O protagonismo no trabalho é cada vez mais buscado pelos profissionais e incentivado pelas empresas. Isso porque, em tempos em que a competição é bastante acirrada e as organizações desejam ter diferenciais competitivos, demonstrar iniciativa e assumir responsabilidades são pontos fundamentais para se destacar individualmente, além de chegar a soluções inovadoras para o negócio como um todo.

No cenário atual, realizar apenas o que se foi contratado para fazer não é o suficiente para se destacar. É preciso ir além e desenvolver competências como proatividade, autogestão, autonomia e antifragilidade. Essas skills garantem que o profissional assuma um lugar de protagonismo na organização onde trabalha – e isso traz benefícios que vão desde novas perspectivas na carreira até uma abordagem transformadora para os processos da empresa.

É importante frisar, no entanto, que isso não significa trabalhar ininterruptamente ou ceder a lógicas como a cultura da agitação, que traz uma série de malefícios para a saúde mental dos colaboradores. Assumir o protagonismo no trabalho significa adotar uma postura corporativa de antifragilidade, intraempreendedorismo e ser alguém capaz de tomar atitudes que geram mudanças positivas. Não à toa, nos filmes e séries, o protagonista está no centro da trama – e se engana quem pensa que no meio corporativo isso é diferente.

Mas, afinal, como incentivar o protagonismo dentro da empresa e desenvolver essa competência nos profissionais? É o que você vai ver no artigo de hoje. Boa leitura!

 

O que é protagonismo no trabalho?

Em definição do dicionário, o substantivo “protagonismo” significa “qualidade da pessoa que se destaca em qualquer situação, acontecimento, exercendo o papel mais importante dentre os demais; característica do personagem principal, mais importante: protagonismo literário, artístico, televisivo, cinematográfico.” Entretanto, o que muitas pessoas não sabem é que o termo, tão comum no cinema, na televisão e na literatura, foi importado para o contexto corporativo mantendo o significado. A única diferença é que, nesse caso, o foco passa a ser a carreira.

Protagonismo no trabalho é um termo usado para definir a atitude de colaboradores que entendem que são os responsáveis pela própria evolução pessoal e profissional. Logo, são indivíduos que não têm medo de tomar decisões, nem de assumir a responsabilidade para executá-las. Por isso, quem deseja desenvolver essa competência demanda o desenvolvimento de soft skills específicas, como autoconfiança e autogestão. Afinal, os protagonistas não esperam para agir – eles naturalmente têm a iniciativa de fazer acontecer.

No cenário corporativo, esses colaboradores se destacam dos demais. Inquietos, eles não têm problemas em assumir responsabilidades e sabem que os erros fazem parte da inovação e da criatividade. Por isso, são profissionais resilientes, motivados e que nutrem um desejo de crescer e de se desenvolver.

Os protagonistas agem como os principais responsáveis por gerir a própria carreira e fazer com que ela ande em trilhos que levem aos caminhos que eles planejam para si. Aliás, também é válido mencionar que essas pessoas não transferem a culpa quando fracassam – aprendem com o erro para tentar de novo até que consigam alcançar os objetivos.

Esse profissional, inclusive, acredita de maneira genuína que pode alcançar o que almeja independente da situação em que esteja. É comum que estejam sempre criando alternativas que os levem em direção ao que querem e que acreditam ser o seu propósito profissional. Por isso, normalmente sabem responder muito bem a três perguntas específicas:

  1. Aonde querem chegar;
  2. Como querem ser vistos; e
  3. O que almejam para a própria carreira.

 

Características do protagonismo

Desenvolver o protagonismo não é algo que acontece espontaneamente, do dia para a noite – é preciso aperfeiçoar uma série de skills que capacitem o profissional, em termos de comportamento, a aprimorar essa postura.

Algumas competências socioemocionais que os profissionais precisam desenvolver são:

Liderança

A liderança trata da habilidade de manejar, orientar e influenciar pessoas em prol de um objetivo específico. Em um contexto corporativo, essa competência também diz respeito à capacidade de conduzir os colegas em direção às metas da empresa, utilizando as estratégias e diretrizes definidas por ela.

