A psicologia organizacional é um tópico que vem se mostrando cada vez mais relevante no cenário corporativo. Desconsiderada até algumas décadas atrás, o crescimento dessa demanda demonstra que, atualmente, existe uma mudança de mentalidade quanto às questões mais subjetivas que envolvem os profissionais. Se antes, as organizações construíam o Capital Humano pensando em suas competências técnicas, ou hard skills, hoje, entende-se que isso não é mais o suficiente para assegurar bons resultados. É preciso ir além e entender também como mantê-los felizes enquanto exercem suas funções.

Depois de movimentos como o RH 5.0, que propõe uma mentalidade people centric, ou seja, focada em pessoas, as empresas passaram a entender que os colaboradores são o maior bem de uma organização. Logo, ficou evidente que bons resultados não dependem somente de habilidades técnicas, mas também da satisfação ao trabalhar. De nada adianta ter um profissional altamente técnico na equipe se ele está desmotivado e infeliz; essa pessoa não irá exercer sua função com a mesma maestria que teria se estivesse satisfeito. E nessa situação, vale sempre mencionar: desenvolver uma doença ocupacional – como depressão, ansiedade ou burnout – é um risco constante.

Logo, algumas das empresas mais bem-sucedidas do mundo passaram a adotar a qualidade de vida como parte de sua cultura organizacional. Para isso, elas buscam formas de melhorar a saúde mental de seus colaboradores, desenvolvem ambientes de trabalho positivos, treinam lideranças e contratam pessoas para exercer cargos de acordo com os seus perfis comportamentais. Todos esses fatores são importantes para criar uma gestão humanizada, em que a felicidade, a satisfação e a motivação do Capital Humano sejam o foco. E a consequência direta disso são resultados acima da média, produtividade alta e ganhos significativos em termos de reputação.

Mas, afinal, como a psicologia organizacional pode ajudar a alcançar metas e objetivos? É o que você vai descobrir no artigo de hoje. Boa leitura!

 

O que é psicologia organizacional?

Como o próprio nome indica, a psicologia organizacional é um campo de estudo que se dedica a analisar os aspectos psicossociais nos ambientes corporativos. Logo, essa ciência se debruça em questões voltadas para o comportamento dos profissionais em suas respectivas funções, incluindo a forma com que estabelecem relações interpessoais, saúde mental e bem-estar. A ideia é que, fazendo esse tipo de monitoramento interno, a empresa seja mais eficiente em melhorar a qualidade de vida de seu Capital Humano, e consiga garantir uma experiência do colaborador positiva e capaz de alavancar a produtividade interna.

Para isso, é comum que as organizações contratem um profissional especializado: o psicólogo organizacional. Uma vez inserido no Capital Humano, ele fica responsável por entender a forma com que os colaboradores encaram suas rotinas, sempre pensando em maneiras de melhorá-la conforme as demandas dos demais profissionais. Assim, é possível reduzir conflitos, potencializar e desenvolver talentos, além de melhorar a capacidade de atração da empresa. Afinal, ser reconhecido pelo mercado como um bom lugar para trabalhar é uma excelente forma de fazer com que novos talentos estejam atentos aos processos de Recrutamento e Seleção da empresa toda vez que eles surgem.

A psicologia organizacional é uma excelente ferramenta para garantir melhores condições de trabalho para o Capital Humano, mas os benefícios não param por aí. Afinal, o investimento na felicidade corporativa é algo com grande potencial de aumentar a rentabilidade e a lucratividade da empresa. De acordo com este artigo publicado pela Maxis Global Benefits Network, empresas que investiram em culturas organizacionais mais saudáveis tiveram ganhos de até 682% em suas receitas. A título de comparação, o mesmo artigo menciona que as organizações que abriram mão deste tipo de investimento cresceram apenas 166%, ou seja, cerca de quatro vezes menos.

