A felicidade no trabalho é cada vez mais cobiçada tanto por empresas quanto por colaboradores. Desde o surgimento de ideias como o RH 5.0, que propunha uma visão mais humanizada sobre o Capital Humano, muito mudou a respeito da relação que as empresas constroem com seus colaboradores. Se antes, eles eram encarados apenas como mão de obra para produção, hoje em dia, as pessoas são vistas como o maior bem de uma organização.

Afinal, as empresas que mais se destacam no mercado sabem que o sucesso (ou fracasso) depende diretamente da atuação dos profissionais que nela trabalham. E uma das formas mais eficientes de garantir a motivação e o engajamento é mantendo-os felizes em suas posições.

Daí a importância de investir em medidas voltadas para a felicidade corporativa na cultura organizacional. Afinal, possibilitar práticas que suportem uma rotina de trabalho saudável, como oferecer salários e benefícios competitivos, investimento no desenvolvimento profissional, modelos de gestão humanizados, adequação comportamental e segurança psicológica, faz com que os colaboradores fiquem mais satisfeitos em suas funções, o que os torna menos suscetíveis ao desgaste e faz com que o envolvimento deles com o trabalho aumente.

Mas, afinal, como investir na felicidade no trabalho? É o que você vai descobrir no artigo de hoje. Boa leitura!

 

O que é felicidade no trabalho?

A felicidade no trabalho diz respeito ao sentimento de satisfação em relação à carreira profissional, incluindo pontos como a rotina, relacionamentos interpessoais com os colegas e estímulo ao realizar as atividades que fazem parte do dia a dia da função. Esse, por sinal, é um conceito bastante simples e que dispensa longas explicações, apesar de haver alguma subjetividade nele.

O que faz uma pessoa feliz pode variar de indivíduo para indivíduo, dependendo diretamente das suas motivações, bem-estar e âncoras de carreira.

Cabe ressaltar que a felicidade corporativa não trata, isoladamente, de salários e benefícios – aqui, a discussão também envolve propósito, aspirações, clima organizacional, qualidade de vida e, sobretudo, a adequação entre o perfil comportamental do profissional e o escopo de trabalho do cargo que ocupa.

Isso porque o perfil comportamental é algo subjetivo, complexo e que varia de pessoa para pessoa. É o principal fator que explica a forma com que um profissional reage a certos estímulos, bem como a forma que ele lida com esses fatores.

Há, por exemplo, quem seja naturalmente mais relacional e quem se sinta melhor na própria companhia. Há quem precise de organização para sobreviver e, por outro lado, quem prefira o improviso. São diversos traços comportamentais que definem o perfil de uma pessoa.

Contudo, há algo em comum entre todos eles: precisam ser identificados e respeitados para que o profissional tenha felicidade na rotina de trabalho. Caso contrário, a tendência é a do surgimento de estresse, frustração e desgaste energético acima do necessário.

É por isso, inclusive, que é perfeitamente possível que uma pessoa que tenha um salário considerado alto seja profundamente infeliz com o que faz. Afinal, por mais que ela tenha conforto para pagar as contas, o esforço e estresse para exercer uma função que vá de encontro ao que é natural para ela é mais do que o suficiente para transformar sua rotina em sofrimento.

Vale frisar que passamos a maior parte da vida adulta no trabalho – e, mesmo que financeiramente o esforço compense, em longo prazo, insistir em uma rotina em que não há alinhamento entre as funções e os talentos traz prejuízos diversos.

A mesma lógica pode ser aplicada para questões como ambientes de trabalho tóxicos, clima organizacional ruim ou mesmo estar em uma empresa que não oferece oportunidades de desenvolvimento e planos de carreira. Esses são fatores que, mesmo com salários acima da média do mercado, podem minar a felicidade de um indivíduo. Afinal, a motivação com o pagamento dura pouco tempo. Deixar um colaborador feliz e engajado por anos é bem mais complexo do que isso.

 

Existe felicidade no trabalho?