Desenvolver a liderança não significa, necessariamente, que o colaborador vai se tornar um líder – nem que ele queira isso para a carreira. No entanto, mesmo sem ocupar um cargo de gestão, conseguir motivar, direcionar e fomentar a colaboração e espírito de equipe são passos fundamentais para quem deseja assumir o protagonismo na carreira.

Gestão de tempo

A gestão do tempo é um processo de administração e avaliação do período dedicado às tarefas, sejam referentes à rotina corporativa ou pessoal. Para ser um protagonista, é fundamental não apenas que o profissional consiga entender bem o tempo destinado às tarefas diárias, como também que ele seja capaz de reconhecer prioridades e executá-las no timing certo. Isso permite desenvolver outra habilidade importante: a de delegar tarefas sempre que necessário.

Inteligência emocional

A inteligência emocional trata da habilidade de reconhecer, avaliar, controlar e direcionar as próprias emoções, além da capacidade de identificar as emoções de outras pessoas. Desenvolver esse tipo de competência permite encarar desafios com o emocional preservado e sem cair no desespero. Colaboradores com a inteligência emocional desenvolvida conseguem avaliar as situações sob um viés analítico e não se deixam abalar pelos sentimentos, mesmo em situações adversas.

Proatividade

A proatividade é uma competência comportamental diretamente associada à iniciativa e, por consequência, à capacidade de se antecipar aos problemas e desafios diários. Profissionais com esse perfil não têm medo de assumir a responsabilidade das situações e, comumente, tomam a iniciativa antes mesmo que alguém os peça para executar alguma tarefa. Dada a definição, fica fácil entender por que essa competência é tão importante para profissionais que desejam assumir o protagonismo em suas carreiras.

Autonomia

A autonomia no trabalho significa a capacidade que os profissionais têm de gerir sua própria rotina laboral. Isso abarca liberdade para tomar decisões e consideração do seu ponto de vista sobre o que está sendo feito. Em suma, trata-se do empoderamento de cada profissional para lidar com tarefas e responsabilidades. Por isso, também é uma característica imprescindível para protagonistas.

 

Importância de incentivar o protagonismo no trabalho

Ter profissionais com postura de protagonismo no trabalho é uma medida muito importante para sobreviver às transformações digitais do mercado. Afinal, como vimos, esses colaboradores desenvolvem uma série de skills que fazem toda a diferença para empresas que desejam – e precisam – se adaptar rápido às demandas.

Implementar o protagonismo como um valor da cultura organizacional aumenta a agilidade do negócio e melhora a produtividade interna, os níveis de retenção de talentos, além de promover a satisfação com o trabalho exercido.

Contudo, é importante dizer que há algumas ressalvas quanto a isso, principalmente em empresas que têm uma cultura mais conservadora. Para que o protagonismo funcione, é preciso que ele também seja estimulado pelas lideranças.

De nada adianta querer que os profissionais tenham autonomia e autogestão enquanto os chefes tentam microgerenciar tudo o que é feito. Por isso, essa é uma qualidade que precisa ser incentivada nas dinâmicas estabelecidas pelo negócio e deve fazer parte do treinamento dos gestores. Quando feito adequadamente, os retornos são indiscutíveis.

Incentivar competências tais como proatividade e o autogerenciamento como parte da cultura organizacional de uma empresa ajuda a formar um Capital Humano mais engajado e com níveis de prontidão maiores. Quando isso acontece, a produtividade das equipes sobe significativamente, dada a grande quantidade de integrantes que apresentam esse perfil.

A postura de protagonismo está relacionada à alta performance e à inovação, dois fatores essenciais para criar diferenciais competitivos. Ao incorporar essa mentalidade, a organização contribui para alavancar a performance de setores inteiros, uma vez que os profissionais se tornam mais independentes, passam a se antecipar aos problemas vindouros e têm mais disposição para encarar novos desafios.