Já este estudo realizado pela Sodexo e publicado pela revista Exame aponta que as organizações que investem na qualidade de vida de seus colaboradores são até 70% mais rentáveis. Não à toa, alguns autores do empreendedorismo entendem esse tipo de investimento como uma medida diretamente relacionada à produtividade, que não se restringe apenas à satisfação dos profissionais. Esses estudos demonstram a importância da psicologia organizacional: além de ser benéfica para a saúde mental dos colaboradores, serve como um pilar para promover ações capazes de gerar retornos financeiros diretos.

E psicologia do trabalho, o que é?

Apesar da aparente semelhança, as psicologias organizacional e do trabalho tratam de conceitos distintos. Enquanto a psicologia organizacional se baseia em gestão de pessoas e diferentes formas de melhorar a qualidade de vida do Capital Humano, a psicologia do trabalho foca na relação de um indivíduo com o seu trabalho, incluindo pontos como a realização pessoal ao exercer uma atividade e como isso afeta a sua produtividade. Nesse caso, o foco é observar a saúde mental e emocional de um colaborador, como ela é afetada pelo cargo exercido, quais são as emoções daquele profissional no ambiente de trabalho, dentre outras possibilidades.

Ou seja, enquanto um conceito trata de uma perspectiva macro, a outra foca na ação individual. Por isso, os termos são diferentes, mas são inegavelmente interligados e podem até ter uma relação de interdependência.

A psicologia organizacional envolve pontos como:

Já a psicologia do trabalho estabelece como foco:

 

A origem da psicologia organizacional

A psicologia organizacional como conhecemos hoje teve sua origem entre o final do século XIX e início do século XX, junto da industrialização das empresas. O campo de estudo surge como uma espécie de psicologia industrial pensada para lidar com as demandas causadas por esse processo, que ocorria em países do mundo inteiro.

Com a inserção das máquinas nos ambientes corporativos e as novas demandas resultantes de um capitalismo que começava a entrar em ascensão, era fundamental encontrar uma forma de lidar com esses fatores para acompanhar o ritmo do mercado. Logo, a psicologia organizacional aparece como uma maneira de aumentar ainda mais a produtividade das empresas. Contudo, vale mencionar que, no primeiro momento, o bem-estar dos funcionários não era o cerne da questão.

Os livros “The Theory of Advertising” e “Psychology of Advertising”, ambos publicados em 1903 e escritos pelo psicólogo Walter Dill Scott, foram os primeiros a descrever as funções da psicologia para os negócios. Na década seguinte, depois de publicar outros volumes sobre o mesmo assunto, Scott foi contratado pelo Carnegie Institute of Technology para conduzir pesquisas que envolviam a seleção e o treinamento de profissionais. Outro autor importante para este momento foi o psicólogo Hugo Münsterberg, que escreveu o livro “Psychology and Industrial Effect” em 1913.

Com o passar do tempo, as considerações de Scott e Münsterberg foram revisadas por outros autores da psicologia, trazendo novas perspectivas que caminhavam de acordo com as tendências mercadológicas de cada época. Alguns deles consideravam que esse era um ramo que devia estudar a extensão de princípios psicológicos relacionados ao contexto empresarial. Para outros, esse conceito deveria definir o comportamento, pensamentos e sentimentos dos seres humanos no ambiente em que se desenvolvem profissionalmente.

Também surgiu a proposta de que a definição do conceito tratasse de um estudo de como as pessoas são recrutadas, selecionadas e socializadas em suas empresas. Isso tudo culminou no conceito tal qual conhecemos hoje, que também carrega pontos debatidos em movimentos como o RH 5.0 – esse, sim, muito voltado para o bem-estar corporativo e modelos humanizados de gestão.