Embora a ideia possa parecer utópica para algumas pessoas, o conceito está longe de ser um mito. A felicidade corporativa existe, sim, e faz maravilhas para empresas e colaboradores. Entretanto, é importante deixar claro que há uma série de condições que devem ser cumpridas para que seja possível chegar a esse patamar. A adequação comportamental, que mencionamos no tópico anterior, é apenas a primeira delas. Cultivar a felicidade como parte da cultura de uma empresa requer ações direcionadas para tornar isso viável – o que contempla desde a atuação estratégica do RH até o treinamento das lideranças.

Aos gestores, cabe entender a melhor forma de lidar com o comportamento dos colaboradores, por exemplo, para liderá-los a partir das skills específicas de cada perfil. Além disso, a felicidade no trabalho envolve pontos como a construção de um clima organizacional positivo; a colaboração entre os profissionais; infraestrutura adequada, seja em termos de ferramentas ou de ergonomia; boa saúde financeira do negócio; posicionamento no mercado, além de certa estabilidade para os profissionais. Afinal, dificilmente eles ficarão tranquilos se a organização realiza demissões em massa periodicamente.

Cabe destacar que salários e benefícios competitivos são fundamentais para a felicidade corporativa. Por mais que eles não sejam o único fator a se considerar para deixar um profissional feliz, essa é uma forma de fazer com que os colaboradores se sintam reconhecidos e recompensados pelo trabalho realizado. Aliás, garantir bons salários também diminui a chance de que os colaboradores arranjem empregos paralelos para complementar a renda, o que gera menos desgastes, permitindo que se dediquem exclusivamente à organização.

 

Importância da felicidade no trabalho

Para contextualizar sobre a importância da felicidade no trabalho, vamos fazer uso de outro conceito que está diretamente relacionado a ela: a qualidade de vida no trabalho (QVT). O termo se refere a um conjunto de práticas voltadas para o bem-estar geral do Capital Humano, incluindo sua saúde física, mental, financeira, motivação e satisfação com o trabalho exercido. Contudo, se engana quem pensa que a QVT funciona apenas como uma forma de atender aos interesses dos profissionais; o investimento nessas práticas tem retornos imediatos para a empresa.

A QVT começou a ser discutida a partir de uma série de estudos conduzidos pelo psicólogo britânico Eric Trist, que focavam na relação entre um indivíduo, o trabalho que ele desempenha e a empresa onde faz isso. Duas décadas depois, o conceito voltou à tona quando um movimento clamando por medidas voltadas para a QVT surgiu. É curioso notar, no entanto, que a ideia era tentar entrelaçar os interesses de colaboradores e empresários através de práticas gerenciais, reduzindo o conflito entre as partes, motivando os colaboradores e aumentando seu potencial produtivo. Por isso, a qualidade de vida sempre foi percebida como uma prática de benefício mútuo entre colaboradores e empresas.

Essa contextualização se faz necessária porque, com a felicidade corporativa, a questão é exatamente a mesma – até porque a qualidade de vida é um dos pilares para garantir a satisfação dos profissionais. E já existem diversos levantamentos e pesquisas que explicitam os benefícios que a felicidade corporativa traz às empresas.

Esse estudo conduzido pela Saïd Business School em parceria com a Universidade de Oxford mostra que a felicidade tem impactos diretos na produtividade dos colaboradores. De acordo com os dados disponibilizados, profissionais felizes são 13% mais produtivos do que os demais. A pesquisa atribui essa diferença à maior motivação, criatividade e menos recorrência de erros, já que os mais satisfeitos também eram mais focados.

Já um relatório da Gallup, citado nessa matéria da revista Você RH, diz que funcionários felizes são 50% menos propensos a acidentes de trabalho.

Essa matéria da Harvard Business Review (HBR) explica que a infelicidade no trabalho custa anualmente ao mundo US$8,8 trilhões em perda de produtividade.

Já este artigo da HBR aponta uma produtividade 31% maior e eficiência até 85% mais alta para colaboradores satisfeitos em suas funções.