É válido ressaltar que, individualmente falando, esse tipo de apoio e incentivo também é importante para desenvolver um clima organizacional positivo e fazer com que o ambiente de trabalho também se torne mais saudável e prazeroso. Afinal, os colaboradores sentem que a empresa confia neles e quer que eles deem o melhor de si. Isso faz com que se sintam mais motivados com suas tarefas.

Ademais, ao sentir que têm liberdade criativa, os colaboradores se envolvem com mais facilidade nos processos, uma vez que não precisam se preocupar em adaptar a produção para que passem pelo crivo de gestores ou mesmo com retrabalho desnecessário. Muito pelo contrário, eles sentem que a empresa acredita no seu trabalho e na sua competência, o que é fundamental para a autoestima e para mantê-los engajados com as rotinas.

 

O protagonismo e o comportamento

Como vimos, desenvolver o protagonismo depende de uma série de características relativas ao perfil comportamental de um indivíduo. Isso porque o comportamento de uma pessoa é algo subjetivo e com alta variabilidade, dependendo de fatores sociais, emocionais e cognitivos. Contudo, é o estilo comportamental de uma pessoa que define como ela se sente em determinadas situações, bem como a forma com que ela lida com os processos internos e externos.

Para alguns indivíduos, por exemplo, conversar com desconhecidos é algo fácil e que pode gerar energia; para outras, isso pode parecer um castigo. Há quem sinta que recupera a energia quando está na companhia de outras pessoas, enquanto outros só conseguem fazer isso sozinho e no silêncio. Há quem tenha facilidade de improviso natural, e quem precise de uma rotina milimetricamente planejada para dar conta de tudo.

Todas essas características apontam para perfis comportamentais distintos, ainda que elas nem comecem a definir a complexidade do comportamento humano. E, para ser assumir um comportamento verdadeiramente protagonista, muito disso conta.
De acordo com a Metodologia DISC, uma das ciências comportamentais mais importantes do mundo, o comportamento é definido a partir de 4 fatores: Dominância, Influência, eStabilidade e Conformidade, cada qual com suas próprias características. Todos nós possuímos os quatro fatores DISC em algum nível, mas o que determina o perfil de cada pessoa é a forma como são utilizados. Cada um tem características específicas, que interferem na disposição do profissional para desenvolver protagonismo no trabalho. Algumas delas são:

Dominância

A alta Dominância é marcada pela ambição, pela assertividade e pelo gosto por desafios. São indivíduos autocentrados, que focam, sobretudo, nos resultados. Por esse motivo, apesar de uma aparente extroversão, eles podem ter dificuldade de desenvolver soft skills como a empatia e ser menos suscetíveis à formação de relacionamentos interpessoais. Contudo, como são confiantes, ambiciosos e lidam bem com a responsabilidade de assumir riscos, esse perfil tem uma inclinação natural a se colocar em uma posição de protagonismo. É importante, no entanto, ter atenção com decisões impopulares, uma vez que os perfis de Dominância têm facilidade para fazer isso quando julgam necessário.

Influência

A Influência é um fator marcado por alta sociabilidade, extroversão e dinamismo. São pessoas que se comunicam bem, gostam de se relacionar, além de serem mais abertas e empáticas. Por isso, têm facilidade de conquistar a confiança dos colegas e tendem a ser queridas por onde passam. Como o perfil tem características dinâmicas, incluindo verdadeira aversão à monotonia, essas pessoas também têm facilidade de assumirem o papel de protagonistas, sempre procurando outras possibilidades para os processos em que estão inseridas. No entanto, como esses indivíduos costumam ter dificuldades em focar nas atividades, é bom ter cuidado com organização, gestão de tempo e de prioridades.

eStabilidade

A eStablidade é um fator marcado pela persistência, paciência e empatia. São pessoas que prezam pela responsabilidade e gostam de construir boas relações, apesar de terem postura mais reservada. Por serem naturalmente responsáveis e organizados, os eStáveis têm diversas características necessárias para se tornarem protagonistas em seus trabalhos. Entretanto, costumam ter dificuldades com mudanças repentinas e podem ter tendência a se acomodar. É importante ficar de olho para não deixar que isso aconteça.