 

Importância da psicologia organizacional

De acordo com o livro “Psicologia, organizações e trabalho no Brasil” (2014), escrito por José Carlos Zanelli, Jairo Eduardo Borges-Andrade e Antônio Virgílio Bittencourt Bastos, a psicologia organizacional conta com alguns objetivos específicos, como “explorar, analisar, compreender como interagem as múltiplas dimensões que caracterizam a vida das pessoas, dos grupos e das organizações em um mundo crescentemente complexo e em transformação”. A partir dessa definição, os autores explicam que essa ciência envolve criar estratégias para promover, preservar e restabelecer a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas.

Isso envolve, por exemplo, pontos como Diversidade e Inclusão (D&I) no ambiente de trabalho, responsabilidade social da empresa, equilíbrio da vida pessoal com a profissional, dentre diversos outros fatores relacionados à qualidade de vida dos profissionais. Além disso, os psicólogos organizacionais ajudam a resolver conflitos internos, melhorar a sinergia entre equipes, a aumentar a confiança no trabalho exercido e ainda ajudam o RH a contratar os talentos mais adequados às necessidades, aos objetivos e à cultura da empresa. Assim, as equipes são construídas levando em conta pontos como relacionamento interpessoal e adequação comportamental, o que aumenta muito o seu potencial produtivo.

Dessa forma, a adoção da psicologia organizacional é importante para melhorar:

  • Motivação dos profissionais: os esforços são feitos em prol de sua felicidade, satisfação e produtividade;
  • Desenvolvimento de lideranças: os psicólogos organizacionais conseguem ajudar os gestores a criar estratégias mais eficientes e a aprimorar suas habilidades comportamentais;
  • Diversidade e inclusão no ambiente corporativo: os psicólogos ajudam a criar processos de R&S focados na contratação de grupos minoritários e ajudam a criar programas de treinamento adequados às suas necessidades, principalmente no caso dos PCDs;
  • Melhorias de desempenho no local de trabalho: a psicologia organizacional ajuda a criar ambientes capazes de maximizar a performance.

 

Benefícios da psicologia organizacional

Lidar com a competitividade do mercado em tempos em que as demandas são cada vez mais numerosas pode ser bem cansativo. Hoje em dia, os avanços na tecnologia permitem que as pessoas trabalhem o tempo inteiro, o que tornou mais difícil traçar uma linha entre os momentos de trabalho e os de lazer. Aliás, vale ressaltar que, com a automação de processos, há uma economia de tempo em relação a trabalhos manuais e burocráticos – mas que, infelizmente, acaba se convertendo em mais demandas complexas para os colaboradores. Isso tudo ajuda a criar rotinas de trabalho mais intensas e que acabam minando a qualidade de vida do Capital Humano.

Com o excesso de foco na produção, os cuidados com o bem-estar dos profissionais podem acabar ficando de lado. Com o tempo, essa questão provoca esgotamento físico e mental, o que compromete sua capacidade produtiva. Não à toa, de acordo com dados relatados nesta matéria da CNN, entre 2019 e 2020, cerca de 576 mil pessoas pediram afastamento de seus trabalhos no mundo inteiro por conta de transtornos comportamentais e de saúde mental. É nesse ponto que entra a psicologia organizacional, uma vez que ela ajuda a criar condições mais saudáveis para as pessoas trabalharem.

A adoção dessa medida traz benefícios tanto para as empresas quanto para as pessoas, como:

Redução de custos

A atuação da psicologia organizacional moderna se debruça sobre o bem-estar corporativo – e isso impacta diretamente os recursos financeiros despendidos pela organização. Afinal, um dos grandes objetivos da ciência aplicada nesse contexto é criar ambientes saudáveis, o que aumenta a felicidade e satisfação dos colaboradores. Isso resulta em níveis mais altos de produtividade, profissionais que conseguem trabalhar melhor e por mais tempo, além de quedas notáveis na taxa de rotatividade – índice que costuma ser bastante custoso para as empresas.