Por fim, de acordo com esta outra pesquisa realizada pela Sodexo em 7 países  e publicada pela revista Exame, as organizações que investem em bem-estar, qualidade de vida e felicidade dos seus colaboradores são até 70% mais rentáveis.

Além disso, é preciso dizer que a felicidade corporativa também é uma forma de blindar os colaboradores de doenças psicossomáticas oriundas do estresse da rotina de trabalho. Não à toa, essa é considerada uma prática de responsabilidade social – e, portanto, também de ESG. Afinal, cada vez mais as pessoas estão adoecendo por conta do excesso de trabalho, sobretudo em tempos em que tecnologia facilita jornadas de trabalho longas, uma vez que não é mais preciso estar no escritório para trabalhar.

Por fim, vale lembrar que existe um verdadeiro culto à produtividade excessiva que leva os profissionais à exaustão. O resultado é que, segundo pesquisas, os casos de ansiedade, depressão e burnout vêm aumentando no mundo inteiro.

Assim, investir na felicidade corporativa traz benefícios capazes de elevar o patamar da empresa no mercado competitivo. Dentre eles, citamos:

Mais qualidade de vida

Uma vez inseridas no mercado de trabalho, é comum que as pessoas passem a maior parte de suas vidas trabalhando. Por isso, quando a rotina é estressante, maçante e tem um gasto energético muito alto, a tendência é que isso se reflita na vida pessoal também. Aliás, não são raros os casos de profissionais que desenvolvem doenças ocupacionais por conta disso, vale lembrar. O burnout, doença classificada como “síndrome resultante de estresse crônico no ambiente de trabalho” (CID-11), já atinge 32% da população brasileira, de acordo com dados da OMS.

Entretanto, por outro lado, estar feliz por trabalhar com algo que se gosta e em condições favoráveis faz com que o indivíduo ganhe em qualidade de vida também. E isso inclui, evidentemente, pontos como a saúde mental e o bem-estar, tanto na vida pessoal quanto profissional.

Melhor retenção de talentos

A diminuição do turnover também acontece quando os profissionais estão felizes. Sinônimo de rotatividade de profissionais, trata da relação entre a quantidade de pessoas saindo e o número de colaboradores chegando a uma empresa em um determinado período. É um indicador importante da saúde de um negócio, afinal, empresas com altos níveis de turnover têm gastos financeiros maiores por conta da quantidade de demissões desnecessárias, além de perderem potencial de produtividade, já que os talentos estão sempre evadindo.

Quando as jornadas de trabalho são positivas, no entanto, a tendência é que os colaboradores permaneçam por mais tempo na empresa. Afinal, quando estão satisfeitos, não veem necessidade de procurar por outras oportunidades.

Aumento de produtividade

Como vimos, profissionais felizes se desgastam menos e são mais motivados. Essa equação resulta em um ganho de produtividade significativo, uma vez que eles conseguem manter o foco por mais tempo e melhoram a qualidade das entregas por conta disso. Como resultado, eles trabalham mais, melhor e geram mais lucro para a empresa.

Ambiente de trabalho saudável

O investimento em medidas para a felicidade corporativa reduz os níveis de estresse do Capital Humano, o que também diminui a ocorrência de conflitos. Dessa forma, os profissionais conseguem desenvolver relações positivas com os colegas mais facilmente, além de criar sinergia entre equipes. Vale ressaltar que o ambiente de trabalho é um dos fatores mais importantes para a felicidade corporativa. Não à toa, de acordo com esta pesquisa da revista Work & Stress, quando esses lugares são hostis, há aumento em índices como a depressão, uso de substâncias ilícitas e problemas generalizados de saúde.

Controle do absenteísmo

O absenteísmo refere-se à ausência dos colaboradores no ambiente de trabalho. Evidentemente, isso traz consequências negativas para a empresa, mas é válido destacar que a falta de assiduidade e de pontualidade são especialmente comuns quando há condições tóxicas de trabalho. Por isso, investir na felicidade corporativa também reduz esse problema da gestão de pessoas.