Conformidade

A Conformidade é um fator marcado pela introversão, com foco em lógica e análise. São pessoas metódicas, perfeccionistas, estratégicas e que gostam de seguir regras. Os perfis de alta Conformidade são mais autocentrados e pouco voltados para a construção de relacionamentos, o que pode dificultar a criação de vínculos e, eventualmente, atrapalhar o desenvolvimento do protagonismo. Outro ponto é a dificuldade em se expor, uma vez que costumam preferir “atuar nos bastidores”. Entretanto, como são profissionais lógicos e analíticos, têm imenso valor para as organizações e podem assumir o protagonismo em atividades como a revisão dos processos e práticas de inovação.

 

Para saber mais sobre como cada perfil da Metodologia DISC pode se tornar um protagonista e traçar um plano de desenvolvimento alinhado às características comportamentais, ESSENTIA, a formação em gestão comportamental DISC da ETALENT, é fundamental.

 

10 dicas para desenvolver o protagonismo profissional

Assumir o protagonismo da própria carreira é positivo tanto para os profissionais quanto para as empresas. No entanto, é preciso ter atenção a alguns pontos específicos para que isso seja feito da melhor forma possível.

Utilize uma análise SWOT individual

A análise SWOT (ou FOFA, em tradução direta para o português) é uma ferramenta estratégica cuja principal atribuição é avaliar a posição de uma empresa em relação ao mercado competitivo. Para isso, são analisados quatro aspectos: strengths (forças), weaknesses (fraquezas), opportunities (oportunidades) e threats (ameaças).

Entretanto, esse recurso também pode ser usado para avaliar pessoas e profissionais, funcionando como um instrumento poderoso de autoconhecimento e autoanálise. Nesse contexto de autoavaliação individual, a lógica funciona da seguinte maneira:

  • Strengths (forças): características pessoais positivas; diferenciais, experiências, competências e habilidades que o profissional detém;
  • Weaknesses (fraquezas): características que o profissional acredita que podem atrapalhar a carreira;
  • Opportunities (oportunidades): possibilidades que o profissional enxerga para progredir na carreira;
  • Threats (ameaças): fatores que podem ameaçar o desenvolvimento profissional.

Descubra o seu propósito

Ter um propósito definido (ou, ao menos, em vista) também é de extrema importância para se tornar um protagonista. Afinal, esse é o combustível que vai permitir que o colaborador mantenha a vontade, a motivação e o engajamento para chegar aonde almeja. Evidentemente, cada um tem aspirações distintas, bem como âncoras de carreira. Há quem seja orientado por objetivos mais diretos, como salários altos e posições de destaque, e quem abriria mão disso para ter mais tempo com a família, por exemplo. Independentemente de qual seja a motivação individual, o protagonista deve ter clareza sobre seus propósitos e objetivos de vida.

Siga um plano de ação

O plano de ação é um documento que o profissional utiliza para descrever o caminho que vai percorrer até o objetivo desejado. Esse tipo de recurso é interessante para que o colaborador consiga enxergar as etapas que precisa seguir, bem como o que deve aprender durante a jornada. Ter um plano de ação também é relevante para que a pessoa consiga cumprir com o necessário em prazos determinados. É preciso, no entanto, que o plano de ação seja tratado como um norte, não como uma verdade absoluta – afinal, imprevistos acontecem, mas ter um guia fundamental.

Elabore um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI)

O Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) é um recurso pensado para aprimorar os conhecimentos, comportamento e habilidades de uma pessoa, especialmente no contexto profissional. Por isso, ele deve ser utilizado como uma ferramenta complementar ao plano de ação, só que focado no aprimoramento das competências necessárias para chegar aonde se deseja. Pode ser, por exemplo, o domínio em uma língua estrangeira, em um software utilizado pela empresa ou de uma competência sociocomportamental.