Clima organizacional positivo

O clima organizacional de uma empresa pode ser definido como a percepção dos colaboradores em relação ao ambiente organizacional e sua avaliação da empresa enquanto marca empregadora. Como a psicologia organizacional permite identificar pontos de insatisfação e propõe melhorias significativas na rotina de trabalho, é comum que o clima também seja impactado de forma positiva quando a empresa utiliza esse tipo de recurso. Além disso, a psicologia ajuda a alinhar as necessidades da empresa e os seus valores à atuação dos profissionais, o que torna o fluxo de trabalho mais eficiente como um todo.

Redução do turnover

A taxa de turnover corresponde à rotatividade de profissionais em uma empresa. Logo, esse termo trata da relação que leva em conta a quantidade de pessoas saindo e o número de colaboradores chegando a uma empresa em um determinado período. Um dos principais pontos que influenciam o turnover é a insatisfação dos profissionais com as suas atividades. Problemas com a gestão ou com os colegas, por exemplo, são alguns dos mais citados entre os motivos que fazem os profissionais pedirem demissão. Contudo, como a psicologia organizacional atua nessa frente, o índice cai drasticamente.

Ganhos em reputação e no desenvolvimento da marca empregadora

A psicologia organizacional afeta a felicidade no trabalho e, quando os profissionais estão satisfeitos em seus cargos, é comum que esses compartilhem essas informações com amigos, colegas, familiares e até nas suas redes sociais. Em conjunto com fatores como posicionamento de marca e responsabilidade social, esse processo, conhecido como employer branding, ajuda uma empresa a ser reconhecida como um bom lugar para trabalhar.

Assim, a organização desenvolve uma imagem positiva enquanto marca empregadora, já que ela se apresenta como uma empresa que valoriza a saúde de seus funcionários e os relatos corroboram esse discurso. Logo, ela passa a atrair mais olhares de atenção e admiração, o que aumenta a assertividade da atração de talentos em processos de R&S.

Adequação comportamental

A psicologia organizacional também ajuda a realizar contratações mais assertivas por levar em conta o perfil comportamental dos candidatos. Afinal, é de amplo conhecimento que as pessoas são mais produtivas quando assumem cargos adequados à sua natureza. Esse caminho ecologicamente humano ajuda a melhorar a qualidade de vida no trabalho, uma vez que reduz o desgaste e o estresse.

Vale mencionar, contudo, que o trabalho do psicólogo organizacional pode – e deve – ser otimizado com a adoção de softwares de gestão de pessoas, como o Etalent PRO. Essa ferramenta é interessante para fazer análises detalhadas sobre o Capital Humano, esmiuçando as características comportamentais de profissionais e dos cargos que ocupam.

Para saber mais sobre o Etalent PRO, clique aqui.

Em conjunto com a Arquitetura de Cargos, que permite fazer esse tipo de análise com todo o Capital Humano, os resultados são ainda mais significativos.

Para saber mais sobre a Arquitetura de Cargos, clique aqui.

Prevenção de doenças ocupacionais

As doenças ocupacionais são aquelas que podem ser adquiridas ou intensificadas por conta das atividades realizadas em um ambiente de trabalho com condições ruins. É válido ressaltar que este termo se refere tanto aos problemas físicos quanto aos emocionais. Para um pedreiro, a doença ocupacional pode ser um problema crônico na coluna, por exemplo. Contudo, em condições de alto estresse e desgaste, qualquer profissional pode acabar desenvolvendo problemas como ansiedade, depressão e síndrome de burnout. A psicologia organizacional atual de forma a prevenir que essas condições aconteçam, sejam elas relacionadas a problemas físicos ou emocionais.

Desenvolvimento de planos de carreira

O plano de carreira é um planejamento de objetivos e metas que devem ser cumpridos por um profissional em um prazo estipulado, além de ações necessárias para tal, para que ele conquiste suas aspirações profissionais, como um determinado cargo. Com o apoio de um psicólogo organizacional, é possível criar esse planejamento de forma mais assertiva e estruturada, levando em conta tanto aspectos técnicos quanto comportamentais.

 

Quais são as áreas de aplicação da psicologia organizacional?