Reputação positiva no mercado

Adotar a felicidade corporativa como um valor organizacional também faz com que a empresa melhore sua reputação enquanto lugar para trabalhar frente ao mercado. Afinal, colaboradores felizes e satisfeitos em seus empregos compartilham esse sentimento com amigos, familiares e em redes sociais – o que acaba gerando um tipo de propaganda espontânea e melhora o employer branding. O resultado é que a empresa fica conhecida como um bom lugar para trilhar a carreira e, consequentemente, acaba atraindo mais talentos toda vez que abre processos seletivos.

 

Estratégias para promover a felicidade no trabalho

Promover a felicidade como algo que faz parte da cultura organizacional da empresa requer atenção a alguns processos específicos – além de garantias que eles, de fato, ocorram.

Um dos primeiros a destacar é a adequação comportamental. Afinal, como vimos, quando os profissionais exercem funções cujo escopo requer competências opostas às deles, a tendência é que haja desgaste e desmotivação.

Entender como essa lógica funciona é bastante simples: basta imaginar uma pessoa introspectiva exercendo um trabalho que exija habilidades sociais complexas – como vendas, em que o profissional precisa ter desenvoltura, articulação e boa capacidade de persuasão. O cenário mais provável é que esse profissional, todos os dias, se sinta esgotado e infeliz enquanto trabalha. Evidentemente, isso não significa que ele não a desempenharia bem com muito esforço e dedicação. A questão é: a que custo, em termos de emocional e psicológico? Porque o desgaste seria bastante alto – a ponto de, talvez, afetar a saúde mental e a qualidade de vida. Por isso, a adequação comportamental é fundamental para garantir um caminho ecologicamente humano – o que reflete na felicidade dos profissionais.

Contudo, os fatores que tornam um profissional feliz não se limitam a isso. Outro ponto de suma importância é a possibilidade de progressão na carreira na empresa. Dificilmente, os profissionais vão ficar satisfeitos em longo prazo caso acreditem que não têm mais para onde crescer – o natural, sob essas circunstâncias, é que eles busquem por novas oportunidades no mercado. Por isso, é importante oferecer planos de carreira bem detalhados e transparentes, além da possibilidade de job rotation e treinamentos, a fim de aumentar os níveis de prontidão do Capital Humano.

Além disso, é importante dar espaço para que os profissionais realizem suas atividades. Isso pode parecer óbvio, mas quando há gestores com tendência ao microgerenciamento, este pode se tornar um problema enorme. Os colaboradores precisam ter autonomia para administrar a rotina e tomar decisões sem depender do crivo da liderança até para tarefas simples. Isso faz com que eles sintam que a empresa os valoriza, confia neles e oferece segurança psicológica, caso cometam erros. Quanto a esse ponto, também vale frisar a necessidade de treinar líderes e gestores para exercerem a função sem afetar a motivação dos demais profissionais.

O ambiente de trabalho também tem papel fundamental na felicidade corporativa. É preciso que a empresa estimule a colaboração entre profissionais e equipes – não a competição. As pessoas também precisam se sentir encorajadas a criar laços e confiança com os colegas. Isso faz com que toda a rotina de trabalho fique mais leve, o que é essencial para que um colaborador continue feliz. É recomendado, inclusive, investir em práticas voltadas para o desenvolvimento de relações interpessoais, como atividades em grupo ou mesmo happy hours.

Estabelecer a transparência como um valor organizacional também é muito importante para fomentar a felicidade no trabalho. Isso porque, comunicando e justificando as decisões, as empresas deixam os colaboradores cientes dos motivos que têm para agir de determinada maneira – sobretudo, quando essas decisões envolvem medidas impopulares. Para isso é imprescindível ter uma comunicação eficaz.