Assuma a responsabilidade pelos seus erros

Assumir o protagonismo denota correr riscos, tentar coisas novas, assumir responsabilidades e, logicamente, cometer erros antes de acertar. Entretanto, quando eles acontecem, é importante que os profissionais os assumam. Essa é a única forma de entender o que deu errado, corrigir e não permitir que ele se repita. Isso faz parte do ciclo de se tornar um profissional melhor e mais completo.

Desenvolva iniciativa e proatividade

Normalmente, profissionais que desenvolvem iniciativa e proatividade são os primeiros a fazerem propostas, identificar problemas e tentar encontrar soluções. Por isso, quem aprimora essas competências têm mais facilidade em encontrar formas de atingir os objetivos. Ao contrário de coadjuvantes, que precisam que outras pessoas tomem as decisões, os protagonistas sempre se oferecem para resolver questões nas quais eles sabem que podem fazer diferença. Assim, fica fácil entender por que essas são duas das soft skills mais cobiçadas do mercado – e algumas das mais relevantes para quem quer assumir o protagonismo da própria carreira.

Adote uma postura de aprendizado contínuo

Uma mentalidade de aprendizado contínuo diz respeito à busca constante por conhecimento, aperfeiçoamento e desenvolvimento, seja na esfera pessoal, acadêmica ou profissional. Isso também significa reconhecer o conhecimento como algo que transcende a educação formal, entendendo-o como parte da experiência de vida. O eterno aprendiz é aquele que está sempre ávido por aprender coisas novas; por isso, essa é uma qualidade muito valiosa para quem quer se tornar protagonista.

Mantenha um bom networking

O networking é a rede de contatos profissionais criada com pessoas que compartilham aspirações e interesses parecidos, a fim de fortalecer um negócio e de agregar valor a si mesmo enquanto colaborador. Essa é uma boa forma de se atualizar sobre as mudanças de mercado, bem como as oportunidades que surgem. Além disso, um profissional com uma boa rede de contatos tem aliados em toda a trajetória profissional.

Peça feedbacks

Os feedbacks são utilizados para avaliar o desempenho de um colaborador e para medir o nível de satisfação dos clientes em relação aos serviços e produtos oferecidos pela empresa. Em uma situação em que o profissional deseja se tornar protagonista, esses retornos são uma forma de aprimoramento profissional. É possível solicitar que líderes, colegas de trabalho e até mesmo pessoas da esfera pessoal apontem erros que o profissional, sozinho, não consegue enxergar. Isso é fundamental para que ele consiga evoluir na direção desejada.

Solicite ajuda quando necessário

Ser protagonista da própria carreira não significa perder a humildade e achar que não precisa de ajuda de ninguém. Muito pelo contrário, esses profissionais devem saber a hora de contar com a ajuda de outras pessoas. Seja delegando tarefas ou pedindo orientações para colegas de trabalho mais experientes, contribuições são bem-vindas para a evolução profissional.

 

Atenção a esses erros!

Como vimos ao longo deste artigo, o protagonismo é uma característica de profissionais que buscam a aprendizagem contínua, são proativos e agregam valor à empresa. Entretanto, é preciso ter atenção redobrada para não cometer alguns erros comuns.

São eles:

Não tomar iniciativa

Esconder o próprio potencial é algo comum para muitos profissionais, que o fazem sem perceber. Entretanto, como mencionamos, se tornar um protagonista envolve aprender a correr riscos, abrir mão de benefícios em curto prazo visando ao longo prazo e tomar algumas decisões impopulares quando necessário. Há, porém, quem se sinta intimidado nesse contexto e acabe deixando de tomar iniciativa, escondendo o próprio potencial. Eles também deixam de aprender e de se desenvolver enquanto profissionais.

Por isso, ter iniciativa é tão importante, ainda que possa ser especialmente desafiador, dependendo do perfil comportamental. É importante, nesse caso, que o RH atue para criar formas de desenvolver competências como inteligência emocional, disciplina e resiliência. Isso sem mencionar a necessidade de aplicar avaliações de desempenho para ajudar o profissional nesse processo.