A psicologia organizacional pode ser aplicada em diversas áreas da empresa. Dentre eles, destacamos:

Recrutamento e Seleção

Em processos de Recrutamento e Seleção, a psicologia organizacional ajuda a fornecer ferramentas para encontrar os talentos mais adequados para as vagas em aberto. Isso envolve, para além de competências e habilidades técnicas, a análise comportamental e o fit cultural com os valores da empresa. Quando há um psicólogo organizacional atuando junto do Capital Humano, também é possível realizar testes psicológicos que deixam todo o processo ainda mais assertivo.

Treinamento e Desenvolvimento

A psicologia organizacional também é eficiente para realizar o levantamento das necessidades de treinamento (LNT) adequado às necessidades de cada colaborador. Como cada pessoa tem um ritmo de aprendizado e se sente estimulado por abordagens distintas, ter um profissional da psicologia disponível é uma boa forma de desenvolver programas de treinamento baseados nessas questões. Além disso, dessa forma, fica mais fácil identificar os pontos fortes e fraquezas dos colaboradores, visando dar condições para que cada profissional evolua e agregue mais valor à empresa.

Gestão de clima organizacional

A psicologia organizacional utiliza diversos recursos para fazer o mapeamento dos índices de satisfação e felicidade do Capital Humano com a empresa – e contar com essa ciência na gestão de pessoas é interessante para identificar possíveis pontos de atenção. Observar questões como a relação entre os profissionais, se eles se sentem reconhecidos pela empresa ou se há planos de desenvolvimento estruturados, por exemplo, são atividades que fazem parte do escopo de atuação da psicologia organizacional e afetam diretamente a forma com que os profissionais enxergam o dia a dia nas empresas.

Para saber mais sobre o Mapeamento do Clima Comportamental, clique aqui.

Desenho de cargos e gestão de benefícios

A ciência também pode ajudar no desenho de cargos, uma vez que a empresa passa a avaliar quais são as características comportamentais que uma pessoa deve ter para desempenhar determinado cargo com assertividade. Além disso, o psicólogo organizacional pode usar essas análises para definir quais são os benefícios mais adequados ao perfil de cada profissional.

Plano de carreira e de desenvolvimento

A aplicação da psicologia organizacional também é muito efetiva para criar planos de carreira e de desenvolvimento condizentes com as aspirações de cada profissional. Nesse caso, o psicólogo pode ouvir os colegas para ajudá-los a definir suas metas e, depois, traçar estratégias para que elas se tornem tangíveis.

Avaliação de desempenho

As avaliações de desempenho são recursos usados pelo RH (mais precisamente pelo subsistema da gestão de pessoas) para monitorar, mensurar e aprimorar a performance dos profissionais de uma empresa. Contudo, essa ferramenta se torna ainda mais efetiva quando o negócio utiliza a psicologia organizacional. Afinal, com um profissional dedicado a analisar os motivos por trás dos níveis de performance de cada colaborador, fica mais fácil compreender, por exemplo, por que os resultados estão aquém do esperado, caso isso aconteça. Vale ressaltar, ainda, que esse processo fica ainda mais assertivo com o uso de uma boa ferramenta de Assessment.

Para saber mais sobre o Assessment Center, clique aqui.

Orientação profissional

Como a psicologia organizacional envolve as análises de perfil comportamental e soft skills, outro uso interessante para essa ciência é a orientação de carreira. Nessa situação, o psicólogo ajuda o colaborador a alinhar carreira e propósito, aumentando, assim, a motivação e a qualidade de vida do profissional. Dependendo das circunstâncias, esse pode ser o primeiro passo para uma mudança de área, por exemplo.

Infraestrutura e ergonomia

Se engana quem pensa que a psicologia organizacional atua apenas em prol da saúde mental dos profissionais; a área também é importante para garantir ambientes organizacionais ergonômicos, onde haja conforto físico para os profissionais. Até porque um ambiente adequado e com a infraestrutura necessária para o trabalho também é um ponto importante para aprimorar a produtividade das equipes.

