclusive, na retenção dos talentos em desenvolvimento.

Profissionais

Como vimos, os profissionais também são parte importante desse processo. Afinal, de nada adianta investir no treinamento e desenvolvimento se os colaboradores não estiverem interessados. Por isso, é responsabilidade deles assumir o papel de protagonismo no upskilling, sempre buscando formas de melhorar as próprias competências. Nessa jornada, é recomendado trocar experiência com os demais, criar grupos para discussão, rotinas de estudo e, sobretudo, levar todo o processo com seriedade. Também é altamente recomendado que eles não permitam que seu desenvolvimento esteja somente atrelado ao que a empresa oferece. Buscar por cursos, palestras e workshops por conta própria também é uma boa prática nesse sentido.

 

O papel do RH no upskilling

O RH é um setor fundamental da gestão de pessoas e, por tabela, para processos como o upskilling. A começar pelo fato de que o RH é responsável pela criação dos chamados pools de talentos, ou seja, processo que serve como ferramenta de identificação, desenvolvimento e valorização dos talentos dos profissionais da empresa. A ideia desse método é identificar habilidades, competências e potenciais que podem ser desenvolvidos com treinamento – como as lideranças, por exemplo. Logo, o setor precisa analisar o quadro de funcionários, conhecer seus perfis comportamentais e entender quais deles têm potencial para atividades específicas – e precisam de upskilling para alcançar a maestria.

A empresa pode, inclusive, contratar profissionais pensando nesse tipo de questão para antecipar necessidades – como o caso de uma vaga específica que fica em aberto quando um profissional se aposenta.

O Recursos Humanos é um dos principais setores responsáveis pelo mapeamento das competências dos profissionais e pelo levantamento de necessidade de treinamento (LNT).  O LNT de uma organização pode ser definido como um levantamento interno com foco em identificar os pontos de dificuldade do Capital Humano. Esse processo inclui não apenas compreender por que os resultados estão aquém do esperado, como também identificar as lacunas dos profissionais em termos de conhecimento, habilidades e perfil comportamental, pensando em formas efetivas de desenvolvê-las. Isso envolve criar estratégias e ações baseadas em três pilares: levantar dados, identificar gaps técnicos e comportamentais e desenvolver treinamentos corporativos pensados especificamente para responder ao que foi identificado. Por isso, é parte fundamental de um programa de upskilling assertivo.

Nesse processo, o RH conversa com as lideranças para entender as necessidades de treinamento de cada colaborador e, também, como ele pode ser desenvolvido de modo a corresponder às necessidades do negócio. Além disso, o Recursos Humanos sempre deve levar em conta os objetivos e aspirações individuais do profissional na hora de promover o upskilling. Ademais, é ao RH que as lideranças devem recorrer ao reportar a evolução do desenvolvimento dos talentos em todo esse processo.

Por fim, o RH, junto das lideranças, acaba sendo um dos responsáveis por implementar o aprendizado contínuo à cultura organizacional de uma empresa. Em médio e longo prazos, é esse cuidado que vai fazer com que as equipes tenham autonomia para continuar se desenvolvendo dentro e fora da empresa. Esse tipo de prática é fundamental para mudar a mentalidade dos colaboradores, e deve ser aplicado por meio de estratégias diárias de incentivo à curiosidade e à vontade de aprender. Evidentemente, manter a motivação do Capital Humano também é um ponto essencial nessa jornada.

O upskilling é fundamental para manter os profissionais de uma empresa motivados, engajados e com alta produtividade e nível de prontidão. Afinal de contas, o Capital Humano é o maior bem de uma empresa e o principal responsável pelo sucesso no mercado competitivo. É investindo no desenvolvimento contínuo que os profissionais se sentem mais valorizados e os melhores resultados aparecem!

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Fernanda Misailidis

Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.

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