Por fim, algumas outras estratégias interessantes para manter os profissionais felizes no trabalho são:

  • Investir em plataformas gamificadas, uma vez que elas facilitam o processo de aprendizagem e desenvolvimento de competências de forma lúdica, o que aumenta o engajamento interno;
  • Estabelecer a flexibilidade como um valor organizacional, permitindo trabalho híbrido e, se possível, deixando que o colaborador estabeleça seus próprios horários;
  • Criar ambientes próprios para relaxar, como copas para café em grupo ou salas de descompressão;
  • Dar feedbacks periódicos para que os colaboradores saibam exatamente o que eles estão fazendo bem e no que precisam melhorar;
  • Adotar um programa de reconhecimento para valorizar os melhores colaboradores. E isso pode acontecer por meio de bônus em dinheiro, benefícios, brindes, viagens ou dias de folga, a depender da cultura e da disponibilidade na empresa.

 

Quem é responsável pela felicidade no trabalho?

A felicidade corporativa depende da atuação de diversos profissionais. Caso a empresa espere que seus profissionais façam isso sozinhos, a tendência é que nada dê certo. Da mesma forma, os colaboradores também têm responsabilidade pela felicidade que sentem com o próprio trabalho.

RH

O RH é um dos principais setores envolvidos na gestão de pessoas e, consequentemente, para processos que visam a felicidade corporativa. Algumas das atribuições do RH relacionadas à felicidade corporativa são:

  • Desenvolver planos de carreira bem definidos;
  • Oferecer salários e benefícios competitivos;
  • Adotar políticas de bonificação;
  • Implementar a adequação comportamental;
  • Fazer processos de Recrutamento e Seleção assertivos;
  • Contratar profissionais que tenham fit cultural com os valores da empresa;
  • Fazer avaliações de desempenho e dar feedbacks a partir delas;
  • Mapear o clima comportamental e a satisfação dos profissionais.

O uso de um bom software de gestão de pessoas, como o Etalent Pro, faz toda a diferença para essas questões. Com ele, é simples entender como gerenciar os colaboradores de acordo com o seu talento, suas motivações e aspirações pessoais.

CHO

O Chief Happiness Officer (CHO) é um “diretor da felicidade”. Este é um cargo cuja principal atribuição é elaborar ações e estratégias para promover o bem-estar dos colaboradores de uma empresa, melhorando, assim, a sua experiência. A função pode ser exercida por um profissional dedicado ou ser de responsabilidade compartilhada no setor de RH.

Dentre as atribuições do CHO, estão:

  • Fazer pesquisas sobre o clima organizacional;
  • Criar ambientes de segurança psicológica junto aos gestores;
  • Desenvolver ações sobre diversidade e inclusão, salário emocional e responsabilidade social;
  • Entender como anda o desenvolvimento dos colaboradores;
  • Auxiliar em processos de R&S;
  • Implementar medidas para fortalecer as relações interpessoais.

Líderes

Os líderes são parte fundamental da felicidade corporativa. Afinal, o tipo de dinâmica estabelecida no ambiente de trabalho depende diretamente da forma com que lideram os profissionais. Quando fazem isso de forma respeitosa, empática, e inspirando os liderados, a tendência é que a satisfação com o trabalho seja muito maior. Por outro lado, quando se comportam como chefes e só cobram, microgerenciam e fazem o colaborador se sentir pressionado, o cenário é o exato oposto.

Nesse cenário, cabe aos líderes:

  • Ouvir os colaboradores com empatia e escuta ativa;
  • Direcioná-los rumo aos objetivos da empresa;
  • Estimular a colaboração entre os profissionais;
  • Incentivar a comunicação transparente e eficaz;
  • Manter os profissionais motivados;
  • Utilizar as skills dos liderados como catalisadores de produtividade.

Para gerir os colaboradores a partir do perfil comportamental e respeitando as competências individuais, é fundamental certificar-se na gestão comportamental. Essentia – Formação DISC ETALENT é indispensável para qualquer gestor que deseja entender mais sobre adequação comportamental e como ela impacta o desempenho dos profissionais, além de oferecer ferramentas que garantem alocar as pessoas certas nos lugares certos.