Segurança no trabalho

Enquanto a empresa tem a responsabilidade de comprar equipamentos de proteção individual (EPIs), promover semanas de conscientização para a prevenção de acidentes de trabalho e realizar treinamentos para isso, a psicologia organizacional ajuda a desenvolver ações para mitigar os riscos. Assim, os profissionais têm uma conduta alinhada às diretrizes estabelecidas pela empresa.

Diagnóstico organizacional

Há diversos casos em que a empresa tem responsabilidade direta nos problemas enfrentados pelos profissionais nas rotinas corporativas – afinal, nem sempre, um mau desempenho expressa, necessariamente, questões de ordem pessoal. Contar com lideranças despreparadas, não adotar uma cultura de reconhecimento do colaborador, não oferecer planos de desenvolvimento e estimular a competitividade interna, por exemplo, são fatores que colaboram para a construção de ambientes hostis e pouco produtivos. Nesses casos, a atuação de um psicólogo organizacional também é interessante para fazer esse diagnóstico e ajudar a empresa a corrigir esses problemas.

 

5 passos para aplicar a psicologia organizacional na sua empresa

1. Monte um time

Para compor um time dedicado à psicologia organizacional, é preciso que a empresa contrate um ou mais profissionais da área e convoque integrantes do RH que sejam mais empáticos e sensíveis às questões humanas. O tamanho da equipe vai variar de acordo com o porte da empresa e com a quantidade de funcionários. Também é possível contratar uma consultoria para fazer esse trabalho, mas com uma equipe interna, fica mais fácil fazer a manutenção da atividade em médio e longo prazos.

2. Promova a integração

A psicologia organizacional é fundamental para melhorar o bem-estar corporativo e a qualidade de vida nas empresas. Contudo, esse setor também precisa de atenção e integração. Por isso, é muito importante que a equipe formada socialize entre si e com os demais colaboradores. Eventos como happy hours, cafés e eventos internos são bem positivos para integrar e criar laços.

3. Interaja com a alta gestão

É muito importante que o time de psicologia organizacional tenha contato direto com os líderes e gestores. Assim, fica mais fácil entender as estratégias adotadas pela empresa, além de a equipe ter oportunidades de diálogos acessíveis, em que possam levar suas considerações e sugestões para os profissionais encarregados.

4. Informe aos colaboradores

Muitas pessoas ainda se sentem desconfortáveis com as análises de psicólogos. Por isso, cabe ao RH fazer uma campanha de sensibilização, comunicando o que está sendo feito pela equipe de psicologia organizacional e por que é importante que haja comunicação aberta entre os departamentos e o time. Para isso, também é interessante usar indicadores de desempenho e métricas, para tornar o processo mais concreto para os mais desconfiados.

5. Inclua o time na estratégia

Assim como o RH vem assumindo um papel mais estratégico nas últimas décadas, é importante que a psicologia organizacional também participe desse planejamento. Vale lembrar que essa ciência visa alinhar os interesses dos profissionais aos objetivos da empresa e, por isso, jamais deve ficar de fora da tomada de decisão, sobretudo as que envolvem diretamente o Capital Humano.

A psicologia organizacional é uma área que deve estar presente em quaisquer empresas que desejam se destacar no mercado competitivo. Afinal, como o cerne dessa ciência envolve o bem-estar do Capital Humano, ela é muito importante para garantir rotinas de trabalho mais saudáveis e produtivas. Afinal, sabe-se que os profissionais são o maior bem de uma empresa e que a sua felicidade é uma das grandes responsáveis pelo sucesso de um negócio. A partir de medidas como a gestão humanizada e a cultura focada em pessoas, as organizações conseguem melhorar a qualidade de vida de seus colaboradores e, consequentemente, avançam na conquista de resultados extraordinários.

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Fernanda Misailidis

Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.

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