Menosprezar a capacitação profissional

Não é nenhum segredo que o mercado de trabalho está sujeito a mudanças o tempo inteiro. Com os constantes avanços tecnológicos, é comum que isso aconteça de forma ainda mais acelerada – o que requer adaptabilidade. Dessa forma, para se tornar (e até mesmo se manter) um protagonista, é fundamental estar aberto ao aprendizado contínuo e fazer um bom autogerenciamento da carreira, jamais menosprezando a relevância de desenvolver novas habilidades.

É recomendado, inclusive, que o profissional se responsabilize por identificar as lacunas que precisa desenvolver em vez de deixar esse processo completamente a cargo da empresa. Afinal, vale sempre lembrar: um protagonista é aquele que toma as rédeas do próprio desenvolvimento profissional.

Não conseguir gerenciar o tempo

A gestão de tempo também pode representar a diferença entre ser um protagonista e um coadjuvante. Isso por conta de um motivo simples: pessoas que não conseguem lidar com as responsabilidades profissionais não vão conseguir gerir o tempo para investir em educação e desenvolvimento. Além disso, não saber administrar bem o tempo também é um dos fatores que levam à sobrecarga de trabalho, o que afeta pontos como a saúde mental e a qualidade de vida – prejudicando, portanto, a produtividade.

Profissionais com dificuldade de gerir o próprio tempo têm problemas em delegar tarefas, se distraem excessivamente durante o trabalho e ficam mais propensos a se sentir desmotivados. Por isso, esse é um gargalo que deve ser superado por qualquer pessoa que deseja assumir o protagonismo da própria carreira.

Desconhecer o mercado em que atua

Quando um profissional não conhece as particularidades, características e tendências do mercado em que atua, ele perde a oportunidade de ser ainda melhor no que faz. Afinal, o conhecimento da área e o olhar voltado para o cenário competitivo são dois aspectos importantíssimos para quem deseja se tornar protagonista. Evidentemente, a empresa pode ajudar com isso, fazendo um bom benchmarking em relação a planos de carreira, de desenvolvimento e o que é necessário para performar bem naquele cargo/setor.

Não saber o próprio papel na empresa

Dificilmente, um protagonista vai desconhecer suas atribuições e responsabilidades na empresa. Afinal, se não souber o que é esperado dele, o profissional não vai ter certeza sobre como agregar valor à organização. Por isso, reconhecer o próprio papel é fundamental nesse processo. Aliás, vale sempre ressaltar a importância de ter planos de carreira e de desenvolvimento profissional bem definidos para que os colaboradores entendam o que precisam fazer não apenas para corresponder às expectativas da empresa, como também para alcançar cargos mais altos.

Deixar as prioridades individuais de lado

Por fim, é importante ressaltar que um profissional que quer ser protagonista jamais deve deixar de lado suas aspirações e motivações pessoais. Até porque, para se tornar dono da própria história, é preciso ter objetivos bem definidos. E, nessa caminhada, é praticamente impossível se manter resiliente, determinado e disciplinado sem saber aonde se quer chegar. Por isso, o autoconhecimento é imprescindível para os protagonistas.

O protagonismo profissional traz inúmeros benefícios tanto para empresas quanto para os colaboradores. Por isso, essa competência não apenas é incentivada internamente, como também buscada em processos seletivos. Contudo, desenvolver o protagonismo depende diretamente da disposição do profissional e do suporte da organização. Isso porque, sem lideranças que incentivem a autonomia, os esforços serão em vão. Essa é mais uma prática que mostra o quanto o comportamento influencia os resultados de uma organização. Por isso, é um pequeno passo em direção a um futuro em que empresas e profissionais têm o sucesso que tanto almejam.

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Fernanda Misailidis

Fernanda Misailidis é jornalista e atua como Assessora de imprensa e Embaixadora da ETALENT. Carioca, é apaixonada por artes, ama estar nos palcos e não vive sem teatro.

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