Profissionais

Por fim, os profissionais devem estar dispostos a colaborar – tanto com as ações propostas pela empresa quanto em relação aos colegas. Desenvolver a empatia, a inteligência emocional e outras soft skills também é muito importante para que eles façam a parte deles, sobretudo em relação ao clima organizacional.

 

Como saber se sou feliz no meu trabalho?

Entender se somos felizes nos nossos trabalhos é um exercício de autoconhecimento e autorreflexão. Para chegar a uma resposta definitiva, é preciso levar em conta pontos como satisfação, motivações, âncoras de carreira e, evidentemente, o nível de estresse que a rotina laboral causa.

A seguir, listamos algumas perguntas que ajudam a avaliar o seu grau de felicidade no trabalho:

  • Diariamente, o quanto eu anseio pelo fim do expediente? Me pego olhando o relógio o tempo inteiro e esperando o momento de ir embora?
  • Sinto alívio às sextas-feiras e angústia no final dos domingos?
  • Trabalhar nesse emprego é um gatilho para minha ansiedade?
  • O trabalho interfere na minha rotina de sono de alguma forma?
  • Eu já tive algum episódio de tristeza profunda, esgotamento mental ou até mesmo agressividade motivado pelo trabalho?
  • Meus amigos e familiares parecem mais felizes com seus trabalhos do que eu?
  • Eu penso em pedir demissão com frequência?
  • Eu me imagino fazendo outra coisa?
  • Eu tenho dificuldades de manter a minha motivação?
  • Já notei quedas no meu rendimento ao longo da semana?

É natural que a resposta para algumas dessas perguntas seja “sim” – até porque até mesmo rotinas de trabalho saudáveis e alegres são cansativas em algum momento. No entanto, é necessário ter atenção se todos esses questionamentos tiverem resposta afirmativa. Caso isso aconteça, provavelmente você não é feliz em seu trabalho.

 

10 dicas para ser mais feliz no trabalho

Como vimos ao longo deste artigo, os profissionais também são responsáveis pela felicidade corporativa e devem estar dispostos a colaborar para tornar o ambiente o mais positivo possível.

Algumas dicas para ser mais feliz no trabalho são:

1. Ajude a criar um ambiente de trabalho agradável

Os ambientes de trabalho são cruciais para manter a felicidade e criar dinâmicas que sejam saudáveis para todos os colaboradores. Por isso, ter uma postura positiva com os colegas, mantendo a empatia, o respeito e criando bons relacionamentos são atitudes importantes para que seja possível cultivar uma cultura de apoio e felicidade corporativa. É importante ter atenção para não fomentar fofocas, não perseguir colegas e ser acessível. Treinar a escuta ativa também faz uma grande diferença nesse contexto.

2. Faça atividades em grupo

Dada a quantidade de tempo que passamos com os colegas de trabalho, é fundamental estar disposto a realizar atividades de grupo para construir e desenvolver relacionamentos com eles. Ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, esse tipo de prática não fica restrita à família e aos amigos. Aliás, essa é uma estratégia interessante para criar o sentimento de pertencimento e melhorar o clima da empresa, o que resulta em mais felicidade corporativa.

3. Peça feedbacks

Os feedbacks são importantes para o alinhamento de expectativas, bem como para o desenvolvimento profissional – afinal, não saber o que os gestores pensam pode afetar a qualidade do trabalho, não apenas por criar ansiedade no colaborador, como também por ele perder a chance de melhorar o próprio desempenho. Por isso, é importante sempre pedir avaliações sobre o trabalho realizado, sobretudo quando a empresa não faz isso periodicamente.

4. Tenha foco, mas aproveite os descansos

A saúde física e mental de um profissional reflete diretamente no seu desempenho. Por isso, colaboradores que perdem noites de sono e precisam acordar cedo no dia seguinte para trabalhar, por exemplo, costumam ter quedas bruscas na qualidade do trabalho desenvolvido. Por isso, durante a semana, é importante ter foco no trabalho, criando rotinas saudáveis de sono e descanso. E quando houver folga, é importante aproveitar também.

5. Planeje sua carreira

Pensar no próprio desenvolvimento e ascensão de carreira também é importante para se manter motivado. Por isso, é fundamental ter objetivos bem definidos, além de investir em educação contínua para o desenvolvimento de habilidades. Essa é uma forma eficiente de se mostrar apto para promoções e evitar a estagnação profissional, o que costuma deixar os colaboradores profundamente infelizes.

6. Gerencie o tempo e mantenha a organização

A gestão do tempo é uma habilidade extremamente importante para a felicidade corporativa. Isso porque diz respeito à administração e avaliação do tempo dedicado às tarefas, sejam referentes à rotina corporativa ou pessoal – extremamente importante para que os profissionais não se percam nas rotinas e não deixem as tarefas ficarem acumuladas. Apesar do conceito simples, esse pode ser um desafio para muitos profissionais e empresas, uma vez que envolve a identificação clara das prioridades, além de disciplina individual e organização.

7. Supra as demandas comportamentais

Cada pessoa tem necessidades que variam de acordo com o perfil comportamental – e elas são extremamente importantes para que o indivíduo consiga recarregar as energias depois de uma semana desgastante. Quem tem um perfil mais criativo, por exemplo, precisa estar inserido em meios onde possa dar vazão a essa característica – sobretudo se o trabalho não dá tanto espaço para criar. Por isso, é importante identificar as necessidades individuais e ter momentos na rotina para atendê-las.

8. Faça pausas

As pausas durante o expediente são extremamente importantes para evitar a sobrecarga. Existem, inclusive, recomendações de saúde para que, após uma hora trabalhando, o colaborador tire alguns minutos para se movimentar, relaxar e descansar a mente. É bem verdade que o volume de demandas das empresas é enorme, mas é importante fazer pausas para evitar improdutividade e desgastes desnecessários.

9. Tenha uma rotina de exercícios físicos

Uma rotina de exercícios físicos é importante para controlar a ansiedade e gerenciar o gasto de energia. Essa medida contribui tanto para a saúde do corpo quanto a da mente. Evidentemente, é preciso ter cuidado para não exagerar, mas colaboradores que conseguem incluir atividades físicas na rotina são mais felizes – o que se reflete no desempenho no trabalho também.

10. Cuide da saúde mental

A saúde mental é um dos pilares da felicidade – não apenas no ambiente corporativo, como também na vida pessoal. Por isso, é extremamente importante não negligenciá-la. Por mais que algumas pessoas ainda tenham preconceitos em relação às questões emocionais, o acompanhamento psicológico com profissionais qualificados é essencial para manter o bem-estar. Da mesma forma que não se ignora um osso quebrado, os sinais de fadiga da mente também devem ser ouvidos. Caso contrário, a tendência é que o indivíduo se torne mais um entre as estatísticas crescentes relacionadas a depressão, ansiedade e burnout. E aí, ter felicidade no trabalho se torna praticamente impossível.

A felicidade corporativa deve ser uma prioridade para empresas que desejam se manter competitivas e produtivas no mercado. Contudo, para que isso seja possível, é importante entender, em primeiro lugar, que as pessoas são o maior bem de uma organização. E mantê-las felizes, saudáveis e satisfeitas com seus trabalhos é o que possibilita a conquista de resultados expressivos.

Por mais que ainda existam organizações que acreditam que a pressão, a cobrança e os prazos curtos são importantes para gerir equipes e manter a produtividade alta, vale ressaltar que, nesse contexto, é mais comum que os profissionais se sintam desmotivados. Por isso, a felicidade no trabalho tem se tornado tão importante – essa é uma forma ecologicamente humana de melhorar o desempenho dos profissionais às custas de algo que faz bem a eles. Não à toa, players de mercado investem pesado em pontos como gestão humanizada e qualidade de vida.

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Fernanda Misailidis

Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.

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